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CURSO – Delegado da Polícia Civil Nº 65

DATA – 07/06/2017

DISCIPLINA – Direito Administrativo

AULA – 09/12

PROFESSOR – Flávia Campos

MONITOR – Guilherme Augusto

EMENTA:

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1- Contrato de concessão de serviço público

2- Concessão de serviço público precedida de obra pública

3- Concessão patrocinada

4- Concessão administrativas

5- Autorização de serviço público

6- Lei nº 8.987/95

a) Encargos do poder concedente

b) Encargos da concessionária

c) Responsabilidade civil

d) Licitação

e) Extinção do contrato de concessão

Lei nº 11.709/04

CONSÓRCIOS PÚBLICOS

1
Lei nº 11.107/05

a) Entes consorciados

b) Natureza jurídica

c) Procedimento

ATOS ADMINISTRATIVOS

1- Silêncio administrativo

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Continuação de serviços públicos, concessão e permissão de serviço público.

Artigos que apresentam o conceito de concessão de serviço público

Há quatro espécies de concessão de serviços públicos:

1- Contrato de concessão de serviço público

Art. 2º, inciso II da Lei nº 8.987/95.


o
Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

...

II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado;

2- Concessão de serviço público precedida de obra pública

Art. 2º, inciso III da Lei nº 8.987/95.


o
Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

...

III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total
ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse
público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização,
2
por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e
amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

PPP

3- Concessão patrocinada

Art. 2º, § 1º da Lei nº 11.079/04


o
Art. 2 Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

o
§ 1 Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
o
trata a Lei n 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

4- Concessão administrativas

Art. 2º, § 2º da Lei nº 11.079/04


o
Art. 2 Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

...

o
§ 2 Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens.

Permissão Art. 2º, IV e Art. 40 da Lei nº 8.987/95.


o
Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

...

IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da


prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que
observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação,
inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder
concedente.

Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.

5- Autorização de serviço público

Art. 175 da CR/88. Concessão e permissão;

Art. 21, XI e XII da CR/88 Concessão, permissão e autorização

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Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter


especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. 21. Compete à União:

...

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de


telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação
de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de


água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras


nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

1ª Corrente: Defende do entendimento Hely Lopes Meirelles, Maria Sylvia Zanella Di


Pietro existe a autorização do serviço público.

Conceito de autorização de serviço público para estes autores: A autorização de serviço


público é ato administrativo, precário e discricionário que delega a prestação de um serviço a ser
prestado no interesse do particular.

Ex. pessoa muito rica dona de fazenda onde tem um grande rio e quer construir uma mini-
hidrelétrica para geração de energia para à fazenda (próprio interesse) tem que pedir autorização.

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2ª Corrente: José dos Santos Carvalho Filho, Celso Antônio Bandeira de Melo e Marçal
Justen Filho, defendem que não existe o nome autorização do serviço público e sim uma
necessidade do consentimento do ente em virtude do poder de polícia.

Para a segunda corrente a autorização não é de serviço público, mas sim uma
necessidade do consentimento de polícia.

Dica ver o edital se está elencado a matéria de autorização de serviço público.

6- Lei nº 8.987/95

Poder concedente

É o titular do serviço – os entes federativos recebem a titularidade de serviços públicos.


o
Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja


competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública,
objeto de concessão ou permissão;

Descentralização - Possibilidade de o ente federativo passar a atividade para outra pessoa


jurídica. A concessão e permissão são formas de descentralização.

Obs. Art. 2º, § 3º da Lei nº 11.107/05

O consórcio público é a união de entes federativos na busca de interesse comum. Ex. APO
– Autoridade Pública da Olimpíada.
o
Art. 2 Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que
se consorciarem, observados os limites constitucionais.

...

o
§ 3 Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras
ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que
deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as
condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.

O consorcio público também poderá figurar como poder concedente.

a) Encargos do poder concedente

Art. 29 e 30 apresenta as obrigações no contrato concedente.

Ex. Estação fez concessão para administrar rodovia. O Art. 32 traz a chamada intervenção.

O poder concedente vai ate a concessionária para fiscalizar o cumprimento do contrato,


verificar se há alguma irregularidade.

- primeiro momento é um Decreto do Chefe do Poder Executivo que determina a


intervenção, fundamentando o motivo, o tempo, como será...

5
- Dever de instaurar Processo Administrativo para garantir contraditório e ampla defesa,
nesse momento quem esta a frente do serviço é o poder concedente.

- Se não encontrou irregularidade o interventor presta contas e devolve o serviço para a


concessionária.

- Encontrou irregularidade o contrato ocorrerá à extinção do contrato. A concessionária


cometeu a irregularidade é a caducidade.

b) Encargos da concessionária

Art. 31, da Lei nº 8.987/95

Obs. Art. 31, inciso VI, Lei nº 8.987/95, em diversas situações ocorre à desapropriação
para ampliação do serviço público.

Desapropriação tem duas fases:

 Declaratória: decreto do chefe do executivo que declara a necessidade pública


daquele bem pertencente à ao sujeito. Em regra a declaração só pode ser feita
pelos entes federativos.

 Executória: concessionária pública somente atua na fase executória desde que


autorizada. A concessionária só pode executar a desapropriação. Não tem
participação na fase declaratória.

Art. 31. Incumbe à concessionária:

...

VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente,


conforme previsto no edital e no contrato;

c) Responsabilidade civil

Responsabilidade objetiva, Art. 37, § 6º da CR/88.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

...

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços


públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Obs. 1– Ex. Maria atropelada por ônibus da concessionária X, na ação a concessionária


diz que não tem dinheiro.

Há responsabilidade subsidiária do poder concedente pelo dano.

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Obs. 2 – As Parcerias Público Privadas – PPP’s dividem os riscos entre concessionárias e
poder concedente. Sendo assim, pode-se dizer que a responsabilidade é solidária.

As PPP tratam a ideia de divisão de riscos, e assim conseguir executar contratos onerosos
(caros)

Obs. 3 – O terceiro é usuário e não usuário do serviço público, recaindo a responsabilidade


objetiva.

RE 591.874/ MS.

d) Licitação

Tanto concessão quanto permissão devem ser precedidas de licitação. Modalidade de


licitação:

 Concessão de serviço público, de acordo com a lei deve ser precedida de licitação
na modalidade concorrência;

 Permissão, a lei não prevê uma modalidade específica.

Art. 15 da Lei nº 8.987/95 apresenta tipos de licitação.

Inciso I, menor preço de tarifa;

Art. 18 – A da Lei nº 8.987/95, possibilidade de inversão de fases da licitação, habilitação e


do julgamento.

e) Extinção do contrato de concessão

Art. 35 da Lei nº 8.987/95 enumera as formas de extinção:

1- Advento do termo contratual é o fim do prazo, extinção natural;

2- Falência, extinção da pessoa jurídica, morte ou incapacidade de pessoa física, pois o


contrato de concessão tem o caráter “intuito personae”;

3- Anulação, extinção do contrato em virtude de ilegalidade; pode ser feito pela


Administração (Auto tutela) ou pelo Poder Judiciário.

4- Rescisão, extinção do contrato de concessão por culpa do poder concedente.

A concessionária deve pedir a extinção administrativamente ou judicialmente.

Rescisão do contrato administrativo há mais três sentidos:

Direito civil – por culpa de qualquer uma das partes;

Lei nº 8.666/93 – Art. 78 por culpa de qualquer das partes, e sem culpa de ninguém
(interesse público);

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Lei nº 8.987/95 – culpa do poder concedente

5- Caducidade, a caducidade é a extinção do contrato por culpa da concessionária;

Caducidade há mais 2 sentidos:

Ato administrativo é a extinção do ato em virtude de uma lei nova. Ex Dono de espetinho,
com mesas na calçada. Deve pedir autorização de uso de bem público para colocar mesas na
calçada. Certo tempo depois surge lei nova proibindo a ocupação das calçadas com mesas. Para
o ato administrativo ocorreu à caducidade.

Contrato de concessão culpa da concessionária.

6- Encampação, (resgate) extinção do contrato em virtude do interesse público. Não tem


mais conveniência e oportunidade. Ex. Transporte público por bonde, não tem mais interesse.

Obs. Art. 37 da Lei nº 8.987/95, para a encampação precisa de requisitos

 Autorização legislativa;
 Indenização prévia.

Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o
prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e
após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

7- Reversão de Bens

Art. 35 e 36 da Lei nº 8.987/95

Art. 35. Extingue-se a concessão por:

I - advento do termo contratual;

II - encampação;

III - caducidade;

IV - rescisão;

V - anulação; e

VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular,


no caso de empresa individual.

o
§ 1 Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e
privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no
contrato.

o
§ 2 Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente,
procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.

o
§ 3 A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder
concedente, de todos os bens reversíveis.

8
o
§ 4 Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à
extinção da concessão, procederá aos levantamentos e avaliações necessários à
determinação dos montantes da indenização que será devida à concessionária, na forma dos
arts. 36 e 37 desta Lei.

Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas
dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que
tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço
concedido.

É a transferência dos bens da concessionária para o poder concedente ao fim do contrato


de concessão previsto no Edital.

De acordo com a lei há que se falar em indenização desde os bens não estejam
deteriorados ou não tenham sido amortizados.

Lei nº 11.709/04.

Parcerias Público-Privadas são espécies de concessão de serviço público

Conceito: Art. 2º, § 1º da Lei nº 11.709/04:


o
Art. 2 Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

o
§ 1 Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
o
trata a Lei n 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Concessão patrocinada – a remuneração da concessionária será de duas formas:

 Tarifa paga pelo usuário;


 Contraprestação paga pela administração pública.

Art. 2º, § 2º da Lei nº 11.709/04.

Concessão administrativa – só tem contraprestação da administração pública. Não tem


cobrança de tarifa.

A administração pública será usuária direta ou indireta do serviço. Ex. PPP de presídios.
o
Art. 2 Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

...

o
§ 2 Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens.

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Art. 2º, § 4º da Lei nº 11.709/04, Características:

Valor mínino não existe a possibilidade de firmar contrato de PPP com valor menor do que
de R$ 20 milhões;

Prazo mínimo de 5 anos; e Art. 5, inciso I da Lei nº 11.709/04, prazo máximo de 35 anos;

Não é possível contrato de PPP seja simplesmente contrato para fornecer bens, materiais
e mão de obra.

Art. 4º, inciso VI e Art. 5º, inciso III da Lei nº 11.709/04, repartição objetiva de riscos. A
responsabilidade das PPP’s é solidaria.

Art. 10, § 3º da Lei nº 11.709/04, se o contrato a ser firmado for PPP patrocinado e a
contraprestação for maior que 70% do valor total do contrato, é necessário uma autorização
legislativa.

Crítica – autorização legislativa acabe ferindo a separação dos poderes. E na concessão


administrativa que é 100% é da administração a lei não fala.

Art. 10, 12 e 13 da Lei nº 11.709/04, modalidade de licitação concorrência.

Art. 9º da Lei nº 11.709/04, no contrato de PPP necessariamente deve se criar uma SPE –
Sociedade de Propósitos Específicos. É uma forma de organizar e facilitar o controle do poder
concedente relativo àquele contrato de PPP.

O momento de se firmar essa SPE é antes do contrato.

CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Art. 241 da CR/88.

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei
os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a
gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.(Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Lei nº 11.107/05

Consorcio público é a união de entes federativos para união de interesse comum. Ex. APO
(União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios).

a) Entes consorciados

Entes federativos.

Anteriormente a União firmava diversos consórcios com o município. Agora a União só


pode firmar contratos de consórcio se o respectivo Estado também integrar o contrato, conforme
Art. 1º, § 2º da Lei nº 11.107/05.
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o
Art. 1 Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum
e dá outras providências.

...

o
§ 2 A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

b) Natureza jurídica

Art.6º da Lei nº 11.107/05, quando firma o consórcio cria-se uma nova pessoa jurídica.

A pessoa jurídica criada em virtude desse consórcio pode ser de:

 Direito público; o consorcio de público de direito público recebe o nome de


associação pública, e vai integrar a administração indireta de dos os entes
consorciados (União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios).

Art. 41, inciso IV do Código Civil, as associações públicas como faz parte da
administração indireta é uma espécie de autarquia. Podendo ser chamada de
autarquia Inter federativa, transfederativa, etc.

 Direito privado. Não recebe nome especial. A doutrina afirma que esse consorcio
público de direito privado também ira integrar a administração indireta de todos os
entes consorciados. Sendo esta empresa pública.

o
Art. 6 O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de
ratificação do protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.

o
§ 1 O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração
indireta de todos os entes da Federação consorciados.

o
§ 2 No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público
observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração
de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT.

c) Procedimento

Primeiro passo é assinar um protocolo de intenções; (minuta do contrato, ata de reunião


da finalidade do consórcio, modelo do consórcio) Art. 3º e 4º da Lei nº 11.107/05;

Cada ente de ter Lei ratificadora do protocolo de intenções, Art. 5º da Lei nº 11.107/05;

Reuni-se para assinatura do contrato de consórcio, Art. 5º da Lei nº 11.107/05;


11
o
Art. 3 O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia
subscrição de protocolo de intenções.

o
Art. 4 São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:

I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio;

II – a identificação dos entes da Federação consorciados;

III – a indicação da área de atuação do consórcio;

IV – a previsão de que o consórcio público é associação pública ou pessoa jurídica de direito


privado sem fins econômicos;

V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, autorizar o consórcio público a


representar os entes da Federação consorciados perante outras esferas de governo;

VI – as normas de convocação e funcionamento da assembléia geral, inclusive para a


elaboração, aprovação e modificação dos estatutos do consórcio público;

VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância máxima do consórcio público e o


número de votos para as suas deliberações;

VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio público


que, obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação
consorciado;

IX – o número, as formas de provimento e a remuneração dos empregados públicos, bem


como os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público;

X – as condições para que o consórcio público celebre contrato de gestão ou termo de


parceria;

XI – a autorização para a gestão associada de serviços públicos, explicitando:

a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio público;

b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área em que serão prestados;

c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, permissão ou autorização da prestação dos


serviços;

d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa, no caso de a gestão associada


envolver também a prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos entes da
Federação consorciados;

e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de outros preços públicos, bem como
para seu reajuste ou revisão; e

XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando adimplente com suas obrigações, de exigir
o pleno cumprimento das cláusulas do contrato de consórcio público.

o
§ 1 Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera-se como área de atuação do
consórcio público, independentemente de figurar a União como consorciada, a que
corresponde à soma dos territórios:

I – dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios ou por
um Estado e Municípios com territórios nele contidos;

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II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for,
respectivamente, constituído por mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o
Distrito Federal;

III – (VETADO)

IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito
Federal e os Municípios; e

V – (VETADO)

o
§ 2 O protocolo de intenções deve definir o número de votos que cada ente da Federação
consorciado possui na assembléia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente
consorciado.

o
§ 3 É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas contribuições
financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a doação,
destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências ou cessões de
direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos.

o
§ 4 Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhe
servidores, na forma e condições da legislação de cada um.

o
§ 5 O protocolo de intenções deverá ser publicado na imprensa oficial.

o
Art. 5 O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do
protocolo de intenções.

o
§ 1 O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por
apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.

o
§ 2 A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subscritores,
implicará consorciamento parcial ou condicional.

o
§ 3 A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do protocolo de intenções
dependerá de homologação da assembléia geral do consórcio público.

o
§ 4 É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes
de subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio
público.

Podendo ter contrato de:

Contrato de rateio – divide a questão financeira (orçamento, despesas), Art. 8ª da Lei


nº 11.107/05.
o
Art. 8 Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante
contrato de rateio.

o
§ 1 O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência
não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham
por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em
plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros
preços públicos.

o
§ 2 É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o
atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.

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o
§ 3 Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são
partes legítimas para exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.

o o
§ 4 Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar n 101, de
4 de maio de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que
sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, todas as despesas realizadas com os
recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser contabilizadas
nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das
atividades ou projetos atendidos.

o
§ 5 Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que
não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para
suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio.

 Contrato de programa – dividem as atividades (quem toma conta de que), Art. 13


da Lei nº 11.107/05.

O consórcio público de direito público, associação pública, é criada por lei ratificadora.

O consórcio público de direito privado, é autorizado pela lei ratificadora, mas só é criado
como o seu registro.

Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu
representante na assembléia geral, na forma previamente disciplinada por lei.

o
§ 1 Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão
revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou
no instrumento de transferência ou de alienação.

o
§ 2 A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já
constituídas, inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio
pagamento das indenizações eventualmente devidas.

ATOS ADMINISTRATIVOS

É a manifestação unilateral de vontade da administração ou de quem lhe faça às vezes


com base no Direito Público para o exercício da função administrativa.

Unilateral – administração manifestando a sua vontade.

Um procedimento licitatório do poder legislativo são atos administrativos.

Fundamento no Direito Público, pois existem atos do direito privado.

Função administrativa, e não atos políticos.

1- Silêncio administrativo

Em certas situações a Lei determina a consequência do silêncio.

Não tem lei ou não menciona prazo, pode pedir a administrativamente ou judicialmente.

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O Poder Judiciário não pode editar o ato, sob pena de ferir a separação de poderes, ele só
pode declarar a mora colocando inclusive prazo.

Para Celso Antônio se for ato vinculado o Poder Judiciário pode editar o ato. Entendimento
minoritário.

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