Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução: Derivada
F ( x) 2 x 2 5 x 2 derivação
f ( x) 4 x 5 [ sendo F ( x) f ( x) ]
f ( x) 4 x 5 integração
F ( x) ?
Primitiva ou Antiderivada
A INTEGRAL INDEFINIDA:
x 1
dx x c x dx
e c com e 1
1
Assim como na derivação, a integração [indefinida] também usufrui da propriedade da linearidade. Assim:
i) k f ( x) dx k f ( x) dx
ii) f ( x) g ( x) dx f ( x) dx g ( x) dx
De forma mais sintética e abrangente, podemos escrever: k f ( x) g ( x) dx k f ( x)dx g ( x)dx
Destacamos ainda que:
d
dx
f ( x) dx f ( x)
Ou seja, a derivada da integral de uma dada função f (x) é a própria função f (x) .
Página 1 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
Assim, a integral (4 x 5) dx é:
1 2
(4 x 5) dx = 4 x dx + 5 dx = 4. x dx 5. dx 4 x 5 x c 2 x 2 5x c
2
Note que todas as funções:
F1 ( x) 2 x 2 5x 14
F2 ( x) 2 x 2 5x 8
têm suas derivadas iguais a: f ( x) 4 x 5 [ sendo F ( x) f ( x) ]
F3 ( x) 2 x 2 5x 3
F4 ( x) 2 x 2 5x
Isso justifica a existência da constante de integração “c” na transformação em questão [integral indefinida], pois
para uma determinada função, existem infinitas primitivas que a satisfazem.
Perceba que, se não tivermos nenhuma informação adicional, não poderemos dizer com exatidão qual a função
que originou a derivada f ( x) 4 x 5 , por exemplo.
Exemplos:
10 e
dx 10. e x dx 10e x c
x
a)
x3
b) (3x 5) dx 3x dx 5 dx 3. x dx 5. dx 3 5x c x 3 5x c
2 2 2
3
x5 x 2
c)
[10 x 4 6 x 3 ] dx 10. x 4 dx 6. x 3 dx 10
5
6
2
c 2 x 5 3x 2 c
EXERCÍCIOS:
1) Encontre a antiderivada mais geral das funções integrando-as, e verifique suas respostas, diferenciando-as.
a) f ( x) 21x 2 8x 3 b) y 14 x 6 5x 3 2 x 1 c) f ( x) 5x1/ 4 7 x 3 / 4
Em funções, como a proposta em [k], devemos fazer alguns “ajustes”, antes da integração. Veja:
2 1 2 1
2
1 1
t t dt t 2t t t 2 dt t 2 t 2 dt (t 2 t ) dt t dt 2 dt t dt
2 2 2 2
Página 2 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
s 2 2s 5 4x3 2x6 A4 A2 5
a) s ds b) x6
dx c) A2
dA
x5 2x 5 u2 3 u 9x 2 6x5
d) x 4 dx e) u 2 du f) x
dx
Em funções, como a proposta em [b], devemos fazer alguns “ajustes”, antes da integração. Veja:
5
1a) 7 x 3 4 x 2 3x c 1b) 2x7 x 4 x 2 x c
4
20 3 / 4 20 4 3
1c) 4x5 / 4 4x 7 / 4 c 1d) x 2 x1 / 2 c ou x 2 x c
3 3
4 7/4 44 7
1e) 12 x 4 / 3 c ou 123 x 4 c ou 12 x 3 x c 1f) a 3a 7 / 3 c ou a 33 a7 c
7 7
5 4 5 8 5
1g) u 13u 1 4u c 1h) m c ou c
12 4 4m 8
1 2 3 1
1i) v 7 v 3 v c 1j) 2 x 3 / 2 6 x1/ 2 c
7 5 2 x2
1 3 1
1k) t 2t c
3 t
1 2 2 1
2a) s 2s c 2b) 2 x 2
5 c
2 x x
1 3 5 1 2 5 1
2c) A A c 2d) x 3
2 c
3 A 2 3x x
6 18 5 / 2 12 11/ 2 6 5/ 2
2e) u c 2f) x x c ou x (33 10 x 3 ) c
u 5 11 55
REGRAS DE INTEGRAÇÃO
1 sen
Diversas funções, como por exemplo: f ( x) , g ( x) 2 , f ( ) , y ln(x) entre muitas outras,
x
x cos2
não são integráveis através das duas regras básicas vistas até aqui. Além disso, o processo de “deduzir” a
primitiva através das regras de derivação pode ser consideravelmente complicado para funções como essas.
Pensando nisso, através de procedimentos algébricos [como a “inversão” de fórmulas de derivadas] foi possível
criar uma TABELA que possibilitasse integrar diversos tipos de funções mais rapidamente, visando facilitar a
resolução de problemas científicos que envolvessem tais funções. As integrais, que podemos encontrar [calcular]
diretamente pela tabela, chamamos de INTEGRAIS DIRETAS ou INTEGRAIS IMEDIATAS.
Página 3 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
TABELA DE INTEGRAIS
dx x c x
dx
1
ln
xa
c
1
2
a 2
2a xa
x
dx x 1 c, e 1
1 dx x
1
a2 x2
arcsen c
a
x dx ln x c dx
1 x a
ln x x 2 a 2 c
sen ax dx a cos ax c
2 2
1 ln x dx x ln x x c
cos ax dx a sen ax c sec x dx ln sec x tg x c
1
sec ax dx a tg ax c cosec x dx ln cosec x cotg x c
2
x a2
x a dx 2 x a 2 ln x x a c
1
cosec ax dx a cotg ax c
2 2 2 2 2 2 2
1 x a2 x
tg ax dx a ln sec ax c arcsen c
2 2 2 2
a x dx a x
2 2 a
1 dx x
tg ax dx a ln cos ax c senx ln tg 2 c
1
cotg ax dx a ln cosec ax c
dx
senx ln cosec x cotg x c
1
cotg ax dx a ln sen ax c dx
cos x ln tg x 4 c
1 ax
e dx a e c
ax
dx
cos x ln tg x sec x c
1
a dx ln a a c sen h x dx cos h x c
x x
dx
1 x 2 arctg x c cos h x dx sen h x c
sec h x dx tg h x c
2
dx 1 x
a 2 x 2 a arctg a c
cosech x dx cotg h x c
2
dx 1 ax
a 2 x 2 2a ln a x c sec x tgx dx sec x c
Nota: Com uma rápida pesquisa em livros ou mesmo na internet, você encontrará tabelas mais “amplas”,
abrangendo uma gama maior [e mais específica] de funções com as suas respectivas integrais imediatas.
Entretanto para nosso estudo, a tabela acima é mais que suficiente, pois uma infinidade de funções terá sua
integral apresentada na tabela acima, fazendo uso conveniente de alguns artifícios e propriedades algébricas.
Veremos isso a seguir.
Página 4 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
1 12
a) 14 dx f) 2 x dx k) x 9
2
dx
3
[ 9 tg (3x) 25 e 5x 4sen 2 x dx 8 1 x 2 dx
5x
b) ] dx g) l)
1 5
(4m cos m) dm
3
c) dx h) m) dx
x sen ( x)
1
14e 2 x 2 16 dx
3
d) dx i) dx n)
x 12
dx
( 3 14v3 ) dv senh (u) du
v
e) j) o)
x 92
ln x 4
2) Mostre que: 2
dx 2 ln x dx
6
(2 x) x dx [ 8 cos 4x
3
a) x dx c)
2
e) x 2 ] dx
x
3 A2 14 1
b) sen 7 d d) A2
dA f)
3 ( x 1)
2
x 2 dx
3v 7v 4 1
1d) 14e x c
3
1e) c 1f) ln | x | c
ln 3 2 2
3
1g) ln | x | 2 cos(2 x) c 1h) m sen(m) c
4
1i) arc tg ( x) c
5
1 x x 3
1j) arc tg c 1k) 2 ln c 1l) 4 x 1 x 4arc sen ( x) c
2
3 3 x3
x 1o) cosh (u ) c
1m) 5 ln tg c 1n) x x 16 16 ln | x
2
x 2 16 | c
2
4 2 1
3a) x3/ 2 x5/ 2 c 3b) 7 cos c 3c) x 3 6 ln | x | c
3 5 7 3
14 3 1
3d) 3 A c 3e) 2sen (4 x) x5/ 3 c 3f) [arc tg ( x) x 3 ] c
A 5 3
Página 5 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO
Muitas funções [em aplicações científicas e tecnológicas] se configuram de tal maneira que não estão
contempladas na tabela de integrais imediatas, vista anteriormente. Para tanto, aplicaremos algumas técnicas
que as “transformarão” em alguma das funções presentes na tabela em questão. Existe uma grande quantidade
de técnicas aplicáveis. Vejamos algumas delas:
u g ( x)
Dada a integral f ( x) dx , fazendo a substituição:
du g ( x)dx
sendo g (x) “parte” de f (x) , chegamos
Exemplos:
x sen x dx .
2
a) Calcule:
Resolução:
du du
Fazendo u x2 2x du 2 x dx x dx
dx 2
Temos:
1
du 1 1
x sen x 2 dx sen x 2 x dx sen u sen u du ( cos u) c (cos u ) c
2 2 2 2
1
x sen x dx cos x 2 c
2
Agora, “voltando” à variável x , encontramos:
2
xe
x2
b) Determine dx .
Resolução:
du du
Fazendo u x2 2x du 2 x dx x dx
dx 2
2
eu ex
xe e
du 1 x2
Temos:
x2
dx x2
x dx e
u
eu du c u x e dx
x2
c
2 2 2 2
(2 x 2 x 3)10.(2 x 1) dx .
2
c) Encontre:
Resolução:
du du
Fazendo u 2x 2 2x 3 4x 2 du 2.(2 x 1) dx (2 x 1)dx
dx 2
du 1 10 1 u11 u11
(2 x 2 x 3) .(2 x 1) dx u
2
u du c c
2 10 10
Temos:
2 2 11 22
(2 x 2 2 x 3)11
1
(2 x 2 2 x 3)10.(2 x 1) dx c (2 x 2 2 x 3)11 c
22 22
Página 6 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
dx
d) Determine: (3x 5) 8
.
du du
Resolução: Fazendo u 3x 5 3 du 3 dx dx
dx 3
Temos:
dx 1 1 du 1 1 1 8 1 u 7 u 7
(3x 5)8
(3x 5)8
dx
u8 3
3 u8
du
3
u du
3 7
c
21
c
(3x 5) 7 1
dx
Agora, “voltando” à variável x : c c
(3x 5) 8
21 21.(3x 5) 7
Observação: Analise cuidadosamente os exemplos apresentados e perceba que a regra da integração por
substituição corresponde à regra da cadeia para a derivação.
EXERCÍCIOS:
4x x (x x 2 7) 5.(3x 2 2 x) dx
3
01) cos x 4 dx 02)
2
sen x 3 dx 03)
3
cos( x )
6x.( x 2) 2 / 3 dx x .( x 3)1/ 2 dx
2 3 4
04) 05) 06) dx
x
et
3sen 2 x 2 dx (e 2) .e dt et 4 dt
2t 1 / 3 2t
07) 08) 09)
e1/ x 2 sen x
x 2 dx sen x . cos x dx cos
4
10) 11) 12) 5
dx
x
3
x.(ln 3x) x e
4 x5
sec (5x 3)dx
2
13) 2
dx 14) dx 15)
7 1
16) x 2 dx 17) x. 1 x 2 dx 18) x 1 ln x
dx
v2 1
19) x . x 1 dx
2 5 3
20) (v 3 2) 2 dv 21) 3 y 1
dy
x2 1
22) x 9
3
dx 23) x ( x 1) 3
dx 24) t .(t
3 4
K )8 dt
x dx
25) x sen (4x
2
1) dx
26) x. x 1 dx
2 27) 2x 2 3
1 x
3 e
x 2 5 1 x
28) 2 x dx 29) x
dx 30) dx
1
e
cos x
31) sen x .e dx 32) dx
x
. x
Página 7 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
1 ( x 3 x 2 7) 6
01) sen x c
4
02) cos x 3 c 03) c
3 6
9 2 1 4
04) ( x 2) 5 / 3 c 05) ( x 3) 3 / 2 c 06) 2sen ( x ) c
5 6
3 3 2t
07) cos 2 x c 08) (e 2) 4 / 3 c 09) ln | et 4 | c
2 2 8
1
2 ( sen x) 5 1
10) e x
c 11) c 12) c
x 5 4(cos x) 4
ex
5
3 1
13) c 14) c 15) tg (5 x 3) c
ln 3x 5 5
1
16) 7 ln | x 2 | c 17) (1 x 2 ) 3 / 2 c 18) 2 1 ln x c
3
5 3 1 2
19) ( x 1) 6 / 5 c 20) c 21) 3 y 1 c
18 3(v 2)
3
3
2 3 1 1 4
22) x 9 c 23) c 24) (t K ) 9 c
3 ( x 1) 2 36
1 1 1
25) cos(4 x 2 1) c 26) ( x 2 1) 3 c 27) 2x 2 3 c
8 3 2
3 x 5
2
4
28) c 29) (1 x ) 3 / 2 c 30) e1 x c
ln 3 3
31) ecos x c 32) 2e x
c
Já vimos que algumas funções não podem ser integradas por comparação imediata na tabela de integrais.
Assim, nesses casos, aplicamos uma substituição conveniente [de variável] para realizar a integração.
Entretanto, existem situações em que isso não será suficiente. Em muitos desses casos, poderemos integrar
fazendo uso de uma técnica que chamamos de “integração por partes”. Vejamos:
Vamos considerar uma função [composta] definida pelo produto de duas funções f(x) e g(x), sendo estas funções
deriváveis no intervalo I. Através da regra de derivação do produto de funções, temos que:
f ( x) g ( x) f ( x) g ( x) f ( x) g ( x)
f ( x) g ( x) f ( x) g ( x) g ( x) f ( x)
Fazendo: u f ( x) du f ( x) dx e v g ( x) dv g ( x) dx
Página 8 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
Exemplos:
Lembrete:
u dv u v v du
xe
x
a) Calcule: dx
Resolução:
Fazendo ux du dx
dv e dx dv e dx v ex
x
x
x e dx x e x e x dx x e x e x c e x.( x 1) c
x
Temos:
b) Determine x sen x dx .
Resolução:
Fazendo ux du dx
dv sen x dx dv sen x dx v cos x
c) Encontre: x ln x dx
Resolução:
1
Fazendo u ln x du dx
x
1 2
dv x dx dv x dx v
2
x c
Agora então:
1 1 1
x ln x dx (ln x) x 2 2x
2
dx
2 x
1 2 1
x ln x dx
2
x ln x x dx
2
1 2 1 1
x ln x dx
2
x ln x x 2 c
2 2
1 2 1
x ln x dx
2
x ln x x 2 c
4
2 x 2 ln x x 2
x ln x dx 4
c
x 2 (2 ln x 1) 1 2 1
Assim: x ln x dx 4
c ou x ln x dx x ln x c
2 2
Página 9 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
u p( x) é um polinômio
Fazemos:
dv [ função transcendente ] dx
Nota:
Existe ainda o acróstico “LIATE” que pode ser aplicado em boa parte dos casos. Veja:
u dv
L I A T E
Logarítmicas Exponenciais
Detalhe: Você deve ter percebido que é muito importante neste processo que você seja capaz de identificar, com
clareza, as funções envolvidas. O que são funções transcendentes? E algébricas?
EXERCÍCIOS:
y
01) x .e
x
dx 02) x .e
3x
dx 03) e2 y
dy
ln x
04) x cos 3x dx 05) x . ln x dx 06) x
dx
ln x
x . ln x dx x sen 2 x dx
2
07) 08) dx 09)
x2
x . sen (2x 2) dx x x
2 2
10) 11) sen x dx 12) cos x dx
x e x 1 x . e 2 x dx
2 2
13) . e x dx 14)
x
dx 15)
2
16) r. e
r/2
dr 17) x
3
cos 4 x dx 18) e
2
. sen 3 d
x .(ln x) x ln x
4 2 3 3
19) dx 20) . e2 x dx 21) dx
x.e3 x e3 x e3 x 1
01) x e x e x c ou e x.( x 1) c 02) c ou x c
3 9 3 3
1 2 y 1 x sen 3x cos 3x
03) e y c 04) c
2 2 3 9
2 3/ 2 4 2 3/ 2 2
05) x . ln x x 3 / 2 c ou x . ln x c 06) 2 x . ln x 4 x c
3 9 3 3
1 3 1 1 3 1 ln x 1 1 ln x
07) x ln x x 3 c ou x ln x c 08) c ou c
3 9 3 3 x x
x cos 2 x sen 2 x x 1
09) c 10) cos(2 x 2) sen (2 x 2) c
2 4 2 4
11) x 2 cos x 2 x sen x 2 cos x c 12) x 2 sen x 2 x cos x 2 sen x c
13) x e 2 xe 2e c e x ( x 2 2 x 2) c 14) e x e c
2 x x x
ou x 2 x
x 2 e 2 x xe 2 x e 2 x
15) c 16) 2re
r/2
4er / 2 c
2 2 4
x3 3x 2 3 3x 2 2 3
17) sen 4 x cos 4 x cos 4 x sen 4 x c 18) (e . sen 3 ) (e 2 . cos 3 ) c
4 16 128 32 13 13
x5 2 ln x 2 x 3e 2 x 3x 2 e 2 x 3xe 2 x 3e 2 x
(ln x) 5 25 c
2
19) 20)
5 2 4 4 8
21) x. ln | x | 3x. ln | x | 6 x. ln | x | 6 x c
3 2
22)
x
sen ln x cosln x c
2
23) sen x. ln( sen x) sen x c
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
"Eu sei" – respondeu o não tão tolo assim – "ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou
mais ganhar minha moeda".
FLEMMING, Diva M.; GONÇALVES, Mirian B. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. 6. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
Para refletir: Procure novos ensinamentos com simplicidade, sem arrogância. [retirado de um biscoito da sorte chinês]
Página 11 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
Esta técnica é utilizada quando precisamos encontrar [a família de primitivas de] uma função que é dada por
uma função racional, isto é, pelo quociente de dois polinômios.
P( x)
► Se f ( x) onde, P e D são polinômios e o grau de P é MAIOR ou IGUAL ao grau de D:
D( x)
P( x) P( x)
CASO 1: A divisão é exata [resto zero]. Assim: Q( x)
D( x) D( x)
x 4 3x 3 4 x 2 8 x 8
Exemplo: x 3 x 2 2x 4
dx
x 4 3x 3 4 x 2 8 x 8 x3 x 2 2x 4
( x 4 1x 3 2 x 2 4 x) x2
2x3 2x2 4x 8
(2 x 3 2 x 2 4 x 8)
0
x 4 3x 3 4 x 2 8 x 8 x2
Então: x 3 x 2 2x 4
dx = ( x 2) dx 2
2x c
P( x) P( x) R( x)
CASO 2: A divisão não é exata [resto diferente de zero]. Assim: Q( x)
D( x) D( x) D( x)
x3 x
Exemplo: x 1 dx
Dividindo [pelo método da chave], temos:
x3 0x 2 x 0 x 1
( x3 x 2 ) x2 x 2
x2 x
( x 2 x)
2x 0
(2 x 2)
2
x3 x 2 2 x3 x 2
Então: dx = x x 2 x 1 dx 3 2 2 x 2 ln | x 1 | c
x 1
Página 12 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
P( x)
► Se f ( x) onde, P e D são polinômios e o grau de P é MENOR que o grau de D:
D( x)
Sejam a, b, x„ e x„‟, números reais, com x„ ≠ x„‟. Então, existem números reais A e B, tais que:
P( x) A B
D(x) com grau 2:
( x x)( x x) ( x x) ( x x)
Analogamente...
P( x) A B C
D(x) com grau 3:
( x x)( x x)( x x) ( x x) ( x x) ( x x)
Lembrete:
ax bx c a( x x)( x x)
2
1º passo: encontrar as raízes de D(x) para fatorá-lo. Neste caso são duas: x‟ e x‟‟.
1 1 24 1 5
x2 x 6 0 x x x 3 e x 2
2 2
5x A B 5x A( x 2) B( x 3)
( x 3)( x 2) ( x 3) ( x 2) ( x 3)( x 2) ( x 3)( x 2)
5x A( x 2) B( x 3)
Página 13 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
CASO 2: O denominador D(x) é um produto de fatores lineares distintos, mas alguns deles são repetidos.
Sejam x„, x„‟, números reais, com x„ ≠ x„‟ e P(x) um polinômio cujo grau é menor que 3. Então, existem números
reais A, B e C, tais que:
P( x) A B C
( x x)( x x) 2
( x x) ( x x) ( x x) 2
1
Analogamente...
P( x ) A B C D
( x x)( x x) 3
( x x) ( x x) ( x x)
1 2
( x x)3
3x 2 21x 31
Exemplo: ( x 2)( x 2 6 x 9) dx
1º passo: encontrar as raízes de D(x). Neste caso são três: x‟, x‟‟ e x‟‟‟. Note que uma delas é x‟‟‟ = 2.
6 36 36 60
x 2 6x 9 0 x x x 3 e x 3
2 2
3x 2 21x 31 A( x 3) 2 B( x 2)( x 3) C( x 2)
3x 2 21x 31 1 2 5 5
( x 2)( x 2 6 x 9) dx = ( x 2) ( x 3) ( x 3) 2
dx ln | x 2 | 2 ln | x 3 |
( x 3)
c
Página 14 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
CASO 3: O denominador D(x) contem fatores quadráticos irredutíveis, mas nenhum deles se repete.
Sejam b, c, x„, números reais e P(x) um polinômio cujo grau é menor que 3. Suponhamos ainda que x bx c
2
não admite raízes reais, isto é, Δ < 0. Então, existem números reais A, B e C, tais que:
P( x ) A Bx C
2
( x x)( x bx c) ( x x) x bx c
2
2x2 x 4
Exemplo: dx
x3 4x
x( x 2 4) 0 x 0 e ( x 2 4) 0
0
2 x 2 x 4 A Bx C 2 x 2 x 4 A( x 2 4) ( Bx C )( x)
2
x( x 2 4) x x 4 x( x 2 4) x( x 2 4)
2 x 2 x 4 A( x 2 4) ( Bx C )( x)
2 x 2 x 4 Ax 2 4 A Bx 2 Cx
2 x 2 x 4 ( A B) x 2 Cx 4 A
Comparando os polinômios na igualdade acima, temos:
4 4A A 1 2 x 2 ( A B) x 2 2 A B B 1
1x Cx C 1
2x2 x 4 1 x 1 1 x 1 1 1 x
x 3 4 x dx = x x 2 4 dx xx 2
2
4 x 4
dx ln | x | ln | x 2 4 | arctg c
2 2 2
2x2 x 4 1 1 x 1 x
x 3 4 x dx = ln | x | 2 ln | x 4 | 2 arctg 2 c = ln | x | ln | x 4 | 2 arctg 2 c
2 2 1/ 2
2x2 x 4 1 x
x 3 4 x dx = ln | x | ln x 4 2 arctg 2 c Lembrete:
2
loga b n n . loga b
2x2 x 4 1 x loga (b c) loga b loga c
x 3 4 x dx = ln ( x x 4 ) 2 arctg 2 c
2
loga (b / c) loga b loga c
Página 15 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
Sejam b, c, x„, números reais e P(x) um polinômio cujo grau é menor que 5. Suponhamos ainda que x bx c
2
não admite raízes reais, isto é, Δ < 0. Então, existem números reais A, B, C, D e E, tais que:
P( x ) A Bx C Dx E
2 2
( x x' )( x bx c)
2 2
( x x) x bx c ( x bx c) 2
1 x 2x 2 x3
Exemplo: dx
x( x 2 1) 2
1 x 2 x 2 x 3 A Bx C Dx E
2 2
x( x 1)
2 2
x x 1 ( x 1) 2
1 x 2 x 2 x 3 A( x 2 1) 2 ( Bx C )( x 2 1)( x) ( Dx E )( x)
x( x 2 1) 2 x( x 2 1) 2
1 x 2 x 2 x 3 A( x 2 1) 2 ( Bx C )( x 2 1)( x) ( Dx E)( x)
1 x 2 x 2 x 3 A( x 4 2 x 2 1) B( x 4 x 2 ) C( x 3 x) D( x 2 ) E( x)
1 x 2 x 2 x 3 Ax 4 2 Ax 2 A Bx 4 Bx 2 Cx 3 Cx Dx2 Ex
x 3 2 x 2 x 1 ( A B) x 4 Cx 3 (2 A B D) x 2 (C E) x A
x 3 Cx 3 C 1 x (C E) x 1 1 E E 0
1 1A A 1 0 x 4 ( A B) x 4 A B 0 B 1
2 x 2 (2 A B D) x 2 2 A B D 2 D 1
1 x 2x 2 x3 1 x 1 x 1 x 1 x
x( x 2 1) 2 dx = xx 2
2
1 ( x 1) 2
dx xx 2
2 2
1 x 1 ( x 1) 2
dx
1 x 2x 2 x3 1 1
x( x 2 1) 2 dx = ln | x | 2 ln | x 1 | arctg x 2( x 2 1) c
2
1 x 2x 2 x3 x 1
x( x 2 1) 2 dx = ln x 2 1 arctg x 2( x 2 1) c
Página 16 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
EXERCÍCIOS:
x
a) x 6 dx R : x 6 ln | x 6 | c
x 2 3x 4 2 x 1
b) dx R: ln ln | x 3 | c
( x 1)( x 2)( x 3) 3 x2
9 x 2 28 x 12
c) x 3 5x 2 6 x dx R : 2 ln | x | 4 ln | x 2 | 3 ln | x 3 | c
1 1 x 1 1
d) ( x 5) ( x 1) dx
2
R:
36
ln
x 5 6( x 5)
c
5 x 2 3x 2 1
e) dx R : 3 ln | x 2 | 2 ln | x | c
x3 2x 2 x
x 3 5 x 2 4 x 20 x2
f) x 2 3x 10 dx R:
2
2x c
x 1 1 4 1
g) x 3
x2 6x
dx R : ln | x |
6 15
ln | x 3 |
10
ln | x 2 | c
2 x
h) x( x 2
2)
dx R : ln
x 2
2
c
x2 1 2
i)
( x 1)3 dx R:
2( x 1) 2
x 1
ln | x 1 | c
x4 8 x2 4
j)
x3 2 x 2 dx R:
2
2 x 2 ln( x 2 2 x) c
x
3x 2 1 2 16 11
ln | x 1 | ln | x 2 | c
k)
( x 1) 2 ( x 2) dx R:
3( x 1) 9 9
1 1 1 1 x
l)
( x 1)( x 2
4)
dx R:
5
ln | x 1 | ln( x 2 4) arctg c
10 10 2
Para refletir: A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo. [Lair Ribeiro]
Página 17 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
x cos . tg d
3
01) x dx 02)
ln x
y. e
2y
05) dy 06) dx
x
x2
(9x 6x). e dx
x x 5
x 2 1 dx
3 2
2
07) 08)
( x 1). e x.5
x x
09) dx 10) dx
1 cos x
11) x 3
x2 2x
dx 12) 3 sen x dx
(2 t ) 2
x . cos (mx) dx
2
13) dt 14)
t
2 9 x 3 3x 1
15) 3x 2 3 dx 16) x3 x 2
dx
2x2 x 4
x 3 4 x dx
1/ 3
17) 18) x3 4x
dx
2 9/ 2 2 4
01) [D] x c ou x x c 02) [D] cos c
9 9
1 1 2 3/ 2 4 2 3/ 2 2
03) [S] (2 x 1) ln( 2 x 1) (2 x 1) c 04) [P] t ln t t 3 / 2 c ou t ln t c
2 2 3 9 3 3
1 1 (ln x) 2 1 2
05) [P] y. e 2 y e 2 y c 06) [S] c ou ln x c
2 4 2 2
07) [F] x arc tg ( x) c 08) [S] 3e x x
3 2
5
c
x5 x 5x 5 x ( x ln 5 1)
09) [P] x. e x
c 10) [P] c ou c
ln 5 (ln 5) 2 ln 2 5
1 1 1
11) [F] ln | x | ln | x 1 | ln | x 2 | c 12) [S] ln (3 sen x) c
2 3 6
2 x2 2x 2
13) [S] (2 t )3 c 14) [P] sen(mx) 2 cos(mx) 3 sen(mx) c
3 m m m
2 1
15) [D] arc tg ( x) c 16) [F] 9 x 2 ln | x | 7 ln | x 1 | c
3 x
Página 18 de 19
IFSC / Integrais Indefinidas Prof. Júlio César TOMIO
3 1 1 x
17) [P] + [S] (3 4 x) 4 / 3 (16 x 9) c 18) [F] ln | x | ln( x 2 4) arctg c
448 2 2 2
TÓPICO INFORMATIVO:
Neste material abordamos alguns métodos de resolução de integrais indefinidas. A resolução se deu através de:
Entretanto, existem outras técnicas de resolução para casos específicos. Podemos citar alguns casos, como a
e
x
integral cos x dx que é resolvida através da integração por partes, mas utilizando ainda uma técnica
cos
3
conhecida como “recorrência”. Para alguns modelos de integrais trigonométricas, como x dx , podemos
fazer uso de “fórmulas de redução” que diminuem a potência [expoente] da função integrando. Existem ainda
x2
integrais, como 9 x2
dx que requerem substituições trigonométricas para possibilitar o processo de
Curtiu?
Então, qual o resultado da integral indefinida que aparece no “meme” acima? Problem?
Página 19 de 19