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PRIMEIROS SOCORROS

Profª Marinez
DEFINIÇÃO

São as providências iniciais que devem ser adotadas


em acidentes com vítimas, afim de minimizar o
sofrimento e evitar o agravamento das lesões.

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SOCORRISTA

Deve ser calmo e solidário;


Não precisa ser da área de saúde;
Ter o controle da situação, não agindo por
impulsividade;
Não ser omisso. Porém, limitar-se a fazer o que
sabe;
Não agir sobre risco, à sua própria segurança.
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PRIMEIRAS AÇÕES

Os primeiros cinco
:
minutos são de vital importância para as
vítimas. Não perca tempo:
1. Estacione seu veículo em local seguro, após o local do
acidentes;
2. Ligue o pisca alerta;
3. Sinalize o local com triângulo, galhos de árvores quebrados
etc.
4. Acene para que os demais condutores diminuam a velocidade
ou parem o veículo;
5. Coloque as pessoas em local seguro;
6. Chame o socorro especializado;
7. Retire da pista, após o socorro, a sinalização e outros objetos
que
4 possam representar riscos ao trânsito.
RESOLUÇÃO 36, DE 21 DE MAIO DE 1998

Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as


luzes de advertência (pisca alerta) providenciando a
colocação do triângulo de sinalização ou
equipamento similar à distância mínima de 30
metros da parte traseira do veículo.
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de
emergência deverá ser instalado perpendicularmente
ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

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DISTÂNCIA DO ACIDENTE PARA INÍCIO DA
SINALIZAÇÃO

TIPO DE VIA VELOCIDADE Distância para Distância para


MÁXIMA início da sinalização início da sinalização
(pista seca) (chuva, neblina,
fumaça, à noite)
COLETORA 40 KM/H 40 PASSOS 80 PASSOS

ARTERIAL 60 KM/H 60 PASSOS 120 PASSOS

TRÂNSITO 80 KM/H 80 PASSOS 160 PASSOS


RÁPIDO

RODOVIA 100 KM/H 100PASSOS 200 PASSOS

Fonte: ABRAMET, 2005


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RISCOS MAIS COMUNS EM ACIDENTES
DE TRÂNSITO

Novas colisões;
Atropelamentos;
Incêndio;
Explosão;
Descargas elétricas.
Deslizamentos sobre barrancos, pontes ou
viadutos;
Vazamentos de produtos perigosos;
Doenças infecto-contagiosas.
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INCÊNDIOS E EXPLOSÕES

Ainda que não seja obrigatório o uso de extintor de


incêndio nos veículos de passeio, é importante
mantê-lo no veículo. Classe ABC.
A - materiais sólidos;
B – líquidos inflamáveis;
C – materiais elétricos.
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PROCEDIMENTO DE SOCORRO

Desligue a chave de ignição do motor se possível;


Desconecte os cabos da bateria procurando isolá-los, caso
saiba;
Pegue os extintores (seu e de outros veículos) e fique
preparado para utilizá-los;
Não abra totalmente o capô se o fogo estiver no
compartimento do motor;
Jogue terra ou areia sobre o combustível derramado.
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COMO USAR O EXTINTOR DE INCÊNDIO

Mantenha o extintor na posição vertical;


Rompa o lacre, destrave a válvula e, em seguida,
posicione-se a favor do vento;
Posicione o bico da válvula através de uma pequena
abertura do capô, se o incêndio começar no motor;
Levante com cuidado o capô, direcione o jato para a
chama e descarregue o extintor até o fim, fazendo
movimentos para direita e esquerda.
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CHAMANDO O RESGATE- TELEFONES ÚTEIS:

 190 (PM) Polícia Militar – quando em


vias urbanas e rodovias estaduais;
 191 (PRF) Polícia Rodoviária Federal –
Quando em Rodovias Federais;
 192 (SAMU) Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência
 193 (CBM) Corpo de Bombeiros –
quando em cidades com estes serviços;
 0800 285 7000 – disque – ferrovias – em
caso de acidentes em áreas de linhas
férreas na região DF e Entorno.
 Estradas com pedágio – número de
emergência da concessionária da via
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CHAMANDO O RESGATE
Esteja pronto para passar as
informações úteis, como:

Localização exata do acidente;


 Quantos veículos envolvidos;
 Números aproximado de vítimas e lesões aparentes;
 Tipo de acidente (carro, moto, atropelamento...);
 Se há vítimas presas às ferragens;
 Se há vazamento de combustíveis ou produtos perigosos.
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VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA
VÍTIMA

Não toque na vítima a não ser que a vida dela esteja


correndo riscos. O contato do socorrista com o
acidentado só deve acontecer se ele estiver
preparado para agir, caso contrário, em vez de
ajudar, pode provocar consequências desastrosas. A
finalidade do socorrista é manter a vítima viva.

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O QUE NÃO DEVE FAZER COM A VÍTIMA

Movimentar a vítima;
Retirar o capacete do
motociclista ou ciclista;
Aplicar torniquete para
estancar hemorragia;
Dar líquido e alimentos.
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OMISSÃO DE SOCORRO
Caracteriza crime - Art. 135 do Código Penal
Art. 304 CTB – pena pode variar de 6
meses a 1 ano;
Art. 176, incisos I, II, III, IV e V - Infração
Gravíssima (5x - 293,47) + suspensão do
direito de dirigir – quando a pessoa
envolvida em acidente deixar de prestar
socorro.

Art. 177 CTB - Infração Grave (5


pontos) e multa – quando solicitado
pela a autoridade a pessoa se
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recusar a prestar socorro;
PRIORIDADE NA PRESTAÇÃO DE SOCORRO

1. Vítimas inconscientes - avalie o estado


de consciência da vítima;

2. Vítimas com parada respiratória –


avalie se a vítima respira;

3. Vítimas com parada cardíaca – verifique a


pulsação da vítima (melhor artéria é a carótida no
pescoço);

4. Vítima com hemorragia - identifique


17 sangramentos abundantes.
SINAIS VITAIS
São parâmetros que servem para avaliar o quadro clinico
da vítima.
Respiração - 0 normal para um adulto está entre 16 a 20
movimentos respiratórios por minuto (MRPM).

Pulsação - o normal para um adulto está entre


60 e 80 pulsações por minuto ( BPM)

Carótida
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PARADA RESPIRATÓRIA

A parada respiratória em acidentes de trânsito,


normalmente, ocorre por dois motivos:

Contração muscular – ocorre em razão da pancada


sofrida no diafragma;

Obstrução das vias aéreas – boca, nariz e garganta.

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PUPILA
Conhecida como “menina dos olhos” é um ponto escuro no
centro do olho.

Quando exposta a
Contraídas MIOSE luz

Ao escuro ficam
Dilatadas MIDRÍASE
dilatadas

20 Obs.: numa parada cardíaca as pupilas ficam dilatadas.


PARADA CARDÍACA
A parada cardíaca é a ausência de pulsação do coração.

SINTOMAS

Ausência de respiração;
Inconsciência;
Ausência de pulsação;
Cianose (mucosas, lábios e unhas arroxeadas);
Midríase (pupilas dilatadas)

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PROCEDIMENTOS

Procedimentos Adulto Criança Lactante


acima de 1 ano Zero a 1 ano
Posição da mão Duas mãos na Uma das mãos Dois dedos na
parte central do na parte central parte central do
tórax sobre o do tórax sobre o tórax sobre o
osso esterno osso esterno osso esterno
Comprimir 5 cm 5 cm 4 cm
Ritmo das No mínimo 100 No mínimo 100 No mínimo 100
compressões compressões compressões compressões
por minuto por minuto por minuto
Fonte: Associação Americana do Coração, Protocolo de 2010.

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Compressão torácica – passo a passo

1º passo – coloque a vítima deitada de


barriga para cima numa superfície rígida e
plana; fique de joelhos ao lado dela.

2º passo – coloque suas mãos sobrepostas na


parte central do tórax do acidentado, sobre o
osso esterno, na linha dos mamilos ( adultos,
crianças e bebês). Os dedos não devem tocar
a vítima.

3º passo – com os braços estendidos, pressione o osso


esterno, comprimindo cerca de 5 cm quando adulto, e
4 cm, se lactentes.
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HEMORRAGIA
É a perda de sangue do organismo para o meio externo ou
interno devido ao rompimento de um ou mais vasos
sanguíneos.

Capilar - é rompimento de capilares sanguíneos, o exemplo


mais comum desse tipo de hemorragia é a escoriação.

A hemorragia venosa é ocasionada pelo


Venosa - rompimento de uma veia, apresenta-se em filete e
com a presença de sangue vermelho escuro.

A hemorragia arterial é ocasionada pelo


Arterial rompimento de uma artéria, apresenta-se em jatos e
com sangue de cor vermelho vivo.

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TIPOS DE HEMORRAGIAS
 Externa
 Interna
A hemorragia externa o sangramento é visível logo após um
traumatismo.
Fraqueza;
Sangramento aparente;
Agitação;
Palidez;
Sintomas Pulso rápido e fraco;
Pele fria;
Estado de choque;
Suores abundantes e sede;
Sensação de frio com tremores.
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PROCEDIMENTOS DE SOCORRO

Comprimir o local com pano, lenço, toalha, gases ou mão. Não


utilizar técnicas domésticas: café, açúcar, cinza e outros...

Elevação do membro – ao colocar o membro ferido acima do


nível do coração, diminui-se a pressão nos vasos sanguíneos.

Compressão dos pontos arteriais – consiste em comprimir as


principais artérias, femoral e braquial, num ponto acima do local
atingido. A técnica é indicada quando os procedimentos
anteriores forem realizados e, mesmo assim, o sangramento
continuar.

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HEMORRAGIA INTERNA

A hemorragia interna não se exterioriza, e o sangue fica


numa cavidade do organismo.
Dor abdominal;
Rigidez ou flacidez dos músculos
abdominais;
Tosse ou vômito com sangue;
Sangue na urina
Sintomas Fraqueza;
Sangramento aparente;
Agitação;
Palidez;
Pulso rápido e fraco;
Pele fria;
Suores abundantes e sede;
28 Sensação de frio com tremores.
PROCEDIMENTOS DE SOCORRO

Deitar a vítima com a cabeça mais baixa que o restante do


corpo. Exceto quando há suspeita de traumatismo craniano
e fraturas nos membros inferiores.

Afrouxe a roupa da vítima;


Aplique compressas frias se possível no local da
hemorragia;
Vire a cabeça da vítima para o lado, caso ela vomite;
Mantenha as vias respiratórias desobstruídas;
Verifique a respiração e a pulsação a cada minuto;
Não permita que a vítima se mova, coma, beba ou fume;
Mantenha a vítima aquecida.
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ESTADO DE CHOQUE

Estado de choque é o colapso do sistema cardiovascular, que por


diversas razões, faz com que o fluxo de sangue oxigenado não cheque
de forma satisfatória a determinadas partes do corpo.

TIPOS DE CHOQUES

Hemorrágico: perda de sangue interna ou externa;


Cardiogênico: funcionamento inadequado do coração;
Anafilático: reação alérgica;
Neurogênico: relacionado ao sistema nervoso;
Séptico: decorrente de infecções.

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SINTOMAS DO ESTADO CHOQUE

Agitação e ansiedade;
Palidez, com cianose nos lábios;
Pulsação acelerada (superior a 100 bpm);
Suor;
Pele fria e pegajosa;
Fraqueza e vertigem;
Náuseas, com possibilidade de vômito;
Sede intensa.
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PROCEDIMENTOS DO ESTADO CHOQUE

Deite a vítima e mantenha as pernas elevadas para aumentar


o retorno venoso para o coração e auxiliar no combate ao
choque;
Afrouxe as roupas;
Coloque cobertas sobre a vítima para impedir a perda de
calor;
Verifique a pulsação e a respiração;
Apenas umedeça, com água, os lábios da vítima, se ela estiver
com sede.

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TEMPERATURA CORPORAL

Febre – temperatura corporal acima de 37º

Procedimentos:
Desagasalhe a vítima;
Se possível dê banho de imersão na temperatura
corporal;
Faça compressas frias na testa, axilas e pescoço.

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TEMPERATURA CORPORAL

Hipotermia – temperatura abaixo de 36º.

Procedimentos:
Agasalhe a vítima; mantenha-la
aquecida.

Obs.:Em nenhuma hipótese ofereça medicamentos ou


bebida alcoólica.

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FRATURAS
A ocorrência mais comum nos traumatismos é a ruptura dos
ossos, chamada de fratura. Há dois tipos de fraturas:

Fratura fechada: quando o osso quebrado não


aparece na superfície.

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FRATURA ABERTA

O osso aparece na superfície corporal pelo


rompimento da carne e da pele.

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SINTOMAS
Dor intensa;
Deformações (angulações e encurtamentos);
Inchações e hematomas;
Dificuldade ou incapacidade de movimento;
Sinais de estado de choque em alguns casos.

Procedimentos: imobilizar o membro com talas ou apoio


adequado, como uma tábua, papelão, travesseiro, revista ou
mantas dobradas.

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FRATURA NO CRÂNIO

A fratura no crânio é sempre grave e necessita de cuidados


imediatos.

Sintomas
Ferimento na cabeça ou deformidade do
crânio;
Sangramento pela boca, nariz e ouvido;
Pupilas apresentam diâmetros desiguais;
Dores de cabeça;
Tontura.
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PROCEDIMENTOS

Deite a vítima de costa;


Imobilize a cabeça do acidentado;
Faça um curativo no ferimento sem pressioná-lo;
Monitore os sinais vitais: consciência, respiração e
pulsação.

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LESÕES NA COLUNA

Para diagnosticar este tipo de lesão, provoque estímulos


físicos, testando sua capacidade de mobilidade e
sensibilidade.

Caso a suspeita se confirme, imobilize a região do pescoço


utilizando um colar cervical, mesmo que improvisado.

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LESÕES NA COLUNA

Se necessário transportá-la utilize uma maca ou


qualquer outro material que permita a imobilização
total da vítima.

Tenha muito cuidado, pois uma lesão na


coluna pode deixar a vítima
permanentemente paraplégica.
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QUEIMADURAS PODEM SER

1º GRAU – atinge somente a epiderme. A pele fica


vermelha e dolorida, é dolorosa, não se forma bolhas e
apresenta inchaço e sensibilidade.

2º GRAU - acomete a epiderme, formam-se bolhas e a


dor é intensa e apresenta secreção.

3º GRAU – atinge todas as camadas da pele e hipoderme.


É considerada grave pois pode provocar lesões que vão
desde músculos até ossos, apresenta descoloração,
apresenta superfície seca e endurecida, é sensível ao
42 toque, expõe tecidos gordurosos.
PROCEDIMENTOS – QUEIMADURAS TÉRMICAS

Remova a fonte de calor abafando com pano, se houver chama, ou


jogando água;
Resfrie imediatamente a área queimada com água fria por alguns
minutos, para bloqueia a onda de calor;
Retire, se possível, objetos que possam irradiar calor, como anéis,
colares, brincos, cintos, objetos de metal ou de couro;
Proteja a área queimada com gaze, lenço ou pano limpo e
umedecido.

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PROCEDIMENTOS – QUEIMADURAS QUÍMICAS

Retire as roupas que tiverem contato com o produto, inclusive,


sapatos e meias;
Lave o local com água corrente, mais ou menos 15 minutos;
Coloque compressas úmidas e frias;
Procure assistência médica.

O QUE NÃO FAZER?

Não force a retirada da roupa grudada na pele;


Nunca use pasta de dente, manteiga, margarina, óleos de qualquer
espécie;
Não fure as bolhas;
Evite que dedos queimados se colem. Proteja-os e os separe com
curativos estéreis.
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QUEIMADURAS

NOS OLHOS

1.Lave com água corrente;


2.Cubra os dois olhos da vítima;

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PRODUTOS ELÉTRICOS

Não coloque a mão na vítima;


Desligue a corrente elétrica ou a remova com
material não condutor de energia (Ex:
plástico);
Pode provocar parada cardiorrespiratória;
Trate as queimaduras como nos demais
casos.

Obs.: Em caso de colisões que resultem em contato com


fios elétricos, isole o local e não retire as pessoas de dentro
do veículo. Não tente remover o cabo de eletricidade,
deixe isso para pessoal especializado.

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PRIMEIROS SOCORROS

REGRAS “SAGRADAS”
1. Boca a boca – não puxe o ar, apenas sopre;
2. Não ofereça ou aplique medicamentos;
3. Não dar líquido para a vítima beber (mesmo que ela peça);
4. Proteja-se – evite contato com sangue ou secreções;
5. Não utilize as técnicas de garroteamento ou torniquete;
6. Não mexa num membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo;
7. Evite remover a vítima. Se for inevitável, movimente o mínimo possível com
ela;
8. Não retirar ou movimentar os veículos envolvidos, sob a hipótese de prejudicar
o trabalho da perícia.
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