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Apresentação do Módulo
Objetivos do Módulo
Estrutura do Módulo
Aula 1 – Intoxicações
Aula 1 – Intoxicações
Intoxicação e envenenamento
1.1. Definição
Algumas pessoas têm a capacidade de tolerar bem um veneno; já outras, a mesma quantidade
de veneno pode ser fatal. As crianças são as que frequentemente apresentam intoxicações ou
envenenamentos.
Importante!
1. Pele
2. Mucosa respiratória
3. Mucosa ocular
4. Mucosa digestiva
Veja a seguir:
Importante!
É importante levantar as informações que podem ser obtidas com o paciente ou testemunhas.
Sinais e sintomas
Reações na pele que podem variar de uma ligeira irritação e vermelhidão a queimaduras
químicas;
Inflamação;
Observação: A absorção dos tóxicos por contato pode produzir os sinais e sintomas que serão
descritos na intoxicação pela mucosa digestiva.
Tratamento pré-hospitalar
Importante!
Para atender um paciente intoxicado, utilizar luvas e proteção para olhos, nariz e para a
roupa.
4. Remova roupas, sapatos e joias contaminadas. Limpe a área afetada com água por
pelo menos 20 minutos.
7. Transporte o paciente.
8. O emergencista é responsável pelas roupas e joias removidas. Entregue-os à pessoa
que cuida do paciente, deixando um registro escrito.
A absorção de substâncias por essa via pode produzir sinais e sintomas que serão descritos na
intoxicação pela mucosa digestiva, e ainda:
Ardor na pele
Prurido (coceira);
Choque anafilático
Tratamento pré-hospitalar
3. Previna o choque.
7. Transporte o paciente.
Sinais e sintomas
Debilidade física;
Problemas de visão;
Náuseas e vômitos;
Hemorragias.
Tratamento pré-hospitalar
4. Mantenha o paciente calmo e deitado; localize as marcas picadas e limpe com água e
sabão;
6. Previna o choque.
O tratamento sorológico é o mais adequado para intoxicação provocada por picada de cobra,
quando aplicado de acordo com as seguintes normas:
Observação
Se você for treinado para tal e houver tempo e condições, conduza a serpente que provocou a
lesão para avaliação e identificação.
São causadas por gases e vapores. Por exemplo, os gases produzidos por motores à gasolina
ou outros produtos petrolíferos, fogões, fornos e aquecedores de água a gás, carvão,
grelhadores, solventes, gases industriais e aerossóis (spray).
Importante!
NÃO tente ajudar um paciente se não está absolutamente certo de que a cena é segura.
NÃO ENTRE se suspeitar que a ATMOSFERA está contaminada.
Se as máscaras para poeira e fumaça não funcionarem, pode ser necessária a utilização de
equipamento de respiração autônomo.
Importantes ações a tomar: obter informações do paciente ou testemunhas logo que possível e
procurar sinais de veneno inalado.
Sinais e sintomas
Observação
A absorção de substâncias tóxicas por essa via pode produzir sinais e sintomas de
envenenamento pela mucosa digestiva.
Tratamento pré-hospitalar
8. Transporte o paciente.
Observação
Não faça respiração boca a boca, nem boca a máscara se suspeitar de inalação por cianureto,
gases corrosivos (por exemplo, cloro) ou pesticidas.
Em casos de suspeita de ingestão de tóxicos, você deve obter todas as informações possíveis
ao mesmo tempo, como na realização da avaliação inicial. Verifique se no cenário existem
recipientes, derramamento de líquidos, comprimidos, cápsulas, substâncias tóxicas ou
qualquer elemento que permita identificar as substâncias.
Sinais e sintomas
Sudorese;
Dor abdominal;
Vômitos;
Diarreia;
Convulsões;
Inconsciência.
Tratamento pré-hospitalar
6. Guarde em saco plástico toda substância eliminada através do vômito pelo paciente;
Importante!
Diante dos venenos em geral, o emergencista fica muito limitado e necessita de antídotos
específicos, portanto o transporte deve ser rápido.
1.3.5. Casos especiais
O álcool é uma droga socialmente aceita quando ingerida com moderação, mas, ainda assim, é
uma droga. O abuso de álcool, como de qualquer outra droga, pode conduzir a enfermidades,
envenenar o corpo, determinar um comportamento antissocial e morte. O paciente pode ter
um problema clínico ou um trauma que requerem cuidados, pode estar ferido ou pode ferir
outras pessoas enquanto estiver alcoolizado.
Como emergencista, tente oferecer cuidados ao paciente sob influência de álcool, como você
faria a qualquer outro paciente. Determine se o problema foi causado pelo álcool e se esse
abuso é o único problema. Lembre-se de que diabetes, epilepsia, ferimentos na cabeça, febres
altas e outros problemas clínicos podem fazer o paciente parecer alcoolizado. Se o paciente
permitir, faça a entrevista. Em alguns casos, você terá que depender das pessoas presentes no
local para obter uma informação significativa.
Observação: Não pense que a situação é séria apenas pelas piadas pelo paciente e presentes
no local.
Importante!
Os efeitos do álcool podem mascarar os sinais típicos e sintomas. Esteja alerta para outros
sinais, como sinais vitais alterados devido ao álcool e drogas. Nunca pergunte se o paciente
tomou qualquer droga, pois ele pode pensar que você está reunindo evidências de um crime.
Evite a palavra “droga”. Pergunte se algum medicamento foi ingerido enquanto bebia.
Tratamento pré-hospitalar:
3. Obtenha a história e faça o exame físico para descobrir qualquer emergência clínica ou
outras lesões. Lembre-se de que o álcool pode mascarar a dor.
7. Ajude-o quando estiver vomitando para impedir que ele aspire o vômito.
9. Transporte-o ao hospital-referência.
Confusão e inquietação;
Conduta atípica;
Mãos trêmulas;
Convulsão.
Tratamento pré-hospitalar
Tratamento pré-hospitalar
5. Induza o vômito se a droga foi ministrada por via oral e nos últimos 30 minutos.
7. Previna o choque.
Apesar de não haver regras rígidas para o tratamento bem sucedido do suicida, existem vários
princípios gerais que devem ser conhecidos:
Chegue no local da ocorrência de forma discreta, com sirenes desligadas e sem criar
tumultos;
Converse com o paciente de forma pausada, firme, clara e num tom de voz adequado à
situação;
Observe constantemente o paciente e não o deixe sozinho por nenhum instante até o
término do atendimento;
Escute o paciente e deixe-o saber que você está prestando atenção;
Após ter conquistado sua confiança, inicie o trabalho no sentido de dissuadi-lo, sempre
oferecendo segurança e proteção;
Observações:
O contato com o paciente deve ser efetuado por apenas um integrante da equipe, a fim
de estabelecer uma relação de confiança. Os outros permanecem à distância sem
interferir no diálogo.
Se o paciente der qualquer indicação de que pode machucar os outros, tenha certeza de
sua própria segurança.
Importante!
Algumas pessoas cometem gestos suicidas, em que a intenção não era acabar com a vida, mas
sim chamar a atenção. Mesmo assim, não se deve tratá-las com menosprezo, pois é um
distúrbio de comportamento.
Durante todas as fases de intervenção, devem-se tomar todas as medidas de precaução contra
uma nova tentativa de suicídio. Armas de fogo, medicamentos, além de outros objetos
potencialmente letais, devem ser retirados de perto do paciente. Ele não deve ser deixado
sozinho em qualquer lugar, mesmo por alguns instantes, seja em casa ou na viatura.
São aquelas provocadas por uma ampla variedade de enfermidades, cuja causa não está
relacionada ao trauma, e requer assistência imediata.
Se um(a) paciente sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que há uma
emergência clínica.
Uma frequência de pulso superior a 120 bpm ou menor 60 bpm indica uma possível
emergência clínica em uma vítima adulta.
Uma frequência respiratória maior que 24 vpm ou menor que 08 vpm indica uma possível
emergência clínica em uma vítima adulta.
Convulsão;
Epilepsia
Diabetes;
Abdômen agudo;
2.1. Convulsão
Convulsão
Intoxicações;
Doenças neurológicas;
Traumatismo crânio-encefálico;
Febre;
Epilepsia.
Após a crise, o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais, ficando muito
fatigado e adormecido horas depois.
2.1.2 Manifestações
Podem ocorrer, apenas em crianças menores de 6 anos. É importante notar que pode ser
repetido. Requer sempre atendimento pediátrico.
Depois da crise, o paciente recupera seu estado de consciência lentamente. Pode ficar
confuso por um certo tempo e ter amnésia do episódio.
5. Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique a ele que deve receber
auxílio médico.
2.2. Epilepsia
2.3. Diabetes
O diabetes é uma doença crônica degenerativa que surge como uma disfunção metabólica
originada pelo comprometimento na produção e/ou utilização da insulina, ou seja, o pâncreas
não produz insulina suficiente e a glicose não é utilizada pelas células e se acumula no
sangue, produzindo os sinais e sintomas do diabetes.
São efeitos da deficiência ou excesso de insulina:
Hiperglicemia
Sinais e sintomas
Sede;
Dificuldade respiratória;
Hálito cetônico;
Astenia;
Alteração do nível de consciência (pode levar ao coma não pela elevação no nível de
glicose no sangue, mas pela acidez).
O emergencista deve fazer uma boa entrevista para averiguar se o paciente é diabético, se está
em tratamento, se recebeu insulina ou se alimentou.
Tratamento pré-hospitalar
6. Transporte o paciente.
Hiploglicemia
Sinais e sintomas
Cefaleia e náuseas;
Tratamento pré-hospitalar
4. Se o paciente estiver consciente e apresentar os sintomas, mas você não tem certeza, dê
açúcar, doces ou líquidos açucarados sem álcool. (ou seja, na dúvida, AÇÚCAR PARA
TODOS!).
ABDÔMEN AGUDO
Dor severa e endurecimento da parede abdominal causados por doença grave ou lesões de
alguns dos órgãos contidos na região abdominal ou obstrução intestinal.
Causas:
Apendicite aguda;
Úlceras perfuradas;
Obstrução intestinal;
Dor abdominal;
Posição fetal;
Náuseas e vômitos;
Pulso rápido;
Sinais de choque.
Tratamento pré-hospitalar
5. Trate o choque.
8. Dê apoio emocional.
9. Transporte o paciente.
Aula 3 – Parto
Feto
Ser que está se desenvolvendo e crescendo dentro do útero. Até a 8ª semana de gestação, o
bebê é chamado de embrião e, após esse período, passa a chamar-se feto.
Útero
Órgão muscular dentro do qual se desenvolve o feto. O útero contrai-se durante o trabalho de
parto, empurrando o feto para o canal de parto.
Colo uterino
Extremidade inferior do útero que se dilata, permitindo que o feto entre na vagina. Também
chamado de cérvix.
Vagina
Estrutura tipo bolsa que se forma no interior do útero. É constituído por uma membrana cheia
de líquido que envolve e protege o feto.
Líquido amniótico
Líquido presente dentro do saco amniótico. Sua função é manter a temperatura do feto e
protegê-lo de impactos. Durante o parto, concorre para formar a bolsa das águas e lubrificar o
canal do parto após a ruptura das membranas. Sua cor normal é clara (branco opalescente);
quando está ocorrendo anóxia e sofrimento fetal, esse líquido torna-se esverdeado, pela
presença do mecônio, que é a primeira matéria fecal do bebê.
Placenta
Órgão especial, formado durante a gravidez, constituído por tecidos maternos e fetais,
permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Normalmente é expelida ao final do
trabalho de parto. Tem formato discoidal ou ovular, com 15 a 20 cm de diâmetro, com
aproximadamente 3 cm de espessura e 500 g de peso, na gravidez de termo.
Cordão umbilical
Estrutura constituída por vasos sanguíneos, através da qual o feto se une à placenta. Seu
comprimento é em média de 55cm.
3.2. Parto
É a expulsão do feto viável, através das vias genitais ou por meio cirúrgico.
Primeira fase
Inicia-se com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal de parto
(dilatação completa do colo do útero).
Segunda fase
Vai do momento em que o feto está no canal de parto até seu completo nascimento.
Terceira fase
Vai do nascimento até a completa expulsão da placenta, que tem duração média de 10 a 30
minutos.
Abaulamento da vulva.
Entrevista:
Perguntar se realizou exame pré-natal. Qual o nome de seu médico? Pergunte o que
disse o médico, se há alguma complicação prevista.
Sente pressão na bacia, vontade de defecar ou sente o bebê saindo pela vagina?
O emergencista deve avaliar as contrações quanto ao tempo que elas duram e o tempo
entre uma contração e outra.
Finalmente, o emergencista deverá pedir à mãe para retirar suas roupas e realizar uma
avaliação visual.
Importante!
Se após a entrevista, o emergencista achar que o parto não é iminente, deverá proceder ao
transporte da parturiente ao hospital.
2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranquilizá-la, recordando que o
que está acontecendo é normal. Peça a ela para que, após cada contração, relaxe, pois
isso facilitará o nascimento.
4. Coloque uma almofada debaixo da cabeça da mãe para observar os seus movimentos
respiratórios.
5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI (luvas estéreis, óculos, máscara e avental). Mantenha
todo material necessário à mão.
9. Apoie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo dela com os dedos bem
separados. Apenas sustente a cabeça, ajudando com a outra mão. Não tente puxá-la.
11. Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo gira
para a direita ou esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo, sem forçá-la,
facilitando assim a liberação do ombro e posteriormente de todo o corpo.
12. Apoie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isso se faz para permitir
que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz possam escorrer
para o exterior.
5. Amarre o cordão umbilical, utilize o clampe que se encontra no seu kit de parto. Se não
está com o kit, utilize tiras de pano limpas (não use barbante, fio ou arame). Aguarde o
término do pulsar do cordão umbilical antes de clampeá-lo. O primeiro clampe deve
estar há aproximadamente 25 cm a partir do abdômen do bebê. O segundo, cerca de 5
cm (quatro dedos) do primeiro, em direção ao bebê.
6. Seccione o cordão umbilical com o bisturi ou tesoura do kit obstétrico. Esse corte deve
ser realizado entre as duas amarras. Nunca solte o clampe ou desate o cordão após tê-lo
cortado. Se houver sangramento, coloque outro clampe junto ao anterior.
7. Anote o nome da mãe, o sexo do bebê, a data,
a hora e o lugar do nascimento e fixe essas
informações em local visível, na forma do
exemplo a seguir:
Brasília - DF
5. Não puxe o bebê. Permita que o nascimento prossiga, mantenha a sustentação da cabeça
e do corpo do bebê.
Tratamento pré-hospitalar
4. Envolva o cordão umbilical com gaze ou compressas cirúrgicas estéreis para mantê-lo
aquecido.
5. Monitore e transporte a parturiente para o hospital, informando sobre o caso. Instrua a
parturiente para que respire lenta e profundamente.
Hemorragia excessiva
Se, durante o período gestacional, a parturiente começar a ter um sangramento excessivo pela
vagina, é muito provável que abortará. Quando a hemorragia ocorrer durante o trabalho de
parto ou na etapa final da gravidez, provavelmente está ocorrendo um problema relacionado à
placenta.
Tratamento pré-hospitalar
Tratamento pré-hospitalar
Após a completa apresentação da cabeça do feto, o emergencista deverá passar os seus dedos
ao redor do pescoço do feto para verificar a presença de volta(s) do cordão umbilical. Caso
ocorra, o emergencista deverá pinçar com os dedos o cordão e puxá-lo para cima, no sentido
face-crânio do bebê. Após liberada a volta do cordão, o parto prossegue normalmente.
Apresentação de membros
Tratamento pré-hospitalar
Aborto
A expulsão de um feto antes que ele possa sobreviver por si só, ou seja, no período que vai
desde o início da gravidez até em torno da 20ª semana aproximadamente, é considerado
aborto.
Tratamento pré-hospitalar
Parto múltiplo
Depois que o primeiro bebê nasce, voltam as contrações. O procedimento para o nascimento
do segundo bebê é o mesmo com relação à mãe e o primeiro bebê. Recomenda-se clampear o
cordão umbilical do primeiro bebê antes do nascimento da segunda criança.
Parto prematuro
Os bebês que nascem antes da 37ª semana de gestação ou do 9 mês são considerados
prematuros. Também são considerados prematuros aqueles com menos de 2,5Kg. Os
procedimentos para o parto são idênticos ao de um parto normal. O principal cuidado é
mantê-los aquecidos.
Importante!
Todas as pacientes grávidas atendidas por emergencista devem ser conduzidas para
atendimento médico!