Pós-Graduação em
Letras
XVIII MOSTRA
LínguaDEe PÓS-GRADUAÇÃO
Literatura: projetosEM
emLETRAS
discussão
Língua e Literatura:
- Resumos
- Programação
Projetos em Discussão
São Paulo, 12 e 14 de novembro de 2014
Programação
SÃO PAULO, 12 E 14 DE NOVEMBRO DE 2014.
Resumos
Realização
Programa de Pós-Graduação em Letras
Realização
Programa de Pós-Graduação em Letras 1
XVIII MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
Língua e Literatura:
Projetos em discussão
Diretor do Centro de Comunicação e Letras: Prof. Dr. Alexandre Huady Torres Guimarães
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras: Profª. Drª. Ana Lúcia Trevisan
Coordenadora de Pesquisa e Extensão – CCL: Profª. Drª. Isabel Orestes Silveira
2
XVIII MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
Língua e Literatura:
Projetos em discussão
Apoio Discente
Isadora Alves Ataulo
Julia Funicelli Spaziani
Nickolas Marques de Andrade
Talita Rodrigues Damasceno
Tatyane Moraes Leme Rodrigues
SECRETARIA
APOIO DISCENTE
COORDENAÇÃO GERAL
3
XVIII MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
Língua e Literatura:
Projetos em discussão
Comissão Organizadora
4
XVIII MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
Língua e Literatura:
Projetos em Discussão
12 de Novembro, quarta-feira
8h às 9h30– Comunicações
9h30 às 10h– intervalo
10h – 11h30 – Comunicações
14h – Conferência
O encantamento dos gêneros pelo viés da MPB
Profa. Dra. Lilian Jacoto
Universidade de São Paulo
5
XVIII MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
Língua e Literatura:
Projetos em Discussão
14 de Novembro, sexta-feira
8h às 9h30h– Comunicações
9h30 – 10h - Intervalo
10h– Conferência
Afinal, o que é gramática tradicional?
Prof. Dr. Ricardo Cavaliere
Universidade Federal Fluminense e Academia Brasileira de Filologia
6
PROGRAMAÇÃO
SESSÕES COORDENADAS
Local:
Salas de aula do Edifício João Calvino
7
12/11 – Manhã
Iromar Vilela A FRASEOLOGIA EM DON
QUIJOTE DE LA MANCHA E SUA
EQUIVALÊNCIA NA LÍNGUAPORTUGUESA
Patricia Hradec OS VAMPIROS LITERÁRIOS
Sala 203 NA OBRA ENTREVISTA COM O VAMPIRO DE
ANNE RICE
DISCURSOS
08h - 09h30 Ronnie Cardoso O CATÁLOGO ERÓTICO-
LITERÁRIOS I
Ed. João LITERÁRIO CONSTRUÍDO POR FIGURAS
Calvino PERVERSAS
Samara Fernanda Almeida Oliveira de Lócio e
Silva Geske POR UMA TRANSCRIÇÃO
DIPLOMÁTICA DO MANUSCRITO DE LE
PREMIER HOMME DE ALBERT CAMUS
Eduardo de Moraes Sabbag AS POLÊMICAS
INTELECTUAIS
Ernani Terra O DISCURSO DA INTERDIÇÃO
EM CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA
Sala 209
Felipe de Souza Costa PANDEMIA EM (DIS)
ANÁLISES CURSO: INFLUENZA A (H1N1) EM
08h - 09h30
DISCURSIVAS I MANCHETES DO JORNAL FOLHA DE S.
Ed. João
PAULO
Calvino
Inês Teixeira A RETÓRICA DAS PROPOSTAS
DE INTERVENÇÃO EM TEXTOS OPINATIVOS
Laís Quinquio Benega ANÁLISE DE
ROTULAÇÕES EM TEXTOS DE OPINIÃO
Renata Valente Ferreira Vile A ISOTOPIA
TEMÁTICA EM REDAÇÕES DE VETIBULAR: A
INVEJA
Rodrigo Leite da Silva O DISCURSO DA
AUTOAJUDA E O DISCURSO EMPRESARIAL:
DIÁLOGOS POSSÍVEIS NO PROCESSO DE
EXPLORAÇÃO DO TRABALHO
Sala 306
RODRIGO VILLALBA CANIZA AS
ANÁLISES
08h - 09h30 CONTRADIÇÕES DO DISCURSO POLÍTICO
DISCURSIVAS II
Ed. João BRASILEIRO
Calvino
Silas Gutierrez ANÁLISE DE PERGUNTAS
RETÓRICAS USADAS NA MOBILIZAÇÃO DE
SENTIDO EM REVISTAS FEMININAS PARA
ADOLESCENTES
Sílvia Scola da Costa A CONSTRUÇÃO DO
ETHOS RETÓRICO NOS ESCREVENTES DO
FACEBOOK
08h - 09h30 DISCURSO Danielle Ojima da Silva Bueno OS
8
LITERÁRIO II DIFERENTES DISCURSOS NO CONTO DE
LYGIA FAGUNDES TELLES
Sala 404
Fernando Luis Cazarotto Berlezzi DAS
PÁGINAS DA BÍBLIA À TELA DO CELULAR: A
Ed. João LITERATURA E SEUS PERCURSOS DE
Calvino ADAPTAÇÕES
Eduardo Neves da Silva MYTHOS EX
MACHINA: O TEATRO DE ANTÔNIO JOSÉ DA
SILVA SOB A LUZ DO ESPETÁCULO BARROCO
Elaine Aparecida dos Santos Estracieri A
CONSTITUIÇÃO DO ETHOS FEMININO NO
LIVRO A BOLSA AMARELA DE LYGIA
BOJUNGA NUNES
Gisele Gomes Maia O NARRADOR COMO
MEDIADOR DE LEITURA EM AS AVENTURAS
DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Danielli de Cassia Morelli Pedrosa
OPOSIÇÕES E CORRESPONDÊNCIAS EM
MEMÓRIAS DE DUAS JOVENS ESPOSAS: UM
ESTUDO DO DUPLO EM BALZAC
Elaine Gomes Viacek Oliani A ANÁLISE
INTERTEXTUAL E INTERDISCURSIVA DO
QUADRO “EL PELELE” (1791-1792) PINTADO
POR FRANCISCO DE GOYA E O
DOCUMENTÁRIO MANTEO DEL PELELE – LA
Sala 405 POZA (2007)
DISCURSO
08h - 09h30 LITERÁRIO III Karen Stephanie Melo A LITERATURA DE
Ed. João FICÇÃO CIENTÍFICA: UMA ANÁLISE DO
Calvino GÊNERO
Karin Bakke de Araújo POSIÇÃO DO
NARRADOR NO ROMANCE
CONTEMPORÂNEO SEGUNDO THEODOR
ADORNO
Maria Lúcia Wochler Pelaes A
CONTRIBUIÇÃO DE PIERRE BOURDIEU PARA
O ENSINO DA ARTE
Joanna Durand Zwarg e Mariana Rodrigues
Lopes PALAVRA E REVOLUÇÃO: ENTRE A
LITERATURA E A HISTÓRIA
Sala 407 Judith Tonioli Arantes ON FAIRY-STORIES - A
DISCURSO
08h - 09h30 Ed. João LITERATURA DE FANTASIA E TOLKIEN
LITERÁRIO IV
Calvino Juliana da Silva Gomes A AUFKLÄRUNG E O
STURM UND DRANG: SEUS HERÓIS, SUAS
MORTES E SEUS LEGADOS
Juliana Pimenta Attie A PRESENÇA DE KEATS
9
EM BETWEEN THE ACTS DE VIRGINIA WOOLF
Rodrigo de Freitas Faqueri A LITERATURA
CONTEMPORÂNEA CENTRO-AMERICANA:
UM ESTUDO SOBRE AS NARRATIVAS DO
GUATEMALTECO RODRIGO REY ROSA
Jaquelini A S. Corrêa AS REPRESENTAÇÕES
DO FEMININO EM CRÔNICAS DO COTIDIANO
DE MARINA COLASANTI
Letícia Barcellos du Pin Calmon O ESPAÇO
QUE UNE INFÂNCIA E MATURIDADE DE
FERNANDO SABINO
Luciana Paula Bento Luciani AS CAPAS DE O
Sala 408
CORTIÇO SOB UMA PERSPECTIVA
DISCURSO BAKHTINIANA
08h - 09h30
LITERÁRIO V
Ed. João Milena Karine de Souza Wanderley
Calvino RESSIGNIFICANDO FORMAS
COMPOSICIONAIS CLÁSSICAS: UMA ANÁLISE
DA “ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA
FLÁUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA
DIONÍSIO” DE HILDA HILST
Winifred Mary Carvalho e Silva Bdine
MONOFONIA E POLIFONIA EM “MISSA DO
GALO”
Sheila Darcy Antonio Rodrigues O USO DA
LITERATURA CONTEMPORÂNEA PARA O
ENSINO DE LEITURA E LITERATURA NO
ENSINO MÉDIO
Taiz Maria Caldas Gonçalves de Oliveira
VERBO-VISUALIDADE EM CHARGES: IRONIA,
HUMOR E EXPRESSIVIDADE
Sala 202
Thiago Pereira da Costa TRANSPOSIÇÃO
DISCURSOS E
08h - 09h30 DIGITAL DO CONTO O DIA EM QUE
ENSINO I
Ed. João MATAMOS JAMES CAGNEY, DE MOACYR
Calvino SCLIAR
Yadir González Hernández ANÁLISE DA
ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA DA PEÇA
TEATRAL AUTO DA COMPADECIDA
Victor Hugo Vasconcellos e Victor Matheus
da Costa A POLÊMICA NO DISCURSO DA
PROPAGANDA IMMACULATELY CONCEIVED
10
VISÃO HISTORIOGRÁFICA
Alice Felicíssimo O SUBJUNTIVO NO
PORTUGUÊS BRASILEIRO – UMA
ABORDAGEM FUNCIONALISTA DO USO NA
CAPITAL PAULISTA
Almir Grigorio dos Santos CARTAS DE JOSÉ DE
ANCHIETA: UM ESTUDO À LUZ DA HISTÓRIA
DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS
André Coutinho Storto DISCURSOS SOBRE
BILINGUISMO E EDUCAÇÃO BILÍNGUE:
VELHOS E NOVOS RUMOS
Débora Ferreira da Rocha O ENSINO
GRAMATICAL SEGUNDO A VISÃO DE
MONTEIRO LOBATO, EM EMÍLIA NO PAÍS DA
GRAMÁTICA, E NA VISÃO DOS PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS DE LÍNGUA
PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL II
Elizete Rodrigues O PODER ATÔMICO DO
MINICONTO: ANÁLISE DE NARRATIVAS
ULTRACURTAS DIVULGADAS EM
CONCURSOS LITERÁRIOS NA INTERNET
Eloiza Fernanda Marani A METAPOESIA EM
Sala 209
CLAUDIA ROQUETTE-PINTO
DISCURSO
10h - 11h30 Enedir da Silva dos Santos A FICÇÃO ESCRITA
LITERÁRIO VI
Ed. João POR FICCIONISTAS MULHERES PÓS-
Calvino DITADURA MILITAR
Felipe Pupo Pereira Protta CAETANO VELOSO:
UM ARTISTA DOS TRÓPICOS
Marcos Aurélio Zamith Fernandes SATÃ, UMA
PERSONAGEM TRIMÓRFICA
Cristina Susigan PINTURA EM PALAVRAS
Cristiane Maria Paiva de Melo A ESTRUTURA
NARRATIVA NO ROMANCE MODERNO: UM
ESTUDO DO ESPAÇO NA OBRA EURICO, O
PRESBÍTERO
Sala 404
Dante Luiz de Lima O SANGUE É A VIDA: A
ANÁLISES BÍBLIA E A RELIGIÃO COMO ALICERCES DA
10h - 11h30
DISCURSIVAS III LITERATURA VAMPÍRICA
Ed. João
Calvino Dapheny Day Leandro Feitosa
TRANSFIGURAÇÃO E REPRESENTAÇÃO: O
ÍNDIO E UM PROJETO DE NAÇÃO
Thiago Cavalcante Jeronimo CLARICE
LISPECTOR E A VIA CRUCIS DA PALAVRA:
ETHOS DISCURSIVO
11
Yadir González Hernández
SIDNEI SOUSA COSTA LIMA BARRETO E O
ESPAÇO DA BIBLIOTECA EM CEMITÉRIO DOS
VIVOS
Silvana Aparecida Alves Ferreira CORA
CORALINA: DAS PEDRAS À SALA DE AULA
Thaís Cunha Pilôto Bitencourt AS VOZES NA
Sala 405 POESIA DE FERREIRA GULLAR
DISCURSOS E Thiele Aparecida Nascimento Piotto
10h - 11h30
ENSINO III DIALOGISMO E INTERTEXTUALIDADE EM
Ed. João
Calvino NOVAS CARTAS PORTUGUESAS:
POSICIONAMENTOS DIANTE DA CARTA
MAGNIFICAT
Glauco Corrêa da Cruz Bacic Fratric DOS
LOW-LIFES DA LAPA, AO UPPER XINGU E AO
DICTATORIAL ESTADO NOVO:
CARACTERÍSTICAS ESTRANGEIRIZADORAS E
DOMESTICADORAS NA VERSÃO DE NOVE
NOITES À LÍNGUA INGLESA
Anna Paula Scarabotto Cury ORALIDADE NO
ENSINO SUPERIOR: AS AULAS DE LÍNGUA
PORTUGUESA COMO UMA CONTRIBUIÇÃO
EFETIVA NO DESENVOLVIMENTO DO
DISCURSO ORAL
Giselda Fernanda Pereira O SINCRETISMO
CULTURAL E LINGUÍSTICO NAS AULAS DE
PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA:
VENCENDO O JOGO DAS IDENTIDADES
Sala 407 ESTIGMATIZADAS
DISCURSOS E
10h - 11h30 ENSINO IV Katia Melchiades A PÓS-MODERNIDADE E A
Ed. João LÍNGUA PORTUGUESA EM GUINÉ-BISSAU
Calvino Luciano Aparecido Borges Almeida RETÓRICA:
MANUAL DE PICARETAGEM INTELECTUAL
Tânia Regina Exposito Ferreira A GRANDE
MARCHA DE 17 DE JUNHO DE 2013
CONCEBIDA COMO DISCURSO: A
CONFIGURAÇÃO DO ENUNCIADOR E DO
ENUNCIATÁRIO SEGUNDO AS INFORMAÇÕES
DA MÍDIA
Adalberto Bastos Neto WIKILEAKS: UM
Sala 408 MODO DE PRESENÇA
ANÁLISES Aline Izabel Alves Sáppia DR. HOUSE: O
10h - 11h30
DISCURSIVAS IV HERÓI PROBLEMÁTICO NA TELEVISÃO
Ed. João
Calvino André Luiz da Silveira RISO E SUBVERSÃO: O
CRISTIANISMO PELA PORTA DOS FUNDOS
12
Cláudia Aparecida Dans Dias É GOOOOOOL....
DA PARÓDIA!!! – UM ESTUDO DIALÓGICO
SOBRE OS MEMES DA INTERNET
Douglas Sáppia A NARRATIVA EM
HYPERLINK: DE KILL BILL AOS GAMES
Daniel Camilo Marques de Rezende
SIGNIFICAÇÃO, COGNIÇÃO E RELEVÂNCIA:
UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DOS
SENTIDOS E DA PERSUASÃO NO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
Daniel De Thomaz ANÁLISE DA TRADUÇÃO
INTERSEMIÓTICA NA ADAPTAÇÃO
TELEVISUAL DE “A VIDA COMO ELA É...” DE
Sala 202 NELSON RODRIGUES
DISCURSO,
CULTURA E Edison Mendes de Rosa A CONSTITUIÇÃO DO
10h - 11h30
COMUNICAÇÃO ENUNCIADOR POR MEIO DAS VARIAÇÕES
Ed. João
I DO SIGNO E DA SIGNIFICAÇÃO EM UM
Calvino
ENSAIO JORNALÍSTICO
Eduardo Abrahão Dieb COCA-COLA ERA ISSO
AÍ. UMA BREVE COMPARAÇÃO DE
CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS DE COCA-COLA
VEICULADAS NO BRASIL EM 1940 E 2014.
Ester Anholeto Pirolo O DESPERTAR DAS
PAIXÕES E A PERSUASÃO NO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
12/11 – TARDE
Carlos Vinícius da Silva Figueiredo
BORDERLANDS/ LA FRONTERA: A
LITERATURA SUBALTERNA DE GLORIA
ANZALDÚA
Clemilton Pereira dos Santos IDENTIDADE
CULTURAL LATINA EM TEMPOS DE
Sala 105 GLOBALIZAÇÃO
DISCURSO, Erica de Moura A IDENTIDADE CULTURAL NA
CULTURA E OBRA EVERYTHING WAS GOOD-BYE, DE
15h45 - 17h15 Ed. João COMUNICAÇÃO GURJINDER BASRAN
Calvino II
Lilian Rudolf A INTERCULTURALIDADE E OS
PROGRAMAS DE MOBILIDADE ESTUDANTIL:
UMA AMOSTRAGEM DO PROBLEMA COM
PARTICIPANTES DO AFS INTERCULTURAL
PROGRAMS
Orlando Garcia MESTIÇAGEM E
DESIDENTIDADE NA COMUNICAÇÃO DO
ÍNDIO COM O VÍDEO
13
Márcia Moreira Pereira CAOS E VIOLÊNCIA: A
REPRESENTAÇÃO DO URBANO NOS CONTOS
DE RUBEM FONSECA E DE MARCELINO
FREIRE
Patrícia Aparecida Beraldo Romano DONA
Sala 106 BENTA, PERSONAGEM DE MONTEIRO
LOBATO: DA MEDIAÇÃO DE LEITURA À
DISCURSO IMAGEM VISUAL
15h45 - 17h15
LITERÁRIO VIII
Ed. João Rafael de Oliveira Reis O RELACIONAMENTO
Calvino CONJUGAL EM “A MULHER SEM PECADO”,
DE NELSON RODRIGUES
Ramon Silva Chaves Ricardo Celestino A
POLÊMICA DA INTERINCOMPREENSÃO NO
DISCURSO O MONSTRO, TRÊS HISTÓRIAS DE
AMOR, DE SÉRGIO SANT´ANNA
Ana Claudia Dale Vedove Goto A
CONSTRUÇÃO DAS FIGURAS DO HERÓI E DO
VILÃO NO DISCURSO POLÍTICO
Anailton de Souza Gama DO
SEMISSIMBOLISMO AO PLANO DE
CONTEÚDO: Itinerários Semióticos no Curta
Metragem “Caramujo-Flor” e nos
Fragmentos Poéticos Visuais de “Gramática
Sala 203 Expositiva do Chão”, de Manoel de Barros
ANÁLISE
André Sanchez Astorino VATHEK E A
15h45 - 17h15 DISCURSIVA V
TRADIÇÃO ORIENTALISTA
Ed. João
Calvino Andréa Pisan Soares Aguiar ORIENTAÇÃO
ARGUMENTATIVA: O PAPEL DAS
SEQUÊNCIAS DESCRITIVAS
Aylin Martínez Venegas “UMA NO CRAVO E
OUTRA NA FERRADURA”. ESTUDO DAS
ESTRATÉGIAS QUE PRODUZEM EFEITOS DE
SENTIDO DE IMPARCIALIDADE NO BLOG
JORNALÍSTICO “CARTAS DESDE CUBA”
Andréia Maria Moura de Gouveia O ENSINO
DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO
BRASIL: um paralelo entre a “Pedagogia da
Autonomia” de Paulo Freire e a prática
Sala 209 contemporânea
DISCURSOS E Bárbara Baldarena Morais ENSINO DO
15h45 - 17h15
ENSINO V ESPANHOL E OS GÊNEROS TEXTUAIS: O
Ed. João
CAMINHO A SER SEGUIDO?
Calvino
Clara Vianna Prado DESAFIOS DAS NOVAS
MÍDIAS: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NO
ENSINO DE LÍNGUAS
Damares Souza Silva LINGUÍSTICA TEXTUAL E
14
O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Edmundo Gomes Junior ORIENTANDO NAS
NUVENS: A UTILIZAÇÃO DE NOVAS
TECNOLOGIAS NOS ENSINO MÉDIO E
SUPERIOR
Lílian Cristina Corrêa de Brito OS ELEMENTOS
LINGUÍSTICOS E A CONSTRUÇÃO DA
ARGUMENTATIVIDADE NO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
Luciana Ribeiro de Souza A REFERENCIAÇÃO
E A CONSTRUÇÃO ESPACIAL DAS CENAS EM
Sala 306 ROMANCES BRASILEIROS
ANÁLISES Maria Helena Correa da Silva Matei e Marta
15h45 - 17h15
DISCURSIVAS VI Aparecida Paulo Ferreira AS POLÊMICAS DO
Ed. João
Calvino SÉC. XIX E INÍCIO DO SÉC. XX –
CONTRIBUIÇÕES PARA A COMPREENSÃO DO
SABER LINGUÍSTICO
Maria Isabel Soares Oliveira ESTRATÉGIAS DE
COESÃO EM REDAÇÕES DO ENEM: OS
ARTICULADORES ARGUMENTATIVO-
TEXTUAIS
15
14/11 - Manhã
Julieta Widman ANÁLISE DA TRADUÇÃO E DA
RETRADUÇÃO PARA O INGLÊS DE A PAIXÃO
SEGUNDO G.H., DE CLARICE LISPECTOR –
ASPECTOS LINGUÍSTICOS, CULTURAIS E
PSICOLÓGICOS
Sala 306 Katia Maria Fernandes O DESTRONAMENTO
08h - 09h30 DISCURSO NAS OBRAS ANFITRIÃO E UM DEUS DORMIU
Ed. João LITERÁRIO IX LÁ EM CASA
Calvino Mariângela Alonso CLARICE LISPECTOR E
MAURITS CORNELIS ESCHER: POÉTICAS DO
INFINITO
Tiago Moreira Gomes VIRGINIA WOOLF:
UMA ANÁLISE DO FOCO NARRATIVO E
DO FLUXO DE CONSCIÊNCIA
Katia Maria Amorim Brandão Antoniolli LA
FELICIDAD REPULSIVA DE LA FAMILIA M
Maria da Luz Alves Pereira UMA ANÁLISE
INTERMIDIÁTICA DO CONTO “O RETRATO
OVAL”
DISCURSO, Maria Luiza de Arruda O SERMÃO DA
Sala 308 SEXAGÉSIMA E A TEORIA DA COMUNICAÇÃO
08h - 09h30 CULTURA E
Ed. João
COMUNICAÇÃO Mariana Calvo Mozer Manzieri DAS
Calvino
III PALAVRAS DE LISPECTOR ÀS IMAGENS DE
ALMEIDA JÚNIOR: UMA RELAÇÃO
DIALÓGICA
Tiago Ramos e Mattos GÊNERO BIOGRAFIA: A
REFERENCIAÇÃO E O ESTILO
16
ABERTURA DA MINISSÉRIE A PEDRA D’O
REINO
14/11 - Tarde
Eliane Mendes Cieplinski O SILENCIAMENTO
DOS SENTIDOS: UMA ANÁLISE DOS
Sala 306 SENTIDOS DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA
DISCURSOS E
INGLESA
14h - 15h30 ENSINO VII
Ed. João Liliane Barros Oliveira O ENSINO DE TEXTOS
Calvino LITERÁRIOS: INTERFACES DA RELAÇÃO
PROFESSOR-MEDIADOR / ALUNO-
17
QUESTIONADOR
Luciana MIRABILE PISA E SARESP:
HABILIDADES DE LEITURA COMO SUBSÍDIOS
Luciene Oliveira da Costa Santos PARA AS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
COERÊNCIA EM HIPERTEXTO E O ENSINO DA
ESCRITA
Lucy Aparecida Melo Araujo GÊNERO
DRAMÁTICO – PERSPECTIVAS DE
APLICABILIDADE DAS DIRETRIZES DA LEI
10.639/2003 NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Luciana Duenha Dimitrov OS VERÕES
DESCONSTRUÍDOS EM THE BLUEST EYE, DE
TONI MORRISON E “THE FLOWERS”, DE
ALICE WALKER
Rodrigo Valverde Denubila POR UMA
ESCRITA DE PENÉLOPE: A DÚVIDA E A
Sala 308 ANGÚSTIA EM AGUSTINA BESSA-LUÍS
14h - 15h30 DISCURSO Rosilene Gomes Ribeiro Francisco
Ed. João LITERÁRIO XI METÁFORAS NO SERMÃO DO MONTE:
Calvino UNIVOCIDADE E PLURIVOCIDADE
Sandra Hahn UMA LEITURA
DESCONSTRUTIVA DA OBRA LITERÁRIA
LAVOURA ARCAICA DE RADUAN NASSAR
Sergio Manoel Rodrigues VIOLÊNCIA E
MELANCOLIA EM NAVALHA NA CARNE, DE
PLÍNIO MARCOS
Milton Gabriel Junior A ORGANIZAÇÃO
TEXTUAL DA CRÔNICA DE NOTÍCIA
Natalie Nara Mastrangi Goes A
RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA EM UM
ARTIGO JORNALÍSTICO DE MR. MILES
Raul Marcelino de Almeida Junior A
DIVERSIFICAÇÃO DA INTERTEXTUALIDADE
Sala 404 NA COMUNICAÇÃO
14h - 15h30 DISCURSOS E Rosivaldo Gomes GÊNEROS MULTIMODAIS,
Ed. João ENSINO VIII OBJETOS DE ENSINO DIGITAIS (ODE) E
Calvino ATIVIDADES DE LEITURA EM LIVROS
DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO
Vanessa Maria da Silva PORTUGUÊS COMO
LÍNGUA ESTRANGEIRA E FORMAÇÃO
DOCENTE: UMA PESQUISA ETNOGRÁFICA NA
BROWN UNIVERSITY
18
INFORMAL
Higor Branco Gonçalves O ORIENTE
ENQUANTO ALTERIDADE: UMA BREVE
ANÁLISE DAS DIFERENTES VISÕES DE
MUNDO ENTRE OCIDENTE E ORIENTE A
PARTIR DO ESTUDO DE LÍNGUAS
VERNACULARES
Ione Vier Dalinghaus DEBATE POLÍTICO
TELIVISIVO: ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS E
PARALINGUÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM
DISCURSO POLÊMICO
Lara Oleques de Almeida DIALOGISMO E
METAENUNCIAÇÃO NA INTERAÇÃO FACE A
FACE: O DISCURSO DO OUTRO NO
DISCURSO DO EU
Lidia Bueno Cavadas ENSINO DE SINTAXE:
REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA
Maria de Fátima Xavier da Anunciação de
Almeida O ENSINO DE LEITURA LITERÁRIA
NAS VOZES DE PROFESSORES DE
Sala 407 PORTUGUÊS RECÉM-FORMADOS
DISCURSOS E Marília Brisolla ENSINO DA LEITURA NOS
14h - 15h30
Ed. João ENSINO IX LIVROS DIDÁTICOS: UMA VISÃO
Calvino HISTORIOGRÁFICA DE 1960 A 2000
Patricia Trindade Nakagome PROFESSOR,
LEITOR (E BRUXOS): O ENSINO DE
LITERATURA NA CONTEMPORANEIDADE
Regianne Cruz Alkmim Dias LER PARA
COMPREENDER
Francikley Vito O DIÁLOGO NAS
NARRATIVAS BÍBLICAS
Jonathan Luís Hack UMA ANÁLISE
BAKHTINIANA DO ANÚNCIO DA MISSÃO
MESSIÂNICA DE JESUS
Juliana Zanco Leme da Silva O DIÁLOGO
CAMONIANO BÍBLICO EM “SETE ANOS DE
PASTOR JACÓ SERVIA”
Sala 408
ANÁLISES Lemuel de Faria Diniz A INTERTEXTUALIDADE
14h - 15h30 DISCURSIVAS IX NA OBRA DE JÚLIO DE QUEIROZ
Ed. João
Mariú Moreira Madureira Lopes VERSÕES
Calvino
LIVRES DA BÍBLIA E SUA FUNÇÃO
SOCIOCOMUNICATIVA NO CONTEXTO
RELIGIOSO
Wenderson Pinto Farias A ESTRATÉGIA
ARGUMENTATIVA A PARTIR DA
MODALIZAÇÃO NO ARTIGO DE OPINIÃO DE
PAULO PINTO
19
RESUMOS
20
WIKILEAKS: UM MODO DE PRESENÇA
Com base nos pressupostos teóricos da semiótica francesa, o trabalho tem por
objetivo investigar algumas das características discursivas que configuram o modo de
presença do site WikiLeaks.
Todo esse trabalho discursivo realizado pelo WikiLeaks é, ainda, impregnado por
elementos semióticos provenientes de sua plataforma online de veiculação. Está no
âmago da internet um funcionamento da ordem da mistura e da ubiquidade, uma vez
que oferece mecanismos que valorizam a expansão e a participação. Esse regime da
participação operado pela mistura e da ubiquidade operado pela expansão leva os
discursos veiculados pela rede a produzirem novas formas de significação, a
estabelecerem novas maneiras de contratos entre enunciador e enunciatário, e por
fim, a instituírem um determinado modo de presença.
21
A GRAMATICALIZAÇÃO DE VERBOS NA GRAMÁTICA EXPOSITIVA, DE
EDUARDO CARLOS PEREIRA, E NA NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS
CONTEMPORÂNEO, DE CELSO CUNHA E LINDLEY CINTRA: UMA VISÃO
HISTORIOGRÁFICA
22
O SUBJUNTIVO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO – UMA ABORDAGEM
FUNCIONALISTA DO USO NA CAPITAL PAULISTA
Este trabalho se situa na área da sintaxe da Língua Portuguesa e tem por tema as
relações sintático-semânticas que os nativos do Português Brasileiro (PB) estabelecem
para o uso dos tempos do modo Subjuntivo, de forma a produzir gramaticalizações. A
compreensão do uso modo Subjuntivo no PB constitui problema tanto para os nativos
como para estudantes estrangeiros. Tem-se por objetivo contribuir com o ensino de
LP, minimizando as dificuldades existentes de uso do Subjuntivo e maximizando o
entendimento dos contextos de uso desse modo verbal. A pesquisa está
fundamentada na gramática sistêmico funcional de Halliday (2004), que se refere à
língua como texto e como sistema; como estrutura (configuração das partes) e como
recursos (escolhas entre alternativas). Tais referências apontam para uma análise
funcional na perspectiva de exploração da gramática em termos funcionais sob o
ponto de vista de entender como a língua cria e expressa significados. A amostra
analisada compõe-se: (1) segmentos retirados de falas coloquiais do livro de
contos/crônicas amorosas "As verdades que ela não diz" de Marcelo Rubens Paiva e (2)
falas transcritas de gravações de entrevistas espontâneas em Rádio/TV. Os resultados
da análise são parciais e indicam: 1) tendência de redução de uso do subjuntivo na fala
dos paulistanos, 2) gramaticalizações de tempos do modo indicativo, 3) variações do
uso de tempos do subjuntivo nas relações interpessoais diferentes do sistema. Conclui-
se que os tempos do subjuntivo são relativos ao "acontecível", de forma a construir
sentido possível. A gramática tradicional não dá conta de explicar os usos (ou não) do
modo subjuntivo por se basearem somente em fatores sintáticos e morfológicos,
desconsiderando o contexto de interação comunicativa na elaboração dos enunciados.
23
DR. HOUSE: O HERÓI PROBLEMÁTICO NA TELEVISÃO
24
CARTAS DE JOSÉ DE ANCHIETA:
UM ESTUDO À LUZ DA HISTÓRIA DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS
Tema desse trabalho: o estudo das Cartas de José de Anchieta à luz da História das
Ideias Linguísticas. A pergunta que orienta o estudo é quais as ideias e
posicionamentos do padre José de Anchieta, sobre o ensino e educação dos índios do
Brasil do século XVI presentes em suas Cartas? Sabemos que os Jesuítas são
considerados nossos primeiros educadores do Brasil. Chegaram ao país em 1549,
chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, com objetivos de propagar a fé e instituir
um local de ensino onde chegavam. Em 1553, o padre José de Anchieta chega ao
Brasil. Aprendeu o “Tupi”, para então, ensinar a Língua Portuguesa aos índios. Em face
dessa situação, nosso principal objetivo é verificar quais as ideias e posicionamentos
de Anchieta presentes em suas Cartas, tendo como base teórica os estudos sobre
História das Ideias Linguísticas propostos por Fávero & Molina (2006). Fávero & Molina
(2006) dizem que fazer a história das ideias linguísticas é fazer a historia de “todo
saber construído em torno de uma língua, num dado momento, como produto quer de
uma reflexão metalinguística, quer de uma atividade metalinguística não explícita”.
(idem, p. 24). Considerando os pressupostos da História Nova Cultural, propõe-se
pensar a história como representação, ou seja, “como são traduzidas as posições e
interesses dos indivíduos que compõem a sociedade, como pensam que ela é, como
agem, ou como gostariam que ela fosse”. (idem, p. 23). Com base nesse conceito de
História das Ideias Linguísticas, fizemos a análise do corpus, cujos resultados indicam
as ideias e o posicionamento do padre José de Anchieta sobre o ensino e a educação
dos índios no Brasil do século XVI.
25
A FICÇÃO E A EXPANSÃO DO ESPAÇO BIOGRÁFICO
Partindo da noção de espaço biográfico, criada por Philippe Lejeune (2008) e ampliada
por Leonor Arfuch (2010), discuto a possibilidade de sua expansão por meio da
inclusão de textos ficcionais. Consoante os autores, o espaço biográfico é entendido
como um conjunto de textos (auto)biográficos que podem ser articulados visando
encontrar diferentes aspectos de subjetividade que constituem um determinado
indivíduo. A comparação entre tais textos permitiria realçar fragmentos já atribuídos a
este, conferindo-lhe maior relevo ou profundidade, assim como focar aspectos ainda
não explorados ou até mesmo não percebidos. Este processo facilitaria a construção
de subjetividades alternativas de um indivíduo, não privilegiadas em seus escritos
autobiográficos, contribuindo para a construção de imagens mais flexíveis e complexas
acerca dele. Defendo a inclusão do gênero romance autobiográfico neste espaço tendo
em vista seu potencial de aumentar a complexidade das imagens construídas. Além
disso, considerando a noção barthesiana de biografema, defendo a hipótese de que a
ficção autobiográfica permitiria que certos fragmentos identitários afetem o leitor de
maneira mais pungente, se comparada ao gênero autobiografia. A fim de demonstrar a
produtividade da inclusão da ficção no espaço referido, bem como seu potencial
afetivo, ofereço um estudo comparativo entre o primeiro tomo da autobiografia do
romancista inglês Anthony Burgess, intitulado O pequeno Burgess e o grande Deus
(1993), e um romance de sua autoria, Enderby por dentro (1990). Neste estudo são
abordados temas que, apesar de recorrentes nos dois títulos, são construídos de
maneiras distintas, sugerindo diferentes interpretações no tocante a fragmentos de
subjetividade do autor. Os resultados são baseados na comparação de análises
textuais de passagens retiradas dos títulos mencionados, nas quais evidenciam-se
diferenças marcantes no que tange à construção de aspectos identitários da figura em
foco.
26
A CARNAVALIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO TEXTO NOÉ, DE ERICO
VERÍSSIMO
27
A CONSTRUÇÃO DAS FIGURAS DO HERÓI E DO VILÃO NO DISCURSO
POLÍTICO
28
DO SEMISSIMBOLISMO AO PLANO DE CONTEÚDO: ITINERÁRIOS
SEMIÓTICOS NO CURTA METRAGEM “CARAMUJO-FLOR” E NOS
FRAGMENTOS POÉTICOS VISUAIS DE “GRAMÁTICA EXPOSITIVA DO
CHÃO”, DE MANOEL DE BARROS
29
O SONHO DE PRIMO LEVI: A CONSTITUIÇÃO DA CENOGRAFIA NA
LITERATURA DE TESTEMUNHO
30
DISCURSOS SOBRE BILINGUISMO E EDUCAÇÃO BILÍNGUE:
VELHOS E NOVOS RUMOS
Desde por volta do início do milênio, tem ocorrido um boom no crescimento de escolas
bilíngues no Brasil. Tal fenômeno se insere em um contexto histórico e social mais
amplo e cujas implicações extrapolam os limites da escola e do ensino de línguas: em
um mundo onde cada vez mais as fronteiras (nacionais, culturais, sociais) se tornam
indistintas em face ao surgimento de uma rede global de conexões e
interdependências, a questão do bilinguismo, entendido como fenômeno
sociolinguístico de línguas em contato, nunca foi tão urgente.
31
RISO E SUBVERSÃO: O CRISTIANISMO PELA PORTA DOS FUNDOS
Este estudo não se fixa unicamente no coletivo de humor Porta dos Fundos, mas toma
como espinha dorsal e ponto de partida seus vídeos elencados com temática cristã e a
partir deles apresenta a relação entre cristianismo e riso, fazendo paralelo com outras
manifestações humorísticas a partir do texto bíblico (filmes, peças de teatro, charges e
manifestações on line). Apresenta também uma revisão bibliográfica acerca de autores
que pesquisam o riso, como Henri Bergson e Vladimir Propp, e os estudos da
teopoética e da teologia através das obras teóricas de George Minois, Robert Alter,
Salma Ferraz, Antônio Magalhães, entre outros. A partir disto, a pesquisa se propõe
investigar os limites do humor; identificar a existência de humor na Bíblia; observar a
criação humorística a partir do texto bíblico e analisar de que forma os criadores se
apropriam do texto base (a Bíblia) e o subvertem.
São diversos os caminhos, estímulos e pontos de partida que podem levar o criador de
humor a partir da Bíblia a subverter um texto considerado por muitos, sagrado. Este
trabalho em processo evidencia essas características e investiga os meandros da
criação humorística e sua relação com o cristianismo.
32
“VATHEK E A TRADIÇÃO ORIENTALISTA”
A tradução das Mil e Uma Noites de Antoine Galland, publicada na França entre 1704 e
1717, pode ser considerada uma das obras literárias mais importantes da Europa
setecentista. Passando por várias edições e servindo como base para outras traduções
europeias, o sucesso dessa coletânea de estórias populares (vertida de um manuscrito
sírio datado do século XIV) foi também responsável, em grande parte, pelo surgimento
da moda orientalista no continente europeu. Inúmeras estórias que exploravam
aspectos culturais muçulmanos foram publicadas na época. Embora apresentadas
como traduções do árabe, muitas dessas obras eram, na realidade, fruto da
imaginação de europeus que nunca haviam sequer visitado o Oriente.
Consequentemente, uma visão distante e por vezes estereotipada da realidade
objetiva era encontrada em alguns desses contos. Nosso trabalho tem como objetivo
analisar um dos romances orientalistas mais famosos do século XVIII, Vathek, do autor
inglês William Beckford. Pretendemos examinar a maneira pela qual Beckford
construiu o oriente em sua obra, tendo como referencial teórico autores como Said,
Irwin e Aravamudan, que estudaram (nem sempre chegando às mesmas conclusões) a
formação da ideia de oriente estruturado pelo Ocidente. Vathek ocupa um lugar
diferenciado no grupo de obras orientalistas, já que, ao contrário de autores como
Voltaire, que em Zadig posiciona abertamente o contraste entre a Europa e o Oriente,
Beckford criou uma narrativa totalmente ambientada em terras orientais, onde o
Ocidente nunca é mencionado. Teria o autor, a partir dessa opção estilística,
perpetuado certos clichês? Ou teria, de fato, tentado dar voz ao “Outro”? A conclusão
a que chegamos, por meio de uma leitura cerrada do texto, é a de que Beckford não
pode ser ingenuamente incluído em um desses extremos. O autor, antecipando uma
característica romântica, responde de forma irônica a essa questão, não estabelecendo
uma hierarquia entre as personagens de sua obra.
33
ORIENTAÇÃO ARGUMENTATIVA: O PAPEL DAS SEQUÊNCIAS
DESCRITIVAS
Neste trabalho, temos por objetivo aplicar os pressupostos teóricos propostos por
Adam (2008) acerca das sequências textuais descritivas e, consequentemente, verificar
os efeitos de sentido produzidos por tais sequências. De modo a alcançarmos tal
objetivo, buscamos responder à seguinte pergunta: Em que medida esses sentidos
contribuem para a construção da visada argumentativa do texto? Para procedermos à
análise textual do artigo O “santo” servil ao diabo e o grampeador no grampo, de José
Nêumanne, consideramos as macro-operações descritivas, a saber: tematização,
aspectualização, relação e expansão por subtematização. Ao qualificar determinado
objeto ou personagem não apenas os descrevemos, mas também estabelecemos
determinada orientação argumentativa. Nesse sentido, alinhamo-nos com o que
sustenta Marquesi (2007) acerca das escolhas efetuadas pelo autor de um texto. De
acordo com a autora, os elementos descritivos selecionados pelo produtor do texto
provocam determinados efeitos de sentido e oferecem informações importantes
acerca do ponto de vista, das crenças e atitudes dele. De forma desenvolver este
estudo, adotamos como procedimentos metodológicos a revisão bibliográfica, a
definição das categorias de análise, de acordo com a base teórica adotada, e a análise
textual fundamentada nas categorias estabelecidas. Os resultados obtidos sugerem
que a sequência descritiva orienta argumentativamente o enunciado, uma vez que é
formada com base nas escolhas lexicais do autor, no nosso caso, para retratar
determinado personagem de nosso cenário político. Com este estudo, acreditamos
que podemos contribuir para um entendimento mais abrangente do descritivo como
unidade composicional de um texto e como componente argumentativo relevante na
construção de textos.
34
O ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL:
UM PARALELO ENTRE A “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA” DE PAULO
FREIRE E A PRÁTICA CONTEMPORÂNEA
35
ORALIDADE NO ENSINO SUPERIOR: AS AULAS DE LÍNGUA
PORTUGUESA COMO UMA CONTRIBUIÇÃO EFETIVA NO
DESENVOLVIMENTO DO DISCURSO ORAL
36
TEOLINDA GERSÃO E A ESTÉTICA DO SILÊNCIO
37
“UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA”. ESTUDO DAS
ESTRATÉGIAS QUE PRODUZEM EFEITOS DE SENTIDO DE
IMPARCIALIDADE NO BLOG JORNALÍSTICO “CARTAS DESDE CUBA”.
Em 2008 surgiu o blog “Cartas desde Cuba” no site da BBC Mundo, publicação digital
em língua espanhola da British Broadcasting Corporation, dirigida à comunidade
hispano-falante de ambas as beiras do Atlântico. Tratava-se duma coluna semanal,
idealizada por um dos correspondentes da BBC em Cuba, o jornalista uruguaio,
Fernando Ravsberg.
Definida como “um espaço de reflexão sobre a vida cotidiana na ilha” pelo próprio
autor, a coluna tratou de inúmeros temas ligados às mais diversas áreas da realidade
cubana, que ora criticava, ora elogiava. Isso fez com que Ravsberg fosse conhecido (e
criticado) por “dar uma no cravo e outra na ferradura”.
Com base no problema: que estratégias no nível discursivo produzem, no blog “Cartas
desde Cuba”, efeitos de sentido de imparcialidade?, nossa pesquisa, em andamento,
objetiva analisar o blog na procura de tais estratégias.
Como assinala Fiorin (2007), cada patamar do percurso possui sua sintática e sua
semântica. Os elementos de nosso interesse acham-se em ambos os âmbitos. Por
conseguinte, serão examinados tanto os mecanismos de instauração de pessoa, tempo
e espaço – instância da enunciação –, quanto o investimento semântico, dado por
temas e figuras.
A análise não se limita ao exame desenvolvido em cada post que conforma nosso
corpus, pois a exposição dos achados parciais só contribuiria para uma compreensão
fragmentaria do objeto de estudo. Pelo contrário, objetiva-se afinal uma
sistematização dos principais resultados que nos permitam entender o blog como uma
totalidade, e, portanto, a construção dos seus sentidos de modo global.
38
ENSINO DO ESPANHOL E OS GÊNEROS TEXTUAIS:
O CAMINHO A SER SEGUIDO?
39
BORDERLANDS/ LA FRONTERA:
A LITERATURA SUBALTERNA DE GLORIA ANZALDÚA
Criada no ano de 1821, a fronteira entre México e Estados Unidos não só demarcou
um espaço territorial, estabeleceu também um abismo entre dois povos, onde se
romperam crenças, sonhos e culturas. Ao narrar as precariedades da vida fronteiriça,
Gloria Anzaldúa em Borderlands/La Frontera: The new mestiza, consegue dar voz aos
sujeitos subalternos que povoam sua obra, relatando sua experiência como Chicana,
lésbica, ativista e escritora que cresceu na fronteira entre México e Estados Unidos. A
obra de Anzaldúa rediscute o conceito de fronteira, não apenas como uma divisão
territorial, mas uma divisão acerca da identidade cultural, social e física que distanciam
os povos e suas relações de poder. Segundo a autora, “The U.S.-Mexican border es una
herida abierta where the Third World grates against the first and bleeds […] – a border
culture (ANZALDÚA, 2012, p.25). Nesse sentido, observa-se que Anzaldúa, produz a
partir da condição na qual se encontra, quer tenha consciência disso ou não. A
consciência subalterna fala por sua obra. Diante disso, entende-se “subalterno” como
expressão que se refere à perspectiva de pessoas de regiões e grupos que estão fora
do poder da estrutura hegemônica; daí o conceito de subalternidade exigir um espaço
territorial definido e demarcado, bem como àqueles que se encontram fora do
pensamento hegemônico. Com isso, objetiva-se nesta tese, despertar um olhar crítico
e reflexivo diante da obra de Anzaldúa, trazendo a tona os conceitos de subalternidade
e identidade cultural na literatura fronteiriça. Ao revisitar tais conceitos, a tese
procurará discutir sobre questões referentes à cultura latino-americana,
marginalidade, linguagem e hibridismo presentes na obra de Anzaldúa. Para alcançar
tais objetivos, a pesquisa inscreve-se em uma perspectiva teórica respaldada pelos
pressupostos dos Estudos da Subalternidade e Estudos Culturais, cujos teóricos Spivak
(1988), Guha (1988), Beverley (2004), Bhabha (2000), Mignolo (2003) e Hall (2008)
serão revisitados durante o processo.
40
“MORAL DA FORMA”: ESCOLHA E ESPECIFICIDADE DA ESCRITURA
EM ROLAND BARTHES
O presente trabalho tem como objetivo discutir o possível diálogo entre a obra de
Roland Barthes O grau zero da escrita com a obra de seu contemporâneo Jean-Paul
Sartre Que é a literatura?; para tanto, fazemos uma leitura analítica das duas obras
tentando contextualizá-las no âmbito da teoria literária, porque, tanto uma quanto a
outra parecem dialogar sobre a função da literatura no mundo contemporâneo, com o
objetivo de localizar o papel da escrita ante o contexto sócio-cultural do século XX. A
proximidade temporal da redação e da publicação se alia à semelhança na estrutura de
organização textual: ambas respondem à pergunta “Que é escrever?” e “Que é a
escrita?” Por conseguinte, as argumentações das duas obras caminham em sentido
unívoco. Sartre define o papel do escritor, situando-o na relação ontológica entre
mundo e consciência, como um desvendar o mundo para si e para os outros: a escrita,
segundo ele, tem uma conotação filosoficamente instituída, pois envolve um ato de
nomear o mundo ao outro, desvendando-lhe o sentido. Barthes, por sua vez, se
apropria de algumas questões propostas por Sartre, mas de certo modo as desloca,
uma vez que considera que a escritura já não tem como função comunicar ou exprimir
o mundo, mas “impor um para além da linguagem que é ao mesmo tempo História e o
partido que nela se toma”. Assim, apesar do caminho teórico explorado por ambos
autores apresentarem alguns pontos de contato, este trabalho se orienta pela
hipótese de que enquanto Sartre propõe um engajamento filosófica e
ontologicamente instituído, Barthes se direciona a uma teoria literária solidamente
constituída, em que a escolha da forma é que institui uma ligação do escritor com a
sua história. Pensar sua forma se torna, pois, pensar o mundo, o que acaba por
designar uma “moral da forma”.
41
SILÊNCIOS NARRADOS: REPRESENTAÇÃO DA MULHER EM THE
GATHERING
DE ANNE ENRIGHT.
42
DESAFIOS DAS NOVAS MÍDIAS: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
NO ENSINO DE LÍNGUAS
43
É GOOOOOOOOOOL.... DA PARÓDIA!!! –
UM ESTUDO DIALÓGICO SOBRE OS MEMES DA INTERNET
A partir da análise dos memes publicados na Internet, em especial, nas redes sociais,
este estudo tem por objetivo geral examinar a configuração da paródia nestes textos. E
de modo mais específico, pretende analisar que efeito de sentido tal recurso produz,
além de identificar as vozes que participam da construção dessa piada virtual.
Tomando como base teórica o dialogismo e, principalmente, a concepção de paródia
elaborada por Mikhail Bakhtin, elegeu-se um exemplo de meme, cujo tema é a
situação do Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 2014, com o intuito de observar
quais são os valores ideológicos que se materializam nesse tipo de texto. Criado para
debochar do adversário, o meme transforma a situação do outro, como, por exemplo,
estar em último lugar no campeonato nacional em piada. Porém, por detrás do riso há
também um juízo de valor por parte do autor do meme. Vale destacar ainda que será
considerado o contexto de produção dessa piada, uma vez que sem estas referências o
efeito de sentido não se realiza, isto é, o riso como a crítica não acontecem. Em relação
à metodologia, pretende-se realizar uma pesquisa qualitativa, de caráter
interpretativo, passando pelas definições de meme, de discurso, de dialogismo e de
paródia. Diante do que se argumentou, este trabalho se mostra significativo, pois
contribui para compreender como a paródia aparece nos memes e em que medida
essas piadas provocam não só o riso como também a crítica, o deboche. Além do que
os memes surgem como uma nova forma de se veicular discursos na Internet.
44
ESPAÇOS DEGRADADOS E DEGRADANTES: VARIAÇÕES EM TORNO DO
AMARELO
O filme Amarelo manga, do cineasta Cláudio Assis, narra a vida de personagens que se
submergem em um universo apodrecido, dominado pela violência explícita e implícita
e pela linguagem vulgar. O filme está contextualizado em um espaço corroído e
degenerado que, de certo modo, remete ao ambiente comum dos romances
naturalistas, os quais geralmente se caracterizam pela bestialização das figuras
humanas. Despido de qualquer traço romântico ou idealista, o filme aborda o
cotidiano degradado de seres guiados por suas paixões e desejos irrealizáveis. Cria-se,
assim, uma espécie de realismo, ou neonaturalismo urbano, por meio do qual se
ressalta aspectos obscuros e negativos que se disfarçam por trás do ideal de nação
brasileira. Além disso, partindo de uma abordagem comparativa, percebe-se que o
longa-metragem estabelece um claro diálogo com a obra Tempo amarelo, de Renato
Campos, tendo em vista os espaços degenerados e degeneradores de cada uma das
obras. A partir dessa interlocução, o filme constrói uma estrutura heterogênea, na qual
se cruzam, em rede, signos verbo-voco-visuais degradantes, que podem ser divididos
em camadas, tais como: imagem (fixa e em movimento), palavra (escrita e falada),
sonoridade (trilha sonora e ruído). Para entender tal procedimento de “passagem”,
cabe lembrar uma concepção criada por Jakobson em Linguística e comunicação.
Nesse texto, o autor propõe o conceito de “tradução” para tratar das mudanças que
ocorrem na passagem de um texto a outro. Esse conceito é desdobrado em outros três
que variam conforme o tipo de transformação textual. São eles: o “Intralingual”,
entendido como a reformulação de signos verbais por meio de outros signos também
verbais e da mesma língua; o “interlingual”, diz respeito à tradução de signos verbais
de uma língua para outra; e o “intersemiótico”, que é visto como a interpretação de
um sistema de signos verbais por meio de outros não verbais.
45
IDENTIDADE CULTURAL LATINA EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO
46
PINTURA EM PALAVRAS
Este trabalho tem como intuito investigar a pintura, neste caso concreto a pintura do
mestre holandês Johannes Vermeer (1632-1675), que de alguma maneira “sofre” uma
intervenção das palavras, através da escrita, e torna-se um romance. A ficção baseada
na “arte historiográfica” é um subgénero que surgiu no século XXI. Estes romances,
escritos como uma forma de narrativa ecfrástica, estão preocupados com a pintura
como tema, frequentemente realçando os artistas como personagens centrais nas suas
narrativas. Apesar de fictícios, eles são fundamentados na história (de um artista, ou
uma pintura) e fazem observações sobre o processo de criação do artista, seja através
da escrita ou da pintura. No campo estético, literatura e arte tem frequentemente sido
consideradas como artes irmãs, mantendo um rico e desenvolvido relacionamento
através do uso de alusão, simbolismo, alegoria, representação, e mimesis, como
Stephen Greenblatt ressalta. Enquanto Meyers demonstra que a ficção baseou-se em
obras de arte em tempos passados, recentemente, os escritores tem mostrado um
interesse renovado na proveniência da arte. Este ressurgir resultou na formação de um
subgénero literário, que pode ser chamado de “arte-historiográfica” na ficção.
Tipicamente, estas obras centram-se em um artista em particular ou em uma pintura,
especulando e inventando o mundo que os escritores escolheram focar. Em outras
palavras, “Fiction fills in where history leaves off” (Vreeland apud Penelope Rowlands
35). Além do mais, eles apresentam a fusão entre as duas disciplinas para produzir
uma sinergia da escrita e da arte visual. Três romances deste subgénero são Girl in
Hyacinth Blue de Susan Vreeland, Girl with a Pearl Earring de Tracy Chevalier e, Dance
of Geometry de Brian Howell. Todos os três romances se concentraram em Johannes
Vermeer, o pintor holandês do século XVII, admirado pela sua atenção à luz, a
tonalidade e aos detalhes.
47
A ESTRUTURA NARRATIVA NO ROMANCE MODERNO: UM ESTUDO DO
ESPAÇO NA OBRA EURICO, O PRESBÍTERO
Este trabalho tem por objetivo fazer um breve estudo a respeito da estrutura narrativa
do romance moderno. Escolhemos, como corpus de pesquisa, a obra: Eurico, o
Presbítero, de Alexandre Herculano, com a finalidade de apresentar uma análise da
estrutura narrativa da obra por meio dos seguintes elementos: espaço, função das
descrições e maneira como o herói se movimenta nesta narrativa. Teremos como
ponto de partida as obras: Lima Barreto e o Espaço Romanesco de Osman Lins e
Espaço e Romance de Antonio Dimas, ambas obras dão destaque ao estudo do espaço
no romance. Na obra Eurico, o Presbítero evidenciam-se três tipos de espaço: o espaço
aberto que é notável quando descrito por meio da geografia do lugar, estes lugares
mostram que a personagem necessita de lugares amplos, espaços abertos, naturais,
que lhe dão liberdade. Por acreditar que o meio urbano, requintado e decadente, é
impuro e corrompido, o escritor romântico passeia com seus personagens pelas
paisagens, utilizando a natureza como refúgio. Há também os espaços fechados como
a caverna, o mosteiro, as tendas dos árabes, o presbítero entre outros, lugares estes
onde principalmente contam os momentos de fuga e esconderijo da heroína
Hermengarda. Tratando-se do espaço social, devido aos conflitos civis e religiosos
entre, cristãos godos e mulçumanos, este caracteriza os valores nobres como o
nacionalismo, a busca da liberdade e o heroísmo. Diante das considerações feitas, é
possível concluir que a descrição dos espaços e a ambientação são de fundamental
importância no desenvolvimento do romance Eurico, o presbítero, e na constituição
dos protagonistas, uma vez que os aspectos analisados mostram o quanto o espaço
pode: influenciar, envolver, penetrar, localizar e demarcar a vida dos personagens
numa obra.
48
LINGUÍSTICA TEXTUAL E O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
O tema deste estudo incidiu na análise das transformações pelas quais passou o
objeto de estudo da Linguística Textual e a influência dessas mudanças para a diretriz
de ensino e a aprendizagem da leitura e escrita na atualidade. O objetivo consistiu em
identificar a partir de uma vertente histórica as transformações e características da
Linguística Textual com base em estudos desenvolvidos por Koch (2001; 2004) Koch &
Cunha-Lima (2005); Blühdorn & Andrade (2009); Beaugrande (1997); Van Dijk (2012),
e analisar a relação desse caráter com a atual proposta de ensino de leitura e escrita
da língua portuguesa contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
Considerando as transformações das perspectivas de estudo da Linguística Textual foi
possível compreender as razões pelas quais a competência discursiva é a questão
central para o ensino de leitura e produção de texto. Sendo a competência discursiva,
segundo os PCNs, a capacidade do indivíduo de produzir discursos orais e escritos
adequados às situações enunciativas de uso geral, e considerando todos os aspectos
envolvidos no processo dos diversos contextos de comunicação, torna-se
improcedente elaborar propostas de ensino de leitura e escrita dos textos que não
considerem as características descritas ao longo de toda trajetória histórica da
Linguística Textual, sobretudo as que se referem ao terceiro momento da linguística
textual.
49
SIGNIFICAÇÃO, COGNIÇÃO E RELEVÂNCIA: UMA ANÁLISE DA
CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS E DA PERSUASÃO NO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
50
ANÁLISE DA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA NA ADAPTAÇÃO
TELEVISUAL DE
“A VIDA COMO ELA É...” DE NELSON RODRIGUES
51
OPOSIÇÕES E CORRESPONDÊNCIAS EM MEMÓRIAS DE DUAS JOVENS
ESPOSAS: UM ESTUDO DO DUPLO EM BALZAC
52
OS DIFERENTES DISCURSOS NO CONTO DE LYGIA FAGUNDES TELLES
53
O SANGUE É A VIDA: A BÍBLIA E A RELIGIÃO COMO ALICERCES DA
LITERATURA VAMPÍRICA
Uma das principais características, tanto das “Sagradas Escrituras” quanto da literatura
vampírica, é que ambas aparentam precisar de sangue para que suas narrativas fluam,
é como se todo o texto expressasse nas suas entrelinhas uma corrente sanguínea que
conecta o desenrolar da trama. O sangue ocupa um papel fundamental para o
desencadeamento dos acontecimentos e também mostra-se ser o elemento usado
para dar maior dramaticidade às obras. Deus no Primeiro Testamento parece precisar
se alimentar não só de sangue humano, mas também de sangue animal, para
fortalecer sua onipotência. Já no Segundo Testamento, seu único filho Jesus Cristo,
morre todo ensanguentado em uma cruz, mas antes de morrer oferece seu sangue aos
seus discípulos, fazendo assim com que este vire uma metáfora sujeita a várias
interpretações. Desta forma, os significados do elixir da vida dentro do texto bíblico e
suas (re)significações na literatura gótica vampiresca será o foco deste trabalho,
levando-se sempre em consideração o fato de que o vampirismo literário pode ter
surgido a partir de releituras do texto bíblico e de literaturas produzidas a partir do
mesmo. O principal objetivo deste trabalho é investigar características dos vampiros
que possam estar alicerçadas no texto bíblico, como exemplos: a sede de sangue, a
vida eterna, a (des)crença em Deus, a maldade, as metamorfoses, a sexualidade, e a
solidão. Para esta investigação trabalharemos com dois romances: Drácula (1897) de
Bram Stoker e Entrevista com o vampiro (1976) de Anne Rice, textos estes que
apresentam fortes ligações com a religião e a Bíblia. Na parte teórica nos valeremos de
autores como: Carl Gustav Jung, Dag Oinstein Endjo, Claude Lecoutex, Jack Miles,
James Twitchell, Martha Argel, Humberto Moura Neto, Richard Dyer, dentre outros.
54
TRANSFIGURAÇÃO E REPRESENTAÇÃO: O ÍNDIO E UM PROJETO DE
NAÇÃO
Neste trabalho, penso: como foi possível formular uma representação do índio na
literatura brasileira do século XIX, a partir do desejo de constituição de uma nação
aliado ao de um sistema literário e ambos inseridos em um contexto social, político e
ideológico contraditório em relação ao modelo que se pretendia imitar, o modelo
europeu. Diante disso, parto para O Guarani de José de Alencar, obra que fazia parte
do projeto indianista do autor. Minha análise surge a luz do romance histórico de
Gyorgy Lukács e em como a obra de Alencar é elaborada a partir de um
posicionamento político que inventa um mundo novo e que se retomado o seu
contexto histórico e o lugar de fala de seu autor temos no texto literário as
contradições desses elementos.
55
O ENSINO GRAMATICAL SEGUNDO A VISÃO DE MONTEIRO LOBATO,
EM EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA, E NA VISÃO DOS PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO
FUNDAMENTAL II
(2) A visão dos PCN de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II acerca do ensino
gramatical.
(5) Conclusão.
O artigo possui 12 páginas e foi considerado bom na avaliação feita pela Professora
Doutora Neusa Maria Bastos, que leciona no Programa de Pós-Graduação da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. A sua bibliografia conta com trabalhos de
estudiosos como Lajolo (2009), Aranha (1996), Bakhtin (2006), Bastos e Palma (2004),
Neves (2004), Schneuwly e Dolz (2004), Rocha (2012), entre outros. É importante
destacar, ainda, que o artigo enfatiza mudanças ocorridas durante o século XX não
apenas nas aulas de Português como também na Educação em geral.
56
A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO INTOLERANTE EM POSTAGENS NA
INTERNET
57
A NARRATIVA EM HYPERLINK: DE KILL BILL AOS GAMES
58
A CONSTITUIÇÃO DO ENUNCIADOR POR MEIO DAS VARIAÇÕES DO
SIGNO E DA SIGNIFICAÇÃO EM UM ENSAIO JORNALÍSTICO
59
ORIENTANDO NAS NUVENS: A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS
NOS ENSINO MÉDIO E SUPERIOR
60
COCA-COLA ERA ISSO AÍ. UMA BREVE COMPARAÇÃO DE CAMPANHAS
PUBLICITÁRIAS DE COCA-COLA VEICULADAS NO BRASIL EM 1940 E
2014.
Como a Coca-Cola representava e reconhecia o brasileiro nos anos 1940 e como é hoje
em 2014? Por meio de análise semiótica de anúncios impressos de publicações dessas
épocas, busco levantar as características das narrações e discursos da marca. A Coca-
Cola chegou ao Brasil em 1940, movida pela política da empresa durante a Segunda
Guerra Mundial que era colocar o refrigerante ao lado de cada soldado estadunidense
em qualquer parte do mundo. “Providenciaremos para que cada homem nas forças
armadas consiga uma garrafa de Coca-Cola por cinco centavos, onde quer que esteja e
qualquer que seja o custo para a companhia” (PENDERGRAS, 1993: 186). O produto
era desconhecido no Brasil, então foram veiculados anúncios em revistas
apresentando o produto e a forma como deveria ser consumido. O material era
etnocêntrico e mostrava como a Coca-Cola via o Brasil e seus habitantes. A mesma
campanha era apresentada em outros países latino-americanos. Passados mais de
setenta anos, a Coca-Cola tem um gigantesco mercado no Brasil, os anúncios
veiculados mostram os brasileiros não mais como coadjuvantes, mas como atores
principais. Textos e imagens formam as visões do fabricante sobre o Brasil em
momentos distintos. Procuro fazer uma leitura analítica dos elementos componentes
dos discursos nos anúncios veiculados em ambas as épocas, compondo um estudo da
produção de sentidos pela mediação da alteridade.
61
AS POLÊMICAS INTELECTUAIS
Nesse arco de um século, em que se evidenciava o gosto do brasileiro por este tipo de
peleja, foram incontáveis as polêmicas de destaque, porém, em nosso trabalho, iremos
nos ater a três delas, de índole gramatical e filológica, que merecem atenção pela sua
relevância: 1. A polêmica entre Carlos (Maximiliano Pimenta), de Laet versus Camilo
Castelo Branco; 2. A polêmica entre Júlio Ribeiro versus Padre Sena Freitas; e 3. A
polêmica entre Rui Barbosa versus Ernesto Carneiro Ribeiro.
62
MYTHOS EX MACHINA: O TEATRO DE ANTÔNIO JOSÉ DA SILVA SOB A
LUZ DO ESPETÁCULO BARROCO
63
A CONSTITUIÇÃO DO ETHOS FEMININO NO LIVRO A BOLSA AMARELA
DE LYGIA BOJUNGA NUNES
64
A ANÁLISE INTERTEXTUAL E INTERDISCURSIVA DO QUADRO “EL
PELELE” (1791-1792) PINTADO POR FRANCISCO DE GOYA E O
DOCUMENTÁRIO MANTEO DEL PELELE – LA POZA (2007)
65
A RETÓRICA DE RUPTURA EM ARTIGOS PROGRAMÁTICOS:
ESTRUTURALISMO, GERATIVISMO E CONSTRUTURALISMO
Este trabalho tem como tema um estudo historiográfico que toma como objeto de
observação, análise e interpretação artigos programáticos (escritos para divulgar
teorias e/ou métodos científicos de uma determinada área) das décadas de 1960 e
1970 escritos por linguistas brasileiros em um período de efervescência da linguística
nacional, que começava a ver solidificada a implantação da área no Brasil e o início da
formação de uma pluralidade de abordagens e métodos, gerando debates e embates
em torno de teorias e formas de pesquisa. O objetivo central desta apresentação é
discutir a retórica de ruptura utilizada por linguistas dessa época. Para o trabalho em
desenvolvimento como dissertação de mestrado, o corpus escolhido são os seguintes
artigos programáticos: a) Miriam Lemle: O novo estruturalismo em linguística:
Chomsky; b) Geraldo Mattos: A linguística construtural; c) Mattoso Câmara Jr. O
estruturalismo linguístico. O trabalho visa a investigar em que medida retóricas de
ruptura se estabeleceram na história da linguística brasileira, tendo em vista a
circunscrição de modos discursivos em grupos de especialidade específicos. Para o
desenvolvimento da pesquisa foram selecionados, seguindo procedimentos já
tradicionais na abordagem historiográfica da pesquisa linguística, parâmetros de
análise internos e parâmetros de análise externos, que serão mais especificamente
apresentados nesta comunicação. Como referencial teórico privilegiado estão autores
como Pierre Swiggers e Konrad Koerner, que contribuíram para a definição da
Historiografia da Linguística como um campo nos estudos linguísticos, com diretrizes
metodológicas e concepções teóricas articuladas a um modo específico de reconstruir
e interpretar a história dos estudos sobre a linguagem.
66
"O SILENCIAMENTO DOS SENTIDOS: UMA ANÁLISE DOS SENTIDOS DO
LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA”
Este trabalho tem como objetivo analisar o livro didático de língua inglesa e como se
dá o silenciamento dos sentidos em determinadas tarefas propostas nas unidades
didáticas. Trago, de minha prática docente, inquietações sobre o papel do livro
didático de língua inglesa e sua (in)eficácia no desenvolvimento da capacidade leitora e
oral do aluno. Para tanto, buscamos analisar as atividades de leitura e prática oral de
dois livros didáticos de nível intermediário superior de cursos intensivos de inglês de
franquias de idiomas, escritos por brasileiros. Queremos problematizar o uso do livro
didático de forma descontextualizada, com atividades que conduzem todos os alunos à
mesma leitura, imprimindo assim um caráter homogeneizante, através do
desenvolvimento de tarefas onde não há espaço para a mobilização de sentidos. À luz
da Análise do Discurso Francesa, pelos postulados de Pêcheux (1988) e Foucault
(1978), o estudo observa no discurso do livro didático de língua inglesa a
representação de mundo, sujeito, língua; que mantém um distanciamento do aluno
através da apresentação de temas irrelevantes à realidade do aprendiz, sequências
didáticas rígidas e tarefas bastante guiadas, dificultando a construção dos sentidos e
promovendo um cerceamento de reflexões. Os primeiros resultados dessa análise
apontam para um livro didático detentor da verdade, impregnado de (pré)conceitos e
que se antecipa às situações dificultosas, onde não há margem para a interpretação ou
utilização do arcabouço que cada aluno traz consigo. Esse estudo indica que os livros
didáticos em análise têm seu desenvolvimento estabelecido com base em premissas
aplicadas ao ensino de idiomas no século XX, quando o silenciamento trazido à esfera
escolar era um padrão adotado por razões ideológicas e portando perpetuado em
nosso século.
67
O PODER ATÔMICO DO MINICONTO: ANÁLISE DE NARRATIVAS
ULTRACURTAS DIVULGADAS EM CONCURSOS LITERÁRIOS NA
INTERNET
68
A METAPOESIA EM CLAUDIA ROQUETTE-PINTO
Poeta carioca, uma das fortes vozes da poesia brasileira contemporânea e autora de
sete livros – Os dias gagos (1991), Saxífraga (1993), Zona de sombra (1997), Corola
(2000), Margem de manobra (2005), Botoque e Jaguar: a origem do fogo (2009) e
Entre lobo e cão (2014) –, Claudia Roquette-Pinto, embora tenha várias obras
publicadas, ainda é uma escritora pouco conhecida nos meios acadêmicos. Entretanto,
o estudo dos textos que compõem a fortuna crítica dessa autora versa sobre muitos
aspectos de sua poética e, revelam uma autora que se utiliza de diversos recursos
literários, como, por exemplo, a metáfora, para sinalizar uma de suas principais
características – a metapoesia –, através de apropriações e exaltações às coisas
simples, banais e insignificantes do cotidiano, como jardins e insetos. O presente
trabalho tem como objetivo: 1) apresentar a poeta; 2) demarcar – a partir do
levantamento da fortuna crítica – a visão dos críticos a respeito da poética de Claudia
Roquette-Pinto, como, entre outros, a formação poética, os temas recorrentes (amor,
fracassos, críticas à sociedade, a essência humana, o metapoema, etc.), o constructo
poético, a originalidade, as influências literárias; e 3) analisar o poema “O que não
fala”, de Corola (2000), demonstrando que uma das marcas poéticas da autora é a
revelação da Poesia nas pequenas “coisas” da realidade factual, em especial na
utilização de termos e fenômenos da natureza, consideradas irrelevantes ao olhar do
homem comum, mas indispensáveis e substanciais para o substrato poético. Daí, erige-
se a poesia como emancipação (in) delimitável do reino da linguagem como possuidora
do poder de filtrar o real ou aprisioná-lo em seu próprio magma para construir um
novo cosmos poético.
69
A FICÇÃO ESCRITA POR FICCIONISTAS MULHERES PÓS-DITADURA
MILITAR
Com jargões do tipo Brasil: ame-o ou deixe-o, a sociedade brasileira foi impelida a
acreditar que os bons costumes, o poderio econômico e a repressão de ideais
anárquicos e comunistas poderiam configurar um novo panorama de desenvolvimento
para o país. Assim, o Regime Militar foi instaurado em 1964 em bases bastante
solidificadas, ou seja, apoiada pela classe média da época. Entretanto, durante os 21
anos em que perdurou, o que se viu foram inúmeras ações violentas que não apenas
reprimiam a liberdade de expressão, como ceifavam vidas, principalmente dentre uma
parcela da intelectualidade brasileira, aquela que se opunha e ousava discordar. Nesse
contexto, a literatura, como expressão artística, também foi cerceada e o panorama
literário brasileiro assimilou todos os absurdos a partir de seu instrumento de
trabalho: a palavra. Desse modo, este projeto de pesquisa pretende compreender
como a escrita de autoria feminina iniciada após o início do regime por escritoras
como Marina Colasanti, Márcia Denser e Maria Amélia Melo exteriorizou os horrores
pessoalmente vivenciados ou não durante o período militar. Sabedores de que os
problemas políticos não repercutiram igualmente nas várias camadas sociais, percebe-
se também que as escritoras mencionadas assimilaram de formas diferentes os
eventos, Marina retratou os excessos de poder em personagens que migram pelo
mundo maravilhoso, utilizando-se também o erotismo como reação ao poderio
masculino. Márcia explorou o corpo feminino sedento de sexualidade, que vaga de
motel em motel em busca do que o momentaneamente o abasteça. Maria Amélia
utiliza uma vertente mais feminista, em que o corpo e seu uso constituem artifícios
para uma revolução dos costumes. O que se pretende é que à luz de amplo referencial
teórico como Bakhtin, Todorov, Coelho, entre outros se possa estudar a narrativa
dessas mulheres e perceber as marcas que a história brasileira lhes infringiu.
70
A IDENTIDADE CULTURAL NA OBRA “EVERYTHING WAS GOOD-BYE”,
DE GURJINDER BASRAN
71
O DISCURSO DA INTERDIÇÃO EM CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA
72
O DESPERTAR DAS PAIXÕES E A PERSUASÃO NO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
73
PANDEMIA EM (DIS) CURSO: INFLUENZA A (H1N1) EM MANCHETES DO
JORNAL FOLHA DE S. PAULO
Vários são os estudos que têm voltado o olhar para a esfera discursiva jornalística, a
fim de compreender os possíveis efeitos de sentidos que os enunciados produzem,
levando-se em consideração a produção, a circulação e a recepção. Este projeto de
pesquisa objetiva propor a análise de manchetes veiculadas no jornal Folha de S.
Paulo, entre abril e dezembro de 2009. O tema recorrente é o da “Gripe Suína” ou
Influenza A (H1N1). Pretende-se examinar, à luz da teoria da análise do discurso de
linha francesa, como são construídos os possíveis sentidos dos enunciados publicados
nesse período, tendo em vista que o discurso é a própria linguagem em ação. Para
atingir esse objetivo, inscrevemos nossas discussões nos estudos de Maingueneau
(1997, 2008, 2010 e 2011), a fim de que possamos entender os mecanismos de
linguagem utilizados pelo enunciador na construção de sentidos. Tangenciamos, ainda,
as contribuições de Lage (2004 e 2005) e Lustosa (1996), que nos auxiliam a suplantar
discussões ligadas ao discurso jornalístico. Uma das hipóteses que pode avançar as
reflexões neste projeto é o fato de que as manchetes que constituem o corpus deste
estudo passaram a ser mais alarmantes quando da presença de casos da “gripe suína”
no Brasil. Nesse sentido, é necessário discutir, também, a responsabilidade do
jornalismo frente a questões de saúde pública e de ética. Por fim, é preciso
compreender que em todo jogo de linguagem existe uma arena dissonante de vozes
que podem legitimar um discurso a favor da informação ou do pânico, em especial
quando o assunto é saúde pública.
74
CAETANO VELOSO: UM ARTISTA DOS TRÓPICOS
75
A REALIZAÇÃO DO SUJEITO EU NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
INFORMAL
Embora a base teórica seja primariamente funcional (com espaço especial para o
conceito de foco), também serão de auxílio conceitos sociolinguísticos, como a
variação diafásica e a monitoração.
76
ANTECIPAÇÃO NARRATIVA NA VINHETA DE
ABERTURA DA MINISSÉRIE A PEDRA D’O REINO
77
RESQUÍCIOS DO REGIME MILITAR BRASILEIRO EM CONTOS DE B.
KUCINSKI
A ditadura militar, regime autoritário instituído no Brasil entre 1960 e 1980, assim
como as feridas por ela deixadas, configuram-se como temáticas de significativa
importância a serem abordadas pelas mais distintas instâncias sociais e culturais, a fim
de que esse obscuro período não seja esquecido e, muito menos, repetido. Em virtude
do cinquentenário desse acontecimento histórico, o ano de 2014 foi marcado por
exposições, palestras e simpósios organizados por universidades e outras organizações
acadêmicas e socioculturais e pelos lançamentos (e relançamentos) de obras de
diferentes manifestações artísticas. Este artigo discute, por meio da análise de dois
contos – “Joana” e “O velório”, inseridos na mais recente obra de Bernardo Kucinski,
Você vai voltar pra mim e outros contos -, um aspecto relevante dos “anos de
chumbo”: os desaparecidos políticos e os desdobramentos desse fato na vida dos que
com eles mantinham vínculos familiares, afetivos e sociais. Muitos são aqueles que,
ainda hoje, permanecem sem qualquer explicação acerca do destino de seus entes
queridos, vivenciando de modo ininterrupto a dúvida pela confirmação ou não de uma
morte e a ausência de um corpo pelo qual velar. Visando a exploração de tais pontos,
este trabalho baseou-se, primeiramente, nos próprios textos de Bernando e, num
momento posterior, em publicações de órgãos oficiais – como Arquidiocese de São
Paulo, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e a Comissão Especial sobre Mortos
e Desaparecidos políticos – e a teóricos voltados a tais temáticas como James Wood,
Renato Franco, Elio Gaspari e Márcio Seligmann-Silva. A ditadura deixou, tanto nos
anos em que vigorou como nos seguintes, para aqueles que perderam um ente
querido, um rastro de dor e separação forçadas, uma convivência diária com uma
cicatriz permanentemente aberta, porém se tais sofrimentos não foram aplacados, o
amor e a lembrança frente aos que partiram também não o foram.
78
DAS PÁGINAS DA BÍBLIA À TELA DO CELULAR: A LITERATURA E SEUS
PERCURSOS DE ADAPTAÇÕES
A literatura é uma questão que sempre interessou tanto seu público-alvo, ou seja, os
leitores, também como a Industria Cinematográfica e de Televisão. Hollywood fareja
sucessos de longe até porque a fidelização de seus adeptos é enorme e assim forma-se
milhares de fãs. O livro sagrado tem inspirado filmes, mas um período, em especial,
merece destaque. Os chamados "épicos bíblicos" sob a produção de Cecil B. DeMille,
nos anos 1950, tornaram-se uma referência no gênero. Segundo o "The Hollywood
Reporter", "Os Dez Mandamentos" (1956), com Charlton Heston, rendeu US$ 65
milhões nos EUA, o equivalente hoje a cerca de US$ 1 bilhão. A Bíblia é um dos livros
mais antigos da humanidade e uma das maiores fontes de inspiração para o cinema,
televisão e até mesmo para outros livros baseados no tema, afinal o Livro Sagrado
possui uma fonte excelente para todo os tipos de histórias: drama, ação, romance e
até efeitos sobrenaturais e milagrosos. Porque o cinema e a televisão se interessam
tanto em adaptar histórias bíblicas? O objetivo principal deste trabalho é fazer um
levantamento das produções audiovisuais (cinematográficas ou televisivas) adaptadas
a partir do texto bíblico e verificar as mudanças que acontecem no processo de
transposição do texto bíblico para outras mídias, levando em consideração a análise da
questão ideológica no texto e no vídeo, assim como questões de produção como
construção de personagens, cenários e formação do enredo, deste modo,
aproximando ou distanciando a ficção televisiva do texto literário a partir dos autores
Jon Solomon e Babington & Evans que analisam esta relação literatura bíblica e suas
adaptações.
79
O DIÁLOGO NAS NARRATIVAS BÍBLICAS
80
O DISCURSO IMAGÉTICO NO DOCUMENTÁRIO “ÔNIBUS 174”
81
ANÁLISE DE DISCURSOS DE SITES DE KENJINKAI DO BRASIL:
A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE CULTURAL TIPICAMENTE
NACIONAL
82
AUTOBIOGRAFIA FICCIONAL EM ROMANCES BRASILEIROS
CONTEMPORÂNEOS
83
O SINCRETISMO CULTURAL E LINGUÍSTICO NAS AULAS DE
PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA: VENCENDO O JOGO DAS
IDENTIDADES ESTIGMATIZADAS
Este trabalho tem por finalidade apresentar uma pequena experiência dentro da sala
de aula de Português Língua Estrangeira (PLE) para refugiados em São Paulo. É preciso
concentrar-se no fato de que os alunos não são simples estrangeiros, estabelecidos
temporariamente na cidade. Os refugiados são pessoas forçadas a fugirem de seus
países devido a questões políticas, religiosas, militares, entre outros problemas. Por
esta razão, temos que levar em conta que a presença do refugiado será, a princípio,
permanente – ele está à procura de um novo “lar” (na definição senso-comum de
“abrigo”, de “espaço de proteção”). Após um contato inicial com um pequeno grupo
de refugiados, oriundos de diferentes partes – República do Congo, Nigéria, Camarões,
e outros países da África, e também de diferentes cidades da Síria –, foi possível
refletir sobre novas tensões existentes no processo de aprendizagem. Mais do que o
jogo das identidades culturais envolvidas, os refugiados se deparam com a necessidade
de vencer estigmas. O estigma é uma marca diferencial, que exige do indivíduo
estigmatizado um maior esforço, não somente para ser aceito em um novo grupo, mas
sobretudo representar-se diante de um novo grupo; representar-se em um novo país,
em uma nova cultura. Sob a ótica das teorias do cientista social canadense Erving
Goffman, vamos discutir estratégias de interação a serem usadas nas aulas de PLE que
propiciem um melhor resultado no processo de interação – cuja preocupação não está
orientada unicamente entre professor/aluno, mas se estende a uma plêiade de
relações sociais estabelecidas pelo refugiado em seu período de adaptação.
84
O NARRADOR COMO MEDIADOR DE LEITURA EM AS AVENTURAS DE
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
85
DOS LOW-LIFES DA LAPA, AO UPPER XINGU E AO DICTATORIAL ESTADO
NOVO: CARACTERÍSTICAS ESTRANGEIRIZADORAS E
DOMESTICADORAS NA VERSÃO DE NOVE NOITES À LÍNGUA INGLESA
O presente trabalho terá como objetivo central selecionar alguns poucos trechos da
versão elaborada por Benjamin Moser, à língua inglesa, da obra “Nove Noites” 1, de
Bernardo Carvalho. A partir das análises propostas que, em nenhuma medida, visam
ao esgotamento do tema ou à proposição de verdades absolutas, buscaremos
suposições acerca de uma atitude mais domesticadora em alguns dos trechos e mais
estrangeirizadora em outros trechos, no ato tradutório da obra em questão.
Inicialmente, serão necessários os desenvolvimentos de alguns dos conceitos que
cercam a proposta de nosso trabalho, antes que adentremos as análises dos trechos da
obra, propriamente ditos. Utilizaremos como referência alguns conceitos aventados
em períodos remotos, como na Antiguidade Clássica, quando Cícero, na busca de
identificar qual tradução seria mais fiel à essência do texto na língua de partida,
contrasta a tradução palavra-por-palavra à tradução mais aproximada das
características textuais da língua de destino, bem como mencionaremos o conceito de
domesticação e de estrangeirização, conceito esse mais contemporâneo e veiculado
por teóricos da tradução, como Lawrence Venuti (2002). A partir daí, selecionaremos
algumas escolhas do tradutor da obra em questão para a língua inglesa, e de que
forma identificamos uma aproximação ou um distanciamento da cultura de destino.
Utilizaremos alguns nomes próprios, como no caso de Alto Xingu, bem como
expressões, como "malandragem" ou "Estado Novo" e formas de tratamento, como
"dona", tão peculiar à língua portuguesa, e que foram vertidas à língua inglesa, ora por
transcrição e ora por busca de termos equivalentes, a fim de identificarmos exemplos
tanto da aproximação quanto do distanciamento já mencionados no ato tradutório.
1
Para os trechos na língua de partida, a portuguesa, os selecionaremos de CARVALHO, B. Nove Noites.
São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Para os trechos na língua de chegada, a inglesa, os
selecionaremos de CARVALHO, B. Nine Nights. Translated by Benjamin Moser. London: Vintage Books,
2007.
86
O VOO DA MADRUGADA: O FANTÁSTICO NO CONTO DE SÉRGIO
SANT’ANNA
Ao longo dos anos, o fantástico fortaleceu-se graças a sua constante renovação, que
possibilitou expandir a abordagem do gênero. Os textos deixaram de limitar-se apenas
às realidades imaginárias passando a incorporar ao estilo a realidade do cotidiano
humano. Em “O voo da madrgada”, Sérgio Sant’anna transforma uma simples viagem
de Boa Vista à São Paulo em uma situação que transita entre os limites do real e o
imaginário. Para compor a narrativa, o autor utiliza-se de elementos comuns, mas que
carregam um grande teor de ambiguidade que passam a colocar em cheque a
sanidade de seu protagonista. O presente trabalho tem como finalidade explorar as
questões do fantástico incorporadas no conto. Utilizando os conceitos teóricos de
Tzvetan Todorov e Filipe Furtado sobre o fantástico será feita uma amostragem acerca
dos elementos do sobrenatural mesclados ao real, de maneira que causam o efeito de
hesitação e ambiguidade, resultando na atmosfera de mistério que estimula a
imaginação do leitor. Para isso, serão feitos apontamentos que indicam a manifestação
do gênero dentro do texto, como os personagens secundários, que possuem uma
dualidade em sua interpretação, e a própria ambivalência do protagonista que
demonstra a sua incerteza dos fatos ao longo da narração. Por meio desses tópicos, o
fantástico se faz presente pela manifestação do insólito, a dúvida que perpassa a
narrativa tira o leitor de sua zona de conforto, despertando assim a sua inquietação,
dessa forma, ele insere-se e compartilha do espetáculo que é o fantástico.
87
O ORIENTE ENQUANTO ALTERIDADE: UMA BREVE ANÁLISE DAS
DIFERENTES VISÕES DE MUNDO ENTRE OCIDENTE E ORIENTE A
PARTIR DO ESTUDO DE LÍNGUAS VERNACULARES
88
A RETÓRICA DAS PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO EM TEXTOS
OPINATIVOS
Inês Teixeira (PUC-SP)
Orientador: Luiz Antônio Ferreira
89
DEBATE POLÍTICO TELIVISIVO: ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS E
PARALINGUÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM DISCURSO POLÊMICO
90
A FRASEOLOGIA EM DON QUIJOTE DE LA MANCHA E SUA
EQUIVALÊNCIA NA LÍNGUA PORTUGUESA
Este trabalho faz parte da minha pesquisa para a realização dos meus estudos de
doutorado. Tem por objetivo analisar as possíveis equivalências das unidades
fraseológicas da obra Don Quijote de la Mancha na tradução feita para a língua
portuguesa. Maigueneau (2002) considera que a enunciação proverbial é
fundamentalmente polifônica, ou seja, o enunciado pelo falante apresenta uma
retomada de enunciações passadas, os locutores já proferiram aquele provérbio
anteriormente.
91
AS REPRESENTAÇÕES DO FEMININO EM CRÔNICAS DO COTIDIANO DE
MARINA COLASANTI
O projeto proposto está situado na área do discurso e tem por objetivo examinar as
representações do feminino nos marcos de cognições sociais expressos em crônicas de
Marina Colasanti. Objetiva-se também contribuir com os estudos linguísticos
discursivos que tratam da representação do feminino na sociedade brasileira. O
procedimento metodológico é teórico-analítico, com análise qualitativa de material
documental. O projeto está fundamentado na Análise Crítica do Discurso (ACD) com
vertentes social e sócio-cognitiva. Assim, trata-se de uma pesquisa multidisciplinar
hierarquizada pelas ciências da cognição. As categorias analíticas são: sociedade,
discurso e cognição. Entende-se que a sociedade é formada por diferentes grupos
sociais e estes se definem por uma reunião de pessoas que tem os mesmos objetivos,
interesses e propósitos para focalizar os eventos do mundo. As formas de
conhecimento têm natureza memorial e resultam da inter-relação de conhecimentos
sociais e experiências individuais, de forma a construir conhecimentos avaliativos que
são crenças. Segundo a ACD (Análise Crítica do Discurso) há uma dialética entre o
social e o individual, assim, tem se por pressuposto que nas crônicas de Marina
Colasanti, há um guia social para representação ideológica do feminino que está inter-
relacionado com a posição avaliativa individual da cronista. Como a pesquisa está no
início os resultados apresentados são parciais. Eles indicam que: 1º com as mudanças
sociais resultantes da pós-modernidade com capitalismo tardio e as altas tecnologias,
há uma mudança no discurso. Assim, Marina Colasanti conflitua com os valores
machistas impostos para representação preconceituosa do feminismo; 2º As crônicas
são textos da classe opinativa, sendo construídas a partir de uma circunstância (ponto
de vista individual da autora) em relação às cognições sociais (sociedade machista); 3º
Os argumentos apresentados pela autora são de legitimidade e reforço incompatíveis
com as formas de representação machista da sociedade brasileira e seus respectivos
papéis sociais.
92
HELENA MORLEY NA LITERATURA E NO CINEMA
Em uma análise comparativa entre o romance Minha vida de menina (1942), de Helena
Morley - pseudônimo de Alice Caldeira Brantt -, e o filme Vida de Menina (2004),
adaptação do romance, dirigido por Helena Solberg, também responsável pelo roteiro,
junto com Elena Soárez, exploramos a configuração da personagem protagonista nas
linguagens fílmica e literária. Nas duas obras acompanhamos registros do diário
pessoal de Helena Morley em diálogo constante com o cotidiano de Diamantina no
período em que, no Brasil, ocorria a abolição da escravatura e proclamava-se a
república, período marcado pela crise na mineração de diamantes em Diamantina e
pela existência de preconceitos por diferenças religiosas, raciais e de classes que
saltavam aos olhos e estavam enquadrados na formação de identidades. Os universos
da leitura e da escrita são objetos de reflexão da personagem, uma menina que
percebe, interage e reinventa seu entorno – o que ela chama de “construir castelos” –
ao ler a Diamantina de seu tempo por um viés ao mesmo tempo inocente e
transgressor. A linguagem cinematográfica revela, no entanto, um modo peculiar de
perceber a história do Brasil no final do século XIX, o que veremos a partir de um
estudo da configuração da personagem nas duas obras. Para fundamentação teórica
deste estudo comparativo recorremos, principalmente, a teorias voltadas aos estudos
cultura, teorias da literatura e do cinema, relações entre ficção e história. A exemplo
de Stuart Hall, Antoine Compagnon, Antonio Cândido, Robert Stam e Walter Mignolo.
93
PALAVRA E REVOLUÇÃO: ENTRE A LITERATURA E A HISTÓRIA
Este trabalho se propõe fazer uma reflexão acerca das relações entre a literatura e a
história, tendo como corpus a romance La insurrección (1982), do autor chileno
Antonio Skármeta. Cabe ressaltar que nosso referencial teórico são os Estudos
Culturais e os Estudos literários, especialmente os estudos de Carcía Canclini, Bhabha,
Stuart Hal, Walter Mignolo, Antoine Compagnon, Ítalo Calvino. Skármeta propõe a
escritura da historia a partir da reconstrução de espaços e tempos desde os pontos de
vista dos personagens e focos narrativos que representam coletividades sociais
diversas. No romance em questão, a história da Revolução Popular Sandinista é
contada pela perspectiva de figuras do povo nicaraguense que, no plano ficcional,
expressam formas diferentes de viver esse processo histórico. Nesse sentido, o uso da
palavra pelos personagens inseridas na trama torna-se essencial como expressão de
identidades conflituosas e como elemento de luta tão ou mais poderosa que as armas,
mortes e espaços conquistados (recuperados) durante o referido período histórico. É a
palavra que permite ou desautoriza ações e, assim, desencadeia ou reprime atos de
revolução. Entre as personagens que se impõem e expressam seus posicionamentos
históricos por meio da palavra destacam-se o carteiro Salinas e o poeta Leonel, uma
das vozes que inserem no romance o gênero “carta pessoal”, a partir das
correspondências destinadas a sua amante Victoria. Salinas é dos poucos, em seu país,
que possui a habilidade da leitura e, por isso mesmo, domina as relações sociais
obtidas a partir de trocas de correspondências. Essas personagens se utilizam da
linguagem como elemento criativo, o que deflagra uma reflexão sobre as formas de
registrar a história.
94
UMA ANÁLISE BAKHTINIANA DO ANÚNCIO DA MISSÃO MESSIÂNICA
DE JESUS
95
O DISCURSO DOS JORNAIS IMPRESSOS NO INÍCIO DO SÉCULO XXI.
ANÁLISE DO JORNAL SUPER NOTICIA
Mostra o cenário dos jornais impressos e suas diferentes estratégias diante das novas
tecnologias, sobretudo da Internet. Mostra quais as estratégias as organizações de
comunicação usaram para tentar superar as de dificuldades com queda no número de
leitores e necessidade de alteração no seu discurso. Relaciona os elementos
discursivos com os enunciadores e enunciatários e suas percepções. O objetivo é
mostrar o uso da linguística, com sua natureza multidisciplinar, e agregar uma nova
forma de análise ao discurso gráfico e textual dos jornais impressos. Trata-se de uma
nova forma de abordagem de problemas que anteriormente se resumiam a avaliações
superficiais baseadas apenas em questões estéticas, textuais ou pseudo-psicológicas.
Neste estudo será feita uma análise das primeiras páginas do jornal Super Notícia, de
Belo Horizonte, sob a concepção da Semiótica Discursiva e os estudos de Mikhail
Bakhtin. Este jornal tem a peculiaridade de ser o jornal impresso com maior tiragem
paga no país, superando jornais tradicionais, centenários. É resultado de uma nova
tendência no setor dos jornais populares, no qual são usadas cores e fotos em
profusão. Editorialmente atua com temas relacionados ao cotidiano das classes C e D,
como comportamento, criminalidade, sexualidade e temas esportivos. O estudo
mostra o percurso narrativo desenvolvido pelo enunciador na página impressa e suas
percepções pelo enunciatário. Estratégias de persuasão e de manipulação segundo os
conceitos semióticos. Recursos que promovem os efeitos de realidade no jornalismo.
Estratégias de construção do discurso jornalístico e gráfico.
96
ON FAIRY-STORIES - A LITERATURA DE FANTASIA E TOLKIEN
97
A AUFKLÄRUNG E O STURM UND DRANG:
SEUS HERÓIS, SUAS MORTES E SEUS LEGADOS
Este trabalho tem por finalidade apresentar uma comparação entre os personagens
principais das obras da literatura alemã: Emília Galotti, de Gotthold Eprhaim Lessing;
Os sofrimentos do jovem Werther, de Johann Wolfgang Goethe e Os Bandoleiros, de
Friedrich Schiller, nos seus respectivos movimentos literários, a saber, a Aufklärung
(iluminismo/esclarecimento) e o Sturm und Drang (tempestade e ímpeto). Tais
movimentos eram antagonistas na Alemanha do século XVIII, sendo o primeiro um
movimento intelectual e o segundo um movimento romântico. À luz dos estudos do
filósofo alemão Immanuel Kant sobre a educação moral e o esclarecimento
(Aufklärung) e do escritor e filósofo francês Roland Barthes sobre o sentimentalismo
analisaremos cada um dos personagens e suas mortes individualmente, e depois será
feita uma comparação entre os eventos. Analisaremos também porque esses
personagens morreram, o que significa cada um dos movimentos literários abordados,
quais as diferenças entre a Sturm und Drang e a Aufklärung e qual a diferença entre a
Aufklärung de Goethe e a Aufklärung de Schiller e, também, como ambos movimentos
definem o conceito de herói. Buscaremos compreender qual a mensagem que a morte
de Emilia Galotti, Werther e Karl Von Moor, heróis de seus respectivos romances,
passam para o homem moderno, no que diz respeito à integridade moral, quanto ao
que é ser livre, o que é ser senhor de suas decisões, o que é ter o domínio de si
mesmo, em todos os sentidos. O que significava, em suas épocas, ter força de caráter
para que seus sentimentos e desejos possam ser expressos de forma racional,
inteligível.
98
A PRESENÇA DE KEATS EM BETWEEN THE ACTS DE VIRGINIA WOOLF
99
O DIÁLOGO CAMONIANO BÍBLICO EM “SETE ANOS DE PASTOR JACÓ
SERVIA”
O trabalho analisa o soneto “Sete anos de pastor Jacó servia” de Luiz Vaz de Camões,
consideramos o diálogo com texto bíblico situado em Gênesis capítulo 29, versículos
de 15 a 20. Este diálogo foi analisado como paródia que, segundo Hutcheon (1985, p.
109), “[...] é uma das técnicas de auto-referencialidade por meio das quais a arte
revela a sua consciência da natureza do sentido como dependente do contexto [...]”,
isto é, o ato de parodiar está inserido em um contexto em que a mudança implica
continuidade e oferece um modelo para o processo de transferência e reorganização
do passado, a partir da visão do autor que ao compor sua obra a reinventa e não se
limita a uma mera imitação, mas sim, ao recriar, oferece uma posição exequível e
eficaz em relação ao passado, na sua paradoxal estratégia de repetição como fonte de
liberdade. Como resultado da análise, verificamos que o autor reconhece o texto base,
pois se mantém fiel à ideia da narrativa bíblica, no entanto, ao transformá-lo em um
poema de “medida nova”, ou seja, em um soneto lírico amoroso, ele o faz sob uma
nova ótica, visto que enfatiza o amor de Jacó por Raquel e não a atitude de Labão de
enganar Jacó. Portanto, o poeta português transforma o texto Bíblico em arte literária,
pois tira deste o foco religioso e moral, isto é, na lírica Camoniana, o amor ideal ao
estilo platônico, aquele concebido apenas no plano das ideias, sobrepõe-se à injustiça
cometida por Labão. Para subsidiar a análise recorremos aos críticos literários Antonio
Candido (1996), Massaud Moisés (2006) e Linda Hutcheon (1985)
100
ACONTECEU, VIROU MANCHETE: O JORNAL ESCOLAR COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
101
ANÁLISE DA TRADUÇÃO E DA RETRADUÇÃO PARA O INGLÊS DE A
PAIXÃO SEGUNDO G.H., DE CLARICE LISPECTOR – ASPECTOS
LINGUÍSTICOS, CULTURAIS E PSICOLÓGICOS
102
A LITERATURA DE FICÇÃO CIENTÍFICA: UMA ANÁLISE DO GÊNERO
103
POSIÇÃO DO NARRADOR NO ROMANCE CONTEMPORÂNEO SEGUNDO
THEODOR ADORNO
Pelo fato de a posição do narrador ter tomado características próprias após a era em
que imperava o preceito épico da objetividade, Theodor W. Adorno (1903-1969), no
capítulo “Posição do narrador no romance contemporâneo” de sua obra Notas de
Literatura I, com tradução de Jorge de Almeida, em edição de 2003 da Editora Duas
Cidades, de São Paulo e publicado inicialmente em 1958, analisa essa problemática no
romance, que ele classifica como forma literária da era burguesa. O objetivo de nosso
trabalho é elencar brevemente as considerações do autor a respeito da discussão
desse tema tão significativo para a análise da literatura praticada no século XX. No
decorrer deste estudo de Theodor Adorno somos confrontados com elementos
esclarecedores do texto de autores contemporâneos como James Joyce (1882-1941),
Marcel Proust (1871-1922), Gustav Sack (1885-1916), Thomas Mann (1875-1955) e
Franz Kafka (1883-1924). Adorno nos revela como esses autores inseriram o narrador
em seus textos romanescos, possibilitando o aprofundamento das ideias dos
estudiosos de literatura sobre esse tema tão presente e importante na estruturação do
texto literário contemporâneo, contribuindo para a compreensão de seus recursos,
principalmente de sua maneira de narrar.
104
LA FELICIDAD REPULSIVA DE LA FAMILIA M
Uma felicidade repulsiva conta a história de uma família que aparentemente vive uma
felicidade impossível de ser abalada e por isso desperta a curiosidade de um menino
de treze anos pertencente a uma família comum da cidade que, ao conhecer os
integrantes da família M., passa a questionar junto com seus familiares se tal felicidade
poderia ser possível.
Segundo Sastre (2014, p. 138), a realidade serve para nos fazer sentir mais cruelmente
o desamparo do homem no seio do humano. A realidade vivida pelo narrador
personagem neste conto está cheia de conflitos e situações que por ser ele ainda uma
criança não podia compreender, mas que começa a questionar a partir do momento
em que descobre a existência de uma realidade oposta a sua.
105
O DESTRONAMENTO NAS OBRAS ANFITRIÃO E UM DEUS DORMIU LÁ
EM CASA
Katia Maria Fernandes (UPM)
Orientador: Profa. Dra. Elaine Cristina Prado dos Santos
Ao ler as peças Anfitrião (206 a.C.), de Plauto, e Um deus dormiu lá em casa (1949), de
Guilherme de Figueiredo, uma pertencente à Literatura Latina e outra à Literatura
Brasileira, respectivamente, observamos um vínculo estreito de proximidade entre
uma e outra. Sendo assim, o objetivo da minha dissertação de mestrado é apontar
que existe um diálogo entre as obras de tal forma que a obra de Figueiredo parodia a
de Plauto a ponto de o elemento mítico se reatualizar a partir da obra contemporânea,
por meio da paródia. Entende-se dialogismo pelas relações de sentido que se
estabelecem entre dois enunciados. Nesta perspectiva, um texto para se constituir
como tal é perpassado por outros discursos com os quais dialoga. Sob esta óptica, as
peças supracitadas, em um processo de comunicação, estão repletas de ecos,
lembranças de outros enunciados, que dialogam entre si.
Se pensarmos que todo discurso dialoga com outro, a paródia, que é o contar o que já
foi dito de outra forma, também é dialogismo. É uma recriação, uma reinvenção
amparada na fala, na arte, na obra de alguém. A paródia está inserida no dialogismo, e
nela também se insere a carnavalização na literatura, que se refere ao exagero, ao uso
de máscaras, ao fugir da realidade e poder fazer o que, normalmente, não é permitido.
O mito está reatualizado na obra de Figueiredo, trazendo ensinamentos dos
primórdios aos dias atuais.
106
A PÓS-MODERNIDADE E A LÍNGUA PORTUGUESA EM GUINÉ-BISSAU
Embora o Brasil apresente grande diversidade étnica e cultural, ainda são escassos os
estudos que abranjam a literatura brasileira e a dos países africanos de expressão
portuguesa como um meio de resgate de nossa memória cultural. Consequentemente,
ficam excluídos importantes fatos da contribuição dos povos africanos na formação da
identidade brasileira. Os objetivos do presente estudo são: a) estudar, no Ensino
Médio, a importância da lusofonia como elemento para a compreensão do aspecto
cultural de povos com um passado histórico comum; b)levar o educando à conclusão
do quanto as nações estão cada vez mais descentralizadas e de como os estudos
literários contribuem para a compreensão das identidades desses países. Serão
analisados o poema Em que língua escrever, da escritora bissau-guineense Odete
Semedo (1996), que trata da influência da língua portuguesa em Guiné-Bissau, e a obra
A África ensinando a gente, de Paulo Freire (2003), que analisa a importância das
línguas nativas da Guiné-Bissau para a preservação de sua identidade. Os estudos de
Hall, em A identidade cultural na pós-modernidade (2006), serão considerados para
constatar como as sociedades se tornaram fragmentadas e descentralizadas, a ponto
de as línguas nativas de muitas nações não serem mais o suficiente para garantir a
sobrevivência econômica de seus povos. Em Em que língua escrever, o sujeito poético
encontra-se obrigado a compor em língua portuguesa, reconhecendo que seu povo
precisa dessa língua, economicamente mais influente, para buscar melhores condições
de vida.
107
ANÁLISE DE ROTULAÇÕES EM TEXTOS DE OPINIÃO
108
DIALOGISMO E METAENUNCIAÇÃO NA INTERAÇÃO FACE A FACE: O
DISCURSO DO OUTRO NO DISCURSO DO EU
109
ASPECTOS DIALÓGICOS NO ROMANCE DUNA, DE FRANK HERBERT
Mikhail Bakhtin afirma que, a partir do momento em que são criadas, as obras se
enriquecem com novos significados e sentidos, deixando de ser o que eram na época
de sua criação. Toda obra literária contém, portanto, como elemento constitutivo de
si, diálogos não apenas com obras e elementos culturais anteriores à data em que foi
produzida, mas também com aqueles coetâneos e com outros subsequentes. Nosso
trabalho propõe mostrar que esse enriquecimento está presente inclusive em livros de
ficção científica futuristas. Embora sejam obras que trazem elementos ficcionais
exóticos, elas dialogam constantemente com elementos da cultura real e com outros
textos. Como corpus, escolhemos o romance Duna (1965), de Frank Herbert, mais
especificamente o trecho “Apêndice II: A religião de Duna”; nosso objetivo é identificar
diferentes elementos de diálogo intertextual e interdiscursivo, para mostrar como eles
podem produzir novos significados. Como embasamento teórico, além de Bakhtin
(1997), apoiamo-nos em estudos de outros autores, incluindo Brait (2005), Faraco
(2001) e Fiorin (2006). Os resultados dessa análise comprovam que o enriquecimento
de significados de uma obra literária é mesmo constante: os enunciados adquirem
novas possibilidades de interpretação dependendo do momento histórico, do
ambiente social e do repertório do leitor. Mesmo livros de ficção científica dialogam
com obras e elementos da cultura anteriores, coetâneos e subsequentes ao momento
em que foram escritos. O texto de Frank Herbert é carregado de referências à nossa
realidade, e os temas abordados, se já eram relevantes em 1965, revelam aspectos
novos para os leitores de hoje.
110
A INTERTEXTUALIDADE NA OBRA DE JÚLIO DE QUEIROZ
111
O ESPAÇO QUE UNE INFÂNCIA E MATURIDADE DE FERNANDO SABINO
SABINO, Fernando. O menino no espelho. – 97a ed. – Rio de Janeiro : Record, 2014.
112
ENSINO DE SINTAXE: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA
O êxito da prática docente tem como ponto primordial a aprendizagem do aluno. Mas
dependendo do processo de ensino adotado pelo professor e as relações afetivas
entre ele e seus alunos essa relação de ensino-aprendizagem fica fraca ou nem se
estabelece. As práticas de sala de aula, a organização do trabalho e das atividades do
professor, a disciplina / indisciplina dos alunos, a identificação deles com o professor e
a dinâmica na sala de aula influenciam de maneira decisiva na aquisição do
conhecimento. Há professores que ensinam orações coordenadas e ficam frustrados
ao descobrir que os alunos não entenderam, mas como ensinar orações coordenadas
se o aluno não sabe nem localizar um verbo? Ou precisam ensinar predicado quando o
aluno não consegue entender e encontrar um sujeito. O professor precisa cumprir com
o conteúdo sintático que o livro ou apostila de Sistema exige, então ele acelera o
depósito de conhecimentos nos alunos para conseguir dar conta da apostila, mas se
esquece, muitas vezes, que nesse processo acelerado muitos alunos já ficaram pelo
caminho sem conseguir acompanhar a matéria por falta de pré-requisitos para aquele
conteúdo que o professor deveria ter retomado antes para que todos conseguissem
acompanhar. Alguns desses aspectos da Sintaxe aparecem de maneira recorrente em
vestibulares, sendo um pré-requisito para a entrada no terceiro grau.
113
OS ELEMENTOS LINGUÍSTICOS E A CONSTRUÇÃO DA
ARGUMENTATIVIDADE NO DISCURSO PUBLICITÁRIO.
Este trabalho está vinculado à linha de pesquisa “Texto, discurso e ensino: processos
de leitura e de produção do texto escrito e falado” do Programa de Mestrado da
Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL – cuja área de concentração é “Teorias e
práticas discursivas, leitura e escrita”. A grande questão que esta pesquisa pretende
levantar é: “De que forma as estratégias linguísticas podem influenciar na interação
com o interlocutor e na ampliação da argumentatividade do discurso publicitário?”. O
corpus escolhido para esta pesquisa é composto de doze anúncios publicitários. Deste
total, oito foram veiculados na Revista Veja nos seguintes anos e edições: 1992 - ed.
1215 (1), 1997 - ed. 1477 (1) e ed. 1521 (2), 2000 - ed. 1630 (1), 2002 - ed. 1733 (1),
2008 - ed. 2055 1), 2011 - ed. 2215 (1). Há também dois anúncios da marca Dove. O
primeiro foi veiculado na Revista Caras, (novembro de 2004), e o segundo na Revista
Nova (novembro de 2004). Os dois últimos anúncios foram extraídos do livro
institucional da marca Melissa “Sempre igual, sempre diferente.”, páginas 124 e 132,
publicado em 1997. Para cumprir o objetivo geral, que é compreender como se
materializa no texto uma das funções preponderantes do discurso publicitário: o
convencimento por meio da palavra, seu aspecto argumentativo, elencamos os
seguintes objetivos específicos: 1) Estudar o instrumental teórico da linguística textual;
2) Estudar as relações entre texto e discurso; 3) Estudar as especificidades dos gêneros
do discurso da propaganda; 4) Analisar o corpus salientando os procedimentos
linguísticos, entre eles a importância dos articuladores textuais, os aspectos discursivos
e os recursos intertextuais que os textos apresentam para se compreender os efeitos
de produção de sentido. A metodologia para atingir os objetivos será a pesquisa
bibliográfica e análise do corpus em questão em que se evidenciará, entre outros
pontos, o uso de adjetivos e substantivos avaliativos; a escolha de advérbios
intensificadores e qualificadores; tempos verbais; o uso estilístico das repetições; os
processos de referenciação; os mecanismos de coesão visando evidenciar a função
argumentativa desses elementos da superfície do texto na produção de efeitos
discursivos. Os autores escolhidos para a fundamentação teórica deste trabalho, no
que diz respeito à argumentação, são Aristóteles, Ruth Amossy e Adilson Citelli; no que
diz respeito à linguística textual: Ingedore Koch, Elisa Guimarães, Ana Lúcia Tinoco
Cabral e Maria Valíria M. Vargas; no que diz respeito à análise do discurso: José Luiz
Fiorin, Eni Orlandi, Sírio Possenti e Dominique Maingueneau; no que diz respeito ao
gênero propaganda: João Anzanello Carrascoza, Jorge S. Martins e Vicente Cegato
Bertomeu. PALAVRAS-CHAVE: Discurso publicitário; Argumentação; Linguística textual.
114
A INTERCULTURALIDADE E OS PROGRAMAS DE MOBILIDADE
ESTUDANTIL:UMA AMOSTRAGEM DO PROBLEMA COM
PARTICIPANTES DO AFS INTERCULTURAL PROGRAMS
115
O ENSINO DE TEXTOS LITERÁRIOS: INTERFACES DA RELAÇÃO
PROFESSOR-MEDIADOR / ALUNO-QUESTIONADOR
O desempenho dos alunos nas provas do ENEM e nos vestibulares tem demonstrado
que os alunos egressos do ensino médio apresentam imensas dificuldades para lidar
com textos literários. Um trabalho diversificado e criativo com a leitura desses textos,
portanto, tem sido cada vez mais necessário na escola atual. Tal circunstância prova a
necessidade de uma (re)leitura na formação inicial e continuada desse profissional,
uma vez que é nesse momento que os professores constroem os conhecimentos e
competências necessários para atuar como formadores de leitores competentes. Em
muitas ocasiões, o que se pode ver é que o professor se coloca em um patamar
protegido de qualquer ousadia ou tentativa de leitura criativa e crítica de seus alunos.
Isso compromete a formação do leitor, que não vê os textos literários como fonte de
prazer, de entretenimento, afastando-se da leitura. Partindo disso, cabe questionar
que arcabouço teórico-didático tem recebido os professores no curso de Letras, para
atuarem como formadores de leitores críticos e com prazer na leitura dos textos
literários. Tendo em vista o estudo que se pretende, aprofundamos nosso estudo nos
escritos de autores, como: Freire (1996); Lajolo (1981) (2008), Antônio Cândido (2012);
Solé (1998); e Zilberman (1990). Tais teóricos veem que o ensino de literatura deve ser
significativo, enfocando o papel do professor mediando a construção de conceitos e
teorias a partir das leituras e das reflexões com os alunos. Por não entender que se
trata de uma linguagem artisticamente trabalhada e não compreender seu
vocabulário, que muitas vezes é de outro século, o aluno cria um distanciamento em
relação à literatura e, cabe ao professor, estreitar essas dificuldades lexicais, aceitar a
interpretação feita pelo aluno dentro das estruturas do texto e, assim, promover o
diálogo aluno-texto.
116
PORTO DAS CAIXAS, UM RECORTE DO FEMININO
NO CINEMA BRASILEIRO DA DÉCADA DE 60
117
OS VERÕES DESCONSTRUÍDOS EM THE BLUEST EYE, DE TONI
MORRISON E “THE FLOWERS”, DE ALICE WALKER
Umberto Eco, em Ensaios sobre a literatura (2011) explica que escrever sobre um povo
não implica unicamente relatar sua história sob um único ponto de vista; muito pelo
contrário, ele propõe que quando há literatura, contribui-se para formar a língua, cria-
se identidade e comunidade. Isso se faz evidente quando são analisadas as obras das
premiadas Toni Morrison e Alice Walker que ao longo das últimas décadas apresentam
ao leitor um panorama bastante amplo do negro ao longo da história norte-americana.
Neste estudo, objetiva-se cotejar o último trecho do livro The Bluest Eye, de Toni
Morrison e o conto “The Flowers”, de Alice Walker. Cabe esclarecer que o romance
inaugural de Morrison é estruturado em partes nomeadas com as estações do ano,
cuja suposta relação cronológica imaginada é rompida no momento em que a leitura
flui revelando que os capítulos não são apresentados ciclicamente. O Verão, trecho
escolhido para este estudo, traz características bastante semelhantes ao verão que
ambienta o conto de Alice Walker. O jardins de verão que compõem os cenários das
duas narrativas, em nada se assemelham ao significado comum que se vislumbra de
jardins, citando-se o Dicionário de Símbolos, de Chevalier e Gheerbrant (2005, p.241),
“(...) um símbolo do paraíso terrestre, do cosmos que o tem como centro, do paraíso
celestial e dos estados espirituais que correspondem a locais paradisíacos”. Tendo
jardins como cenários das narrativas, as meninas protagonistas das obras em estudo
relatam verões que se encerram junto à atrocidades que jamais deveriam ser
testemunhadas, tampouco vividas. A proposta deste estudo, então, é revelar como o
verão faz florescer nos jardins, nos textos em questão, a violência no mundo dos
negros.
118
PISA E SARESP: HABILIDADES DE LEITURA COMO SUBSÍDIOS PARA AS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Luciana Mirabile
119
AS CAPAS DE O CORTIÇO SOB UMA PERSPECTIVA BAKHTINIANA
Recorre-se para tal estudo ao fundamento teórico, postulado por Mikhail Bakhtin,
sobre o conceito de dialogismo. Na perspectiva bakhtiniana, o dialogismo é um
fenômeno constitutivo da linguagem que se estabelece entre dois enunciados, ou seja,
são as relações de sentido que se constrói na interação entre enunciador e
enunciatário. Nessas relações entre sujeitos são absorvidas diferentes vozes sociais
que implicam conexões de concordância ou discordância, podendo apresentar um
caráter centrífugo ou centrípeto.
Apesar de o próprio cortiço ser o protagonista e prevalecer sua imagem na maioria das
capas utilizadas para ilustrar o livro, as quatro capas selecionadas para este trabalho
trazem outros personagens do romance, igualmente importantes para o enredo: João
Romão e Bertoleza.
Esta pesquisa, por meio dos estudos imagéticos, oferece outra possibilidade
metodológica de compreensão dessa importante obra de Aluísio Azevedo, que, no
meio literário atual, figura ainda com grande expressividade, uma vez que se trata de
um clássico da literatura amplamente adotado na Educação Básica; leitura obrigatória
desde 2010 pela FUVEST e UNICAMP e texto livre para uso comercial (domínio
público).
120
A REFERENCIAÇÃO E A CONSTRUÇÃO ESPACIAL DAS CENAS
EM ROMANCES BRASILEIROS
121
RETÓRICA: MANUAL DE PICARETAGEM INTELECTUAL
O estudo tem por objetivo geral examinar a relação dialógica entre o texto “Manual de
Picaretagem Intelectual”, selecionado de uma publicação de jornal (Estadão), e o ideal
de retórica compreendido por Aristóteles. O objetivo específico é examinar o conceito
axiológico do referido artigo de opinião, bem como identificar as vozes que dele
participam.
122
COERÊNCIA EM HIPERTEXTO E O ENSINO DA ESCRITA
123
GÊNERO DRAMÁTICO – PERSPECTIVAS DE APLICABILIDADE DAS
DIRETRIZES DA LEI 10.639/2003 NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
124
CAOS E VIOLÊNCIA: A REPRESENTAÇÃO DO URBANO NOS CONTOS DE
RUBEM FONSECA E DE MARCELINO FREIRE
125
SATÃ, UMA PERSONAGEM TRIMÓRFICA
De acordo com Forsyth (2014), Lewis (1961) e Nicolson (1998), o percurso de Satã na
narrativa é o de um processo degenerativo: de grande e glorioso arcanjo no Céu, foi
precipitado na escuridão do Inferno por rebelar-se contra o Céu tornando-se príncipe
dos demônios, sua nova identidade; para se vingar de sua expulsão do Céu, entra no
Paraíso Terrestre e, como era espírito, entrou no corpo de uma serpente que dormia
para, como serpente tentadora, persuadir Eva, que considerou mais frágil que Adão, a
pecar. Depois de Eva ter comido a maçã proibida, Satã retorna ao Inferno onde é
derrotado, juntamente com sua legião de demônios, sendo transformado em serpente
devido a uma sentença dada no Céu. Assim, mesmo que Milton tenha construído Satã
com complexidade, este, ao fim de sua transformação degenerativa, foi derrotado,
portanto não se sustenta a tese de que Milton estivesse a favor do Diabo. Ao contrário,
seu posicionamento está de acordo com seu credo puritano.
A análise literária deste tema se baseia sobre a obra original Paradise Lost bem como
sobre os autores supracitados que escreveram a respeito do Satã de Milton.
126
LÍNGUA E IDEOLOGIA NO DISCURSO RELIGIOSO NEOPENTECOSTAL: O
TRAJETO DO FAZER-CRER AO FAZER-PODER.
127
O DISCURSO MIDIÁTICO E O SUJEITO-ALUNO: ENTENDENDO SEUS
DESEJOS E EXPECTATIVAS
Este trabalho tem como objetivo estudar os discursos veiculados nas propagandas dos
cursos de idiomas e como o sujeito-aluno é influenciado por tais discursos. Como o
desejo pelo aprendizado da segunda língua, em especial a língua inglesa, é crescente, é
comum encontrar indivíduos que buscam esse conhecimento para se sentirem
incluídos no contexto do mundo globalizado. O estudo tem como base a Análise de
Discurso de Linha Francesa e os fundamentos postulados por Pêcheux que
compreendem o sujeito como um ser heterogêneo, situado na prática social e
submetido às influências culturais e ideológicas do outro. Serão analisados fragmentos
discursivos de depoimentos de alunos adultos e jovens adultos, que frequentam ou já
frequentaram cursos de idiomas, onde são relatadas suas expectativas antes do início
do curso e os resultados obtidos durante ou ao final do curso. Através deste estudo é
possível observar as vozes que emanam dos discursos dos alunos e das escolas que se
utilizam das várias propagandas para encantar o “cliente” em potencial. Nessas
condições é possível perceber que o sujeito-aluno, com o sonho do conhecimento, se
submete a aprendizagem proposta pelas escolas, ignorando as possíveis dificuldades
ao longo do processo de aprendizagem. A forte pressão pela aquisição da mercadoria –
curso de idiomas – é tão intensa que ingenuamente o sujeito-aluno se rende ao “fast
aprendizado” imaginando que conquistará conhecimento de qualidade e eficaz. Neste
trabalho, através dos discursos estudados, é possível perceber que a língua inglesa não
é somente objeto de desejo e realização pessoal e/ou profissional, mas também
desencadeadora de frustração uma vez que nem sempre o que é oferecido ao
“cliente” pode ser entregue.
128
UMA ANÁLISE INTERMIDIÁTICA DO CONTO “O RETRATO OVAL”
O conto “The oval portrait”, de Edgar Allan Poe (1809-49), publicado pela primeira vez
em 1842, no Graham’s Lady’s and Gentleman’s Magazine, já foi traduzido diversas
vezes no Brasil sob o título “O retrato oval”. Em 2006, a editora Melhoramentos lançou
mais uma tradução, a coleção Histórias extraordinárias, em volume ilustrado, única
produção desse tipo no país. Esse trabalho é assinado por Antônio Carlos Vilela e as
ilustrações são de Poly Bernatene, um artista plástico argentino. A presente
comunicação elege esse livro como objeto de estudo e se propõe a analisar duas
dessas ilustrações, com ênfase nas relações entre palavra e imagem, procurando
identificar as vinculações de convergências e divergências entre o texto verbal e o
visual. Para atingir o objetivo, é preciso compreender como os pesquisadores têm
discutido a tradução intersemiótica e a adaptação. Nesse sentido, primeiramente, é
realizada uma revisão literária sobre esses assuntos, apresentando os trabalhos mais
antigos e clássicos, como a tipologia de Roman Jakobson, passando pelas noções de
Linda Hutcheon até chegarmos aos estudos contemporâneos da intermidialidade, com
Claus Clüver. À medida que a revisão vai sendo feita, analisamos cada estudo,
discutindo em que aspectos contribuem para o entendimento do tema proposto. Na
sequência, empreendemos a análise propriamente dita das imagens conjuntamente
com o texto verbal. Como resultado, pode-se inferir que, apesar de formarem uma
obra multimidiática, na qual há a presença de mídias diferentes dentro de um texto
individual, sendo o elemento verbal e o visual autossuficientes, autônomos, os textos
analisados dialogam, interagem e se completam, inserindo-se, portanto, no campo da
intermidialidade, no dizer de Clüver.
129
O ENSINO DE LEITURA LITERÁRIA NAS VOZES DE PROFESSORES DE
PORTUGUÊS RECÉM-FORMADOS
130
AS POLÊMICAS DO SÉC. XIX E INÍCIO DO SÉC. XX – CONTRIBUIÇÕES
PARA A COMPREENSÃO DO SABER LINGUÍSTICO.
131
ESTRATÉGIAS DE COESÃO EM REDAÇÕES DO ENEM: OS
ARTICULADORES ARGUMENTATIVO-TEXTUAIS
132
A CONTRIBUIÇÃO DE PIERRE BOURDIEU PARA O ENSINO DA ARTE
O presente ensaio propõe analisar como é configurada uma pedagogia aplicada à arte,
que compreende o conceito dentro de um imaginário social, refletindo a ideia da
existência de um “dom” específico para a vivência artística. Quanto à ideologia do
dom, segundo os fundamentos teóricos de Pierre Bourdieu, pode ser interpretada
como uma justificativa para a criação de estereótipos em relação à atuação e ao êxito
dos alunos nas aulas de arte, conseqüentemente, mascarando as condições de acesso
à cultura e aos bens culturais, identificando a capacidade criativa como atributo
natural. Assim concebida, a noção de uma pedagogia artística assume um sentido de
criatividade numa alternância entre a expressão espontânea, livre de regras, e o
aprendizado estético. Tal relação dicotômica revela que o conceito de criatividade é
concebido numa contradição entre a condição de “habilidade” natural e inata, e a
condição de ser identificado como um produto de aprendizado cultural.
133
O SERMÃO DA SEXAGÉSIMA E A TEORIA DA COMUNICAÇÃO.
134
DAS PALAVRAS DE LISPECTOR ÀS IMAGENS DE ALMEIDA JÚNIOR:
UMA RELAÇÃO DIALÓGICA
Mariana Calvo Mozer Manzieri (UPM)
135
CLARICE LISPECTOR E MAURITS CORNELIS ESCHER: POÉTICAS DO
INFINITO
136
ENSINO DA LEITURA NOS LIVROS DIDÁTICOS: UMA VISÃO HISTORIOGRÁFICA DE 1960 A 2000
137
VERSÕES LIVRES DA BÍBLIA E SUA FUNÇÃO SOCIOCOMUNICATIVA NO
CONTEXTO RELIGIOSO
138
AS POLÊMICAS DO SÉC. XIX E INÍCIO DO SÉC. XX – CONTRIBUIÇÕES
PARA A COMPREENSÃO DO SABER LINGUÍSTICO.
139
FLÁUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO” DE HILDA HILST
140
A ORGANIZAÇÃO TEXTUAL DA CRÔNICA DE NOTÍCIA
141
A INTERDISCURSIVIDADE EM UMA LEVE BRISA
Para refletir sobre o papel de intérprete, outras referências devem ser trazidas para o
estudo. Além das menções teóricas já apontadas, são criadas relações entre a crônica e
outros elementos associados ao arquétipo da deusa Vênus, como anúncios
publicitários de shampoo, cenas de carnavalização com momentos de elevação e
rebaixamento, e de ironia. A escolha da crônica como corpus desta pesquisa
corresponde à intenção de discutir dialogismo e interdiscursividade de maneira leve e
didática.
142
A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA EM UM ARTIGO
JORNALÍSTICO DE MR. MILES.
143
MESTIÇAGEM E DESIDENTIDADE
NA COMUNICAÇÃO DO ÍNDIO COM O VÍDEO
144
DONA BENTA, PERSONAGEM DE MONTEIRO LOBATO: DA MEDIAÇÃO
DE LEITURA À IMAGEM VISUAL
Este trabalho apresenta, como objetivo geral, o estudo da personagem Dona Benta nas
obras infantis de Monteiro Lobato. Como objetivos específicos, pretende-se estudá-la,
em especial, como figura mediadora de leitura dos netos a partir de teoria sobre o
trabalho de mediação e também, a partir da preocupação com a materialidade da
obra, estudar as imagens visuais de Dona Benta em que ela aparece, de alguma forma,
mediando alguma leitura dos netos. Há nesta parte do estudo uma preocupação com o
“como” a imagem visual da personagem foi sendo construída e alterada ao longo das
várias edições. Também há de se pensar em quais influências os ilustradores sofreram
para comporem as imagens visuais de Dona Benta, além da própria filiação artística de
cada um dos ilustradores. Espera-se com isso contribuir para um estudo mais completo
da personagem-avó Dona Benta. A partir dessas questões intenta-se construir quem é
a personagem Dona Benta nas obras infantis lobatianas. O trabalho em questão é de
cunho bibliográfico, embora demande uma série de visitas a acervos de bibliotecas
como as da Unicamp, do Cedae e da Biblioteca Monteiro Lobato onde se encontra a
maior parte do material para o estudo da segunda parte do trabalho. A título de
exemplo de referencial teórico, citam-se: Alvarez (1982), Manguel (1997), Fischer
(2006), Santaela (2012), Linden (2011), Chartier (1996, 2002, 2011), Lajolo (2008,
2014), Debus (|2004), Jouve (2002), Barbosa e Barbosa (2013), Abreu (1999),
Cavalheiro (1955), Yunes (2002), Lobato (1956, 1969) bem como toda a obra infantil
(1977), dentre outras muitas obras teóricas. Até o presente momento, foram
concluídas as disciplinas referentes ao doutorado e realizadas inúmeras leituras
bibliográficas além das pesquisas aos acervos das bibliotecas anteriormente citadas.
145
OS VAMPIROS LITERÁRIOS NA OBRA
ENTREVISTA COM O VAMPIRO DE ANNE RICE
146
PROFESSOR, LEITOR (E BRUXOS): O ENSINO DE LITERATURA NA
CONTEMPORANEIDADE
147
O RELACIONAMENTO CONJUGAL EM “A MULHER SEM PECADO”,
DE NELSON RODRIGUES
A análise de A mulher sem pecado será realizada com intuito de investigar de que
modo o relacionamento conjugal é parodiado, destacando as ações e os diálogos entre
Olegário e Lídia, personagens da peça teatral, e as ações e diálogos entre os casais de
personagens de romances românticos que servirão como elementos parodiados.
148
A POLÊMICA DA INTERINCOMPREENSÃO NO DISCURSO O MONSTRO,
TRÊS HISTÓRIAS DE AMOR, DE SÉRGIO SANT´ANNA
149
A DIVERSIFICAÇÃO DA INTERTEXTUALIDADE NA COMUNICAÇÃO
150
LER PARA COMPREENDER
151
A ISOTOPIA TEMÁTICA EM REDAÇÕES DE VETIBULAR: A INVEJA
Na Semiótica de linha francesa, que será utilizada como base de nossa análise,
busca-se o sentido dos textos. Assim, a isotopia aparece com frequência como um
elemento básico e importante, que auxilia na organização e na compreensão do
discurso.
152
A LITERATURA CONTEMPORÂNEA CENTRO-AMERICANA: UM ESTUDO
SOBRE AS NARRATIVAS DO GUATEMALTECO RODRIGO REY ROSA
153
O DISCURSO DA AUTOAJUDA E O DISCURSO EMPRESARIAL: DIÁLOGOS
POSSÍVEIS NO PROCESSO DE EXPLORAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho está tematizado pelo estudo das relações entre os discursos da
autoajuda e o empresarial, de forma a analisar o modo como eles se imbricam,
utilizando-se da motivação profissional, para explorar a força de trabalho de seus
colaboradores, na construção de uma representação voltada a multifuncionalidade
profissional. Os objetivos são: identificar o discurso empresarial atravessando o
discurso da autoajuda na ampliação das responsabilidades profissionais do
colaborador de uma empresa; verificar a eufemização do autoritarismo empresarial
por meio da apresentação da temática motivacional. A metodologia utilizada pela
pesquisa será teórico-analítica, delimitada pela utilização das categorias: interdiscurso,
cenas da enunciação e ethos discursivo. Os resultados obtidos demonstram que o
discurso empresarial se utiliza do discurso da autoajuda, com vistas a obtenção da
adesão do colaborador a organizar suas atividades profissionais, sempre transpondo as
metas estabelecidas pela empresa, respeitando suas diretrizes organizacionais, em
função dele (o colaborador) ser o responsável pela sua manutenção no mercado
competitivo.
154
POR UMA ESCRITA DE PENÉLOPE: A DÚVIDA E A ANGÚSTIA EM
AGUSTINA BESSA-LUÍS
Esta comunicação tem por objetivo discutir como a dúvida se plasma na obra de
Agustina Bessa-Luís, um dos maiores nomes da literatura portuguesa contemporânea.
Tanto a religiosidade, quanto o niilismo ou ateísmo são, ao seu turno, formas de
crença. No entanto, quando a impossibilidade de se acreditar em algo se configura por
meio da constante imposição da interrogação um profundo sentimento de angústia
ganha corpo, o que está em diálogo com a Filosofia Negativa, a qual tem em Emil
Cioran um dos seus expoentes máximos. Essa articulação é uma das bases da poética
agustiniana, isto é, a tentativa da quebra das certezas que levam a um avultar do
inacabado como marca da existência. Em um movimento descentralizador e
antiautoritário, a ficcionista portuguesa, ao longo do seu conjunto literário,
principalmente em seus romances históricos, aspira a evidenciar possibilidades outras,
sublinhar outras “modalidades de história”, conforme exprime Franklin Ankersmit, em
A escrita da História. Isso faz com que a construção textual agustiniana esteja em
diálogo com as proposições de Jean-François Lyotard, em A condição pós-moderna,
que questionam as metanarrativas. Nesse processo desconstrucionista, que instaura a
dúvida, uma vez que aponta que a essência do homem é não saber, assim como essa é
a essência do mal, outro elemento que perpassa as reflexões da romancista, o discurso
literário agustiniano é comparado ao trabalho de Penélope, qual seja, à medida que a
autora coloca algo como uma tentativa de totalização, essa mesma proposição é
negada quer por um aforismo, quer pela voz-consciência de uma das suas personagens
por meio do ajuizamento, termo utilizado pela romancista, em Longos dias tem cem
anos: presença de Vieira da Silva, para qualificar o seu processo semântico-estilístico.
155
AS CONTRADIÇÕES DO DISCURSO POLÍTICO BRASILEIRO
A revisão bibliográfica foi feita a partir da leitura de obras que comentam a formação
das ideias políticas no ocidente. Partindo das considerações teóricas, chega-se à
análise do corpus específico, que se apoia principalmente em Mainguenau, Courtine e
Charaudeau.
As conclusões parciais permitem afirmar que existe uma única grande formação
discursiva a dominar o campo político brasileiro, partindo de um único grande modelo
replicado na oposição e na situação.
156
O CATÁLOGO ERÓTICO-LITERÁRIO CONSTRUÍDO
POR FIGURAS PERVERSAS
157
METÁFORAS NO SERMÃO DO MONTE: UNIVOCIDADE E
PLURIVOCIDADE
A metáfora no texto bíblico é um objeto muito extenso, por esse motivo, essa pesquisa
se concentra nas metáforas bíblicas do sermão do monte, o discurso mais conhecido
de Jesus. Nele constam alguns dos ensinamentos mais reproduzidos e polemizantes de
Jesus. Boa parte da ética cristã está baseada neste sermão e muitos leitores, desde os
mais informais aos teólogos e estudiosos da Bíblia, encontram nele ensinos radicais de
ética e conduta cristã. Por vezes, esses ensinamentos parecem confusos não só pelo
conteúdo, mas principalmente pela forma em que foram registrados, com linguagem
fortemente figurativa. É esse aspecto que iremos analisar: as metáforas presentes no
discurso ético de Jesus.
158
GÊNEROS MULTIMODAIS, OBJETOS DE ENSINO DIGITAIS (ODE) E
ATIVIDADES DE LEITURA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO
159
UMA LEITURA DESCONSTRUTIVA DA OBRA LITERÁRIA LAVOURA
ARCAICA DE RADUAN NASSAR
A pesquisa tem como objetivo explorar algumas estratégias utilizadas nessas leituras
observando que na leitura desconstrutiva a análise de um texto não pode ser
concluída com a “descoberta” de seu significado essencial, mas sim com a descoberta
de um impasse ou "aporia" em que não há motivos para a escolha entre duas
interpretações radicalmente incompatíveis.
160
POR UMA TRANSCRIÇÃO DIPLOMÁTICA DO MANUSCRITO DE LE
PREMIER HOMME DE ALBERT CAMUS
Le Premier Homme é o romance que Albert Camus escrevia quando morreu em 1960.
As 144 páginas deste manuscrito inacabado foram transcritas e publicadas pela filha
do autor em 1994. Trata-se, porém, de uma transcrição linear cujo objetivo foi tornar o
texto acessível ao leitor e que, por esse motivo, não pôde contemplar todas as tensões
presentes no manuscrito, como as rasuras, as notas marginais, os acréscimos. O
objetivo desta comunicação é apresentar os resultados obtidos no estágio de
doutorado empreendido no último ano no Fundo Albert Camus na França, no qual nos
propusemos a fazer uma transcrição diplomática do manuscrito. Partindo de uma
discussão sobre os métodos de transcrição e seus objetivos, apresentaremos uma
amostra da transcrição diplomática do manuscrito contraposta a sua transcrição linear,
apresentando suas principais particularidades, tais como a tentativa de conservar sua
visualidade: cabeçalho e numeração das páginas, tamanho da letra, inclinação e
sentido do texto, cor da tinta, traços, setas, hachuras, desenhos, notas marginais,
recortes, entre outros. Por fim, a transcrição diplomática serve como base para uma
análise a partir do método da crítica genética, cujos resultados se apresentam em dois
eixos: o primeiro faz referência ao manuscrito em si mesmo e as particularidades de
seu processo de criação, por exemplo, a partir de mudança de folhas, tinta ou grafia,
assim como rasuras na numeração, nos é possível estabelecer hipóteses sobre a
cronologia do manuscrito. O segundo nos permite discutir as escolhas literárias do
escritor: pudemos constatar as tensões entre uma escrita ficcional e autobiográfica,
quando, por exemplo, observamos no uso dos nomes dos personagens uma hesitação
entre aqueles que fazem referência a pessoas que Camus conhecia (sua mãe, seu
professor da escolha primária) e os nomes por ele inventados para os personagens da
mãe e do professor de seu protagonista, Jacques Cormery.
161
VIOLÊNCIA E MELANCOLIA EM NAVALHA NA CARNE, DE PLÍNIO
MARCOS
A partir do final dos anos 50 do século XX, a dramaturgia de Plínio Marcos inovou o
teatro nacional e chocou o público ao expor nos palcos brasileiros personagens que
incorporavam a verdadeira condição dos sujeitos marginalizados. Surgia, sob o
contexto da ditadura militar, um dramaturgo que apresentava o cotidiano de seres mal
vistos pela elite, tais como ladrões, malandros, prostitutas, desempregados, artistas
mambembes. Ao se considerar o modo de sobrevivência desses seres ficcionais
plinianos, sobretudo em Navalha na carne (1967), este trabalho tem como objetivo
principal analisar a forma como as personagens da peça em questão comportam-se
diante às adversidades de suas vidas e perante os demais indivíduos. Tendo como base
a pesquisa bibliográfica e o método indutivo, pretende-se demonstrar que o caráter
dos seres plinianos se delineia no contato destes com a realidade que os cerca. No
caso da referida peça teatral, as relações que se estabelecem entre as personagens
fazem com que elas se conscientizem da situação em que se encontram. No entanto,
tais relações e o próprio meio em que esses seres ficcionais estão inseridos fazem com
que estes enfrentem dificuldades, como o preconceito, a solidão e o abuso de poder,
que ferem o caráter e a honra, em uma tentativa de sobreviverem às mazelas sociais.
Como fundamentação teórica sobre marginalidade e violência, respectivamente, serão
utilizadas as obras O discurso e a cidade (2004), de Antonio Candido, e Literatura,
violência e melancolia (2013), de Jaime Ginzburg, e, assim, notar-se-á que as
personagens de Plínio são a representação de uma classe social oprimida pelo sistema
e opressora, porque tenta se defender da marginalização por meio da violência.
162
O USO DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA PARA O ENSINO DE
LEITURA E LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
163
LIMA BARRETO E O ESPAÇO DA BIBLIOTECA EM CEMITÉRIO DOS
VIVOS
Sidnei Souza Costa (UnB)
Lima Barreto é reconhecido autor negro por sua escrita e por alinhar sua vida a
diferentes fenômenos sociais, culturais e de saúde de sua época. Nesse sentido, a
proposta deste texto será refletir sobre o papel da biblioteca na construção literária da
obra Cemitério dos vivos de Lima Barreto. Este relato foi escrito pelo autor dentro do
manicômio, durante suas internações no Hospício Pedro II, situado na cidade do Rio de
Janeiro, onde foi internado três vezes para tratamento do alcoolismo.
164
ANÁLISE DE PERGUNTAS RETÓRICAS USADAS NA MOBILIZAÇÃO DE
SENTIDO EM REVISTAS FEMININAS PARA ADOLESCENTES
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a mobilização de sentido por meio de
perguntas retóricas na Seção Amor da Revista Todateen de julho de 2014. As
perguntas retóricas não são apenas um traço do texto conversacional, mas ideológico,
à medida que a própria revista responde às perguntas, quer dizer, dita as melhores
respostas.
Todateen é uma revista brasileira publicada, mensalmente, pela editora Alto Astral,
sendo direcionada ao público adolescente feminino. É distribuída em todo o Brasil e
traz temas como beleza, moda, sexo, drogas e amor. Sua primeira edição foi publicada
em 1995. No ano de 2010, a editora comemorou dezesseis milhões de exemplares
vendidos. O site da revista intitulado Portal Todateen registra sete milhões de acessos
mensais.
Esta pesquisa pauta-se em estudos da Análise Crítica do Discurso, ACD, proposta por
Fairclough (1989, 1990, 2003, 2008), em estudos sobre metáfora realizados por Lakoff
& Johnson (1980) e na Gramática Sistêmico-Funcional (GSF) de Halliday (1975,1994).
165
CORA CORALINA: DAS PEDRAS À SALA DE AULA
Resumo: O objetivo deste trabalho está voltado para as dificuldades apresentadas por
alunos do Ensino Médio em relação à leitura e interpretação de poesias e para a
instrumentalização destes para que se tornem leitores competentes através de
ferramentas que levem a resultados concretos em relação a esse diagnóstico,
confirmando a importância da Estilística para melhor compreensão de um texto
literário e a partir dela formar um leitor crítico-reflexivo. O trabalho pretende mostrar
que, para se compreender um enunciado é preciso reconhecer os elementos
estilísticos que foram usados em sua criação, considerar a natureza discursiva em que
se encontram para que se abandone a leitura superficial realizada pela grande maioria.
O estudo tem como base a Estilística e os fundamentos postulados por Nilce Martins
Sant’ Anna para quem as várias teorias estilísticas podem ser compreendidas em dois
grupos: as que consideram o fenômeno estilístico como objeto de pesquisa em si
mesmo, e as que o consideram como o meio privilegiado de acesso à interioridade do
escritor. Em ambos os casos se reconhece na linguagem uma função representativa
que diz respeito a um conteúdo objetivo e uma função expressiva, apoiada na
primeira, que diz respeito a um conteúdo subjetivo, o qual constitui o fato estilístico,
atingindo sua intensidade máxima na língua literária. A obra de Cora Coralina auxiliará
neste propósito, pois a análise do universo social da escritora segue princípios
estabelecidos que podem ser mais bem entendidos através da Estilística. A pesquisa
analisa como a poetisa retrata a figura da pedra em um sentido polissêmico associado
a sua história e à realidade de seu tempo. Para tanto foi escolhido como referência
principal o poema Das Pedras para conduzir a presente pesquisa e, a partir dele, há um
diálogo com outras fontes que auxiliaram na construção da presente análise. A
importância da Estilística neste trabalho se confirma na busca de uma melhor
compreensão de um texto literário e a partir dela formar um leitor capaz de reflexões
e autônomo em suas opiniões bem como levá-lo a abandonar a leitura superficial
realizada pela grande maioria.
166
A CONSTRUÇÃO DO ETHOS RETÓRICO NOS ESCREVENTES DO
FACEBOOK
Este trabalho tem por objetivo estudar como se dá a construção do ethos retórico nos
escreventes da página de relacionamento social chamada Facebook. Sendo a internet é
um espaço de linguagem em constante mudança, nos últimos anos passamos da febre
dos chats, para as redes sociais de relacionamento. Cada vez mais a internet se presta
a colocar os sujeitos em contato. Esse é o grande sustentáculo de sua popularização.
Ela é um espaço que reúne multidões, seja através de correntes, organização de
movimentos, protestos on line. A questão central aqui é que a internet, pela
linguagem, mobiliza sujeitos pelas mais diversas razões, mas a mais forte delas é a
possibilidade que ela tem de criar espaços para que o sujeito possa falar de si,
manifestar-se (no caso de acontecimentos políticos), posicionar-se (no caso de
acontecimentos polêmicos), lamentar-se (no caso de sua vida pessoal). O objetivo de
nosso estudo é identificar a argumentação presente nas postagens dos escreventes do
Facebook que tenham o intuito de demonstrar ao outro nossa posição diante de um
assunto e convencer o auditório sobre o que afirma. Analisaremos as postagens dos
escreventes do Facebook e assim tentaremos entender como o ethos retórico é
construído através do discurso. Ainda que os escreventes postem apenas aquilo que
lhe convém, o auditório, no caso da página de relacionamento Facebook, os amigos do
escrevente, ou aqueles que lhe seguem, estão livres para crer ou não no que lhes é
mostrado, portanto o discurso deve convencer. Apoiaremo-nos principalmente nos
estudos de Ferreira (2010), Komesu (2004, 2005) e Meyer (1991).
167
VERBO-VISUALIDADE EM CHARGES: IRONIA, HUMOR E
EXPRESSIVIDADE
168
A GRANDE MARCHA DE 17 DE JUNHO DE 2013 CONCEBIDA COMO
DISCURSO:
A CONFIGURAÇÃO DO ENUNCIADOR E DO ENUNCIATÁRIO
SEGUNDO AS INFORMAÇÕES DA MÍDIA
169
AS VOZES NA POESIA DE FERREIRA GULLAR
Em sua poesia, Ferreira Gullar evoca outros ditos por meio de um enunciador que põe
em questão o fazer poético. Nesse processo metalinguístico, o poeta traz à tona outras
vozes, as quais convergem em seu dizer. A evocação de outros ditos no dizer de um
enunciador é denominada por Authier-Revuz heterogeneidade discursiva/enunciativa.
Quando estamos diante de um enunciado cujo conteúdo linguístico nos permite
perceber uma não-coincidência entre os ditos, que revela ou deixa implícita a presença
do outro no dizer do enunciador, temos então a heterogeneidade
discursiva/enunciativa. A heterogeneidade discursiva/enunciativa, foco desta
comunicação, se constitui um fenômeno da linguagem no poema Muitas vozes, de
Gullar, revelando-se uma marca estilística, que evidencia a pluralidade discursiva.
Nosso objetivo é desvendar as marcas de heterogeneidade mostrada que caracterizam
as vozes presentes na tessitura poética de Ferreira Gullar, bem como os efeitos de
sentido e expressividade produzidos por essas marcas. Para tanto, elegemos para
análise do poema Muitas vozes, em que há convergência de vozes no dizer do
enunciador, as formas de heterogeneidade mostrada marcada e não marcada como
marca estilística a ser estudada. A investigação das marcas de heterogeneidade
mostrada abrangerá conceitos como enunciação, dialogismo, metalinguagem e
intertextualidade. Nosso estudo se fundamenta teoricamente nos estudos estilísticos
de Martins e Discini, bem como nos estudos de Authier-Revuz e Bakhtin que apontam
para a “(inevitável) presença do outro em nossos discursos” (KOCH).
170
A ESCRITURA DA PERSONAGEM EM MARCEL PROUST
171
CLARICE LISPECTOR E A VIA CRUCIS DA PALAVRA: ETHOS
DISCURSIVO
O presente trabalho, “Clarice Lispector e a via crucis da palavra: ethos discursivo” tem
por objetivo analisar o discurso construído pela escritora Clarice Lispector (1920 –
1977) ao introduzir uma explicação para o teor erótico presente no livro de contos A
via crucis do corpo, lançado sob encomenda pela Editora Artenova em 1974.
Destoante, se visto superficialmente, de todo seu processo como escritora, a obra
supracitada norteia suas narrativas ao erotismo como mote de produção: a epifania é
apontada na carne, no corpo, isto é, por meio dos prazeres e impulsos sexuais. Ao
mesclar ficção com realidade, traços comuns às narrativas da autora, Lispector pontua
no prefácio do presente livro uma tentativa de preservar o ethos de escritora séria e
comprometida com as questões intrínsecas de suas personagens, atribuições que
povoam sua assinatura literária, seu ethos de escritora célebre criado socialmente:
Clarice Lispector. O alicerce teórico tem por embasamento as formulações elaboradas
pela escola francesa da Análise do Discurso (AD), fundamentadas nos pressupostos de
Dominique Maingueneau acerca dos conceitos de ethos discursivo, entendido como a
imagem do enunciador criada na instância do discurso e que pode ser aplicada a textos
orais e escritos; preservações das faces, direcionadas às regras existentes numa
relação social; e condições de produção, que dizem respeito aos motivos recorrentes à
elaboração do discurso. Por meio desses pressupostos teóricos e mediante a análise
do texto, comprova-se que o texto Explicação (escrito que abre a coletânea de treze
contos, e que se somado a eles, remontam as cartoze etapas da via sacra cristã)
procura redefinir o ethos socialmente construído acerca da figura pública da escritora
Clarice Lispector.
172
TRANSPOSIÇÃO DIGITAL DO CONTO O DIA EM QUE MATAMOS JAMES
CAGNEY, DE MOACYR SCLIAR
Neste trabalho, o qual faz parte do projeto de minha dissertação, apresento uma
análise do conto O dia em que matamos James Cagney, de Moacyr Scliar, buscando a
passagem do texto impresso para um meio digital, primeiramente sob a perspectiva do
narrador-personagem e depois sob a do leitor que se transforma em navegador. Essa
apresentação será, portanto, uma discussão dos procedimentos de que o escritor se
vale em seu texto e as possibilidades pensadas no percurso da transposição para um
livro hipermidiático (e-book), combinando diferentes visões de seu texto e o gênero
que a obra constitui. Para tanto, busco em primeiro lugar fazer um comentário sobre
as mudanças na história do livro (Roger Chartier, 1998), discutindo algumas das
polêmicas que envolvem o livro impresso e o digital. Posteriormente, retomo estudos
de design e de hipermídia, na medida em que novos recursos tornam a obra mais
hesitante e instigante ao navegador. Também considero os processos de convergência
das linguagens: impressa, cinematográfica e hipermidiática (Santaella, 2004, 2001). A
evolução desses fatores socioculturais e tecnológicos na digitalização e seu
desdobramento em relação ao texto analisado tornaram possível o desenvolvimento
de um e-book como parte de meu projeto original. Na análise desenvolvida, utilizo
conceitos previamente discutidos, juntamente com uma análise literária, mostrando
algumas cenas do conto e as transposições feitas. Concluo apontando para o fato de
que a codificação digital e a transposição do texto ampliam o universo literário,
ampliam o público-alvo de uma mesma obra e criam novos nichos de mercado,
trazendo um grande impacto social no universo da comunicação. Nessa nova era dos
textos eletrônicos e interativos, todos esses elementos contribuem para que a
literatura seja potencializada e possam emergir daí novos meios, como os exemplos
que apresento neste trabalho.
173
DIALOGISMO E INTERTEXTUALIDADE EM NOVAS CARTAS
PORTUGUESAS: POSICIONAMENTOS DIANTE DA CARTA MAGNIFICAT
174
VIRGINIA WOOLF: UMA ANÁLISE DO FOCO NARRATIVO E
DO FLUXO DE CONSCIÊNCIA
O artigo apresenta um estudo sobre como a escritora inglesa Virginia Woolf utiliza o
Foco Narrativo e o Fluxo da Consciência em suas obras e uma análise específica sobre
o conto “Kew Gardens” de 1919. Os dados foram coletados a partir de pesquisa
bibliográfica em obras de diversos autores que teorizaram sobre o assunto bem como
a leitura de outras obras de Virginia Woolf.
175
GÊNERO BIOGRAFIA: A REFERENCIAÇÃO E O ESTILO
RESUMO: Este trabalho tem por tema um estudo do gênero autobiografia, em sua
constituição modal escrita, orientando-se pela composição teórica sobre gêneros
textuais discursivos, a partir dos conceitos de Gêneros do Discurso de linha teórica
bakhtininiana, de conceitos da linguística textual, enfocando, do gênero autobiografia,
suas consciências biográficas: aventuresco-heroico e social de costumes. O primeiro
tipo (aventuresco-heroico) baseia-se na vontade de ser herói, de ter importância na
vida dos outros, a vontade de ser amado. Ao segundo tipo, o social de costumes, é
dado um corte não histórico, mas social. A humanidade e seu cotidiano dos heróis
vivos. Numa concepção social, o centro axiológico é ocupado pelos valores sociais e,
acima de tudo, familiares. Trata-se da forma do cotidiano, do dia a dia e da felicidade
ou infelicidade do individuo junto aos seus familiares. O corpus escolhido para ser
analisado neste trabalho tem um recorte social de costume (fragmento da
auto/biografia do cantor Ozzy Osbourne). Este trabalho tem, portanto por objetivo
nortear os estudos da biografia e sua definição (aos moldes bakhtinianos) e pelo viés
dos conceitos de gêneros textuais, mas também e principalmente propor uma reflexão
do gênero auto/biografia por intermédio dos conceitos da linguística textual, a
referenciação e do conceito bakhtiniano de estilo. A referenciação, nos moldes da
linguística textual, e o estilo, na concepção de gêneros do discurso da teoria
bakhtiniana, norteiam o estabelecimento das categorias de análise do corpus,
perspectivadas pela constituição do referente, pelo autodialogismo, pelo
heterodialogismo e pelas formas nominais de referenciação, assim como o estilo do
gênero autobiografia.
176
PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA E FORMAÇÃO DOCENTE:
UMA PESQUISA ETNOGRÁFICA NA BROWN UNIVERSITY
177
A POLÊMICA NO DISCURSO DA PROPAGANDA IMMACULATELY
CONCEIVED
178
ELEMENTOS PARATEXTUAIS NA OBRA DE JOSÉ SARAMAGO:
A TRILOGIA INVOLUNTÁRIA
O trabalho que ora se apresenta tem por finalidade investigar dois elementos
paratextuais, capa e epígrafe, na obra do escritor português José Saramago (1922-
2010), com destaque a três romances representativos de sua obra, os quais o próprio
escritor os classificou como “Trilogia involuntária”, a saber: Ensaio sobre a cegueira
(1995), Todos os nomes (1997) e A caverna (2000). Investigou-se, nessa pesquisa, a
função desses elementos paratextuais, verificando como, de algum modo, capa e
epígrafe estabelecem relação com o conteúdo das respectivas narrativas. A
fundamentação teórica está calcada em Genette (2009), que define paratexto como
“aquilo por meio de que um texto se torna livro e se propõe como tal a seus leitores, e
de maneira mais geral ao público”. Mais do que um limite ou um fronteira estanque,
trata-se aqui de um limiar [...] que oferece a cada um a possibilidade de entrar, ou
retroceder (p. 9-10).” Além desse, também estes dois autores contribuíram para a
discussão: Roger Chartier (1999) e Robert Darnton (2010). Constatou-se, assim, que a
materialidade da obra é sobremaneira um suporte gerador de sentidos. No que tange
aos romances em apreço, esses elementos paratextuais são um convite ao leitor à
decifração da obra: desde a capa e a epígrafe, chegando, por fim, ao romance. Mas,
por um lado, nota-se a preocupação de Saramago com o suporte gráfico de sua obra,
cujas capas são singularmente elaboradas a partir de obras do artista plástico
brasileiro Arthur Luiz Pisa e têm relação com o conteúdo de cada narrativa. Por outro
lado, percebe-se a manipulação do leitor de Saramago, visto que o escritor elabora
suas epígrafes ora realmente fazendo citações de outra obra, ora inventando as
próprias epígrafes.
179
A ESTRATÉGIA ARGUMENTATIVA A PARTIR DA MODALIZAÇÃO
NO ARTIGO DE OPINIÃO DE PAULO PINTO
180
MONOFONIA E POLIFONIA EM “MISSA DO GALO”
181
ANÁLISE DA ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA DA
PEÇA TEATRAL AUTO DA COMPADECIDA
182