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O artigo versa sobre o tema alienação parental (A.P.), de grande relevância, tanto para a
área da Psicologia, tanto para os estudiosos do Direito. Tal assunto ganhou maiores
proporções com a aprovação da lei nº 12.318/2010, que prevê punição para a prática
alienadora e determina a atuação do psicólogo judiciário na investigação de casos
suspeitos. Tendo em vista os problemas diversos que a alienação parental pode causar,
principalmente no menor, a presente obra entrará nos méritos jurídicos, no sentido de
abordar as feituras da Justiça brasileira, descortinando suas ações, e verificando o que se
tem feito, no sentido de coibir ou diminuir os casos de A.P., bem como discorrer sobre a
síndrome da alienação parental (S.A.P.), visando esclarecer as nuances
comportamentais implícitas e explícitas dentro desse contexto. E por fim, mostrar dados
a respeito dos casos, isto é, onde e quando a A.P. ocorre com maior frequência e traçar
uma linha a respeito da alienação parental e disputas judiciais de guarda.
1. INTRODUÇÃO
A Alienação Parental (AP), desde a proposição dos termos, vem ganhando
destaque no Brasil, principalmente nos tribunais: Varas Cíveis, de Família e de Infância
e Juventude, e entre os Psicólogos, em seus consultórios ou em seus trabalhos diversos,
como os que atuam em escolas, creches e em outros locais que envolvam crianças e
adolescentes. Para uma melhor clareza no assunto, a seguir, alguns conceitos de A.P.
serão descritos, apenas para ampliar o conhecimento e nortear o estudo. Antes dos
conceitos, é importante salientar a respeito do Doutor Richard Gardner, médico
Psiquiatra Infantil, a quem é atribuído como o primeiro a identificar a Síndrome da
Alienação Parental (SAP) e a Maria Berenice Dias, médica (?) pesquisar, que muito tem
contribuído para o estudo recente do assunto.
“Alienação Parental é a interferência psicológica provocada na criança ou
adolescente por um de seus genitores contra outro membro da família que também
esteja responsável pela sua guarda e vigilância”.
“Alienação Parental é a constante difamação (falar prejudicialmente, criticar
de maneira depreciativa, ameaçar ou desmerecer) da parte de um dos genitores ou de
outro familiar com a intenção de afastar ou alienar a criança/adolescente em relação
ao outro genitor, causando sentimentos não amigáveis, hostis ou indiferentes”.
“Alienação Parental é um processo em que um genitor desconstrói a figura do
outro genitor para o menor envolvido. Tal atitude pode ser feita de forma quase
imperceptível, através de sutilezas ou não, isto é, o alienador pode dizer abertamente e
provocar da mesma forma a que se tenha uma ideia negativa a respeito do outro”.
Percebe-se, através dos conceitos construídos acima, que a criança e o
adolescente envolvidos nesse processo de alienação são as principais vítimas, se já não
bastasse a problemática que se faz presente diante de um processo de separação, litígio
familiar ou outras implicações desse âmbito. Por esse motivo, Leis têm sido criadas, no
sentido de proteger a criança e o adolescente da alienação e das consequências
visivelmente verificadas quando se tem um contato mais direto com as vítimas.
2. A CRIAÇÃO DA LEI SOBRE A ALIENAÇÃO PARENTAL
Conforme descrita por Richard Gardner na década de 1980, diz respeito a um quadro
patológico apresentado por uma criança que se torna psicologicamente afastada de um
de seus genitores no contexto de separação conjugal ou de disputa de guarda (Gardner,
1985, 2002). Para esse psiquiatra e psicanalista americano, a SAP é um transtorno
infantil que se desenvolve quando um dos genitores (alienador) programa uma lavagem
cerebral a fim de que o(a) filho(a) passe a rejeitar de forma injustificada o genitor
alienado (Gardner, 1985, 2002). Tal comportamento por parte do genitor alienador,
aliado a contribuições da própria criança, que teria papel ativo na rejeição ao genitor
alienado, provocaria um conjunto de sintomas na mesma, como: realização de
campanha de difamação contra o genitor alienado; apresentação de racionalizações
fracas ou absurdas para justificar a depreciação de tal genitor; falta de ambivalência;
apoio reflexivo do genitor alienante no conflito parental; ausência de culpa pela
crueldade e/ou exploração para com o genitor alienado; propagação da animosidade
para a família e amigos do genitor alienado, dentre outros (Gardner, 2001). Sendo
assim, tal transtorno “resultaria da combinação entre doutrinações feitas pelo genitor
alienador e contribuições da própria criança para a difamação do genitor alienado”
(Gardner, 2001, p. 10). A intenção de Gardner (2001) era que a SAP fosse reconhecida
pela comunidade científica e estivesse presente nos manuais de psiquiatria. Entretanto
tal inserção não ocorreu na edição do DSMIV (American Psychiatric Association,
2002), sendo que o DSM-V (American Psychiatric Association, 2013), lançado em
2013, confirmou a rejeição dos especialistas ao reconhecimento de tal “síndrome” por
falta de dados e não haver instrumentos sólidos do ponto de vista da psicometria para se
avaliar clinicamente a AP (Moné & Biringuen, 2012). A falta de reconhecimento
científico parece estar relacionada ao fato de que a grande maioria dos textos sobre SAP
se refere a abordagens teóricas que descrevem tal fenômeno, mas não apresentam
resultados de estudos empíricos, o que compromete a qualidade e confiabilidade dos
mesmos (Bow, Gould, & Flens, 2009; Bruch, 2001; Dallam, 1999; Walker & Shapiro,
2010). De fato, Gardner não forneceu pesquisas que fundamentassem as afirmações
sobre a categoria diagnóstica que propõe a prevalência de tal fenômeno ou os seus
critérios de inclusão. Suas estimativas iniciais aparentavam estar incorretas e a ausência
de planejamento analítico e de rigor científico permitiram que esse descuido
influenciasse negativamente os casos de disputas de guarda, podendo causar prejuízos
às crianças. Contudo, mesmo que não tenha alcançado o reconhecimento pela
comunidade científica, a teoria da SAP, proposta por Gardner, espalhou-se rapidamente
por diversos países e tais conceitos têm sido adotados principalmente nos campos do
direito e da psicologia. Todavia a escassez de debates e estudos acerca dessa temática,
bem como a ausência de questionamentos sobre a ideia de um transtorno infantil (SAP)
associadas às situações de disputa entre pais separados vêm contribuindo para a
aceitação e divulgação do assunto, de forma acrítica. Alienação parental no Brasil. 379
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 21, n. 3, p. 377-388, jul./set. 2016 Atualmente
entendida de forma similar à SAP e muitas vezes com suas terminologias utilizadas de
modo intercambiável, fato confirmado pelos dados a serem apresentados na presente
revisão, a AP é uma temática difundida entre os profissionais que atuam nos juízos
cíveis ou de família e da infância e juventude no Brasil. As discussões a respeito da AP
tomaram fôlego no país com a aprovação da lei sobre a Guarda Compartilhada em 2008
(lei n 11.698, 2008). A lei 11.698, de 13 de junho de 2008, instituiu e disciplinou essa
modalidade de guarda no Código Civil. Posteriormente, a lei 13.058, de 22 de dezembro
de 2014, referindo-se aos mesmos artigos do Código, estabeleceu algumas regras para o
funcionamento da guarda compartilhada, como, por exemplo, a busca pela divisão
igualitária do tempo de convívio do descendente com ambos os genitores (lei n 13.058,
2014). A partir do movimento pela guarda compartilhada, as discussões sobre o assunto
causaram mobilização e comoção pública sobre o sofrimento das crianças que seriam
vítimas da AP. Como consequência, elaborou-se o projeto de lei nº. 4853/08, cujos
maiores objetivos eram identificar e punir os genitores responsáveis pela alienação dos
filhos. Esse projeto foi sancionado e tornou-se lei em 26 de agosto de 2010 (lei n
12.318, 2010). Com o advento desse novo dispositivo legal, denominado de Lei da
Alienação Parental - lei 12.318/10 -, o conhecimento e o domínio dos conceitos
referentes ao tema tornaram-se indispensáveis para os operadores do direito e
profissionais das Varas Cíveis ou de Família e de Infância e Juventude. Percebe-se,
portanto, que, em nosso contexto, a lei surgiu antes do conhecimento sobre o fenômeno
estar consolidado e os termos definidos na esfera científica, gerando urgente demanda
para estudos. Com a falta de clareza conceitual, é necessário adotar uma definição para
o termo Alienação Parental (AP). De modo semelhante à definição de Darnall (1998),
os presentes autores entendem a AP como a constante difamação (falar
prejudicialmente, criticar de maneira depreciativa, ameaçar ou desmerecer) da parte de
um dos genitores ou de outro familiar com a intenção de afastar ou alienar a
criança/adolescente em relação ao outro genitor, causando sentimentos não amigáveis,
hostis ou indiferentes. O genitor que difama/critica é denominado alienador; aquele que
sofre as críticas é denominado alienado. Contrastando com a SAP, que é entendida
como um transtorno ou doença mental na criança/adolescente vítima de práticas
alienadoras, a AP não propõe uma síndrome infantil como resultado do processo de
alienação, destacando a conduta do alienador e a do alienado em tal dinâmica. A
presente pesquisa decorre da necessidade premente de construção de conhecimento
científico na área. Busca-se, com esta investigação, a caracterização crítica de artigos
científicos brasileiros pertinentes à literatura jurídica e psicológica sobre os temas da AP
e da SAP. Considera-se que os resultados obtidos poderão servir de ponto de partida
para o desenvolvimento de novos estudos. Esta revisão teve como objetivos, portanto,
verificar a ocorrência de estudos brasileiros sobre AP e SAP e analisar o seu conteúdo.
Método Foi realizada pesquisa em Os motivos que levam uma pessoa a imigrar do
seu país de origem para outro lugar, de forma voluntária ou involuntária, são
diversos: guerras, perseguições, violações de direitos, violência, calamidades,
grandes tragédias. E mais recentemente, em razão da
globalização, outras causas vêm impulsionando a migração: o desemprego, a
desorganização da economia do país de origem e os desequilíbrios
socioeconômicos.
Quando se verifica que a migração foi motivada por uma perseguição
em razão da raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um grupo social ou
por opinião política, levando o indivíduo a abandonar o seu país de origem na
busca de proteção, tem-se a figura do refugiado.
Os primeiros problemas de movimentos massivos de pessoas
deslocadas em busca de proteção surgiram durante a Primeira Guerra Mundial,
mas foi durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) que o problema dos
refugiados tomou grandes proporções, com o descolamento de mais de
quarenta milhões de pessoas por várias partes do mundo. Como consequência
dos efeitos devastadores gerados em decorrência da Segunda Guerra Mundial
e diante da necessidade específica de proteger os refugiados, a Organização
das Nações Unidas (ONU) criou, em 8 de dezembro de 1949 a Agência das
Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, sigla em
inglês). Ampliando a temática, a ONU criou o Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 14 de dezembro de 1950 e, em 28
de julho de 1951, foi realizada a Convenção das Nações Unidas Relativa ao
Estatuto dos Refugiados, conhecida como “Convenção de Genebra”, para
tratar especificamente dos refugiados que surgiram em razão da Segunda
Guerra.
Nesse período, acreditava-se que a problemática dos refugiados era
temporária. Posteriormente, diante do aparecimento de novos fluxos de
refugiados, a ONU elaborou o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de
1967 com o objetivo de ampliar as disposições da Convenção de 1951,
permitindo que os seus dispositivos pudessem ser aplicados a todos os
refugiados no mundo e não somente aos que surgiram em razão da segunda
grande guerra.
Seis décadas após a elaboração da Convenção de 1951, conflitos,
violência, violações de direitos humanos e perseguições continuam a forçar
pessoas a abandonarem os seus lares e a deixarem as suas famílias e bens
para trás, em busca de segurança e proteção em outro país.
3. IMIGRANTES
A imigração no Brasil teve início em 1530 com a chegada dos colonos
portugueses, e o objetivo era dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Em todo
período colonial e monárquico, a imigração portuguesa foi a mais expressiva.
Nas primeiras décadas do século XIX, imigrantes de outros países,
principalmente os europeus, vieram para as terras brasileiras em busca de
melhores oportunidades de trabalho. Aqueles que tinham profissões (artesãos,
sapateiros, alfaiates, etc.) abriam pequenos negócios; muitos imigrantes suíços
estabeleceram-se em Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, e nessa
mesma década de 1820 os alemães começaram a chegar, sendo enviados a
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Passaram a trabalhar em atividades
agrícolas e pecuária. A grande maioria dos italianos foram para a cidade de
São Paulo, atuando no comércio ou na indústria.
Um caminho também escolhido foi o interior de São Paulo, para
trabalharem na lavoura de café que estava começando a ganhar fôlego. Em
1908, grande parte desses imigrantes foram trabalhar na lavoura de café do
interior paulista.
No século XIX, o Brasil era visto na Europa e na Ásia (principalmente
Japão) como um país de muitas oportunidades. Pessoas que passavam por
dificuldades econômicas enxergaram uma ótima chance de prosperarem na
jovem nação.
Após a abolição da escravatura (1888), muitos fazendeiros não
quiseram empregar e pagar salário aos ex-escravos, preferindo assim o
imigrante europeu como mão-de-obra. Nesse contexto, o governo brasileiro
incentivou a entrada de imigrantes europeus, e chegou a criar campanhas para
atraí-los.
Vale lembrar de três questões importantes decorridas da imigração no Brasil:
a primeira, é que muitos imigrantes vieram fugidos do perigo pelas duas
guerras mundiais; a segunda, é que eles contribuíram para a economia do
país e a terceira é a riqueza cultural, que culminou na diversidade encontrada
entre as regiões brasileiras.
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3. REFUGIADOS NO MUNDO
1. REFUGIADOS NO BRASIL
2. INSTITUTO DE REINTEGRAÇÃO DO REFUGIADO (ADUS)
Os refugiados:
Os requerentes de asilo:
6. CONCLUSÃO ´
7. REFERÊNCIAS