Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Quimica Verde Oleos Essencias 2001 PDF
Quimica Verde Oleos Essencias 2001 PDF
http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=4&ved=0CCoQFjAD&url=http%3A%2F%
2Flatest.zemoleza.com.br%2Fcarreiras%2Fbiologicas%2Ffarmacia%2Ftrabalho%2F4529-
extracao-de-oleos-essenciais.html&ei=S24tTpWwA6K00AH2-ZnkDg&usg=AFQjCNG-
VRbzDZKJkM3tSc0ZyJF3E3Dewg&sig2=FpWWbA3Ax5gYtEbDEQOdcw
2001
Resumo:
Óleos essenciais são definidos como os produtos obtidos de partes de plantas, sendo
que de forma geral são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas,
geralmente odoríferas e liquidas. Do ponto de vista químico, os óleos essenciais das
plantas são constituídos principalmente de uma mistura de lipídeos chamados
terpenos. Os terpenos são hidrocarbonetos e os oxigenados são denominados
terpenóides.
A toxicidade crônica dos óleos voláteis é pouco conhecida e ainda é necessário avaliar
suas eventuais propriedades mutagênicas, teratogênicas e/ ou carcinogênicas.
Enquanto a toxicidade aguda é mais conhecida causando: reações cutâneas, efeitos
convulsivantes e efeitos psicotrópicos.
1. Introdução:
Além dos óleos voláteis obtidos de plantas (fitogênicos), produtos sintéticos são
encontrados no mercado, sendo que esses óleos sintéticos podem ser imitações dos
naturais ou composições de fantasia. Já no uso farmacêutico, somente os naturais são
permitidos pelas farmacopéias. Excetuando aqueles óleos que contêm somente uma
substância como o óleo volátil de baunilha (que possui somente vanilina), algumas
farmacopéias permitem o uso do equivalente sintético nesses casos.
A escolha do tema se deu, graças a grande importância dos óleos essenciais nas
industrias alimentícia, farmacêutica, cosmética e na medicina alternativa, objetivando a
conscientização sobre a forma correta de utilização dos óleos voláteis de acordo com
as farmacopéias, sendo que tais óleos são utilizados de forma errônea pela
população.
Estes compostos, porém, estão relacionados entre si, apesar das diferenças
estruturais. De acordo com a regra do isopreno, os terpenos podem ser imaginados
como resultantes da união de "cabeça com cauda" de unidades de isopreno. O
isopreno é o 2-metil-1,3-butadieno (fig1. 1), com 5 carbonos. O carbono 1 é a "cabeça"
da unidade isopreno, e o carbono 4 é a "cauda".
Sabe-se, nos dia de hoje, que os vegetais não sintetizam os terpenos a partir do
isopreno. O reconhecimento da unidade isoprênica como componente estrutural dos
terpenos, porém, foi muito útil para as respectivas estruturas,. Podemos ver como, ao
examinarmos as seguintes estruturas. (fig.3 e 4)
Usando linhas tracejadas para separar as unidades isoprênicas, podemos ver que o
monoterperno (mirceno) tem duas destas unidade; e que o sesquiterpeno (??-
farneseno) tem três. Nos dois compostos as unidades isoprênicas ligam-se "cabeça
com pé".
Muitos terpenos têm unidades isoprênicas ligadas em anéis e outros (os terpenóides)
contêm oxigênio. (fig.5)
3.1. Quimiotaxia
3.2. Localização:
Os óleos voláteis podem ser estocados em certos órgãos, tais como nas flores
(laranjeira, bergamoteira), nas folhas (capim-limão, eucalipto, louro), nas cascas dos
caules (canelas), na madeira (sândalo, pau-rosa), nas raízes (vetiver), nos rizomas
(curcuma, gengibre), nos frutos (anis-estrelado, funcho) ou nas sementes (noz
moscada). Embora todos os órgãos possam acumular os óleos voláteis, sua
composição pode variar de acordo com sua localização. Por exemplo, o óleo da casca
da canela é rico em aldeído cinâmico, enquanto o óleo das folhas e raízes desse
mesmo vegetal são ricos em eugenol e cânfora, respectivamente.
Efeitos alelopáticos têm sido registrados para terpenos voláteis de Eucalyptus globulus
Labill., E. camaldulensis Dehnh, Arthemisia absinthium L., A. californica Less.,
Sassafrás albidum Ness e Salvia leucophylla Greene., presentes no chaparral
californiano geram um efeito inibitório tão intenso através de seus óleos voláteis, que
outras plantas são totalmente inibidas em um raio de 1 a 2 metros, gerando zonas de
solo nu em torno dos arbustos (ou grupo de arbustos) dessas espécies, sendo que o
efeito fica evidente em fotos aéreas dessas áreas. Estudos exaustivos apontaram os
terpenos voláteis, tais como 1,8-cineol e cânfora (S.leucophylla Greene) e a-tujona e
isotujona (A.californica Less), entre outros, como responsáveis por esse efeito
inibitório. (Harborne, 1993).
4. Fatores de variabilidade
A composição química do óleo volátil de uma planta é determinada geneticamente,
sendo geralmente específica para um determinado órgão, e característica para seu
estágio de desenvolvimento (Simões e Spitzer, 1999), mas as condições ambientais
são capazes de causar variações significativas.
4.1. Quimiotipos
Esse método já foi muito utilizado, mas atualmente é empregado apenas por algumas
indústrias de perfumes, no caso de algumas plantas com baixo teor de óleo de alto
valor comercial.
É empregado para extrair óleo volátil de pétalas de flores (laranjeira, rosas); as pétalas
são depositadas, à temperatura ambiente, sobre uma camada de gordura, durante um
certo período de tempo. Em seguida, essas pétalas esgotadas são substituídas por
novas até a saturação total, quando a gordura é tratada com álcool. Para se obter o
óleo volátil, o álcool é destilado a baixa temperatura: o produto obtido possui alto valor
comercial.
Os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada que a da água, sendo, por
isso, arrastados pelo vapor d'água, obedecendo à lei de Dalton que enuncia: "que a
pressão total de vapor acima de uma mistura de duas fases é igual à soma da
pressão de vapor dos i componentes puros individuais: Pt=P1 + P2 + ... + Pi ."
Esse método é empregado para a extração dos óleos voláteis de frutos cítricos. Os
pericarpos desses frutos são prensados e a camada que contem o óleo volátil é, então
separada. Posteriormente, o óleo é separado da emulsão formada com água através
de decantação, centrifugação ou destilação fracionada.
Esse método permite recuperar os aromas naturais de vários tipos e não somente óleo
volátil, de modo bastante eficiente e, atualmente, é o método escolha para extração
industrial de óleos voláteis. Nenhum traço de solvente permanece no produto final,
tornando-o mais puro do que aqueles obtidos por outros métodos. Para tal extração, o
CO2 é primeiramente liquefeito através de compressão e, em seguida, aquecido a uma
temperatura superior a 31o C. Nessa temperatura, o CO2 atinge um quarto estado, no
qual sua viscosidade é análoga à de um gás, mas sua capacidade de dissolução é
elevada como a de um líquido. Uma vez efetuada a extração, faz-se o CO2 retornar ao
estado gasoso, resultando na sua total eliminação (maul,1998).
Fig.19 Alguns terpenos que podem ser extraídos por CO2 supercrítico.
Tratamento: freqüentemente, é necessário branquear, neutralizar ou retificar os óleos
voláteis extraídos. A retificação, a seco ou por jato de vapor d’água sob pressão
reduzida, permite eliminar os componentes irritantes ou com odor desagradável,
obtendo-se assim produtos finais com alto valor. A desterpenização, que é um tipo
especial de retificação, tem por objetivo eliminar os hidrocarbonetos terpênicos. A
utilização de técnicas cromatográficas, em particular a cromatografia de exclusão,
permite uma separação dos óleos voláteis dos outros compostos lipofilicos não
voláteis e, até mesmo, um fracionamento dos mono- e sesquiterpenos.
Os óleos voláteis devem ser guardados dessecados (secos com Na2SO4 anidro) e
livres de impurezas insolúveis. Para reduzir as degradações, deve-se empregar
frascos de pequeno volume e embalagens neutras feitas de alumínio, aço inoxidável
ou vidro âmbar, completamente cheios e hermeticamente fechados, que devem ser
estocados a baixa temperatura ou, de preferência, em atmosfera de nitrogênio.
Uma das características mais evidente de um óleo volátil é o seu odor. O olfato do ser
humano é um instrumento muito potente para analisar amostras odoríferas e, em
muitos casos, quando treinando, pode ser até mais sensível do que alguns métodos
instrumentais.
Geralmente um odor fraco demonstra que o vegetal ou o óleo volátil isolado já perdeu
a maioria dos seus componentes voláteis. Um odor desagradável, por sua vez, que
pode ser causado por produtos de degradação química, ou microbiana, indicará má
conservação do produto e deve ser rejeitado.
Para avaliar a qualidade de um óleo volátil, de uma matéria-prima vegetal rica em óleo
volátil ou de um medicamento que contenha óleo volátil, é necessário dispor de
informações analíticas sobre a identidade e a pureza do material em questão. Por
exemplo: informações isoladas sobre as seguintes características não permitem, por si
só afirmar com certeza a identidade de um óleo volátil; pela densidade relativa, em
relação à água, ao índice de refração, aos valores de rotação óptica, a ponto de
solidificação, é geralmente usada em casos de substâncias puras, mas pode ser
referenciado para óleos voláteis que tenham uma substância majoritária. Se os valores
medidos encontram-se nas faixas dos dados da literatura, é possível que o material
analisado não tenha sido falsificado, uma falsificação não pode ser totalmente excluída
e, para certificar-se dessa identidade, outros métodos devem ser utilizados, como a
cromatografia gasosa.
Ésteres do ácido ftálico: nesta prova, também denominada teste para ésteres
estranhos, é realizada uma saponificação, com uma solução etanólica de KOH. O
ftalato de potássio não é solúvel em etanol e forma-se, então, um precipitado
cristalino, nos casos de falsificação.
A composição química dos óleos voláteis é muito complexa, e existe uma grande
variedade de métodos diferentes para cada óleo volátil. Serão citados alguns métodos:
Ponto de solidificação: pode ser utilizado para uma avaliação qualitativa, também
para uma análise quantitativa, quando a substância principal de um óleo volátil é
aquela que existe em maior concentração.
Determinação alcalimétrica de álcoois terpênicos após acetilação: esse método
baseia-se no fato de que, durante o processo de acetilação em piridina, uma certa
quantidade de anidrido do ácido acético é consumida. Essa quantidade pode ser
analisada, após hidrólise do anidrido com água, através da titulação do ácido acético
com hidróxido de sódio. A quantidade de NaOH em comparação ao experimento
controle, sem amostra, permite calcular a quantidade de ácido acético necessária para
esterificar os álcoois livres. Esse método é usado freqüentemente para a determinação
do mentol em óleos de menta.
Muitas farmacopéias especificam um teor mínimo de óleo volátil para cada planta.
Para avaliar esse teor, usam-se métodos baseados na grande volatilidade dos óleos
voláteis, arrastados por vapor d’água. Para esse tipo de análise, o aparelho de
Clevenger é bastante usado. Devido ao formato desse aparelho, o método somente
funciona com óleos voláteis que tenham peso específicos menor do que um.
Para usar o aparelho de Clevenger no caso de óleos voláteis com presos específicos
próximos ou maior do que 1 é necessário adicionar um volume conhecido de xilol.
Essa substância não se mistura com a água, mas dissolve o óleo volátil. Assim, a
solução do óleo volátil com xilol encontra-se acima da superfície da água e o conteúdo
do óleo pode ser calculado após subtrair-se o volume do xilol adicionado.
Para ter mais segurança na identificação dos picos individuais e controlar a pureza de
um pico cromatográfico, é recomendável analisar um óleo volátil também por
cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Esse método permite,
como a CG, a separação dos compostos e fornece, ainda, um espectro de massa para
cada pico. O espectro de massas geralmente indica a massa molar e o padrão de
fragmentação. A massa molar já informa sobre a classe de substâncias. O padrão de
fragmentação pode ser comparado com aqueles constantes da biblioteca de espectros
de massas, que, normalmente, é instalada no computador. Em alguns segundos, o
espectro da amostra é comparado com os das substâncias da biblioteca e o
computador faz propostas de probabilidade quanto à identidade da substância
analisada. Mesmo que esse sistema constitua em um grande avanço, o analisador tem
que decidir, se a resposta do computador é correta.
6.5.4. Análise dos óleos voláteis por ressonância magnética nuclear de carbono- 13
(RMN C)
7. Importância Econômica
8. Dados Farmacológicos
• Ação carminativa: alguns óleos produzem uma certa anestesia sobre a cárdia,
permitindo seu relaxamento e conseqüente expulsão do ar do trato
gastrintestinal. Exemplos: funcho, erva-doce, camomila, menta.
• Ação antiespasmódica: alguns óleos relaxam a musculatura lisa intestinal,
diminuindo ou mesmo suprimindo espasmos (cólicas). Exemplos: camomila,
macela, alho, funcho, erva-doce, sálvia.
• Ação estimulante sobre secreções do aparelho digestivo, justificando a
propriedade estimulante do apetite. Exemplos: gengibre, genciana, zimbro.
• Ação cardiovascular, provocando aumento do ritmo cardíaco e da pressão
arterial. Exemplos: óleos contendo cânfora (sálvia, canforeira).
• Ação irritante tópica ou repulsiva (uso externo): alguns produtos, tais como a
essência de terebintina, provocam um aumento da microcirculação local com
conseqüente efeito rubefaciente, sensação de calor e, em certos casos, uma
ação anestésica local.
• Ação secretolítica: a ação irritante tópica pode provocar a atividade secretora
do epitélio respiratório, facilitando a fluidificação e a expulsão do muco, em
alguns problemas respiratórios Exemplos: eucalipto, anis-estrelado.
• Ações sobre o SNC: estimulante (óleos voláteis contendo cânfora), depressora
(melissa, capim-limão) ou mesmo provocando convulsões em doses elevadas
(losna, erva-de-santa-maria, sálvia, canela).
• Ação anestésica local: óleo volátil do cravo-da-índia, pelo seu alto teor em
eugenol, que também tem atividade anti-séptica.
• Ação antiinflamatória: óleos voláteis contendo azulenos, como, por exemplo, a
camomila.
• Ação anti-séptica (uso externo): alguns óleos voláteis inibem o crescimento de
várias bactérias e fungos, devido à presença de compostos fenólicos, aldeídos
e álcoois. Os compostos citral, geraniol, linalol e timol têm alto poder anti-
séptico, superior ao do próprio fenol (simões e sptizer,1999)
9. Dados toxicológicos
A toxicidade crônica dos óleos voláteis é pouco conhecida e ainda é necessário avaliar
suas eventuais propriedades mutagênicas, teratogênicas e/ou carcinogênicas. A
toxicidade aguda, entretanto, é mais conhecida. A título ilustrativo, são citados, a
seguir, exemplos de toxicidade aguda de alguns óleos voláteis.
10.1. EUCALIPTO
A F. BRAS. IV estabelece para a droga um teor mínimo de óleo volátil de 0.8%, com
teor de cineol acima de 70%. Já a Farmacopéia Alemã exige o teor mínimo de 2% de
óleo. É utilizada em preparações farmacêuticas com indicação no tratamento de
problemas respiratórios (Blumenthal, 1998) e, principalmente, para a obtenção do óleo
volátil, amplamente empregado pela ações expectorante, anti-séptica e flavorizante,
freqüentemente em associação com óleo de menta ou mentol. São conhecidas cerca
de 400 espécies de Eucalyptus, que fornecem óleos de diferentes composições. São
utilizadas na terapêutica principalmente aquelas que contêm teor elevado de cineol
(acima de 70%) e baixo teor de felandreno, considerado indesejável pela ação
cardíaca (Wagner, 1980) e para o qual as farmacopéias estabelecem um teor máximo
de 5% (Stahl e Schild, 1981; Ph. Eur. 1997). O óleo de eucalipto está inscrito em
muitas farmacopéias, inclusive na F. Bras. II e Farmacopéia Européia 1997, a qual
permite a sua obtenção a partir de diversas espécies, como Eucalyptus globulus
Labill., E fruticetorum F. von Mueller e E. smithii R.T. Baker, desde que atendidas,
entre outras, as especificações já referidas quanto aos teores de cineol e felandreno.
Óleos obtidos de outras espécies, com menor teor de cineol ou que acumulam
felandreno, são também utilizados com fins industriais e em perfumaria (Wagner,
1993) e ainda para a obtenção de piperitona e alfa-pipeno, utilizados como
intermediários de síntese.
10.2. HORTELÃ-PIMENTA
Monografias farmacopéicas: F. Bras II. DAB 10. Ph. Eur. 1997. USNF 18
10.3. FUNCHO
Nome científico: Foeniculum vulgare Miller ssp. Vulgare var. vulgare e F. vulgare
Miller ssp. Vulgare var. dulce (Miller) Thellung
Monografias farmacopéicas: Ph. Eur. 1997, Chinesa (1990), Ph. Jap. 12 (1991).
10.4. TOMILHO
Após a realização deste trabalho concluímos que a eficácia no tratamento com óleos
voláteis se dá graças à utilização de forma correta dos mesmos.