Estudos para sétima pele - Grupo Risco Experimental
Experimentando a vulnerabilidade dos sentimentos – a inconstância das emoções.
Que emoções a vulnerabilidade desperta? Como acolhe-la?
Sétima pele é parte da série Vestindo Peles, da bailarina contemporânea e filósofa
Carol Marim. A série vem sendo realizada desde 2010 e tem como propósito principal experimentar os limites internos e externos da pele através do corpo de emoções. Utilizando técnicas do butô e da improvisação, a investigação parte da pesquisa Filosofia como Performance, na qual procura-se reconstruir a filosofia como um ato imediato. A proposta trata de pensar o mundo como espaço de composição, em que o ético e o politico se fazem no próprio evento. O que importa não é a imagem, mas o que acontece entre as imagens, o que se passa entre os movimentos - e não no movimento em si – sua duração, as virtualidades que escoam entre eles. Nesse campo, os conceitos são maleáveis, os pensamentos se tornam sensações, a filosofia e a performance se confundem ou se entrecruzam, revelando o movimento como acontecimento do pensar.
A performance é a escrita e o próprio pensamento em movimento. O que se instaura é
a necessidade da linguagem para criar novos parâmetros para o pensamento na passagem do sentimento (sensação) à articulação. A linguagem é criativamente encerrada dentro de tonalidades afetivas de como pode ser ouvida, vivida, escrita e imaginada. Somos circuitos sensíveis, tocados por diferentes eventos, em diferentes pontos e de diversas maneiras. A pele é o entre, o intervalo de tempo/espaço, no qual a dança captura forças e acontece como trânsito.
Assim o convite para O estudo para a sétima pele é de experimentar um “deixar -
mostrar-se”, do que aparece ou desaparece, do que vem ou não vem à presença e à aparência no dizer, que mostra e indica o que está oculto. Um exercício de co-habitar a abertura, partindo da emoção como fonte de saber.
A construção de um abrigo para experimentar e compartilhar o sentir/pensar.