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Você já parou para pensar no que significa a palavra "progresso"? Pois então pense:
estradas, indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por
vir e que não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas partes desse processo todo
são muito boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou
de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc. Mas agora pense só: será que
tudo isso de bom não tem nenhum preço? Será que para ter toda essa facilidade de vida
nós, humanos, não pagamos nada?
Você já ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois é, nesse caso
não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo feito, têm acabado com o
ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a Natureza. Um estudioso
do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar devido a uma guerra
nuclear ou a uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe qualquer) do que
acabar pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em nosso planeta. Você
acha que isso tudo é um exagero? Então vamos trocar algumas idéias.
E o Desenvolvimento Sustentável?
Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em
Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: "equilíbrio entre
tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também
dos diferentes países na busca da equidade e justiça social".
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte
integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; é
aqui que entra uma questão sobre a qual talvez você nunca tenha pensado: qual a
diferença entre crescimento e desenvolvimento? A diferença é que o crescimento não
conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em
consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de
riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O
desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o
objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando
em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
Bibliografia Recomendada
DEFINIÇÃO
Antes de se colocar em prática um projeto, seja ele público ou privado, precisamos antes
saber mais a respeito do local onde tal projeto será implementado, conhecer melhor o
que cada área possui de ambiente natural (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e
ambiente social (infraestrutura material constituída pelo homem e sistemas sociais
criados).
O estudo para a avaliação de impacto permite que uma certa questão seja compreendida:
proteção e preservação do ambiente e o crescimento e desenvolvimento econômico.
Muitas vezes podemos encontrar grandes áreas impactadas, ou até mesmo países e
estados, devido ao rápido desenvolvimento econômico, sem o controle e manutenção
dos recursos naturais. A conseqüência pode ser poluição, uso incontrolado de recursos
como água e energia etc.
Sabemos que Ambiente tem vários significados para pessoas e realidades diferentes.
Não seria então estranho compreendermos que muitos projetos são propostos para
ambientes diversos. Então, fazer uma análise ambiental é, antes de tudo, estudar as
possíveis mudanças de características sócio-econômicas e biogeofísicas de um
determinado local (resultado do plano proposto).
Devemos levar em consideração que nosso planeta é composto por muitos ecossistemas
e ambientes com características próprias, não podendo haver um padrão único para o
estudo.
O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam
primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma avaliação mais
específica. São eles:
1 - Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o
tipo de material usado.
O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio
Ambiente. São elas:
3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência
do projeto), considerando principalmente a "bacia hidrográfica" na qual se localiza;
É imprenscindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes áreas,
trabalhando em conjunto. Esta visão multidisciplinar é rica, para que o estudo seja feito
de forma completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e
problemas.
RIMA
Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao
público. Para isso, deve constar no relatório:
Deve-se lembrar que a SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) fornece o Roteiro Básico
para a elaboração do EIA/RIMA e a partir do que poderá se desenvolver um Plano de
Trabalho que deverá ser aprovado pela secretaria.
BIBLIOGRAFIA:
ECO-92
Previsto no Relatório “Nosso Futuro Comum”, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), também conhecida como ECO-92, foi realizada de 3
a 14 de junho de 1992. A convite do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi a sede do encontro
que reuniu representantes de 175 países e de Organizações Não-Governamentais (ONGs).
Considerado o evento ambiental mais importante do século XX, a ECO-92 foi a primeira grande
reunião internacional realizada após o fim da Guerra Fria.
Os compromissos específicos adotados pela ECO-92 incluem três convenções: uma sobre
Mudança do Clima, sobre Biodiversidade e uma Declaração sobre Florestas. A Conferência
também aprovou documentos com objetivos mais abrangentes e de natureza mais política: a
Declaração do Rio e a Agenda 21. Ambos endossam o conceito fundamental de
desenvolvimento sustentável, que combina o progresso econômico e material com a necessidade
de uma consciência ecológica.
Desde a conferência, as relações entre países ricos e pobres têm sido conduzidas por um novo
conjunto de princípios inovadores, como os de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas
entre os países", de "o poluidor paga" e de "padrões sustentáveis de produção e consumo". Além
disso, com a adoção da Agenda 21, a Conferência estabeleceu, objetivos concretos de
sustentabilidade em diversas áreas, explicitando a necessidade de se buscarem novos recursos
financeiros para a complementação em nível global do desenvolvimento sustentável.
Convenção da Biodiversidade
A Convenção da Biodiversidade foi acordo aprovado durante a ECO-92, por 156 Estados e uma
organização de integração econômica regional. Foi ratificada pelo Congresso Nacional e entrou
em vigor no final de dezembro de 1993. Os objetivos da convenção são a conservação da
biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a divisão eqüitativa e justa dos
benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos. Neste documento destaca-se o
“Protocolo de Biosegurança”, que permite que países deixem de importar produtos que
contenham organismos geneticamente modificados.
Agenda 21
A aceitação do formato e conteúdo da Agenda - aprovada por todos os países presentes à Rio 92
- propiciou a criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS), vinculada ao
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). A CDS tem por objetivo
acompanhar e cooperar com os países na elaboração e implementação das agendas nacionais, e
vários países já iniciaram a elaboração de suas agendas nacionais. Dentre os de maior expressão
política e econômica, somente a China terminou o processo de elaboração e iniciou a etapa de
implementação.
Conferindo a Agenda 21