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Vamos falar agora a respeito do artigo 4º da constituição, o artigo que fala a respeito

dos princípios nas relações internacionais, ou seja, como o Brasil vai se portar perante a
comunidade internacional, como o Brasil vai atuar perante as demais nações soberanas,
quais são os princípios que regem a atuação brasileira no plano internacional.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.

os princípios nas relações internacionais é totalmente diferente de objetivos e


diferente também de fundamentos, quando falo de fundamentos, estou falando
daquelas características onde eu tenho a República Federativa do Brasil fundamentada
sobre aqueles determinados pilares, aquilo que é concreto, nós vimos que temos a
soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho livre
iniciativa e pluralismo político, são cinco fundamentos da República Federativa do Brasil,
vimos também os objetivos, que são as finalidades, o que o Estado brasileiro, o que a
sociedade brasileira, o que a República Federativa do Brasil busca alcançar, o objetivo
sempre tem um olhar para o futuro, para o que se pretende alcançar, e o artigo 4º fala
dos princípios que regem a atuação brasileira no plano internacional, o que a gente tem
que observar no artigo 4º são os seguintes princípios, inciso 1º independência nacional,
uma questão óbvia, porque independência nacional é um princípio óbvio nas relações
internacionais, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil não é a
soberania, a soberania não é um dos elementos essenciais caracterizadores de um
Estado, naturalmente se o Brasil quer que a sua soberania e a sua independência
nacional decorrente dessa soberania seja respeitada, naturalmente ele tem que
respeitar a soberania dos outros, tem que respeitar a independência nacional dos
outros, está independência nacional, vai ser um princípio nas relações internacionais
por razões óbvias, afinal contas, nós temos como fundamento a soberania, lembre-se
desse detalhe, inciso segundo, prevalência dos direitos humanos, prevalência dos
direitos humanos é outro princípio nas relações internacionais, é óbvio, porque o Brasil
possui como fundamento a dignidade da pessoa humana, ou seja, o Brasil tem como
característica fundamental o respeito aos direitos humanos, o respeito à dignidade
humana, naturalmente se ele respeita, ele também vai propagar isso pela comunidade
internacional, ele vai defender isso perante a comunidade internacional, por isso a
prevalência dos direitos humanos como sendo um dos princípios nas relações
internacionais, inciso 3º autodeterminação dos povos, outra questão óbvia, se o Brasil é
uma nação soberana, se o Brasil respeita a independência dos outros povos a
independência dos outros países e a soberania dos outros países, naturalmente o Brasil
respeita à autodeterminação dos povos, e vai zelar pela manutenção da auto
determinação dos povos, por isso que em muitos conflitos internacionais, em muitas
discussões, o que ocorre na organização das nações unidas na ONU, eu tenho o Brasil se
abstendo de determinadas votações, porque na maioria das vezes a resolução que está
sendo aprova ali, o ato que vai ser aprovado pela ONU, muitas vezes ele desrespeita de
uma certa forma à autodeterminação dos povos, e o Brasil prefere se omitir tendo em
vista os princípios que regem a atuação brasileira nas suas relações internacionais, não
só por isso, veja o inciso 4º, não-intervenção, podem marcar adoram cobrar em
concurso público, a não intervenção é um dos princípios brasileiros em suas relações
internacionais, o Brasil ele preza pela não intervenção, mais um motivo para ele se
abster em muitas votações que ocorrem por exemplo nas nações unidas, inciso 5º,
igualdade entre os Estados, porque eu tenho a igualdade entre os Estados como sendo
outro princípio, veja, o Brasil respeita a independência nacional, o Brasil respeita à auto
determinação dos povos, o Brasil é um país pacífico por natureza por que preza pela
não intervenção, naturalmente o Brasil prega a igualdade entre os países, o Brasil prega
a igualdade entre as nações e pleiteia isso sobretudo perante os organismos
internacionais, qual é um dos grandes pleitos do Brasil, muitas vezes o Brasil em suas
relações internacionais, em sua atuação internacional, ele preza por uma igualdade
entre os Estados e essa igualdade entre os Estados significa também uma igualdade em
termos de representação nos diversos organismos internacionais, inciso 6º, defesa da
paz, é um dos princípios nas relações internacionais brasileiro e que vai ser ratificado
ainda mais pelo inciso 7º, o que nós temos o inciso 7º, solução pacífica dos conflitos,
somos pacíficos por natureza, isso não impede se existir a necessidade do Brasil
participar de algum tipo de intervenção armada ele não participar, lembre se o seguinte
estou falando dos princípios fundamentais como sendo regras a serem seguidas pelo
Brasil na sua atuação perante a comunidade internacional, não são princípios de
natureza absoluta, existem exceções, o Brasil é um país pacífico por natureza, vai agir
em defesa da paz, vai agir propondo em regra, soluções pacíficas nos conflitos, mas, se
não for possível, diante de uma situação internacional onde não é possível mais a
solução pacífica dos conflitos, que o mundo seja arrastado para uma guerra, para uma
situação de guerra como aconteceu durante a segunda guerra mundial, é claro que
durante a segunda guerra mundial não estava vigente a constituição federal de 1988,
mas se tivéssemos uma situação como aquela nos dias de hoje a constituição brasileira
impediria o Brasil de ingressar na guerra ao lado das nações aliadas, não impediria,
temos princípios que representam regras gerais a serem observadas, mas que
naturalmente irão comportar em situações de exceção, muitas vezes para defender a
paz é necessário fazer a guerra, por mais contraditório que isso pareça, em regra o
Brasil defende a paz e pressa pela solução pacífica dos conflitos, inciso 8º, repúdio ao
terrorismo e ao racismo, afinal de contas é fundamento da República Federativa do
Brasil a dignidade da pessoa humana, inciso 9º, cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade, o Brasil está tentando sempre promover uma cooperação
entre os povos para o progresso da humanidade, é por isso que o Brasil faz parte de
diversos esforços internacionais para o desenvolvimento de determinadas tecnologias
e convênios para troca de tecnologia, enfim, uma cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade, algo que sempre foi defendido pelo Brasil está inserido aqui
nas relações internacionais nos princípios que regem as relações internas por parte do
Brasil, inciso 10º, concessão de asilo político, o Brasil é um país que se propõe a
conceder asilo político, a atuação brasileira no plano internacional rege se também pela
concessão do asilo político, e aí é importante a gente perceber o seguinte, a concessão
do asilo político é um ato discricionário do poder executivo, quem decide se vai
conceder ou não asilo político a um estrangeiro que está sendo perseguido por razões
políticas e ideológicas, religiosas, filosóficas, ou seja, a perseguição ela não é uma
perseguição de natureza criminal, jurisdicional, é uma perseguição daquele estrangeiro
que está sofrendo uma perseguição por parte de convicções políticas, por parte de
convicções filosóficas, religiosas, étnicas, a partir do momento que eu tenho esse tipo
de situação o Brasil pode conceder asilo político àquele estrangeiro, seja ele perseguido
pelo seu próprio país, seja ele perseguido por outros países, a concessão do asilo
político é ato do poder executivo é o presidente da república quem concede o asilo
político, é um ato discricionário do executivo, nesse sentido não confundam com o
julgamento da extradição, a gente vai ver lá no artigo 102 inciso 1º alínea g da
constituição, é uma competência originária do supremo tribunal federal julgar a
extradição solicitada por Estado estrangeiro, ou seja, chamada extradição passiva,
quando o Brasil recebe um pedido de extradição, o julgamento da extradição passiva é
ato do poder judiciário, competência originária do Supremo Tribunal Federal, a
concessão de asilo político é ato discricionário do poder executivo, o presidente da
república quem concede ou não asilo político a um estrangeiro que esteja sendo
perseguido por razões políticas, filosóficas, ideológicas, religiosas, étnicas, esses são os
dez princípios que regem as relações internacionais brasileiras no âmbito da
constituição da república, além disso temos o parágrafo único em diversas provas em
diversos concursos públicos, parágrafo único, a República Federativa do Brasil buscará
integração econômica política social e cultural dos povos da américa latina visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações, é um desejo do Brasil, é um
princípio brasileiro nas suas relações internacionais a formação de um grande bloco de
comunidades, de países latino-americanos, formando uma comunidade latino-
americana de nações, neste sentido o MERCOSUL a UNASUL e diversos organismos
internacionais que existem no âmbito da américa do sul e no âmbito da própria américa
latina são embriões para essa futura comunidade latino-americana de nações, é algo
Brasil preza nas suas relações internacionais, essa formação no futuro de uma
comunidade latino-americana de nações, lembrando que eu tenho aqui não só uma
integração de natureza social cultural e econômica, mas uma integração política, quer
dizer que o Brasil vai abrir mão de sua soberania e vai aderir a uma comunidade latino-
americana de nações, não é isso que a constituição está dizendo, a constituição está
dizendo em si, facilitar em se criar mecanismos de atuação política de forma conjunta, a
UNASUL, é um grande exemplo disso, é justamente a comunidade política de integração
entre os países da américa do sul, ou seja, muitas vezes os países da américa do sul em
manifestações internacionais, por exemplo perante a organização dos estados
americanos se manifestam em conjunto, se manifesta em nome da UNASUL, intenda,
estou tendo uma atuação política, não significa que eu estou abrindo mão da soberania
brasileira, e que o Brasil pretende no futuro, integrar uma comunidade latino-americana
de nações, que é como se fosse um enorme país, estou falando de uma integração
política, mas no sentido de buscar uma representação política conjunta perante os
demais organismos internacionais, é uma associação para se obter força para o plano
econômico perante as outras nações existentes no mundo, perante os outros blocos
econômicos existentes no mundo, é uma cooperação, é uma integração política, mas
para obter força no plano político, na representação política perante outros organismos
internacionais, eu tenho integração social e cultural, afinal de contas, eu tenho uma
maior integração social e cultural entre os países da américa latina como um todo, eu
tenho uma melhoria, uma troca de experiências capaz de desenvolver a sociedade de
cada um dos países que fazem parte dessa comunidade latino-americana de nações.
Com isso a gente finaliza o artigo 4º da constituição da república, nossa próxima
aula a gente vai falar de direitos fundamentais, vamos iniciar a parte referente aos
direitos fundamentais falando do artigo 5º.

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