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Resumão P1 Teorias Da Personalidade L - Passei Direto PDF
Resumão P1 Teorias Da Personalidade L - Passei Direto PDF
Teorias da Personalidade l
Definição de PERSONALIDADE: Refere-se ao modo constante e peculiar de pensar, sentir,
perceber e agir de cada indivíduo, incluindo as habilidades, atitudes, desejos, emoções, crenças,
comportamentos, tendo por influência também os aspectos físicos de cada um.
Foi então que Sigmund Freud constrói a Psicanálise com base em sua experiência clínica, de forma
independente dos trabalhos de Wundt e Watson. A psicanálise se diferencia de qualquer abordagem da psicologia,
em seu método, sua prática e sua maneira de fazer teoria. A personalidade, na psicanálise, envolve diferentes
instâncias psíquicas e a interação/conflito entre tais instâncias.
A PRÉ-HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
Freud estudou Medicina na Universidade de Viena. Durante seus estudos, em 1885, conseguiu uma bolsa
para ir a Paris fazer o curso de Jean-Martin Charcot (maior especialista em histeria da época). Charcot defendeu
que a histeria não era uma simulação, mas uma doença funcional com sintomatologia bem definida.
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Charcot também defendeu que a histeria era uma doença tanto feminina quanto masculina, ao
contrário do que sugeria o próprio termo, derivado da palavra grega hystéra (= útero). Para retirar a histeria do campo
da psiquiatria e trazê-la para a neurologia, o trabalho de Charcot passa a ser o de produzir um conjunto de sintomas
bem definidos e regulares.
Ao retornar a Viena, Freud encontra-se com Joseph Breuer, médico que vinha empreendendo o
tratamento da histeria por meio da hipnose, mas buscava remover a causa e não apenas eliminar o sintoma.
• Método de Breuer: Tinha como alvo a eliminação dos sintomas patogênicos. Sob hipnose, o paciente era
levado a retroceder ao estado psíquico em que o sintoma surgia pela primeira vez e emergiam lembranças que
até então estavam excluídos de sua consciência. Ao comunicar ao médico esses processos psíquicos, o sintoma era
superado (catártico ou ab-reação).
• Teoria de Breuer: Teoria do trauma psíquico.
Freud e Breuer escrevem juntos as publicações Comunicação Preliminar (1893) e Estudos sobre a histeria
(1895). Em decorrência da tese freudiana sobre a importância da sexualidade na etiologia das neuroses e a negação
de sua existência por parte de Breuer, ocorre o rompimento entre os dois.
Método de associação livre/psicanalítico (S. Freud): Sem exercer nenhum outro tipo de influência, o
paciente é convidado a se deitar de costas em um sofá e a comunicar livremente tudo o que lhe vier à mente , sem se
preocupar com o sentido ou coerência das associações, nem excluir os pensamentos que pareçam ser embaraçosos ou
penosos.
Freud só teve acesso ao fenômeno da defesa psíquica (cujo sinal era a resistência), quando abandonou
a técnica da hipnose. Em 1894, publica o texto “As neuropsicoses de defesa”, no qual inicia-se a transição do
método catártico para o método psicanalítico (associação livre). Defesa: “mecanismo pelo qual o ego se
protege de uma representação desagradável e ameaçadora”. O ego é, ao mesmo tempo, agente de censura e aquilo
que deve ser protegido/defendido.
Resistência: Sinal da defesa psíquica que, nas neuroses, é equivalente ao mecanismo de recalque. É ali
onde o paciente resiste, isto é, esquece, omite, se aborrece ou sente incômodo ao comunicar, que o analista não pode
recuar. O método psicanalítico desloca o saber do médico para o paciente, apostando no saber inconsciente .
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Histeria: Aponta para uma divisão da consciência, acompanhada da formação de dois grupos psíquicos
separados.
“Esses pacientes que analisei, portanto, gozaram de boa saúde mental até o momento em que houve uma
ocorrência de incompatibilidade em sua vida representativa – isto é, até que seu ego se confrontou com uma
experiência, uma representação ou um sentimento que suscitaram um afeto tão aflitivo que o sujeito decidiu
esquecê-lo, pois não confiava em sua capacidade de resolver a contradição entre a representação incompatível e
seu ego por meio da atividade de pensamento.”
“Nas mulheres, esse tipo de representações incompatíveis assoma principalmente no campo da experiência
e das sensações sexuais, e as pacientes conseguem recordar com toda a precisão desejável seus esforços defensivos,
sua intenção de “expulsar aquilo para longe”, de não pensar no assunto, de suprimi- lo.
Por exemplo:
• O caso de uma moça que se culpava porque, enquanto cuidava do pai doente, pensara num rapaz que lhe causara
uma leve impressão erótica;
• o caso de uma governanta que se apaixonara pelo patrão e resolvera expulsar essa inclinação de sua mente por
parecer-lhe incompatível com seu orgulho...
• Transformação (angústia)
• Pcpt (Sistema Perceptivo): Extremidade sensória. É por onde “entram” os estímulos internos e externos.
Permanentemente aberto. Não armazena estímulos.
• M (Sistema Motor): Acesso à descarga motora das excitações.
• Mnem (Sistema Mnêmico): Responsável pelo armazenamento de traços de memória, as modificações
permanentes do sistema.
• Ics (Sistema Inconsciente): O conteúdo do Sistema Ics só pode ter acesso à consciência ligando-se a
conteúdo do Sistema Pcs/Cs, e para isso, precisa ser modificado e distorcido. É onde se localiza o material
recalcado.
• Pcs/Cs (Sistema Pré-consciente/Consciente): É o sistema onde se localizam as representações que
são compatíveis com a integridade do ego e que, portanto, podem ser descarregadas.
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O esquema que equivale a este modelo é conhecido também por “esquema do pente” e
representado da seguinte forma:
Funcionamento Psíquico: Freud constrói e explica o funcionamento psíquico a partir de três pontos de vista:
• Econômico
• Tópico
• Dinâmico
Um mesmo fenômeno pode ser explicado por diferentes pontos de vista metapsicológico. Veremos como o
aparelho psíquico freudiano é explicado pelas três abordagens.
O Aparelho Psíquico: O aparelho psíquico começa a ser construído por Freud no “Projeto para uma psicologia
científica” (1895). Sua proposta era elaborar uma teoria do funcionamento do psiquismo segundo a abordagem
quantitativa/econômica. Desde o Projeto, o aparelho psíquico não tem realidade ontológica, trata-se de um modelo
explicativo do funcionamento psíquico.
Posteriormente, Freud abandonará os princípios da inércia e da constância e irá substituí-los pelos princípios do prazer
e princípio da realidade.
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A Experiência De Satisfação:
A Interpretação Dos Sonhos: Entre o Projeto para uma psicologia científica (1895) e A interpretação
dos sonhos (1900), a explicação neurológica cede lugar à decifração de sentido. No lugar da energia e dos neurônios
do Projeto, Na Interpretação dos sonhos Freud fala em desejo e investimento em ideias. Não há referencial anatômico
para os “lugares” psíquicos de 1900 (são lugares metafóricos). “A interpretação dos sonhos é a via real que leva ao
conhecimento das atividades inconscientes da mente.” (FREUD, 1900).
A Interpretação Dos Sonhos (1900): Os sonhos não são absurdos, são dotados de sentido e podem
ser interpretados.