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UCB/ DIREITO CIVIL VIII (POSSE E PROPRIEDADE)

José Amaro Bastos Ribeiro


MATRÍCULA - 2015200247
joseamaro.direitoucb@gmail.com (21) 964673023
PROF.ª DR.ª BIANCA FREIRE

A primeira diferença é que os direitos reais são taxativos, enquanto os obrigacionais são
exemplificativos. Sabe-se que os direitos reais se submetem a um rol numerus clausus, sendo típicos
e estando expressos no art. 1.225 do CC. Já os direitos obrigacionais são numerus apertus,
exemplificativos, de modo que podem surgir pela criatividade humana, do exercício da autonomia
privada, como contratos atípicos e inominados, desde que respeitada a teoria geral dos contratos
(art. 425 do CC).
A segunda diferença entre os direitos reais e obrigacionais é que os direitos reais são
absolutos (erga omnes), enquanto que os obrigacionais são relativos (subjetivos ou inter partes). O
direito das coisas se submete ao princípio do absolutismo, pois possuem eficácia contra todos – erga
omnes. Exemplifica-se com o direito de propriedade, o qual há de ser respeitado por todos. Já os
direitos obrigacionais são subjetivos, relativos, inter partes, obrigando, em regra, apenas as partes
envolvidas. Recorda-se com um contrato, o qual apenas poderá obrigar as partes envolvidas.
A terceira diferença reside no fato de que nos direitos reais se tem a prerrogativa da
sequela, enquanto nos obrigacionais há mera execução patrimonial. É possível afirmar, de acordo
com art. 1.228 do CC, que ao titular do direito real de propriedade é garantido “seguir a coisa em
poder de todo e qualquer detentor ou possuidor” (eficácia erga omnes). A isto se denomina direito
de sequela (jus persequendi ou praeferendi). Já os direitos pessoais não se submetem à sequela, mas
sim à execução patrimonial, respondendo pelo descumprimento da obrigação o patrimônio do
devedor.

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