Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Alunas: Adriana Camargo Turma H NF VIII


Alessandra Garcia
Letícia Veríssimo
Patrícia Andrade
Sarah Barbosa
Profa. Jacqueline

A velha universidade continua resistindo

Algumas observações sobre a LDB são necessárias, como estimular a

criação e o pensamento reflexivo, que traz consigo a distancia da prática

mesmo sendo um item necessário ao mundo moderno, à importância do

diploma e não ao poder de reconstruir através da pesquisa. Essa pesquisa se

torna instrumento enquanto deveria ser peça fundamental dessa reconstrução.

Outro fator é a divulgação que se torna museu, onde os estudos ficam

presos nas universidades e não são levados ao mundo para que mudanças

ocorram. É um conhecimento vazio e cumulativo.

Acumular conhecimentos também não é o principal. Repassar para outra

geração sem transformá-lo é ação sem sentido.

Outro ponto é não se chegar a um consenso da importância real das

universidades.

Muitas universidades colocam a educação como ensino,

descontextualizado e sem reconstrução, onde profissionais diplomados não

conseguem enfrentar os desafios.

Quando o ano letivo é definido em 200 dias, os alunos ficam

condicionados à freqüência, mas isto não garante o aprendizado, pois o fato de

“dar aulas” é ineficiente e não garante a aprendizagem.


Dizer que o ensino noturno é o mesmo do diurno é acreditar que o

ensino não significa nada, mesmo sabendo que alunos do noturno trabalham

muitas vezes o dia todo.

O termo estudo não garante a transformação, pois a pesquisa não está

vinculada, que é a parte essencial para a reconstrução do conhecimento.

Instituir as universidades públicas aos mesmos modelos de outros

setores do funcionalismo leva aos mesmos problemas, excesso de funcionários

mal qualificados e desnecessários, buscando a universidade resistirem a

mudanças e deixando de produzir qualitativamente.

O discurso da universidade pública é ilusório, pois as pessoas pobres

não chegam às universidades, então não existe qualquer ligação de mudar os

rumos de uma sociedade desigual.

Avaliar quem avalia é necessário para mostrar a qualidade da educação.

Manter as universidades com professores desqualificados é um atraso para a

sociedade, pois mantém aulas meramente expositivas, mantendo a velha

dicotomia entre quantidade e qualidade.

Os investimentos acabam tornando sem função clara, pois o que vale

investir numa instituição quase falida de conhecimentos modernos e uma

reconstrução constante?

A resistência à avaliação externa mostra que universidades e MEC não

falam a mesma língua, onde um rejeita e o outro impõe.

A autonomia é vista como liberdade sem responsabilidade e prestação

de contas, mostrando a fragilidade da educação julgando que o congresso faz

uso indevido de verbas enquanto a universidade tem de prestar contas.


A universidade sabe que o governo quer apenas o controle e não a

responsabilidade, mas não se organiza para mudar isso, pois a lei obriga um

professor a trabalhar 8 horas diárias. Não é a mesma que obriga um

parlamentar a cumprir sua carga horária.

A obrigatoriedade em dar aula não é a mesma que garante ao aluno

acesso à pesquisa e conhecimento.

Conclusão

Percebemos que a universidade criada nos moldes da LDB de acordo

com os interesses do Estado, busca romper esses limites de controle como

avaliações externas e prestação de contas, porém não conseguiu sozinha

mudar conceitos de ensino para educação, de aulas para pesquisa, quantidade

para qualidade acompanhando uma sociedade em transformação. Ela também

necessita de mudanças. Mas quais? Como? Se ela “ensina” os alunos e não os

levam à pesquisa, a procurar alternativas, como mudar a visão da transmissão

para a construção?

Como uma universidade que não forma alunos para criação e busca de

teorias pode sozinha mudar a si mesma?

Fica o desejo de superar, porém, é necessário definir o quê, por quê,

para quê e fugir de regras impostas baseadas em interesses de poucos, mas

baseadas em argumentos sólidas e não meramente revoltosos.

As mudanças precisam acontecer nas pessoas que fazem as políticas

públicas. Certamente essas pessoas terão acesso às universidades, bastam

saber quais são os valores que irão adquirir neste tempo.

Você também pode gostar