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PROJETO
VERTIGEM - DO BOTO
AO BUCHO
Proponente: Bárbara Victoria da Silva Corrêa
Contato: (11) 94926-1297
INTRODUÇÃO ou meu nome não é: psiu!
*Mulheres que criam seus filhos sozinhas por conta da negligência paterna.
OBJETIVOS ou Eu quero ser tudo que sou capaz de me tornar
OBJETIVOS GERAIS:
Fomentar no território, discussões sobre a construção da sexualidade feminina e
como isso se relaciona com a maternidade na juventude, através da ocupação do
espaço público com uma peça de teatro de rua.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Pesquisa, construção e realização de um espetáculo de teatro de rua que
estude a sexualidade feminina.
PÚBLICO ALVO
Mulheres de todas as faixas etárias moradoras da Zona Sul de São Paulo.
4. JUSTIFICATIVA Ou As filhas não precisam herdar os silêncios de suas mães
“Dizem que a lenda do boto é uma tradição junina do povo da Amazônia quando se
festeja os Dias de Santo Antônio, São João e São Pedro. Onde fazem fogueiras e
queimam foguetes.
Segundo a lenda, nessas noites quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto
rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz, porém este aparece
sempre usando um chapéu, pois sua transformação não é completa e suas narinas se
encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. Durante essas festividades,
quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o
retire para que não pensem que é um boto.
Após sair do rio, ele conquista e encanta a primeira jovem que encontra, a leva para o
fundo do rio engravidando-a, e nunca mais volta para vê-la. E quando uma mulher
engravida e não se sabe quem é o pai da criança, é comum dizer que é ‘’filho do
boto’.”
Nos conhecemos em 2017 na Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT) e dentro da
escola nos unimos pela mesma pesquisa, ao nos deparar com diversas referências de
teatro, a maioria delas eurocêntricas e ligadas à autores e narrativas do homem cis hétero
branco. Em 2018 nasce o coletivo com desejo de buscar referências femininas, onde
realizamos idas a peças de teatro como “O Canto das Mulheres No Asfalto” que fala sobre a
ancestralidade feminina, “Ida” do Coletivo Negro sobre a construção social da mulher negra,
“Entre” também do Coletivo Negro; que discorre em 4 narrativas dentro de um conjunto
habitacional, uma delas sobre uma mãe solo e “RÉS” da Corpórea Companhia de Corpos
sobre o sistema penitenciário feminino no Brasil, Heresia ou O Ponto de Vista da Carne
Queimada, discorrendo sobre a inquisição das mulheres paulistas julgadas não cristãs, e a
partir dessas referências decidimos montar nossa primeira intervenção artística; “Nossos
olhos d’água’’, onde realizamos leituras de poemas da Conceição Evaristo, mesclado com
músicas de nossa própria autoria. Apresentamos dentro da CPTM trêm da linha 10 -
Turquesa.
Gatilho
Cansada de si
cansada de nó
sem se desatar
Revigora
Se renova
Solta o palpite acerte o revide
Não se deixe
não se queixe
seja dona de si
De Lata
Estamos dia a dia construindo essa barriga de referências de mulheres dentro da história da
cultura brasileira, com outras perspectivas de construções e narrativas dentro do teatro e
que possam dialogar com a nossa necessidade de pesquisar o universo do feminino como
precursor de criações, a fim de entender nossos corpos no mundo - DISCUTIR MULHERES
ATRAVÉS DE MULHERES - Desejamos dar continuidade a pesquisa através da criação de
um espetáculo de rua sobre a maternidade na juventude dentro da periferia da zona sul de
São Paulo.
Ao longo do processo observamos que as produções culturais ainda permanecem
ocupadas majoritariamente por homens e por isso decidimos ser um coletivo estritamente
composto por mulheres. Nós que vivenciamos dia a dia o sufoco da expressão machista
nos trens, metrôs, ônibus, praças, esquinas e avenidas. Como lidar com a opressão
cotidiana de nossos corpos?
Os mais humilhantes
detalhes morrem na minha
garganta, mas nunca nas
minhas lembranças. Conceição Evaristo
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
RUMO AO SUL!
A escolha do território surge da necessidade de retornar e olhar com zelo, para tudo
que essa região pode agregar a pesquisa. Por crescer em relação a esse espaço,
reconhecemos a presença do rio pinheiros traçando uma linha larga rumo ao sul, e
paralelamente observamos o trem rasgando o chão, preenchido de mulheres indo e
vindo. Com esse múltiplo atravessamento, notamos semelhanças com o universo da
lenda do “Boto cor-de-rosa”, e com isso surgiu o desejo de friccionar o processo
criativo com esse território. Encontramos praças para serem ocupadas, cenários de
árvores que em conjunto com a coletiva vão poder falar abertamente sobre mulheres,
entre mulheres, o mais perto da terra, o mais perto da fertilidade de promover esse
encontro de troca, antes de tudo, encontramos terra fértil!
APRESENTAÇÕES:
Santo Amaro : Pç. Cesar Moreira
Socorro :Pç. Ponte de Coronados
Grajaú :Pç. Yvonne dos Santos Rattis
DEBATES E OFICINAS:
1º Mesa: Anatomia da mulher e o prazer na sexualidade feminina
01 Oficina: Mulher - poética do corpo político
Centro de Cidadania da Mulher - CCM Grajaú
End: R. Prof. Oscar Barreto Filho - Parque América, São Paulo - SP, 04822-230
2º Mesa: Maternidade e autonomia do corpo feminino
01 Oficina: Re-conhecer corporeidades femininas
PLANO DE TRABALHO
2º Mesa: Maternidade e
autonomia do corpo
feminino
Pré-Produção do Projeto
Conclusão de Montagem
Divulgar o espetáculo
Finalização do projeto
[ANEXO 2-B] EXTRATO DO PLANO DE TRABALHO
Programa VAI Edital 2019 - 16ª Edição
Nome do VERTIGEM – DO BOTO AO
Modalidade VAI I
Projeto BUCHO
Distrit
Região de
o
BÁRBARA VICTORIA execução
Proponente (prop PARAISÓPOLIS ZONA SUL
DA SILVA CORRÊA do projeto
onent
e)
Duração do Linguagem principal do
6 MESES TEATRO DE RUA
Projeto projeto
Valor 2ª
Valor total do projeto Valor 1ª parcela (80%)
parcela (20%)
R$ 40.750,00 32.600,00 R$ 8.150,00
Descrição do
Projeto
Produtos
ESPETACULO TEATRAL DE RUA SOBRE MATERNIDADE NA JUVENTUDE
principais
Atividades Plano de Trabalho - Previsão de execução
MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 meio de verificação
1. Atividade
Pré-Produção
do Projeto
2. Atividade
Início da
pesquisa,
trabalhos
práticos e
processo de
criação sobre
o espetáculo
3. Atividade
Comprar
materiais e
equipamentos
5.Atividade
Continuação
dos estudos
teóricos,
compartilhar e
fomentar o
tema com o
público
6.Atividade
Execução da
mesa de
debate e
oficinas
7.Atividade
Conclusão de
Montagem
8.Atividade
Divulgar a
peça
9.Atividade
Início da
temporada
10.Atividade
Finalização do
projeto
NOME FUNÇÃO
Nome função BÁRBARA VICTORIA DA SILVA ATRIZ E PROPONENTE – R$ 650,00 / MÊS
remuneração CORRÊA
dos MARÍLIA D’ALMEIDA CASARO ATRIZ E PRODUTORA - R$ 650,00 / MÊS
integrantes do JENNIFER SOUZA DOS ATRIZ E PRODUTORA - R$ 650,00 / MÊS
coletivo SANTOS