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Oi gente! Não tive a oportunidade de me apresentar antes, mas sou advogada tributarista
e vou conversar um pouquinho com vocês sobre os pontos positivos e negativos na
advocacia feminina, e um pouco da atuação da mulher no mercado de trabalho, que será
o assunto abordado mais a frente.
A gente sabe que a presença feminina na advocacia, e eu não acredito que é somente
nesta profissão, mas em muitas outras, que tem uma espécie de telhado de vidro, a qual
impede que muitas mulheres ultrapassem um determinado patamar de hierarquia
organizacional em uma determinada empresa, ou escritório... enfim
A gente percebe que os homens possuem uma maior possibilidade de se tornarem sócios
de alguns escritórios com muito mais frequência do que as mulheres e, as mulheres que
acabam por chegar neste topo “organizacional”, como “excepcionais”.
A gente se pergunta: Poxa, mas porque? Será que o preconceito ainda é tão pertinente
nos dias de hoje? Ou será que ele é visto e vivido de uma outra maneira com um outro
ponto de vista disfarçado com outros tipos de atitudes?
Havia um depoimento, depois de muitas pesquisas neste aspecto, que dizia “Eu não vejo
diferença nenhuma entre homem e mulher. Eu acho que não tem preconceito, eu acho
que não tem isso...”.
Havia um depoimento, depois de muitas pesquisas neste aspecto, que dizia “Eu não
vejo diferença nenhuma entre homem e mulher. Eu acho que não tem preconceito, eu
acho que não tem isso...”.
Não acredito que a mulher está sofrendo preconceito em relação a estar tendo as
oportunidades negadas; que ela está sendo tolhida. A questão não é essa.
A questão é saber por que essa mulher que chega no topo, ela fez uma não escolha? Ela
escolheu ir embora. Não ter uma família, não cuidar da sua própria casa, porque ela
chegou no topo? Qual a razão? Como ela persuadiu a situação?
Ela pode sair do escritório para um trabalho com mais rotina; trabalhar numa empresa.
Trabalhar numa estrutura menor onde ela vai ter mais flexibilidade de trabalho. Ela
pode ir para casa, esperar um pouquinho os filhos crescerem... Mas se ela assim fazer
este último, vai corre o risco de ser “mal vista”.
E um dos pontos positivos, é que a mulher ela não desiste tão fácil. Ela não muda o seu
caminho tão fácil. Quando esta se encontra em um foco, ela vai até chegar no seu
objetivo final. A mulher é forte, nunca cansa. Os problemas e adversidades a qual foi
passada nos tempos de antigamente, fizeram com que elas criassem uma força para
conseguir vencer qualquer conflito vivenciado hoje na sociedade. Seja o preconceito
disfarçado, seja pela série de abusos o qual muitas mulheres sofreram até um tempo
atrás.
Não vamos dizer aqui que isso deixou de existir, mas vou dizer que a mulher deixou de
ser vulnerável, deixou de ser vítima da situação, deixou de ser desamparada. As
mulheres de hoje não se calam facilmente.
Então o ponto negativo pra nós, mulheres, é de ainda sermos vistas como vítimas,
vulneráveis da situação e, inseguras pra algumas pessoas ignorantes ou conservadoras,
de que o lugar da mulher, pro ser uma figura materna, é de estar em casa cuidando dos
filhos e da família.
Mas o ponto positivo é de que isso dura até termos a oportunidade de abrir a boca e
defender aquilo que a gente entende por ser justo, aquilo que a gente foi contratada (seja
pelo homem ou por alguma outra mulher) pra fazer o que realmente precisa ser feito e,
mostrar pro mundo, de que não só representamos uma figura materna para a família em
si, mas também pro mundo. Que realmente temos uma grande facilidade em entender o
problema do outro, e de discernir a solução da forma mais prática e diligente possível.
Acredito hoje que essa luta continua, e nunca irá acabar.
Devemos garantir que a próxima geração tenha um território (e espero que muito maior
o qual temos hoje) para se destacar no mercado de trabalho, uma vez que entendo que
os aspectos negativos das diferenças entre o homem e a mulher ainda não foram
superados.
Hoje as mulheres são e precisam trajar uma segurança em dobro da masculina, para
conseguir um espaço, como foi conversado antes. Então a maioria das mulheres hoje em
dia, elas possuem essa percepção. Elas tentam se destacar, e inclusive, estudam formas
de como empreender o marketing da sua marca ou nome.
Não devemos baixar a cabeça para os aspectos negativos da advocacia feminina, pois
somos exemplos para as mulheres da geração futura. Somos um exemplo pra sociedade.
E, apesar do espaço ao qual temos no mercado de trabalho, ainda somos vistas como
vulneráveis, e somos e devemos ser fortes para lidar com isso. Muitos profissionais aos
quais temos que lidar na profissão não tem muita visão disso, e acabam por duvidar,
agindo por muitas vezes com grosseria, ignorância, desprezo, e até mesmo a violência
física e verbal.
Inclsuive, recentemente, nesta quinta feira, para ser mais objetiva, vi uma advogada ser
presa por desacato, onde ao meu ver não teve, foi um fato atípico, onde esta foi agredida
por um delegado de polícia.
Mas em nenhum momento ela se vitimizou ou se escondeu da situação. Ela deu força a
sua voz, chamou parceiros de profissão, e foi totalmente resguardada, abrigada e
protegida. Defendida.
Camila explica que no Brasil a maioria dos profissionais da advocacia são mulheres,
cerca de 502 mil advogadas, e a OAB trabalha no sentido de buscar um tratamento
igualitário, a exemplo da campanha contra a violência às mulheres, seja a doméstica ou
não. Berni considera que a instituição de 2016 como o ano da mulher advogada tenha
vindo também no intuito de chamar a atenção da sociedade para questões culturais e de
preconceito que ainda atingem as mulheres de modo geral, não só as advogadas.
“Infelizmente ainda é comum mulheres serem julgadas pela aparência ou pela roupa que
vestem. A competência técnica pode estar tanto em homens como em mulheres,
independe de questões de gênero”.
Berni diz que não é favorável ao sexismo e a luta por privilégios pelo simples fato de
ser mulher, e acredita na busca pela igualdade de direitos e de oportunidades. A
palestrante defende que diferenças existem e são positivas, merecem ser destacadas e
valorizadas. “Reza o principio constitucional da igualdade que se deve dar tratamento
igual aos iguais, e desigual aos desiguais. Por exemplo, mulheres gestantes merecem
tratamento diferenciado em razão da condição fisiológica em que estão. É razoável dar
prioridade às advogadas gestantes em pautas de audiência”, sugere.
“Conceder ou conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso; Passar
a ter domínio sobre sua própria vida; dar ou atribuir poder;
Assim, a luta das mulheres por mais respeito, trabalho, liberdade e valorização mostra
uma verdadeira necessidade de debates sobre o tema.
A cada dia, mais mulheres despertam para batalhar também por suas próprias escolhas,
não deixam mais o machismo cultural arbitrar suas vidas e buscam diariamente por seu
sucesso pessoal, profissional e de sua família, quando o caso.
Permitir que mais mulheres escolham seus caminhos, sejam eles modernos ou não,
recatados ou não, do lar ou não… Só cabe a elas esta escolha, somente elas tem este
poder, e quando realizado por elas esse poder será legitimado.
De tal modo, que algumas escolhem por ter filhos ou não, por dar uma pausa na carreira
e cuidar exclusivamente da casa e dos filhos, ou tão somente se dedicar a vida
profissional, não importa qual escolha, desde que seja feita única e exclusivamente por
ela.
Neste contexto, o feminismo cada vez mais atual em debates, campanhas e discussões,
eleva o assunto para todo o mundo, através da tecnologia que diariamente nos permite
em uma breve consulta, ter acesso a milhares de notícias sobre mulheres, positivas ou
negativas.
O movimento feminista cresce na luta pela igualdade de direitos reais entre todas as
pessoas, buscando uma sociedade mais justa para todos. Propõe em suas ações
permanentes libertar as pessoas de “padrões” estabelecidos pela sociedade como
corretos, ou seja, estereótipos de gênero estabelecidos entre homens e mulheres, como
por exemplo, profissões denominadas a serem exercidas por homens, responsabilidade
dos filhos e do lar a serem exercidas por mulheres, etc.
Comece por sua irmã, mãe, avó… Inicie o diálogo, procure saber como as coisas
funcionavam em outra época e irá se surpreender com as histórias contadas por
mulheres mais ou menos vividas.