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CRITERIOS PARA ESCOLHA DOS LIVROS:

A expressão Nouveau roman (Pronúncia francesa: [nuvo ʁɔmɑ̃], novo romance) refere-se a


um movimento literário francês dos anos 1950 que diverge dos gêneros literários
clássicos.

Robbe-Grillet, um influente teórico assim como um representante do nouveau roman,


publicou uma série de ensaios sobre a natureza e o futuro do romance que foram
posteriormente reunidos na obra Pour un nouveau roman.[2] Rejeitando muitas das
características estabelecidas no romance até então, Robbe-Grillet julgou os romancistas
predecessores como antiquados em razão do foco que colocavam no enredo, na ação, na
narrativa, nas ideias e nos personagens. Em vez disso, ele apresentou uma teoria do
romance cujo foco recai sobre os objetos: o nouveau roman ideal seria uma versão e
visão individual das coisas, subordinando trama e personagem aos detalhes do mundo
ao invés de arrolar o mundo a serviço deles. Assim, de acordo com os autores do
nouveau roman, não faria sentido escrever romances à maneira de Balzac, com
personagens bem definidos, enredo com começo, meio e fim. Eles estariam, em vez
disso, mais próximos da literatura introspectiva de Stendhal ou Flaubert. Não admitiam
a descrição dos personagens — que segundo eles, seria influenciada por viés ideológico
—, mas a exploração dos fluxos de consciência.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nouveau_roman

Outros grandes nomes do movimento foram:

– Gérard Bessette com “La Bagarre” e “Les dires d’ Omer Marin”, além de muitas
outras.

– Marguerite Duras escreveu, entre tantas obras: “O Amante”, “A Doença da Morte” e


“Hiroshima Mon Amour”.

– Maurice Blanchot tem em seu currículo “Au Moment Voulu”, “Le Trés-haut”,
“Aminadab” entre outras.

– Michel Butor presenteou o movimento com “Passage de Milan”, “L’Emploi Du


Temps”, “La Modification” e “Degrés”.

Outros representantes ainda:

– Nathalie Sarraute já mencionada no início deste artigo, que entre tantas narrativas foi
responsável por “Matereau” e “Vous les Entendez”.

– Philippe Sollers trouxe a público “O Parque” e “La Guerre Du Gout”.

– Julio Cortázar escreveu “Os Reis”, “Bestiário”, “Prosa do Observatório” e muitas


outras.

– Claude Simon deu vida a “Le Palace” e “Femmes”.


https://www.resumoescolar.com.br/artes/autores-do-nouveau-roman/

Autores e Obras
 Gérard Bessette: La Bagarre; La Libraire; L'incubation; Le cycle; La
Commensale; La garden-party de Christophine; Les dires d'Omer Marin.
 Maurice Blanchot: Thomas L'obscur; Aminadab; Le Très-haut; L'Arrêt de
Mort; Au Moment Voulu.
 Michel Butor: Passage de Milan; L’Emploi du Temps; La Modification;
Degrés.  
 Marguerite Duras: Uma Barragem Contra o Pacífico; Hiroshima Mon Amour;
O Deslumbramento de Lol V. Stein; Destruir, Disse Ela; O Homem Sentado no
Corredor; Agatha; O Homem Atlântico; O Amante; A Doença da Morte.
 Alain Robbe-Grillet: Un Régicide; Le Voyeur; Le Jalousie; Dans Le
Labyrinthe; Topologie d'une Cité Fantôme; Djinn; La Reprise; Un Roman
Sentimental; Les Gommes; La Maison de Rendez-Vous.
 Nathalie Sarraute: Portrait d'un Inconnu; Martereau; Planétarium; Entre la
Vie et la Mort; Vous les Entendez; Disent les Imbéciles; Enfance;   Tu ne t'aimes
Pas; Ici; Ouvrez; Les Fruits d´Or.
 Claude Simon: Le Tricheur; Gulliver; Le Palace; Femmes; Orion Aveugle;
Leçon de Choses; L’Invitation; Album d’un Amateur; L’Acacia; Le Tramway;
Triptyque; L’Herbe.
 Philippe Sollers: Le Défi; Trésor d’Amour; O Parque; Un Vrai Roman; La
Fête à Venise; La Guerre du Gout.
 Julio Cortázar: Os Reis; Final de Jogo; Bestiário; As Armas Secretas; O Jogo
da Amarelinha; Histórias de Cronópios e de Famas; Todos os Fogos o Fogo;
Modelo para Armar; Prosa do Observatório.

http://www.infoescola.com/literatura/autores-do-nouveau-roman/

Primeira geração Aparecem então os trabalhos de Nathalie Sarraute, Michel Butor, Jean
Cayrol, Marguerite Duras, Robert Pinget, Claude Simon, Claude Ol- lier, Alain Robbe-
Grillet, precedidos dos de Samuel Beckett.
A primeira fase do Novo Romance explora sobretudo o tipo nar- rador frxo-narração
flutuante, É O caso de La Jalousie, onde tudo é percebido por um único observador
cujos ciúmes desencadeiam uma série de versões contraditórias de um mesmo fato. Na
segunda fase, ao contrário, toda tentativa de apropriação da narrativa por quem quer que
seja se torna precária. É uma linguagem que se fala e se escreve sozinha

A segunda geração é representada por Jean Ricardou, Philippe Sollers, J. Louis Baudry,
Jean Thibaudeau, que se agrupam em torno das edições Seuil e da revista Tel Quel,
donde o nome de "romance telqueliano", que varia entre as designações de "Nouveau
Nouveau Roman", "Néo-Nouveau Roman" e — acrescentaríamos — Novíssimo
Romance. O anti-romance ou anti-representação evolui para o auto- romance, auto-
representação ou auto-reflexão. Propõe-se um roman- ce que se escreva sozinho e não
mais, por exemplo, na perspective, de um personagem ciumento (La Jalousie), de um
tipo obsessivo (Le Voyeur) ou pela consciência de um burguês insatisfeito (La Modifi-
cation). Ao neo-realismo fenomenològico Ricardou opõe o "escritura- lismo": o tema do
livro será sempre a sua própria composição, o ro- mance não é mais a escritura de uma
aventura, mas a "aventura de uma escritura"(4). A escritura deve ser explorada como um
espaço particular. A fábula não preexistirá à intriga. A própria linguagem será
simultaneamente material romanesco e narração que, agora-in- dissociáveis, vão refletir
um fenômeno de auto-fecundação do texto.

O Novíssimo Romance insiste na noção de texto como uma prá- tica semiótica, um
processo de produção de sentido, situado num espaço de confluência de muitos textos
que serão absorvidos, refu- tados ou transformados.(5) é urna, escritura-leitura da qual
autor e leitor são entidades participantes.

ASPECTOS DO NOVO ROMANCEZÍLIA MARA SCARPARI SCHMIDT

Apresentamos, como introdução, um panorama do Nouveau


Roman, movimento literário francês que marcou as décadas de
1950 e 1960. (MEU CRITERIO DE SELECAO)
Assim, parece não haver dúvidas de que as experiências mais
radicais em relação à linguagem romanesca se deram em torno
desses livros justa ou injustamente taxados de novos romances.
Tais experiências, que alcançaram uma ressonância exemplar,
influenciando a posteridade literária do ocidente e até mesmo do
oriente, podem ser comparadas apenas às inovações vanguardistas
do princípio do século XX, que nos legaram obras como Nadja,
de André Breton, e O Camponês de Paris, de Louis Aragon.
O que diferencia o Nouveau Roman de Robbe-Grillet, a quem se
costuma coadunar nomes como Michel Butor e Claude Simon,
dessas outras manifestações é uma certa mudança na atmosfera
intelectual que procura recompor, lado a lado com a produção
artística, uma atividade analítica a mais objetiva e científica
possível
UMA CRÍTICA AO NOUVEAU ROMAN
Maicon Tenfen
Ao contrário, por se revelar, antes de tudo, como um processo de
escritura, o nouveau roman, faz o leitor participar ativamente da
construção a narrativa. E então, toda a carga dramática da narrativa
tradicional que conduz progressivamente ao ápice da revelação dá lugar
a um tempo morto, branco, circular e marcado, notadamente, pelas
abruptas repetições, antecipações, similitudes, variações, en m,
movimentos que desconcertam o leitor desacostumado com esse regime
lacunar de narração.

Os nouveaux romanciers, pouco a pouco, aderem então às imagens


técnicas e levam para o campo do cinematográ co muitas das
características estéticas de seus romances modernos. Esse
entrecruzamento estético se deu, notadamente, porque dois dos maiores
representantes do nouveau roman francês, Maguerite Duras e Alain
Robbe-Grillet, ligaram-se ao cineasta Alain Renais, que roteirizou, em
1960, Hiroshima meu amor, de Duras e, um ano depois, em 1961, de
Robbe-Grillet, O ano passado em Marienbad.

Sabe-se que tanto o cinema quanto a literatura de representação clássica


se mantiveram, por muito tempo, dentro daquele modelo retórico do
século XIX. E foi a literatura primeiro que rompeu com essa
discursividade, notadamente, o nouveaux romanciers francês,
despertando o cinema para o fato de que ele tinha nascido não para
contar, mas para mostrar, o que o liberou da armadilha de
representação que faz da imagem cinematográ ca um signo.

Gilles Deleuze (2007, p.161) em seu Cinema 2 – Imagem tempo, as


experimentações desse grupo aproximam-se daquelas praticadas pelo
nouveau roman. Pois, “Do romance ao cinema, a obra de Alain Robbe-
Grillet aponta a potência do falso como princípio de produção de
imagens. Não é um simples princípio de re exão ou de tomada de
consciência [...] É uma fonte de inspiração”.

POR UM NOUVEAU CINÉMA: ALAIN ROBBE-GRILLET


EM O ANO PASSADO EM MARIENBAD

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