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Módulo 4 – Outras emergências

Apresentação do Módulo

Neste módulo você estudará as características, os fundamentos e os procedimentos adequados


relacionados aos casos de intoxicações, envenenamentos, emergências clínicas e parto.

Objetivos do Módulo

Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de:

Enumerar os sinais e sintomas de intoxicação por ingestão, injeção, inalação e contato e


descrever o seu tratamento pré-hospitalar;

Descrever os procedimentos com a mãe e o bebê durante o parto;

Apontar as complicações típicas durante o parto e apontar o tratamento pré-hospitalar


para cada uma delas;

Definir emergência clínica;

Listar as principais emergências clínicas e descrever os procedimentos para cada uma


das situações.

Estrutura do Módulo

Este módulo está dividido nas seguintes aulas:

Aula 1 – Intoxicações

Aula 2 – Emergências clínicas


Aula 3 – Parto

Aula 1 – Intoxicações

Intoxicação e envenenamento

1.1. Definição

Define-se intoxicação ou envenenamento como uma emergência médica causada pela


absorção de agentes que, por suas características e quantidade, produzem danos ao organismo
ou risco de vida às pessoas.

Um grande número de substâncias pode ser considerado veneno ou tóxico e qualquer


substância química, dependendo de sua dose, poderá ser um tóxico.

Algumas pessoas têm a capacidade de tolerar bem um veneno; já outras, a mesma quantidade
de veneno pode ser fatal. As crianças são as que frequentemente apresentam intoxicações ou
envenenamentos.

1.2. Tipos de substâncias

As substâncias tóxicas podem ser químicas, biológicas e radiológicas.

Importante!

O emergencista deve ter o número do telefone do centro de informações toxicológicas da sua


região ou país. Para qualquer conhecimento ou suspeita de intoxicação, ele deve ligar para
obter instruções.
Número telefônico do centro informação toxicológica da sua região: 08007226001 (BRASIL)

1.3. Vias de exposição

As áreas do corpo expostas a qualquer substância são:

1. Pele

2. Mucosa respiratória

3. Mucosa ocular

4. Mucosa digestiva

Estude, a seguir, sobre cada uma delas.

1.3.1. Intoxicação pela pele

Pode ser por contato ou por inoculação.

Veja a seguir:

Por contato - Às vezes, há vermelhidão ou lesões mais importantes nessas superfícies.


Em outros casos, o veneno é absorvido causando pouco ou nenhum dano. A maioria
das toxinas que são absorvidas e reagem com a pele são produtos químicos.

Importante!

É importante levantar as informações que podem ser obtidas com o paciente ou testemunhas.

Sinais e sintomas
Reações na pele que podem variar de uma ligeira irritação e vermelhidão a queimaduras
químicas;

Inflamação;

Coceira (prurido) e ardência na pele;

Aumento da temperatura da pele.

Observação: A absorção dos tóxicos por contato pode produzir os sinais e sintomas que serão
descritos na intoxicação pela mucosa digestiva.

Tratamento pré-hospitalar

Importante!

Para atender um paciente intoxicado, utilizar luvas e proteção para olhos, nariz e para a
roupa.

1. Use EPI (biossegurança).

2. Confira se a cena é segura.

3. Retire o paciente da fonte de exposição, se as condições são seguras.

4. Remova roupas, sapatos e joias contaminadas. Limpe a área afetada com água por
pelo menos 20 minutos.

5. Ligue para o Centro de Controle de Intoxicações.

6. Administre oxigênio se permitido pelo protocolo local.

7. Transporte o paciente.
8. O emergencista é responsável pelas roupas e joias removidas. Entregue-os à pessoa
que cuida do paciente, deixando um registro escrito.

Por inoculação - A intoxicação por inoculação pode ocorrer devido a injeção e


mordidas/picadas de insetos.

o Por injeção – Administração parenteral: Erro de injeção.

Seringa com agulhas hipodérmicas contendo medicamentos, drogas contaminadas


com substâncias tóxicas ou overdose de drogas.

Sinais e sintomas (aparecem mais rápido)

A absorção de substâncias por essa via pode produzir sinais e sintomas que serão descritos na
intoxicação pela mucosa digestiva, e ainda:

Ardor na pele

Prurido (coceira);

Choque anafilático

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Confira se a cena é segura.

3. Previna o choque.

4. Mantenha as vias respiratórias abertas.

5. Ligue para o Centro de Controle de Intoxicações.

6. Administre oxigênio se permitido pelo protocolo local.

7. Transporte o paciente.

o Por picada de cobra e de insetos (venenos de animais)


Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural. Os sinais e sintomas podem
levar várias horas para aparecer, e a morte não ocorrer tão rapidamente, salvo a
ocorrência de choque anafilático. Sempre considerar todos esses tipos de mordidas
como venenosas.

Sinais e sintomas

Marcas de mordida na pele;

Dor e inchaço na região da picada, que pode se desenvolver lentamente, levando de 30


minutos a várias horas;

Respiração dificultosa e pulso rápido;

Debilidade física;

Problemas de visão;

Náuseas e vômitos;

Hemorragias.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Confira se a cena é segura.

3. Remova o paciente do local para evitar um segundo incidente.

4. Mantenha o paciente calmo e deitado; localize as marcas picadas e limpe com água e
sabão;

5. Retire anéis, pulseiras ou outras roupas restritivas do membro afetado;

6. Previna o choque.

7. Transporte com monitoramento constante e, caso necessário, realize manobras de


reanimação.
Restrições:

Não faça qualquer tratamento caseiro.

Não corte nem fure o local da picada.

Não ofereça bebidas alcoólicas.

Não chupe o veneno.

O tratamento sorológico é o mais adequado para intoxicação provocada por picada de cobra,
quando aplicado de acordo com as seguintes normas:

Deve ser um soro específico.

Deve ser ministrado dentro do menor tempo possível.

Deve ser ministrado em quantidade suficiente.

Observação

Se você for treinado para tal e houver tempo e condições, conduza a serpente que provocou a
lesão para avaliação e identificação.

1.3.2. Intoxicação pela mucosa respiratória

São causadas por gases e vapores. Por exemplo, os gases produzidos por motores à gasolina
ou outros produtos petrolíferos, fogões, fornos e aquecedores de água a gás, carvão,
grelhadores, solventes, gases industriais e aerossóis (spray).

Importante!
NÃO tente ajudar um paciente se não está absolutamente certo de que a cena é segura.
NÃO ENTRE se suspeitar que a ATMOSFERA está contaminada.

Se as máscaras para poeira e fumaça não funcionarem, pode ser necessária a utilização de
equipamento de respiração autônomo.

Importantes ações a tomar: obter informações do paciente ou testemunhas logo que possível e
procurar sinais de veneno inalado.

Sinais e sintomas

Observação

A absorção de substâncias tóxicas por essa via pode produzir sinais e sintomas de
envenenamento pela mucosa digestiva.

Respiração e pulso com características anormais;

Alteração na frequência cardíaca;

Tosse, cefaleia, sonolência, náuseas;

Secreções nas vias aéreas;

Olhos vermelhos e irritados.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Confira se a cena é segura.


3. Transporte o paciente para um local seguro e ventilado. Pode ser necessário remover a
roupa.

4. Mantenha as vias respiratórias abertas.

5. Ligue para o Centro de Controle de Intoxicações.

6. Faça RCP, se necessário.

7. Administre oxigênio se permitido pelo protocolo local.

8. Transporte o paciente.

Observação

Não faça respiração boca a boca, nem boca a máscara se suspeitar de inalação por cianureto,
gases corrosivos (por exemplo, cloro) ou pesticidas.

1.3.3. Intoxicação pela mucosa ocular

A intoxicação pela mucosa ocular é semelhante à da mucosa respiratória, cujo tratamento é


lavar com água por 20 minutos.

1.3.4. Intoxicação pela mucosa digestiva

Em casos de suspeita de ingestão de tóxicos, você deve obter todas as informações possíveis
ao mesmo tempo, como na realização da avaliação inicial. Verifique se no cenário existem
recipientes, derramamento de líquidos, comprimidos, cápsulas, substâncias tóxicas ou
qualquer elemento que permita identificar as substâncias.

Sinais e sintomas

Queimaduras e manchas ao redor da boca;


Odor incomum no hálito, no corpo, na roupa do paciente ou, ainda, na cena;

Respiração e pulso com características anormais;

Sudorese;

Pupilas dilatadas ou contraídas;

Excesso de saliva ou de formação de espuma na boca;

Dor abdominal;

Vômitos;

Diarreia;

Convulsões;

Inconsciência.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Verifique se o local é seguro.

3. Mantenha as vias aéreas abertas;

4. Peça orientação ao Centro de Informações Toxicológicas, se existir;

5. Acolha o paciente, de modo a impedir a aspiração do vômito;

6. Guarde em saco plástico toda substância eliminada através do vômito pelo paciente;

7. Evite que o paciente entre em choque.

Importante!

Diante dos venenos em geral, o emergencista fica muito limitado e necessita de antídotos
específicos, portanto o transporte deve ser rápido.
1.3.5. Casos especiais

1.3.5.1. Intoxicação por álcool

O álcool é uma droga socialmente aceita quando ingerida com moderação, mas, ainda assim, é
uma droga. O abuso de álcool, como de qualquer outra droga, pode conduzir a enfermidades,
envenenar o corpo, determinar um comportamento antissocial e morte. O paciente pode ter
um problema clínico ou um trauma que requerem cuidados, pode estar ferido ou pode ferir
outras pessoas enquanto estiver alcoolizado.

Como emergencista, tente oferecer cuidados ao paciente sob influência de álcool, como você
faria a qualquer outro paciente. Determine se o problema foi causado pelo álcool e se esse
abuso é o único problema. Lembre-se de que diabetes, epilepsia, ferimentos na cabeça, febres
altas e outros problemas clínicos podem fazer o paciente parecer alcoolizado. Se o paciente
permitir, faça a entrevista. Em alguns casos, você terá que depender das pessoas presentes no
local para obter uma informação significativa.

Sinais de abuso de álcool em um paciente intoxicado:

Odor de álcool no hálito do paciente ou em suas vestimentas. Isso é bastante


significativo. Certifique-se de que não é hálito cetônico, apresentado pelo diabético;

O paciente apresenta falta de equilíbrio e movimentos instáveis, sem coordenação;

Fala desarticulada e inabilidade para manter a conservação.

Observação: Não pense que a situação é séria apenas pelas piadas pelo paciente e presentes
no local.

Rubor, suor e queixa de calor; e


Náusea e vômitos.

Importante!

Os efeitos do álcool podem mascarar os sinais típicos e sintomas. Esteja alerta para outros
sinais, como sinais vitais alterados devido ao álcool e drogas. Nunca pergunte se o paciente
tomou qualquer droga, pois ele pode pensar que você está reunindo evidências de um crime.
Evite a palavra “droga”. Pergunte se algum medicamento foi ingerido enquanto bebia.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Use EPI (biossegurança).

2. Verifique se o local é seguro.

3. Obtenha a história e faça o exame físico para descobrir qualquer emergência clínica ou
outras lesões. Lembre-se de que o álcool pode mascarar a dor.

4. Procure cuidadosamente sinais de traumas e de enfermidade.

5. Monitore os sinais vitais, ficando alerta para problemas respiratórios.

6. Peça ao paciente que faça um esforço para manter-se acordado.

7. Ajude-o quando estiver vomitando para impedir que ele aspire o vômito.

8. Alerte a polícia, conforme julgue necessário.

9. Transporte-o ao hospital-referência.

1.3.5.2. Crises e problemas de abstinência


Um alcoólatra que, de repente é impedido de ingerir álcool pode sofrer graves problemas de
suspensão. A retirada súbita muitas vezes poderá ter como resultado o Delirium Tremens
(DT). Esse tipo de paciente apresenta os seguintes sinais e sintomas:

Confusão e inquietação;

Conduta atípica;

Alucinações (visão de bichos e animais);

Mãos trêmulas;

Convulsão.

Tratamento pré-hospitalar

Proteja o paciente de si mesmo, pois ele poderá lesar-se.

1.3.5.3. Abuso de drogas

O emergencista deverá reconhecer os sinais e sintomas característicos para poder identificar


um possível caso de abuso ou overdose de drogas.

As drogas de uso mais frequente são de cinco diferentes tipos:

1. Estimulantes – Estimulam o SNC, excitando quem as usa. Incluem as anfetaminas, a


cafeína, a cocaína, crack, ecstasy, drogas antiasmáticas, drogas vasoconstritoras, etc.

2. Depressoras – Deprimem o SNC. Incluem os sedativos (diazepam, lorax, fenobarbital),


os barbitúricos e os anticonvulsionantes. Diminuem o pulso e a respiração, provocam
sonolência e reflexos lentos.

3. Analgésicos narcóticos (derivados do ópio) – O abuso dessas drogas produz intenso


estado de relaxamento. Pertencem ao grupo morfina, heroína, demerol. Podem diminuir
a temperatura, o pulso e a respiração, relaxam músculos, provocam miose,
adormecimento, etc.

4. Alucinógenas – Alteram a personalidade e causam distorção da percepção. Incluem o


LSD. A maconha também tem algumas propriedades alucinógenas. As vítimas
imaginam ouvir sons e ver cores.

5. Químicas voláteis – Os vapores de certas substâncias causam excitação, euforia e


sensação de estar voando. Em geral, são solventes, substâncias de limpeza, colas de
sapateiro e gasolina. Seus efeitos são a desorientação, perda do olfato, pulso e
respiração acelerados, que podem levar ao coma.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Verifique se o local é seguro.

3. Tenha muito cuidado e tato para lidar com esses pacientes.

4. Se necessário, realize manobras de reanimação.

5. Induza o vômito se a droga foi ministrada por via oral e nos últimos 30 minutos.

6. Converse para ganhar a confiança do paciente e mantê-lo consciente.

7. Previna o choque.

8. Acompanhe atentamente a sua respiração, já que a overdose de analgésicos pode


causar desde depressão respiratória até a morte.

9.Transporte o paciente com monitoramento constante.

1.3.5.4 – Crises suicidas


Sempre que cuidar de um paciente que tentou suicídio ou esteja a ponto de tentá-lo, a primeira
preocupação do emergencista será com a sua segurança. Tenha certeza de que o local esteja
seguro e de que o paciente não tenha uma arma. Informe o problema à polícia. Se estiver
seguro, estabeleça contato visual e verbal com o paciente.

Apesar de não haver regras rígidas para o tratamento bem sucedido do suicida, existem vários
princípios gerais que devem ser conhecidos:

Chegue no local da ocorrência de forma discreta, com sirenes desligadas e sem criar
tumultos;

Estude, inicialmente, o local, verificando riscos potenciais para a equipe de resgate e


para o paciente, neutralizando-os ou minimizando-os;

Isole o local, impedindo aproximação de curiosos;

Verifique a necessidade de apoio material e (ou) pessoal e comunique a Central de


Comunicação de sua região;

Procure obter informações sobre os antecedentes do paciente;

Mantenha imediatamente diálogo com o paciente, mostrando-se calmo e seguro,


procurando conquistar sua confiança;

Não faça nenhuma ameaça e nem restrição física;

Não discuta ou critique o paciente;

Pergunte se você pode ajudar;

Converse com o paciente de forma pausada, firme, clara e num tom de voz adequado à
situação;

Jamais assuma qualquer atitude hostil para o paciente;

Descubra se o paciente está ferido;

Observe constantemente o paciente e não o deixe sozinho por nenhum instante até o
término do atendimento;
Escute o paciente e deixe-o saber que você está prestando atenção;

Procure descobrir qual o principal motivo da sua atitude;

Após ter conquistado sua confiança, inicie o trabalho no sentido de dissuadi-lo, sempre
oferecendo segurança e proteção;

Após ter conseguido dominar o paciente, continue tratando-o com respeito e


consideração, conduzindo-o ao hospital.

Observações:

O contato com o paciente deve ser efetuado por apenas um integrante da equipe, a fim
de estabelecer uma relação de confiança. Os outros permanecem à distância sem
interferir no diálogo.

Não fique em locais onde o paciente possa se expor ao perigo.

Se o paciente der qualquer indicação de que pode machucar os outros, tenha certeza de
sua própria segurança.

Importante!

Algumas pessoas cometem gestos suicidas, em que a intenção não era acabar com a vida, mas
sim chamar a atenção. Mesmo assim, não se deve tratá-las com menosprezo, pois é um
distúrbio de comportamento.

Durante todas as fases de intervenção, devem-se tomar todas as medidas de precaução contra
uma nova tentativa de suicídio. Armas de fogo, medicamentos, além de outros objetos
potencialmente letais, devem ser retirados de perto do paciente. Ele não deve ser deixado
sozinho em qualquer lugar, mesmo por alguns instantes, seja em casa ou na viatura.

Aula 2 – Emergências clínicas


Emergência clínica

São aquelas provocadas por uma ampla variedade de enfermidades, cuja causa não está
relacionada ao trauma, e requer assistência imediata.

Se um(a) paciente sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que há uma
emergência clínica.

Um trauma poderá produzir uma emergência clínica. O estresse de um acidente


automobilístico poderá produzir um IAM ou AVE.

Uma frequência de pulso superior a 120 bpm ou menor 60 bpm indica uma possível
emergência clínica em uma vítima adulta.

Uma frequência respiratória maior que 24 vpm ou menor que 08 vpm indica uma possível
emergência clínica em uma vítima adulta.

Você irá estudar nesta aula, as seguintes emergências:

Convulsão;

Epilepsia

Diabetes;

Abdômen agudo;

Veja, a seguir, cada uma delas.

2.1. Convulsão

Convulsão

Contração involuntária de parte ou da totalidade dos músculos, causada por várias


doenças neurológicas ou não, e por lesões cerebrais traumáticas.
2.1.1. Causas

Intoxicações;

Doenças neurológicas;

Traumatismo crânio-encefálico;

Febre;

Doenças infecciosas (meningite, tétano);

Epilepsia.

Em algumas crises, é comum o paciente morder a língua e apresentar dificuldade respiratória,


chegando, algumas vezes, à cianose.

Após a crise, o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais, ficando muito
fatigado e adormecido horas depois.

2.1.2 Manifestações

Tônica – São prolongadas e imobilizam os membros atingidos.

Clônica – Resultam de uma série de contrações rápidas e rítmicas.

Tônico-clônica – A imobilização da parte atingida é interrompida por contrações


clônicas.

2.1.3. Convulsões febris

Podem ocorrer, apenas em crianças menores de 6 anos. É importante notar que pode ser
repetido. Requer sempre atendimento pediátrico.

2.1.4. Trauma craniano


A lesão na cabeça pode causar convulsões no momento ou horas depois, através do
desenvolvimento de hematoma ou edema cerebral. A realização de entrevista é muito
importante para descobrir o histórico de quedas ou trauma.

Observação: é muito importante uma boa entrevista para averiguar antecedentes de


traumas na cabeça ou quedas.

2.1.5. Sinais e sintomas de uma crise convulsiva

Perda da consciência: a vítima poderá cair e machucar-se;

Rigidez do corpo: especialmente do pescoço e extremidades;

Pode ocorrer cianose e/ou parada respiratória;

Poderá ocorrer perda do controle dos esfíncteres urinário e anal;

Depois da crise, o paciente recupera seu estado de consciência lentamente. Pode ficar
confuso por um certo tempo e ter amnésia do episódio.

2.1.6. Tratamento pré-hospitalar


Observação: Não introduza nada na boca do paciente
1. Posicione o paciente no piso ou em uma maca. Evite que se machuque com golpes em
objetos dispostos ao seu redor.

2. Afrouxe bem as roupas apertadas.

3. Proteja a cabeça do paciente.

4. Monitore a respiração e administre oxigênio suplementar.

5. Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique a ele que deve receber
auxílio médico.

6. Coloque na posição lateral de segurança (paciente inconsciente) e/ou de lado (paciente


consciente) caso venha a vomitar.

7. Transporte o paciente para o hospital.

2.2. Epilepsia

Conceituada como síndrome, isto é, um conjunto de sintomas e/ou sinais decorrentes e


causas diversas. As manifestações epilépticas se caracterizam por sintomas e/ou sinais
motores, sensitivos, sensoriais, psíquicos ou neurovegetativos que surgem de modo
paroxístico e recorrente, originando-se de uma descarga neuronal patológica.

A sua etiopatiogenia pode relacionar-se a um processo cerebral ativo. No primeiro caso


trata-se de seqüela de uma doença passada; No segundo é sintoma de doença atual do
encéfalo. O paciente sofre acessos periódicos. Geralmente não há razão óbvia, e esse tipo de
epilepsia começa bem cedo.

2.2.1. Sinais e sintomas

Normalmente idêntico aos pacientes que apresentam episódios convulsivo, exceção


apenas, para os casos de epilepsia na infância que, o paciente inicia com crises de ausência.

2.2.2. Tratamento pré-hospitalar

O mesmo dado aos pacientes em crise convulsiva.

2.3. Diabetes

O diabetes é uma doença crônica degenerativa que surge como uma disfunção metabólica
originada pelo comprometimento na produção e/ou utilização da insulina, ou seja, o pâncreas
não produz insulina suficiente e a glicose não é utilizada pelas células e se acumula no
sangue, produzindo os sinais e sintomas do diabetes.
São efeitos da deficiência ou excesso de insulina:

Hiperglicemia

Quando a produção de insulina é insuficiente, acumula-se no sangue um excesso de glicose,


que pode gradualmente ocasionar o coma diabético.

Pode aparecer em:

Pessoas com diabetes não diagnosticada;

Diabéticos que não receberam a quantidade suficiente de insulina e ingeriram açúcar em


excesso.

Sinais e sintomas

Sede;

Dificuldade respiratória;

Pulso rápido e fraco;

Hálito cetônico;

Pele quente e seca (desidratada);

Astenia;

Alteração do nível de consciência (pode levar ao coma não pela elevação no nível de
glicose no sangue, mas pela acidez).

O emergencista deve fazer uma boa entrevista para averiguar se o paciente é diabético, se está
em tratamento, se recebeu insulina ou se alimentou.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).

2. Verifique se o local é seguro.


3. Mantenha o paciente em repouso.

4. Se o paciente estiver consciente e apresentar os sintomas, mas você não


tiver certeza, dê açúcar, doces ou líquidos açucarados sem álcool. (ou
seja, na dúvida, AÇÚCAR PARA TODOS!);

5. Não dê líquidos ou alimentos, a menos que o paciente esteja plenamente


consciente.

6. Transporte o paciente.

Hiploglicemia

Quando a quantidade de insulina é excessiva, rapidamente esgota-se a glicose do sangue,


ocorrendo o comprometimento do sistema nervoso central, que utiliza como fonte de energia
quase que exclusivamente. Nesse caso, o paciente poderá desenvolver o choque insulínico
(hipoglicemia).

Sinais e sintomas

Respiração normal ou superficial;

Pele pálida e úmida, frequentemente sudorese fria;

Pulso rápido e forte;

Hálito sem odor característico;

Cefaleia e náuseas;

Desmaio, convulsões, desorientação ou coma.

Tratamento pré-hospitalar

1. Use EPI (biossegurança).


2. Verifique se o local é seguro.

3. Mantenha o paciente em repouso.

4. Se o paciente estiver consciente e apresentar os sintomas, mas você não tem certeza, dê
açúcar, doces ou líquidos açucarados sem álcool. (ou seja, na dúvida, AÇÚCAR PARA
TODOS!).

5. Não dê líquidos ou alimentos a menos que o paciente esteja plenamente consciente.

6. Mantenha as vias aéreas abertas e fique prevenido para ocorrência de vômito.

7. Previna o choque e transporte o paciente.

2.4. Abdômen agudo

ABDÔMEN AGUDO

Dor severa e endurecimento da parede abdominal causados por doença grave ou lesões de
alguns dos órgãos contidos na região abdominal ou obstrução intestinal.

Causas:

Apendicite aguda;

Úlceras perfuradas;

Enfermidade aguda da vesícula biliar;

Obstrução intestinal;

Gravidez ectópica e outros problemas ginecológicos;

Trauma abdominal fechado.


Sinais e sintomas

Dor abdominal;

Dor retroabdominal (nas costas);

Medo, ansiedade, mal-estar, palidez e sudorese;

Posição fetal;

Respiração rápida e superficial;

Náuseas e vômitos;

Pulso rápido;

Rigidez abdominal (abdome em forma de tábua) e doloroso à palpação;

Distensão, protuberância ou massas visíveis palpáveis; sinais de trauma (abrasões,


feridas, contusões);

Sinais de choque.

Tratamento pré-hospitalar

1. Usar EPI (de biossegurança).

2. Verifique que a cena é segura.

3. Não dê nada pela boca.

4. Mantenha uma via aérea aberta e esteja preparado para o vômito.

5. Trate o choque.

6. Mantenha o paciente em repouso e na posição que ele adote. Não o


force a mudar.

7. Guarde o vômito para análise (tomando cuidado para não polui-lo).

8. Dê apoio emocional.
9. Transporte o paciente.

Aula 3 – Parto

3.1. Anatomia da mulher grávida

Antes de descrever um parto, serão mostrados termos, conceitos e definições relacionados à


anatomia de uma mulher grávida e ao parto.

Feto

Ser que está se desenvolvendo e crescendo dentro do útero. Até a 8ª semana de gestação, o
bebê é chamado de embrião e, após esse período, passa a chamar-se feto.

Útero

Órgão muscular dentro do qual se desenvolve o feto. O útero contrai-se durante o trabalho de
parto, empurrando o feto para o canal de parto.

Colo uterino

Extremidade inferior do útero que se dilata, permitindo que o feto entre na vagina. Também
chamado de cérvix.

Vagina

Canal por onde o feto é conduzido para o nascimento.

Saco ou bolsa amniótica

Estrutura tipo bolsa que se forma no interior do útero. É constituído por uma membrana cheia
de líquido que envolve e protege o feto.

Líquido amniótico
Líquido presente dentro do saco amniótico. Sua função é manter a temperatura do feto e
protegê-lo de impactos. Durante o parto, concorre para formar a bolsa das águas e lubrificar o
canal do parto após a ruptura das membranas. Sua cor normal é clara (branco opalescente);
quando está ocorrendo anóxia e sofrimento fetal, esse líquido torna-se esverdeado, pela
presença do mecônio, que é a primeira matéria fecal do bebê.

Placenta

Órgão especial, formado durante a gravidez, constituído por tecidos maternos e fetais,
permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Normalmente é expelida ao final do
trabalho de parto. Tem formato discoidal ou ovular, com 15 a 20 cm de diâmetro, com
aproximadamente 3 cm de espessura e 500 g de peso, na gravidez de termo.

Cordão umbilical

Estrutura constituída por vasos sanguíneos, através da qual o feto se une à placenta. Seu
comprimento é em média de 55cm.

3.2. Parto

É a expulsão do feto viável, através das vias genitais ou por meio cirúrgico.

3.2.1. Fases do trabalho de parto

Primeira fase

Inicia-se com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal de parto
(dilatação completa do colo do útero).

Segunda fase

Vai do momento em que o feto está no canal de parto até seu completo nascimento.
Terceira fase

Vai do nascimento até a completa expulsão da placenta, que tem duração média de 10 a 30
minutos.

3.2.2. Sinais e sintomas indicativos de expulsão próxima

Sangramento ou presença de secreções pelo rompimento do saco amniótico.

Abaulamento da vulva.

Apresentação da cabeça do feto.

Necessidade frequente de urinar e/ou defecar.

NORMAL ABAULAMENTO APRESENTAÇÃO

3.2.3. Evolução do trabalho de parto


Antes de efetuar qualquer procedimento, o emergencista deverá realizar uma entrevista com a
parturiente, extraindo o maior número de dados possíveis e alertando o SEM.

Entrevista:

Perguntar o nome e idade da parturiente.

Perguntar se realizou exame pré-natal. Qual o nome de seu médico? Pergunte o que
disse o médico, se há alguma complicação prevista.

Perguntar se é o primeiro filho. Se for primípara, o trabalho de parto poderá demorar


cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto
subsequente.

A que horas iniciaram-se as contrações? Já houve a ruptura da bolsa (perda de


líquidos)?

Sente pressão na bacia, vontade de defecar ou sente o bebê saindo pela vagina?

O emergencista deve avaliar as contrações quanto ao tempo que elas duram e o tempo
entre uma contração e outra.

Finalmente, o emergencista deverá pedir à mãe para retirar suas roupas e realizar uma
avaliação visual.

Importante!

Se as contrações ficam mais intensas e duradouras (de 30 segundos a 1 minuto em um


intervalo de 3 a 5 minutos), o parto é iminente e o emergencista deverá preparar a parturiente
e o ambiente para a realização do parto emergencial.

Se após a entrevista, o emergencista achar que o parto não é iminente, deverá proceder ao
transporte da parturiente ao hospital.

3.2.4. Condutas do emergencista para o parto de emergência


1. Assegure a privacidade da parturiente; escolha um local apropriado.

2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranquilizá-la, recordando que o
que está acontecendo é normal. Peça a ela para que, após cada contração, relaxe, pois
isso facilitará o nascimento.

3. Posicione a parturiente para o parto emergencial. Deite-a em posição ginecológica


(joelhos flexionados e bem separados e os pés apoiados sobre a superfície em que está
deitada).

4. Coloque uma almofada debaixo da cabeça da mãe para observar os seus movimentos
respiratórios.

5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI (luvas estéreis, óculos, máscara e avental). Mantenha
todo material necessário à mão.

6. Disponha adequadamente os campos, lençóis ou toalhas limpas abaixo das nádegas,


logo abaixo da abertura vaginal, sobre o abdômen e sobre ambos os joelhos.

7. Sinta as contrações colocando a palma da mão sobre o abdômen da paciente, acima do


umbigo.

8. Tente visualizar a parte superior da cabeça do bebê (coroamento).

9. Apoie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo dela com os dedos bem
separados. Apenas sustente a cabeça, ajudando com a outra mão. Não tente puxá-la.

Não puxar nem empurrar o bebê!


10. Se o cordão estiver envolvendo o pescoço do bebê, libere-o com muito cuidado.

11. Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo gira
para a direita ou esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo, sem forçá-la,
facilitando assim a liberação do ombro e posteriormente de todo o corpo.

12. Apoie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isso se faz para permitir
que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz possam escorrer
para o exterior.

3.2.5. Tratamento pré-hospitalar do recém-nascido:

1. Limpe as vias aéreas usando gaze estéril e a pera de aspiração.

2. Observe a respiração do bebê.

3. Estimule a respiração, se necessário, massageando com movimentos circulares a região


das costas e/ou a planta dos pés.

4. Aqueça o recém-nascido, envolvendo-o em manta própria ou em um campo estéril.

5. Amarre o cordão umbilical, utilize o clampe que se encontra no seu kit de parto. Se não
está com o kit, utilize tiras de pano limpas (não use barbante, fio ou arame). Aguarde o
término do pulsar do cordão umbilical antes de clampeá-lo. O primeiro clampe deve
estar há aproximadamente 25 cm a partir do abdômen do bebê. O segundo, cerca de 5
cm (quatro dedos) do primeiro, em direção ao bebê.

6. Seccione o cordão umbilical com o bisturi ou tesoura do kit obstétrico. Esse corte deve
ser realizado entre as duas amarras. Nunca solte o clampe ou desate o cordão após tê-lo
cortado. Se houver sangramento, coloque outro clampe junto ao anterior.
7. Anote o nome da mãe, o sexo do bebê, a data,
a hora e o lugar do nascimento e fixe essas
informações em local visível, na forma do
exemplo a seguir:

Mãe: Cristina da Silva

Bebê do sexo feminino, nascido às 02h40min do dia 07 de setembro de 2011.

Brasília - DF

3.2.6. Principais complicações do parto e seu tratamento

Apresentação das nádegas

As nádegas ou os pés do bebê são os primeiros a se apresentarem.


Tratamento pré-hospitalar

1. Espere que as nádegas e tronco sejam expulsos espontaneamente.

2. Apoie os membros inferiores e o tronco à medida que são expulsos.

3. A cabeça geralmente é liberada espontaneamente; entretanto, algumas vezes ela poderá


não sair de imediato. Nos casos em que o bebê não for completamente expulso em até 3
minutos após a saída do tronco, o mais importante é criar uma via aérea para o feto. Fale
com a mãe o que vai ser feito e por quê.

4. O emergencista deverá formar com os dedos um “ V “ entre a face do feto e a parede da


vagina, criando assim um espaço para que ele possa vir a respirar.

5. Não puxe o bebê. Permita que o nascimento prossiga, mantenha a sustentação da cabeça
e do corpo do bebê.

6. Realize o transporte imediatamente. Mantenha as VA abertas durante todo o transporte.


Prolapso de cordão umbilical

Quando, durante o trabalho de parto, o cordão umbilical é o primeiro a se apresentar.

Tratamento pré-hospitalar

1. Retire a parturiente da posição ginecológica, colocando-a em posição genopeitoral.

2. Não tente empurrar o cordão para dentro.

3. Não introduza a mão na vagina.

4. Envolva o cordão umbilical com gaze ou compressas cirúrgicas estéreis para mantê-lo
aquecido.
5. Monitore e transporte a parturiente para o hospital, informando sobre o caso. Instrua a
parturiente para que respire lenta e profundamente.

Hemorragia excessiva

Se, durante o período gestacional, a parturiente começar a ter um sangramento excessivo pela
vagina, é muito provável que abortará. Quando a hemorragia ocorrer durante o trabalho de
parto ou na etapa final da gravidez, provavelmente está ocorrendo um problema relacionado à
placenta.

Tratamento pré-hospitalar

1. Posicione a parturiente em decúbito lateral esquerdo.

2. Coloque absorvente higiênico ou panos limpos na abertura da vagina.

3. Coloque novos tampões quando os outros estiverem embebidos.

4. Guarde e conduza ao hospital todo o material ensanguentado, bem como todo e


qualquer material expulso.

5. Oferte oxigênio suplementar e previna o estado de choque.

6. Monitore os sinais vitais da parturiente até o hospital.

Circular de cordão umbilical

Durante a apresentação cefálica, o cordão umbilical poderá estar envolvendo o pescoço do


feto, podendo ser comprimido, interrompendo precocemente o fluxo de oxigênio para o feto.

Tratamento pré-hospitalar

Após a completa apresentação da cabeça do feto, o emergencista deverá passar os seus dedos
ao redor do pescoço do feto para verificar a presença de volta(s) do cordão umbilical. Caso
ocorra, o emergencista deverá pinçar com os dedos o cordão e puxá-lo para cima, no sentido
face-crânio do bebê. Após liberada a volta do cordão, o parto prossegue normalmente.

Apresentação de membros

Situação em que é expulso apenas um membro superior ou membro inferior.

Tratamento pré-hospitalar

1. Retire a parturiente da posição ginecológica e coloque-a em decúbito lateral esquerdo.

2. Instrua a mãe para que respire lenta e profundamente.

3. Coloque um coxim ou travesseiro entre os joelhos da parturiente.

4. Oferte oxigênio suplementar e transporte para um hospital.

Aborto

A expulsão de um feto antes que ele possa sobreviver por si só, ou seja, no período que vai
desde o início da gravidez até em torno da 20ª semana aproximadamente, é considerado
aborto.

Tratamento pré-hospitalar

1. Previna estado de choque da parturiente.

2. Deite a gestante e coloque absorvente higiênico ou similar sobre a abertura da vagina.

3. Acondicione e conduza ao hospital todos os tecidos ensanguentados e qualquer material


expulso.

4. Ofereça suporte emocional e transporte a parturiente até um hospital.

Expulsão de bebê morto


Tratamento pré-hospitalar:

1. Não tente reanimar bebê com sinais evidentes de morte.

2. Monitore a parturiente e trate qualquer complicação pós-parto.

3. Oferte apoio psicológico à parturiente e sua família.

4. Transporte para o hospital a parturiente e o bebê morto.

3.2.7. Outras situações possíveis

Parto múltiplo

Depois que o primeiro bebê nasce, voltam as contrações. O procedimento para o nascimento
do segundo bebê é o mesmo com relação à mãe e o primeiro bebê. Recomenda-se clampear o
cordão umbilical do primeiro bebê antes do nascimento da segunda criança.

Parto prematuro

Os bebês que nascem antes da 37ª semana de gestação ou do 9 mês são considerados
prematuros. Também são considerados prematuros aqueles com menos de 2,5Kg. Os
procedimentos para o parto são idênticos ao de um parto normal. O principal cuidado é
mantê-los aquecidos.

Importante!

Todas as pacientes grávidas atendidas por emergencista devem ser conduzidas para
atendimento médico!

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