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TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO-LITERÁRIOS

A linguagem literária é caracterizada por sua plurissignificação, cuja base é a conotação


como já vimos anteriormente, é utilizada muitas vezes com um sentido diferente daquele que lhe é
comum. Podemos citar como exemplos de textos literários o conto, o poema, o romance, peças de
teatro, novelas, crônicas.
A linguagem não-literária é a utilizada com o seu sentido comum, empregada
denotativamente, é a linguagem dos textos informativos, jornalísticos, científicos, receitas
culinárias, manuais de instrução etc.

COMUNICAÇÃO

Os operadores de Direito raramente trabalham com coisas; eles trabalham, antes, com
“informações sobre coisas”. Informações importantes e exatas devem chegar aos advogados,
promotores, juízes e jurados a fim de melhorar o conhecimento do cenário e permitir melhores
tomadas de decisão e outros tipos de procedimentos.
Para uma boa comunicação no campo do Direito, como já vimos antes, devemos considerar:
1) Quem
2) Linguagem
3) Canal
4) Conteúdo
5) Relações Interpessoais (Emissor X Receptor)

O Esquema da Comunicação:
1) A comunicação não se realiza - brasileiro x japonês.
2) A comunicação é semi-restrita - um norte-americano X estudante de inglês.
3) A comunicação é restrita - curso de mestrado para leigos.
4) A comunicação é perfeita - a mensagem é recebida e todos os signos emitidos são
compreendidos pelo receptor.

TÉCNICAS DE ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO NAS PRÁTICAS JURÍDICAS

Cabe-nos, antes de tudo, chamar a atenção para o fato de que ARGUMENTAÇÃO e


PERSUASÃO são conceitos distintos: todo discurso argumentativo é persuasivo, mas a recíproca não
é verdadeira.
A argumentação para poder ser convincente tem que fazer apelo à razão, ao julgamento
de quem participa ou assiste ao confronto de ideias, sendo dirigida a um público específico, capaz
de avaliar as teses apresentadas.
Já a Persuasão está ligada à sedução, ao estímulo de sentimentos e desejos ocultos.
Através da persuasão o orador/escritor reforça os seus argumentos despertando emoções, de
modo a criar uma adesão emotiva às suas teses. Na persuasão, ao contrário da argumentação, faz-
se apelo a processos menos racionais focando-se públicos mais universais, pouco embasados no
tema em discussão e por isso mais receptivos à sedução. Por exemplo, só usando o poder da
palavra, quando um homem faz um elogio à mulher e a face desta rejuvenesce 10 anos. Ela nem
precisará de cirurgião plástico!
Por último deve-se considerar a MANIPULAÇÃO, que é bem diferente da
ARGUMENTAÇÃO e da PERSUASÃO no que diz respeito às intenções: na Argumentação o receptor
acompanha o raciocínio do emissor para poder convencer-se da justeza da posição que está a ser
defendida; na Persuasão o objetivo é apenas provocar a adesão, apelando a fatores racionais e
emocionais, muito mais os segundos que os primeiros. No caso da Manipulação, existe uma
intenção deliberada de desvalorizar os aspectos racionais, apelando a uma adesão puramente
emocional, às vezes ufanista, xenofóbica, preconceituosa. O próprio discurso é baseado em falácias,
onde é patente a intenção de confundir o receptor.

Exemplos de Manipulação:

Os meses que precederam a ocupação do Iraque,


em 19 de Março de 2003, assistiu-se a uma
campanha de manipulação da informação a nível
mundial.
As principais agências de comunicação social
divulgavam informações provenientes das mais
diversas fontes e origens todas num único
sentido: sustentarem a tese dos EUA de que a o
ditador do Iraque possuía armas de destruição
maciça.
Fonte: veja.abril.com.br Em vários países, como no Brasil por exemplo,
muitos jornalistas e especialistas em questões militares apoiaram ativamente esta campanha
preparando a opinião pública para aceitar a inevitabilidade de uma intervenção no Iraque, a fim de
acabar com os arsenais e a produção das alegadas armas de destruição maciça.
Um ano depois da ocupação, os governos dos EUA e da Grã-Bretanha reconheciam que estas armas
não existiam e que haviam enganado a opinião pública. Acusaram na altura os seus serviços de
espionagem de lhes terem fornecido de informações forjadas.
Objetivo da manipulação: o controle das enormes reservas de petróleo existentes no Iraque.

Manipulação ( 2 ).

Fonte: dn.pt

Logo após o atentado na Estação de Trem Atocha de Madrid, a 11 de Março de 2004, o governo
espanhol procurou deliberadamente manipular a comunicação social, veiculando informações no
sentido de fazer crer à população que a ETA era a autora do atentado ( A ETA é uma organização
fundada em finais dos anos 50 e que luta pela Independência do país Basco, uma rica região na
fronteira com a França). O próprio primeiro-ministro da altura (José Maria Aznar) pressionou
diretamente diretores de jornais para veicularem uma informação que sabia ser falsa.
Objetivo da manipulação: vencer uma disputada eleitoral
TIPOS DE ARGUMENTOS:

ARGUMENTO DE PROVA - É o argumento que persuade a respeito da ocorrência dos fatos de


determinada forma concreta. Pode referir-se a provas testemunhais, técnicas ou documentais,
dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio público). Busca-se evidenciar a tese que se está a
defender por meio de informações concretas extraídas da realidade.
Ex.:
1 - Se um constituinte de um advogado é acusado de roubo a banco e alega não haver praticipado
do intento criminoso, a argumentação divide-se, então, em dois tópicos distintos: a comprovação do
fato de o réu não estar presente na ação delituosa e a consequência jurídica dessa não participação,
que no caso seria a absolvição do acusado, pois a lei não pode punir aquele que não executou o fato
típico.

2 – Se o cliente foi preso em flagrante logo depois de haver cometido um roubo e, no ato da prisão, a
polícia recupera todo o provento do delito, as coisas roubadas. A acusação pretende, em virtude
desses fatos, a condenação por roubo consumado, mas o defensor deve provar que esses mesmos
fatos somente autorizam a condenação por roubo tentado. Nesse caso, a argumentação deve-se
centralizar menos na comprovação dos fatos, que não são controversos, e mais nas consequências
jurídicas que advêm deles.

3 - No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo
com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos
20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15
a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes. (Folha de S. Paulo. 14/04/2004)

ARGUMENTO DE AUTORIDADE (Ab autoritatem) - (sugerimos rever recursos ideológicos na


linguagem):
As citações de doutrinas são os exemplos mais simples do argumento de autoridade que auxiliam e
deixam mais consistente a tese, que tem duplo efeito: primeiro, de fazer presumir-se certa a
conclusão, porque emanada de alguém de notório conhecimento; segundo, de revelar que a
conclusão é isenta de parcialidade.
- inicie e finalize o texto recortado sempre por aspas;
- utilize recurso que dê destaque ao trecho de citação;
- indique sempre, as alterações formais que faz no texto citado: grifos nossos, sublinhas nossas, (...)
etc.;
- jamais faça alterações no trecho de citação;
- quando houver erro no trecho copiado, não o corrija. Insira apenas o termo “sic”. Ex.: “O título foi
enviado à (sic) cartório”;
- indique, sempre, a fonte.
Ex.:
1 - “a tese que aqui defendemos é consagrada pelo doutor Damásio de Jesus, e pela Súmula 98 do
STF e pela jurisprudência pacífica”.
2 - No facebook circulam mensagens, quase sempre de autoajuda, com uma autoria despropositada.

ARGUMENTO A COHERENTIA - O argumento a coherentia é, nos dizeres de Perelman, apud


Rodríguez, aquele “... que partindo da ideia de que um legislador sensato – e que se supõe também
perfeitamente previdente – não pode regulamentar uma mesma situação de duas maneiras
incompatíveis, supõe a existência de uma regra que permite descartar uma das duas disposições que
provocam a antinomia”. Trata-se pois de demonstrar primeiro que “A” e “B” são antinômicas e, em
segundo lugar, demonstrar que somente “A” ou somente “B” (de acordo com o interesse
processual) são pertinentes ao sistema e que o outro suposto não é pertinente ao sistema pelo
princípio de coerência do mesmo.
Ex.:
1 - enquadramento de determinado fato a dois tipos penais diferentes (nos crimes contra o
consumo, a indução do consumidor a erro e a propaganda enganosa).

ARGUMENTO POR ANALOGIA (a simili/ a pari ratione) - Considerar que a Justiça deve tratar de
maneira idêntica situações semelhantes. Dois casos merecem a mesma solução porque são
similares. As citações de jurisprudência são os exemplos mais claros do argumento por analogia,
que é muito eficaz porque o juiz será, de alguma maneira, influenciado a decidir, para não ser
incoerente, de acordo com o que já se decidiu, em situações anteriores.
Ex.:
1 - Há semelhanças entre os soldados de um batalhão e um time de futebol.
Os soldados de um batalhão têm de obedecer às decisões do comandante para poderem atingir os
seus objetivos.
Logo, os jogadores de um time de futebol têm de obedecer às decisões do treinador (comandante)
para poderem atingir os seus objetivos.

2 - Se um Tribunal decide que se devem aplicar as regras do Código do Consumidor a um contrato de


conta corrente aberta em instituição bancária, um advogado, que pretenda defender a mesma tese
em uma petição qualquer, deve usar daquela decisão como argumento a seu favor.

3 - Se o aborto é lícito na gravidez resultante de estupro, a pari é também lícito na resultante de


atentado violento ao pudor.

4 - “Assim como os olhos do morcego são ofuscados pela claridade do dia, do mesmo modo nossa
inteligência ofusca-se pelas coisas naturalmente evidentes”. A relação de semelhança depreendida
do exemplo, cuja autoria pertence a Aristóteles, em sua obra Metafísica, é o do “ofuscamento”.

ARGUMENTO CONTRARIO SENSU (interpretação inversa) - É o argumento que se relaciona com o


artigo 5º, II, da Constituição, o princípio da legalidade, o que não é proibido é permitido: “ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Para que o
argumetno contrário sensu seja persuasivo, o advogado deve perceber se o raciocínio oposto é
possível na argumentação que pretende desenvolver. Em resumo, deve-se afirmar que, se a
presença da hipótese X leva à consequência Y, então a ausência da hipótese X impede a
consequência Y. Parece-nos banal, mas tem implicações práticas importantes.
Ex.:
1 - Se o artigo 29 do Código Penal dispõe que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas…”, tem-se, contrario sensu, que quem não concorre para o crime
não pode incidir nas suas penas.

2 - O professor José Cretella Júnior distingue ato arbitrário de ato discricionário. Para ele, a
discrição é “a faculdade de operar dentro de certos limites, poder concedido ao agente público de
agir ou deixar de agir dentro de um âmbito demarcado pela regra jurídica (...)”.

3 - Neste caso, a autoridade coatora não agiu dentro dos limites da regra jurídica. Portanto, não se
pode falar em poder discricionário.
ARGUMENTO A FORTIORI (Com maior razão) - A razão desse tipo de argumento é a de que, se uma
norma jurídica impõe uma conduta a alguém, com ainda mais razão impõe uma conduta no mesmo
sentido, mas com maior intensidade. Deriva do brocardo “quem pode o mais, pode o menos”.
Ex.:
1 – Na Argentina, uma lei de trânsito nas estradas nacionais prescreve que não se pode trafegar nas
mesmas com os faróis do veículo apagados, a fortiori deve-se entender que é proibido trafegar nas
rodovias argentinas com um veículo sem faróis, seja qual for a hora do dia.

2 - Se a negligência deve ser punida, a fortiori deve ser punido o ato premeditado [Ferraz].

3 - Se a prova testemunhal foi aceita, a fortiori deve também ser aceita a prova documental
[Nunes].

4 - Se o fiador é responsável pelo pagamento do principal, então não pode deixar de pagar
também os juros.

5 - Se a lei exige, dos Promotores de Justiça que, nas denúncias, discriminem as ações de cada um
dos acusados, com mais razão deve-se exigir que o Magistrado as individualize, na sentença.

6 - Exemplo perfeito de argumento a fortiori é esta conhecida passagem encontrada


na Bíblia, especificamente no Evangelho de São Mateus: se até os passarinhos merecem cuidados
do Pai, com mais razão, os homens os merecem.

ARGUMENTO PSICOLÓGICO - Procura investigar a vontade do legislador, no momento da


elaboração da lei. Como a lei é expressa por palavras, ocorre imprecisões no momento de as
enunciar, principalmente por questões do uso dos vocábulos. Muitos, então, procuram recuperar o
sentido original, constituindo o argumento psicológico.
Este argumento é condicionado pela adesão à ideologia da fidelidade do juiz à lei. Tem íntima
relação com a hermenêutica exegética.

ARGUMENTO AO ABSURDO (ab absurdum)- Procura demonstrar a falsidade de uma proposição, da


seguinte maneira: estende-se o sentido dessa proposição, pela aplicação das regras lógicas do
Direito, às consequências últimas, até se chegar a uma conclusão inaceitável ao raciocínio comum.
Ex.:
1 - “Se a eliminação do prejuízo, pela recuperação da res após a consumação, justificasse a
aplicação do privilégio do art. 155, § 1°, então todo furto tentado seria privilegiado, já que nele
sempre a res é recuperada”.
2 - “A prevalecer a tese da Defesa, de que sem perícia de prestabilidade não se reconhece a
qualificadora do art. 157, § 2º, I, a referida qualificadora jamais será aplicada. É que semelhante
entendimento coloca nas mãos do assaltante a escolha entre querer responder por roubo
qualificado ou por roubo simples. Bastará ao meliante esconder a arma, e jamais a qualificadora
será aplicada”.

ARGUMENTO DO SENSO COMUM - É aquele que traz uma afirmação que representa consenso
geral, que não pode ser contestada porque todos concordam com ela. Nao interessa fundamentar
logicamente posicionamentos ou atitudes.
Ex.:
1 - O juiz deve ser imparcial.
2 - O apelante exige justiça!

3 - O homem depende do ambiente para viver.

4 - Na propaganda: O consumidor deve escolher o melhor produto, logo, deve comprar nas Casas
Bahia. É do senso comum que o consumidor deve escolher o melhor, mas a campanha reforça e
persuade.

5 - Pedir justiça no final da petição. É redundante, quer convencer o interlocutor daquilo que faz
parte de sua convicção, de que é justo.

ARGUMENTO DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA - Linguagem clara, construção de frases eficientes,


ritmo mantido durante o texto, ausência de erros ortográficos , mais, vocabulário técnico
empregado com precisão. É pura análise exegética.

ARGUMENTO DE FUGA - Foge ao cerne da questão discutida, desviando-se para outros assuntos,
tentando-se buscar sensibilização por meio de temas mais subjetivos.
Ex.:
1 – O advogado, no Tribunal do júri, ao falar das mazelas da condenação do acusado, que será
levado ao cárcere e deixará ao deus dará toda uma família...

2 – O promotor de justiça que apresenta ao conselho de justiça os antededentes de um réu,


procurando com que isso faça com que os julgadores leigos venham a ficar predispostos a aprovar
qualificadoras em um homicídio.

3 - O advogado de defesa que enaltece o caráter do acusado, lembrando tratar-se de pai de


família, de pessoa responsável, de réu primário, quando há acusação de lesões corporais (ou
homicídio culposo) na direção de veículo.

O Apelo à piedade (Argumentum ad misericrodiam) pode aqui também ser usado, pois os
sentimentos ou questões humanitárias substituem argumentos racionais, ou melhor, esvaziam a
argumentação lógica.
Ex.:
1 - O carrasco nazista não pode ir a julgamento porque está muito doente;
2 - O réu deve ser perdoado porque é órfão (matou os pais);
3 - O ditador não suportaria um julgamento tão longo.

PERGUNTAS BÁSICAS PARA ARGUMENTAR:

1. Qual é a nossa tese principal? Qual é a tese principal da parte contrária?

2. Quais são nossos argumentos principais? Quais são os argumentos principais da parte adversa?

3. Quais são os motivos subjacentes à nossa manifestação ou postura? Quais são os motivos
subjacentes à manifestação ou postura da parte contrária?
FALÁCIAS E SOFISMAS

Do ponto de vista etimológico, falácia vem do Latim (fallacia, fallaciae: engano, trapaça, manha) e
sofisma, do grego (sophisma, sophismatos: habilidade, destreza, invenção engenhosa, expediente,
artifício, intriga); as falácias são não intencionais (erros, enganos, equívocos) e os sofismas,
intencionais (formulados propositadamente para confundir).

FALÁCIA DA IGNORÂNCIA (Argumentum ad ignorantiam) – Algo parece verdadeiro se não se prova


que é falso; algo é falso se não se prova que é verdadeiro.
Ex. :
1 - Os fantasmas existem, pois ninguém provou ainda que não existam;
2 - Os anjos não existem, pois ninguém provou ainda que existam;
3 - Só acredito no amor de João quando ele me der uma prova definitiva.

Esta falácia ocorre com frequência em relação aos fenômenos psíquicos, entidades abstratas,
dogmas religiosos ou fenômenos humanos sobre os quais não há provas claras em pró ou contra.

QUESTÃO COMPLEXA 1 - Formula-se uma pergunta ampla supondo uma resposta afirmativa a uma
questão que não foi formulada:
Ex.:
1 - Quantas vezes você já mentiu hoje?
2 - O senhor matou a vítima com um revólver ou com uma pistola?

Comentário: Quem faz essas indagações dá por suposto que a pessoa questionada mentiu e
matou.

QUESTÃO COMPELXA 2 – Outra modalidade de questão complexa consiste em fazer varias


perguntas exigindo uma única resposta:
Ex.:
1 - Você vai colaborar com a escola? Vai fazer um desconto?
2 - Você é um bom menino? Vai tomar toda a papa e deitar cedo?

Comentário: Uma pessoa pode colaborar com a escola e não fazer um desconto. Uma criança pode
ser boa, não engolir a papa e deitar tarde.

APELO À FORÇA/ AO MEDO (Argumentum ad baculum) – A persuasão baseia-se em ameaças:


Ex.:
1 - Se quiser conservar o emprego, respeite as normas da empresa;
2 - Se continuar desobedecendo, perderá a mesada;
3 - Os motoristas que desrespeitam a normativa poderão ter a habilitação cassada.

Comentário: A pressão substitui os argumentos.

FALSA CAUSA (Post hoc, propter hoc = com isto, logo por causa disto) O fato de um acontecimento
seguir outro não significa que seja consequência dele.
Ex.:
1 - Depois do almoço me senti mal; deve ter sido por causa da azeitona que comi;
2 - André adoeceu gravemente quando se aposentou.
3 - Mariana ficou rebelde depois que coheceu Roberto.

ATIVIDADES

01. Cite que tipo de argumento é predominantemente utilizado nos exemplos abaixo:
- Pessoas charmosas só vestem roupas de marca.
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- Todo mundo sabe que chupar manga depois de tomar leite faz mal.
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- Se em 15 anos a propriedade pode ser adquirida por usucapião mesmo tendo agido o
usacapiente de má-fé, com maior razão pode adquiri-la se houver agido de boa-fé.
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- Sou torcedor do Santa Cruz como meu pai e meu avô, que sabem o que é bom.
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- Vou comprar uma calça igualzinha a de meu irmão mais velho.
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- Se não é permitido que cães ferozes passeiem em determinada via pública, também não será
permitido que passeiem onças.
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- Quando um político desconversa, pretendendo fugir de um assunto em pauta.
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- Por que mataste fulano?
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02. De qual tipo de argumento estamos a falar?


- É aquele que pretende estabelecer tratamento igual ao indivíduo pertencente a uma mesma
categoria, de acordo com a regra de justiça, com fito de se evitarem privilégios. Tal argumento gira
na esfera da analogia.
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- Não há no campo jurídico argumento mais em uso, embora seja de índole mais reforçativa do que
comprabatória. A invocação deste argumento pode sofrer contestação, pois a uma autoridade pode
sobrepor-se outra e, até a mesma autoridade pode, em princípio, embasar propostas diferentes.
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