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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PERÍODO LETIVO: 2020.3 – ERE

DATA: 26/01/2021

CAPÍTULO 3: TÉCNICAS ESPECIAIS

Jhonnes Amaral Soares Toledo


Sumário
EQUAÇÃO DE POISSON................................................................................................................3
EQUAÇÃO DE LAPLACE.................................................................................................................3
Condições de contorno e teorema da unicidade..........................................................................4
MÉTODO DAS IMAGENS...............................................................................................................4
EQUAÇÃO DE POISSON

No capítulo anterior vimos que o rotacional do campo elétrico devido a uma carga pontual é
zero, isso nos permite escrever o campo elétrico como sendo o gradiente de um potencial, ou
seja,

∇x⃗ E =−⃗
E=0 → ⃗ ∇V

Sabemos também que a lei de Gauss na forma diferencial é dada por:


⃗ ρ
∇ .⃗
E=
ε0

Substituindo a equação do campo elétrico na lei de Gauss, obtemos a equação de Poisson:


−ρ
∇²V=
ε0

A equação de Poisson nos permite calcular a distribuição de cargas na fonte a partir de um


dado potencial.

EQUAÇÃO DE LAPLACE

A equação de Laplace é da forma:


∇ ² V =0

Esta equação vale para uma, duas e três dimensões. Abaixo vamos falar da solução da equação
de Laplace.

Equação de Laplace em uma dimensão:


d ²V
=0
dx ²

Sua solução dada as condições iniciais é:


V (x )=ax +b

Vamos falar sobre dois resultados importantes que poderão ser generalizados para duas e três
dimensões também:

1 – O potencial num ponto é a média aritmética dos dois pontos adjacentes e equidistantes
entre ele:
1
V (x )= (V (x −a)+ V ( x+ a))
2

2 – A solução da equação de Laplace não admite máximos e mínimos locais.

Equação de Laplace em duas dimensões:


A partir de duas dimensões, precisamos de condições de contorno para resolver a equação de
Laplace visto que agora temos uma equação diferencial parcial, ao contrario de uma dimensão
que temos uma solução diferencial ordinária.
∂²V ∂²V
+ =0
∂x ² ∂ y ²

O potencial em um ponto P é a média aritmética dos potenciais no entorno dele:


1
V (P)= Vdl
2 πr ∮

Equação de Laplace em três dimensões:


∂²V ∂²V ∂²V
+ + =0
∂x ² ∂ y ² ∂ z²

O potencial num ponto é a média dos potenciais no entorno deste ponto P:


1
V (P)= Vda
4 πR ² ∬

Teorema de Earnshaw: conjunto de cargas pontuais não pode se manter em um estado de


equilíbrio mecânico estacionário exclusivamente pela interação eletrostática das cargas.

Condições de contorno e teorema da unicidade


A equação de Laplace por si só não determina V. Precisamos de um conjunto adequado de
condições de contorno para obter a resposta. Em uma dimensão precisamos de duas
condições de contorno para que obtenhamos a resposta. Porém, para o caso de duas ou três
dimensões, não é trivial de se resolver as equações diferenciais parciais que aparecem. Para
isso temos o chamado teorema da unicidade no qual só iremos enuncia-lo.

Primeiro teorema da unicidade: A solução para a equação de Laplace em um volume V é


exclusivamente determinado se V for especificado na superfície de contorno S.

Segundo teorema da unicidade: Em um volume V cercado por condutores e contendo uma


densidade de carga especificada, ρ , o campo elétrico é determinado univocamente se a carga
total de cada condutor for dada.

O teorema da unicidade garante o uso do método das imagens!

MÉTODO DAS IMAGENS


O Método das Imagens é usado para resolver problemas de cargas na proximidade de
Condutores Elétricos Perfeitos (ou bons condutores). Além disso, o método utiliza o fato de
que cargas de magnitudes iguais, mas com sinais opostos geram um potencial nulo no plano de
simetria entre as cargas. Utilizamos um plano de simetria cujo potencial V=0.

Através da utilização do método das imagens, tornamos as condições de contorno sendo


satisfeitas, pois:
 Não existe campo elétrico tangencial;
 As linhas de campo são perpendiculares à superfície;
 A densidade superficial é positiva se o campo elétrico está ‘entrando’ e negativa se o
campo e está ‘saindo’.

Além disto, podemos substituir o problema das cargas (Q) pelas respectivas imagens(-Q)
situadas em posições equidistantes da superfície do condutor. No mais, o método das imagens
não se limita em apenas em descrever uma única carga pontual; ela pode descrever qualquer
distribuição de cargas estacionária próxima a um plano condutor enterrado(V=0). Além de
calcularmos o potencial V, o método das imagens também nos permite calcular a força e
energia.

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