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ENERGIA
HIDRÁULICA
EAM 619 – Energias Renováveis
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SUMÁRIO
■ Setor Elétrico Brasileiro
– Características e fontes de energia disponíveis
– Sistema Interligado Nacional (SIN)
■ Considerações sobre as Centrais Hidrelétricas
– Classificação, Arranjos e Componentes
■ Estudo Hidrológico
– Tipos de vazões
– Níveis de um reservatório
■ Etapas para implementação de uma Central Hidrelétrica
■ Barragens e Vertedouros
– Classificação e Tipos
■ Conceito básico de Máquinas
– Classificação, Tipos e Seleção de Máquinas
■ Conceitos sobre Energia Hidráulica
– Conceitos e equações

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Sistema Elétrico Brasileiro (SEB)


■ Diversidade de recursos naturais que se transformam em fontes de produção de
energia

■ Brasil é o país com maior potencial hidrelétrico: um total de 260 mil MW, segundo o
Plano 2015 da Eletrobrás

■ Interconexão elétrica entre as regiões – Sistema Interligado Nacional (SIN)

■ Diversidade hidrológica permite otimização da geração

■ Operação térmica complementar à operação hidráulica

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Sistema Elétrico Brasileiro (SEB)


Oferta hidráulica em 2018: 423,9 TWh
Oferta total em 2018: 636,4TWh

Oferta de energia Elétrica no Brasil (BEN, 2019)

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Sistema Elétrico Brasileiro (SEB)


■ Usinas em operação no Brasil, segundo dados da Aneel, 2019

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Sistema Elétrico Brasileiro (SEB)


■ As vantagens da geração de energia por centrais hidrelétricas são:

– No que se refere à tecnologia, o uso de centrais hidroelétricas para geração


de energia elétrica, esta é totalmente dominada pela indústria nacional.

– Trata-se de uma das formas mais difundidas para geração descentralizada


(quando considera-se pequenas centrais hidrelétricas).

– A simplicidade na operação e manutenção a torna adequada à universalização


da energia elétrica

– Reconhecida como geração de energia de base

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Sistema Interligado Nacional (SIN)

- Extensão – 141.388 km (2017)


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Centrais Hidrelétricas

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Classificação de Centrais Hidrelétricas

■ Conforme o Tipo de Reservatório


– Acumulação ou Regularização
– Fio d’água
– Reversível
■ Conforme a Altura de Queda
■ Conforme a Potência Instalada

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Classificação de Centrais Hidrelétricas


■ Conforme o Tipo de Reservatório
- Acumulação ou regularização
- Localizado na cabeceira dos rios, em locais de altas quedas permitindo o acumulo de grande
volume de água
- Ajuda na regularização dos rios nos períodos de seca
- Grande impacto ambiental

UHE Tucuruí
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Classificação de Centrais Hidrelétricas


■ Conforme o Tipo de Reservatório
- Fio d’água
- Geram energia com o fluxo de água do rio, não tem grande acumulo do recurso hídrico
- Pouco impacto no ambiente
- Dependência climática

UHE Belo Monte

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Classificação de Centrais Hidrelétricas


■ Conforme o Tipo de Reservatório
- Reversíveis

■ Modos de Operação:
– Bombeamento
■ Bombear a água do reservatório inferior para o superior
■ Períodos de pequena demanda no sistema

– Armazenamento e Geração
■ Armazenamento de água
■ Geração de energia nos períodos de alta demanda

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Classificação de Centrais Hidrelétricas

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Classificação de Centrais Hidrelétricas

Usina de Pedreira Usina de Traição Usina de Edgard de Souza

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Classificação de Centrais Hidrelétricas


■ Conforme a Altura de Queda

Altura de queda Classificação

Até 15 metros Baixa queda

De 15 a 150 metros Média queda

Acima de 150 metros Alta queda

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Classificação de Centrais Hidrelétricas


■ Conforme a Potência Instalada
- Classificação segundo a ANEEL

Nomenclatura Nome Potência


CGH Centrais Geradoras Hidrelétricas Até 5MW
PCH Pequenas Centrais Hidrelétricas Entre 5MW até 30MW
UHE Usinas Hidrelétricas de Energia Acima de 50MW

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Arranjos de Centrais Hidrelétricas


■ Basicamente, há três tipos de arranjos para os componentes de Centrais
Hidrelétricas:

– Centrais Hidrelétricas de Represamento (CHR)

– Centrais Hidrelétricas de Desvio (CHD)

– Centrais Hidrelétricas de Derivação


– Arranjo de Represamento (CHVR)
– Arranjo de Desvio (CHVD)

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Arranjos de Centrais Hidrelétricas


■ Centrais Hidrelétricas de Represamento (CHR)
- Implantadas em um trecho do rio e
tem ligação direta entre a barragem
e a casa de máquinas por meio de
um conduto forçado.

- Arranjo típico para o caso de


cachoeira, ficando a barragem a
montante e a casa de máquinas a
jusante.

- Arranjo mais utilizado nas UHE’s e


nas PCH’s

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Arranjos de Centrais Hidrelétricas

Figura 4: Esquema de PCH de represamento de baixa queda e grupo gerador com turbina tubular S
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Arranjos de Centrais Hidrelétricas


■ Centrais Hidrelétricas de Desvio (CHD)
- São implantadas em um trecho de rio relativamente longo, com boa declividade, e contendo
normalmente corredeiras.

- O sistema de baixa pressão, dependendo de condições técnicas, econômicas e ambientais poderá


ser composto por:
– Conduto de baixa pressão e chaminé de equilíbrio;
– Galeria e câmara de carga;
– Canal e câmara de carga;
– Túnel e chaminé de equilíbrio.

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Arranjos de Centrais Hidrelétricas

Corte longitudinal esquemático em CHD mostrando seus principais componentes


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Arranjos de Centrais Hidrelétricas


■ Centrais Hidrelétricas de Derivação (CHV)
- São arranjos onde o barramento é feito em um rio e a descarga em um outro rio.

- Centrais Hidrelétricas de Derivação (CHV) podem ter arranjo de:


– Arranjo de Represamento (CHVR)
– Arranjo de Desvio (CHVD)

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Arranjos de Centrais Hidrelétricas

Corte longitudinal esquemático em CHVR mostrando seus principais componentes


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Arranjos de Centrais Hidrelétricas

Corte longitudinal esquemático em CHVD mostrando seus principais componentes


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Componentes de Centrais Hidrelétricas

Esquema de PCH de desvio com tomada d’água afogada, sistema de baixa pressão conduto/chaminé de
equilíbrio e grupo gerador de eixo horizontal, com turbina Francis, Hélice ou Kaplan
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Componentes de Centrais Hidrelétricas

Esquema de PCH de represamento com tomada d’água afogada e grupo gerador de eixo vertical
com turbina Francis, Hélice ou Kaplan
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Principais Componentes de Centrais


Hidrelétricas
1 Reservatório 9 Válvula na entrada da turbina hidráulica, normalmente com
circuito de desvio (tubulação by-pass)
2 Barragem, que pode ser de concreto, pedra, terra,
enrocamento, mista ou de outro material 10 Turbina hidráulica de eixo horizontal, com caixa espiral,
rotor simples Francis, Hélice ou Kaplan e tubo de sucção
3 Tomada d’água, que pode ser de superfície ou afogada curvado com tronco cônico vertical
4 Sistema grade e limpa-grade da tomada d’água, que pode 11 Volante
ser fixa ou removível
12 Acoplamento direto, podendo ser acoplamento
5 Comporta, válvula permanente ou comporta ensecadeira (transmissão) amplificador com polias e correias ou
(stop log) da tomada d’água engrenagens que permitirá a rotação síncrona do gerador
6 Tubo de aeração da comporta ou da válvula da tomada elétrico ser que a da turbina hidráulica (relação de
d’água transmissão: 6:1)

7 Conduto forçado, que pode estar no todo ou em parte a céu 13 Gerador elétrico ou hidrogerador, que pode ser síncrono
aberto ou enterrado ou assíncrono

8 Junta de dilatação entre dois blocos de ancoragem para 14 Regulador de velocidade óleo-hidráulico, elétrico ou
conduto forçado a céu aberto eletrônico

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Principais Componentes de Centrais


Hidrelétricas
15 Descarga da turbina hidráulica, que pode ocorrer em um 20 Painel de controle, compreendendo os quadros de
tanque (permite manter uma máxima altura de sucção, Hsu), medição, comando e proteção, e cubículos
em canal, ou diretamente no rio (Hsu acompanha as
variações do nível do rio) 21 Ponte rolante ou outro sistema para movimentação de
carga
16 Canal de descarga, que interliga o tanque de descarga
com o rio a jusante 22 Casa de máquinas, que pode ser de vários tipos
arquitetônicos
17 Sistema de medição do nível da água no reservatório,
podendo ser o captor do nível um flutuador, um transdutor de 23 Sistema de apoio para conduto forçado a céu aberto,
nível ou de pressão composto por selas de concreto ou por sistema metálico de
nível de apoio e peças de apoio em pilar de concreto
18 Sistema de medição do nível da água na descarga da
turbina hidráulica, podendo ser o captor do nível um 24 Bloco de ancoragem de concreto, no caso, junto à casa de
flutuador, um transdutor de nível ou de pressão máquinas, fazendo parte das fundações dos grupos
geradores
19 Sistema para remoção no caso de grade removível,
movimentação da comporta fixa ou comporta ensecadeira 25 Sistema de equilíbrio de pressão da válvula na entrada da
(stop log) da tomada d’água turbina hidráulica

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Principais Componentes de Centrais


Hidrelétricas
26 Conduto de pressão, que pode estar no todo ou em parte 33 Guias para comporta ensecadeira (stop log)
a céu aberto ou enterrado
34 Comporta do desarenador da câmara de carga
27 Conduto de baixa pressão que pode estar no todo ou em
parte a céu aberto ou enterrado 35 Canal do sistema de baixa pressão

28 Chaminé de equilíbrio em chapas de aço soldadas ou em 36 Câmara de carga


concreto 37 Vertedouro (extravasor) junto à câmara de carga
29 Tubo de aeração 38 Grade da câmara de carga que pode ser fixa ou removível
30 Válvula na saída da chaminé de equilíbrio ou na saída da 39 Comporta fixa ou ensecadeira na saída do tubo de sucção
câmara de carga
40 Linha de referência para medida da altura geométrica de
31 Sistema de apoio para conduto de baixa pressão a céu sucção da turbina hidráulica
aberto, composto por selas de concreto ou por sistema
metálico de anel de apoio e peças de apoio em pilar de
concreto
32 Junta de dilatação entre dois blocos de ancoragem para
condutos de baixa pressão a céu aberto

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Estudos Hidrológicos
- Vazão de Projeto (QP) - Vazão de Referência (Qr)
Vazão utilizada no dimensionamento dos componentes da CH e Vazão que está associada a uma estimativa de vazão mínima, seja
para a determinação de sua potência instalada com base em históricos (métodos estatísticos) ou em níveis
preestabelecidos (métodos físicos).
- Vazão Mínima Energética (Qm)
Vazão mínima que pode ser turbinada dentro do campo normal de - Vazão Sanitária (Qs)
operação das turbinas Vazão que deve ser mantida no curso d' água visando preservar a
qualidade da água compatível com seus usos a jusante, sendo
estes estabelecidos por critérios normalizados.
- Vazão de Cheia (Qcd)
Vazão de cheia para dimensionamento das obras de desvio, - Vazão Ecológica (Qe)
normalmente com recorrência de 5 anos para PCH, e de 50 a 100
anos para GCH, respectivamente para arranjos com barragem de Vazão que atende às exigências da biota enfocada, seja mantendo
concreto e de terra as condições existentes antes da intervenção antrópica, seja para
garantir condições estabelecidas, que busquem mitigar os
impactos dessa intervenção.
- Vazão de Cheia Excepcional (Qcp)
Vazão utilizada para o dimensionamento das obras permanentes, - Vazão Outorgável (Qou)
normalmente com recorrência de 500 anos para estruturas
galgáveis, por exemplo, barragem de concreto, e de 1.000 anos Vazão assegura ao usuário, observado determinado risco, a
para estruturas não-galgáveis, por exemplo, barragens de terra, no disponibilidade de água para seu uso, qual seja: irrigação,
caso de PCH, e de 10.000 anos para o caso de estruturas das GCH. captação industrial, abastecimento urbano, diluição de efluentes,
garantia de navegação, geração hidrelétrica, dentre outros.

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Estudos Hidrológicos
-Volume Morto (Vm)
É o volume d’água que, em princípio, nunca será utilizada para
fins de geração ou captação de água.

-Volume Útil (Vu)


É o volume disponível para operação do reservatório, ou seja,
ao atendimento das diversas demandas de água, sendo este
volume compreendido entre os níveis máximo e mínimo de
operação do reservatório.

-Volume de Espera (Ve)


É o volume para controle de cheias, corresponde à parcela do
volume útil do reservatório destinada ao amortecimento de
ondas de cheia, visando ao atendimento das restrições de
vazão a jusante do barramento.

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IMPLANTAÇÃO DE
UMA CENTRAL
HIDRELÉTRICA

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Estimativa do Potencial Hidrelétrico


Etapa dos estudos em que é realizada a análise preliminar das
características da bacia hidrográfica, especialmente quanto aos aspectos
topográficos, hidrológicos, ambientais e de uso múltiplo da água, no
sentido de verificar sua capacidade para geração de energia elétrica.

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Estudo do Inventário Hidrelétrico


- Etapa em que se determina o potencial
hidrelétrico de uma bacia, ou rio, e se estabelece
a melhor divisão de quedas.
- Visa a máxima geração de energia, com o menor
custo de implantação e mínima interferência no
meio ambiente.

Pode ser:
- Simplificado – Centrais de menor porte (PCH)
- Pleno – Centrais de grande porte (CGH)

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Estudo do Inventário Hidrelétrico

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Estudo de Viabilidade
- Definição da concepção global do aproveitamento da melhor alternativa de
divisão estabelecida no estudo de inventário.

- Visa a otimização técnico-econômica, ambiental e a avaliação de seus


benefícios e custos associados

- Esta concepção compreende o dimensionamento do aproveitamento, as


obras de infraestrutura local e regional necessárias à sua implantação, o
seu reservatório e respectivas áreas de influência, os outros usos da água e
as ações ambientais correspondentes

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Projeto Básico
- Detalhamento do aproveitamento e definição do orçamento

- Permite a elaboração dos documentos para licitação das obras civis,


fornecimento e montagem de equipamentos

- Realização de estudos e projetos ambientais


- Estudo de Impacto Ambiental – EIA
- Relatório de Impacto do Meio
Ambiente - RIMA

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Projeto Básico
CGH Barra do Leão
Rio Chagu – PR
Potência de 3,00 MW

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Projeto Executivo
- Detalhamento das obras civis do aproveitamento

- Detalhamento dos equipamentos mecânicos, elétricos, hidromecânicos e


eletromecânicos necessários à execução da obra e à montagem dos
equipamentos.

- Nesta etapa são tomadas todas as medidas pertinentes à implantação do


reservatório

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Execução do Empreendimento
- Execução das obras civis

- Fabricação, instalação e testes dos equipamentos mecânicos, elétricos,


hidromecânicos e eletromecânicos

- No final desta etapa a CH deve estar pronta para operar comercialmente


dentro do cronograma

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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

Tomada d’água

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Execução do Empreendimento

Início do tubo de sucção


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Execução do Empreendimento

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Execução do Empreendimento

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USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU


- Localização:
- Rio Paraná (Bacia do Paraná)
- Divisa Brasil-Paraguai
- Reservatório de 1.350 km² com volume útil
de 19x109m³
- Barragem com 7,92km de extensão e 196m
de altura
- Vertedouro com vazão de 62.200m³/s
- Capacidade de geração de 14.000MW
- Queda liquida de 118,4m
- 20 unidades geradoras Francis de 715MW
- Vazão unitária de 690m³/s
- 40.000 trabalhadores diretos
- 12.570.000m³ de concreto (210
Maracanãs)
- Ferro equivalente a 380 Torres Eiffel
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Barragens
- Função: Reter e controlar o fluxo de água

- Utilidades:
- Produção de energia elétrica;
- Abastecimento de água para uso humano e/ou industrial;
- Irrigação;
- Regularização de vazões atenuando os efeitos das enchentes e das secas;
- Navegação;
- Lazer e turismo;
- Disposição de rejeitos de mineração.

- Tipos de Barragens
- Barragem de Concreto;
- Barragem a gravidade, barragem em arco e barragem de contraforte
- Barragem de Terra;
- Barragem de Enrocamento;
- Barragem Mista
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Barragens
- Barragens de Concreto
- Barragem a Gravidade
- Quando a barragem resiste à ação das forças externas devido ao seu próprio
peso.

Yanba Dam, Japão

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Barragens
- Barragens de Concreto
- Barragem em Arco
- Quando apresenta, em planta, uma estrutura curvada engastada nas paredes
rochosas da seção da encostas do vale.

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Barragens
- Barragens de Concreto
- Barragem em Arco

Barragem da UHE Funil – Itatiaia / RJ


Hoover Dam – Nevada / EUA

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Barragens
- Barragens de Concreto
- Barragem de Contrafortes
- O esforço no paramento montante é transmitido à fundação através de uma série
de contrafortes, perpendiculares ao eixo do paramento de montante.

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Barragens
- Barragens de Concreto
- Barragem de Contrafortes

Barragem de Pracana

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Barragens
- Barragens de Terra
- Construída com terra compactada, possuindo, geralmente, um núcleo de material
impermeável com um filtro de drenagem a jusante

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Barragens
- Barragens de Terra

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Barragens
- Barragens de Terra

UHE Chavantes UHE Três Marias

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Barragens
- Barragens de Terra - Alteamento

Alteamento a montante

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Barragens
- Barragens de Enrocamento
- Construída com rochas (pedras) lançadas e rochas arrumadas manualmente ou
mecanicamente. Suas seções transversais têm uma forma intermediária entre a
barragem a gravidade de concreto e a barragem de terra

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Barragens
- Barragens de Enrocamento

UHE Serra da Mesa UHE Foz do Areia

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Barragens
- Barragens Mistas
- É composta de um núcleo de terra compactada e/ou enrocamento, o qual é revestido
com placas de concreto.

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Vertedouro ou Extravasor
- Vertedouro de uma barragem é uma obra construída com o objetivo de escoar o excesso da
água acumulada pelo reservatório, evitando o risco de o nível da água atingir a crista da
barragem.

- Tipos de Vertedouro
- Soleira livre
- Controlado
- Tulipa
- Labirinto

Vertedouro da UHE Itaipu

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Vertedouro ou Extravasor
- Vertedouro tipo soleira livre

Vertedouro soleira livre com paramento de jusante em


degraus
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Vertedouro ou Extravasor
- Vertedouro tipo Controlado

Vertedouro da Usina Foz do Chapecó

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Vertedouro ou Extravasor
- Vertedouro tipo Tulipa
Vertedouro tipo Tulipa
Lago Berryessa,
Califórnia

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Vertedouro ou Extravasor
- Vertedouro tipo Labirinto

Vertedouro tipo Labirinto – PCH Figueirópolis

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Dimensionamento de um Vertedouro

1,5
𝑄𝑐𝑝 = 𝑘𝑒𝑥 ∙ 𝐿𝑒𝑥 ∙ ℎ𝑒𝑥
𝑄𝑐𝑝 = Vazão de cheia excepcional
𝑘𝑒𝑥 = Coeficiente da forma do vertedouro 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑟 − 𝑘𝑒𝑥 = 2,20
𝐿𝑒𝑥 = Comprimento da crista do vertedouro 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑆𝑜𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑎 − 𝑘𝑒𝑥 = 1,51
ℎ𝑒𝑥 = Altura do vertedouro 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑆𝑜𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎 − 𝑘𝑒𝑥 = 1,84

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Turbinas Hidráulicas
- Princípio de Funcionamento
- Conversão de energia através da mudança da quantidade de
movimento da água

- Mudança da quantidade de movimento


- Mudança da DIREÇÃO da velocidade
- Mudança do MÓDULO da velocidade
- Mudança da DIREÇÃO e do MÓDULO da velocidade

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Turbinas Hidráulicas
- Tipos de Turbinas
- Turbinas Tangenciais
- Turbinas Radiais
- Turbinas Diagonais ou Mistas
- Turbinas Axiais
- Turbinas Transversais

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Tangenciais
- Escoamento é tangente ao eixo do rotor
- Ex: Turbinas Pelton
Turbinas Turgo

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Tangenciais

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Radiais
- Escoamento é radial (ou aproximadamente radial) ao eixo do rotor
- Ex: Turbinas Francis Lenta

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Radiais
- Turbina Francis Lenta

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Diagonais
- Escoamento apresenta componente radial e axial ao eixo do rotor
- Ex: Turbinas Francis Normal e Francis Rápidas
Turbinas Dériaz

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Dériaz

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Francis Normal e Rápida

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Turbinas Hidráulicas
- Comparação Turbinas Francis

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Axiais
- Escoamento é axial (ou aproximadamente axial) ao eixo do rotor
- Ex: Turbinas hélice
Turbinas Kaplan
Turbinas Bulbo

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Axiais

Turbina Kaplan

Turbina Hélice
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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Bulbo

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Transversais
- Escoamento é transversal ao eixo do rotor
- O escoamento atravessa os canais das pás passando radialmente de
fora para dentro do rotor e, em seguida, de dentro do rotor novamente
para fora.
- Ex: Turbinas Michell-Banki

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Turbinas Hidráulicas
- Turbinas Michell-Banki

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Seleção da Turbina Hidráulica


- Dados Necessários
- Vazão (Q)
- Altura de queda (H)
- Rotação (n)

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Seleção da Turbina Hidráulica


- Rotação Específica
- Caracteriza a configuração do escoamento no rotor e,
consequentemente, a geometria do rotor.

𝑄1/2 nqA – Rotação Específica


𝑛𝑞𝐴 = 𝑛 3/4 10³
𝑌 n – Rotação do Rotor (rps)
Q – Vazão de projeto (m³/s)
Y – Trabalho Específico (J/kg)
𝑄1/2 g – Aceleração da Gravidade (m/s²)
𝑛𝑞𝐴 =𝑛 3/4
10³
(𝑔. 𝐻) H – Altura de queda (m)

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Conceitos sobre Potência


- Potência Hidráulica (Ph) 𝑃ℎ = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ 𝑄 ∙ 𝐻
- Potência de Eixo (Pe) 𝑃𝑒 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑛 ∙ 𝑇
𝑃𝑒
- Rendimento da Turbina 𝜂𝑇 =
𝑃ℎ
𝑃𝑒𝑙
- Rendimento Gerador 𝜂𝐺𝐸 =
𝑃𝑒

𝑃𝑒𝑙
- Rendimento Global 𝜂𝐺 =
𝑃ℎ

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Perda de Carga

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Perda de Carga
- A perda de energia que o fluido sofre durante o escoamento em uma
tubulação.

- Depende do material do tubo, diâmetro, comprimento e velocidade do fluido

- Tipo:
- Distribuída
- Localizada

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Perda de Carga Distribuída


- Fórmula Universal
𝐿 𝑣2
ℎ𝑝 = 𝑓 ∙ ∙
𝐷 2𝑔 hp - Perda de carga distribuída (m);
f - Fator de atrito (adimensional);
L - Comprimento da tubulação (m);
D - Diâmetro da tubulação (m);
- Fórmula de Hazen-Williams v - Velocidade média do escoamento (m/s);
J – Perda de carga unitária (m/m)
𝑄1,85 Q – Vazão (m³/s)
𝐽 = 10,65 ∙ 1,85 4,87 C – Coeficiente de Hazen-Willians
𝐶 ∙𝐷

ℎ𝑝 = 𝐽 ∙ 𝐿
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Perda de Carga Localizada


𝑣2
∆ℎ = 𝐾 ∙
2𝑔

Perda de Carga Total

ℎ 𝑇 = ℎ𝑝 + ∆ℎ

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Exercício 1
Após realizado todo o estudo das condições de um rio para implantação de
uma usina hidrelétrica, foi verificado que a condição ótima de trabalho é
em um ponto que possui uma vazão (Q) de 10 m³/s e uma altura de queda
(H) de 20m. Qual o tipo de turbina hidráulica recomendado para essa
usina, sendo que ela tem uma rotação de 500rpm?

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Exercício 2
Calcule a perda de carga total na
tubulação da usina, sendo a vazão
igual a 0,10 m³/s e o diâmetro da
tubulação igual a 0,35m. O
comprimento da tubulação é de 180m.
Dados:
- Tubulação de aço galvanizado:
C=125
- Comporta aberta: K = 0,20
- Junta de dilatação: K = 0,15
- Grade: K = 10
- Válvula borboleta aberta: K = 0,15

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Exercício 3
Em um aproveitamento hidrelétrico, encontra-se 140 m de queda liquida.
Sabendo-se que a vazão é de 60 m³/s, o comprimento do encanamento
de adução de aço soldado (C = 115) é de 800m e 4,5 m de diâmetro, o
rendimento total da turbina 92% e do gerador 94%, determine:
a) A potência hidráulica, potência de eixo e potência elétrica do
aproveitamento.
b) A perda de carga distribuída do encanamento.
c) O rendimento total do sistema.

Considere: ρ=1000 kg/m³; g= 9,81 m/s²

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