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Segue a segunda parte da história. Um abraço Anderson Ricardo Orsi, menestrelsombrio@aol.com


ou ilovebluemary@aol.com.
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Capítulo 6 - Herança

Neste lugar, não existem choros ou lamentos, como as outras regiões do inferno, não há no que se
pensar, ou repensar sobre a antiga vida, aqui se ouve apenas o som do aço entrechocando e gritos, de dor
como nos outros lugares, mas aqui as dores são causadas pelos próprios sofredores, milhares de homens lutam
dia e noite, durante toda a eternidade contra homens que como eles praticaram o pecado capital da ira, muitos
demônios vem a este local para de divertirem, gostam de ver homens e mulheres que, mesmo com o corpo
todo retalhado, continuam lutando, esses demônios costumam jogar a eles armas velhas a eles apenas para
aumentar sua diversão.
A algum tempo se juntou a esse grupo de condenados a alma de um homem que esperava ser
recebido no inferno com todas as honras, mas nada ocorreu como ele pensava. Yan Gregor se encontra no
quinto circulo do inferno, lutando contra tantos outros que como ele mereceu estar neste lugar, Gregor mesmo
sendo um nobre, se mantém intacto até o momento, e derrotou muitos inimigos neste lugar, se tornou
respeitado, e é desafiado muito raramente, isso faria muitos pensarem que o castigo de Gregor é mais leve que
para os demais, porem pensar dessa forma é um erro, Gregor tem de se manter atento, em vigília, mau pode
piscar o olho essa paranóia constante é muito pior do que qualquer lance de espada.
Como todos os dias hoje Gregor esta encostado em uma parede, para proteger-se de um possível
golpe pelas costas, com sua arma em punho, atento a cada movimento, a massa incessante de demônios
continua a lutar, até que ela se abre para dar passagem a alguém, e esse fenomeno só ocorre quando este
alguém é um demônio realmente poderoso, logo surge a figura de um homem, muito velho e baixo, sua pele é
cinza e veste um pesado manto marrom, ao se aproximar, Gregor nota a longa barba mau cuidada, duas
orelhas pontudas e uns poucos fios de cabelo em uma cabeça enrugada, muitos ainda lutam perto da
misteriosa figura, mas nenhum é estúpido o bastante para ataca-lo. O demônio se aproxima de Gregor e se
apresenta como sendo Oyza.
Gregor: E oque o senhor quer de mim?
Oyza: Meu mestre mandou vir busca-lo.
Gregor: E quem é o seu mestre?
Oyza: Tyron.
Gregor sorri maléficamente e acompanha Oyza no mais completo silêncio. Alguns dias depois os
dois chegam até uma pequena caverna, no mesmo circulo do inferno, seu interior é iluminado por chamas e
algumas lanternas estranhas para Gregor, atravessando um pequeno túnel eles chegam a uma câmara muito
grande e alta, as paredes irregulares são decoradas com os tipos mais exóticos de armas, muitas Gregor jamais
sonhara conhecer, nesta câmara, Tyron está sentado em um trono feito de ferro, mas muito bem trabalhado,
Oyza se aproxima e se curva perante seu mestre e diz satisfeito que sua missão foi cumprida, e assim se retira,
entrando em um dos túneis, Gregor se aproxima, e Tyron faz um gesto para que se sente, Gregor obedece:
Tyron: Enfim.
Gregor: Sim, mas acho que nosso acordo não foi respeitado.
Tyron: Foi, você não esta aqui, no inferno.
Gregor: Pensei que me tornaria um demônio.
Tyron: Tudo ao seu tempo.
Gregor: Não, já esperei tempo demais, disse-me que me tornaria seu herdeiro, porque fui parar
naquele maldito lugar?
Tyron: Vocês humanos, o inferno não é como a terra, amigo, aqui nós treinamos combate todos os
dias, legiões treinam por mais de mil anos para se tornarem as melhores, aqui não existe diplomacia, aqui
temos oque queremos apenas de duas formas, ou pela força ou fazendo jogos de intrigas.
Gregor: Você sabe que eu penso da mesma maneira, mas isso não justifica.
Tyron: Sua passagem pelo campo da fúria foi nessessária, ganhou o respeito que merece, e se tornou
habil com a espada.
Gregor: Então, qual o próximo passo?
Tyron: Venha precisa ver algo.
Tyron leva Gregor para dentro de um dos túneis, a passagem se torna cada vez mais estreita, até que
eles chegam em mais uma câmara:
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Tyron: Aqui estão meus tesouros.


Gregor: (vendo inúmeras peças de batalhas, de arte e uma bizarras esculturas) Estou certo de que são
valiosas.
Tyron: E são, quero lhe presentear com cinco delas, primeiro o simbionte (um ovo grande negro que
parece pulsar).
Gregor: Obrigado, mas oque essa coisa faz.
Tyron: Quando este ovo é quebrado em um doloroso ritual, ele se apropria da pele de seu dono e
passa a lhe oferecer proteção, é um item muito raro feito através de espectros inferiores, mas leva-se muito
tempo para ser controlado com perfeição, o segundo item é este conjunto de bolas de ferro e essa corrente,
juntos ao simbionte poderão se tornar uma arma muito agradável de ser utilizada (Gregor tenta levantar uma
delas, mas ela mau se move), vejo que percebeu o quanto são pesadas, aliadas ao simbionte, pesaram um
pouco mais que uma pluma para você, o outro presente é este documento, com ele você poderá escolher sete
condenados e leva-los com você para a terra.
Gregor: Na terra eu possuía uma guarda composta por dezesseis homens, e agora você só me oferece
sete condenados.
Tyron: Esses sete condenados, passaram por um treinamento especial e serão mais poderoso que seus
dezesseis guardas.
Gregor: Meus homens também estão no inferno?
Tyron: Na verdade não, a alma de sete deles foram salvas pelo passado benevolente deles, outros sete
estão aqui.
Gregor: Eu os quero.
Tyron: Pedirei para Oyza os reunir mais tarde.
Gregor: Espere, onde estão os outros dois?
Tyron: Estão vivos, Gregor eles conseguiram se libertar do pacto e traíram você amigo.
Gregor: Mas como?
Tyron: Não percamos tempo com bobagens, quando você retornar eles irão pagar estou certo disso, o
quarto presente é esse frasco, nele possui um liquido capaz de transformar os mortos em soldados.
Gregor: Interessante, como isso ocorre?
Tyron: Não é simples, mas resumindo ao abrir o frasco e despejar em uma vala com os cadáveres,
eles voltam a vida, e se tornam soldados, mas por não possuírem mais as funções cerebrais eles são incapazes
de pensar, apenas seguirão ordens, se tornam soldados fracos, mas se na vala houver um grande número de
corpos isso poderá ajuda-lo.
Gregor: E sei exatamente onde conseguir esses cadáveres.
Tyron: E o último presente é algo mais poderoso, é este crânio feito de esmeralda, foi dele que tirei o
liquido para o frasco, ele é capaz de transformar até os vivos em mortos-vivos e quando o ritual for realizado
todos em um circulo social serão transformados.
Gregor: Circulo social, Sotola.
Tyron: Pensei a mesma coisa, mas o ritual envolve a retirada de quatro fragmentos do crânio, e se
devolvidos ao local de origem, tudo voltará ao normal.
Gregor: Então após realizar o ritual, eu os quebrarei.
Tyron: Não, os fragmentos devem permanecer no circulo social, ou o ritual não irá funcionar.
Gregor: Entendo.
Tyron: Reconheço que é tudo novidade para você e que isto está te deixando um pouco confuso, mas
vou lhe enviar um pequeno demônio chamado Vour para te auxiliar.
Gregor: Não será necessário.
Tyron: A sim será, ele também será meus olhos e eu saberei se você fizer alguma tolice.
Gregor: (com um olhar rancoroso) Faça como quiser.
Tyron caminha até outra câmara e pede a Oyza levar com ele o ovo com o simbionte, Gregor lhe
acompanha, lá Tyron pede a Gregor para quebrar o simbionte assim que eles saírem, Oyza sai e Tyron se
retira olhando para Gregor, após isso ele bloqueia a entrada com uma pesada rocha:
Tyron: Oyza pode se retirar, reuna os homens desta lista e traga-os aqui.
Oyza: Sim mestre (se retirando).
Tyron: Oyza, peça a Vour para vir ao meu encontro.
Oyza: Sim mestre (se curva e se retira).
Na câmara Gregor fica a sós com o ovo, ele hesita por um instante mas logo desfere um soco contra
o ovo, sua mão fica negra com um estranho e pegajoso liquido escorrendo por entre os seus dedos, ele olha
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para dentro do buraco no ovo e o liquido de dentro salta cobrindo todo seu corpo, o liquido queima o corpo de
Gregor, que não consegue nem gritar uma vez que sua cabeça também está tomada, Gregor se encontra em
desespero, o liquido parece penetrar em todo o seu corpo, e Gregor cai desacordado.
Dez dias depois Tyron retira a rocha que lacrava a entrada para a câmara, e encontra Gregor com o
corpo todo coberto com uma couraça negra, seus olhos se tornaram verdes, tanto o globo quanto a pupila,
Tyron joga até ele as bolas com as correntes e elas se engancham na couraça, ao todo são dez bolas:
Tyron: E então Gregor como se sente.
Gregor: Muito melhor (apenas com a força do pensamento Gregor faz com que uma das bolas voe
em direção a Tyron que apenas a segura).
Tyron: Vejo que se adaptou bem ao traje mas não o bastante amigo (Jogando a bola no peito de
Gregor com tamanha violência que derruba o novo demônio). Agora deixamos de brincadeira, vamos.
Gregor mesmo com dificuldade acompanha Tyron para outra câmara, lá se encontra os sete guardas
de Gregor, agora transformados em demônios, com seus corpos nus, com a pele agora vermelha, com uma
pequena cauda e um par de chifre:
Tyron: Aqui está sua guarda.
Gregor: Lhe sou muito grato, agora podemos voltar.
Tyron: Para que a pressa amigo, eles irão treinar durante um ano no campo da fúria, somente então
estarão aptos, não se preocupe em voltar logo.
Gregor: Quero testar meus novos poderem em Ewan Calrissian e em Dirk Bogard.
Tyron: Acredite quero me vingar deles também, mas sejamos pacientes.
Gregor: Como os conhece?
Tyron: Precisei voltar a terra e me utilizei do corpo de Owen, para poder recuperar minhas forças,
mas quando eu estava apenas no inicio do processo Owen foi exorcizado e eu jogado em uma igreja, não
estando nem com um sexto de meus poderes na ocasião mas podia derrota-los se não fosse a cruz de ferro.
Gregor: Oque é isso?
Tyron: É um poderoso item, que deixa um demônio menor paralisado durante alguns instantes, o
bastante para que o tal de Marco me decapitasse.
Gregor: Mas o senhor não é um demônio menor.
Tyron: Na ocasião eu era, estava fraco, perdi minhas forças tentando ficar no corpo de Owen durante
o exorcismo e ainda mais, estava dentro de uma igreja, então a cruz de ferro pode fazer efeito.
Gregor: Devo me preocupar com ela?
Tyron: Se partir agora sim, fique mais três anos.
Grego: Três anos, porque?
Tyron: Enviei Vour para espiona-los e descobri que Dirk viajou para um mosteiro celta, em seu
antigo país, Holbein também se ausentou por três anos para treinar no deserto para se tornar um cavaleiro de
Salomão, Ewan, Anna, Kate e Marco ficaram em Akte.
Gregor: Então fica mais fácil mata-los.
Tyron: Errado, No templo Holbein estará a salvo pois estará bem protegido e ainda em local sagrado,
o mesmo se aplica a Dirk no mosteiro, os outros são fracos, e não estão fazendo nada de especial para
aprenderem a lutar ou aprimorar oque já sabem, os humanos acreditam que existe paz.
Gregor: Entendo, e Owen?
Tyron: O ritual de exorcismo conseguiu me expurgar de seu corpo, mas em meu esforço de
permanecer nele acabei por perder parte de minha alma, e parte da alma dele morreu no processo, ele está
desacordado a mais de cinco meses.
Gregor: Então ele irá morrer.
Tyron: Não estou certo, se ele sobreviver ele terá poderes muito além dos seus, mesmo que você
treine durante anos, se ele não estivesse em um templo de Salomão eu já teria mandado meus soldados mata-
lo, mas o mais provável é que ele não sobreviva mesmo, e se sobreviver, não terá orientação para aprender
seus poderes, não representa risco.
Gregor: Então elimina-los será muito divertido.
Tyron: Sim, será fácil, mas você deve Ter cuidado com Anna.
Gregor: Sim, foi ela quem me matou, ela é um demônio como nós.
Tyron: Não como nós (gargalha), ela é uma succubi, uma casta que não é ligada a combates, mas ela
é neta de uma poderosa succubus, se a matar a avó dela irá te destruir.
Gregor: Então a deixo viva, matando Ewan ela voltará para cá.
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Tyron: Não ela irá tentar vinga-lo, de um jeito ou de outro ela irá morrer, mas não se preocupe eu me
encarregarei de sua avó aqui no inferno, assim que você matar Anna.
Gregor: Obrigado.
Tyron: O importante é que você tome o controle de todo o conglomerado Falis, derrotando eles você
terá o controle sobre seu feudo e os feudos Calrissian depois eu enviarei mais informações através de Vour.
Gregor: E porque o senhor quer o conglomerado?
Tyron: Para quando eu conseguir retornar possuir um grande centro, e expandi-lo.
Gregor: E minha parte?
Tyron: Terá um terço de tudo.
Gregor: Parece-me justo.
Tyron: E o é, agora durma, amanhã Oyza irá levar você e seus soldados para o campo da fúria e
treinaram lá com seus novos poderes durante um ano, e então Oyza os trará devolta, Vour está sempre por
perto, agora vou me retirar, tenho afazeres importantes e não nos veremos amanhã, portanto, até a volta.
Oyza, Gregor e os sete demônios escolhido por ele que viriam a se chamar de Hell guarda vermelha,
pois a cor das antigas capas agora se aplicam ao resto do corpo, se dirigem para o campo da fúria, Gregor
resolve quebrar o silêncio:
Gregor: Oyza, como Tyron se tornou tão poderoso, ele é um dos comandantes do inferno?
Oyza: Ainda não, o inferno possuí três comandantes principais Satã, Lúcifer e Ballzzebu e alguns
outros de menor poder como Hades, Lilith, Malebogia, Tiamat o poder de Tyron nem se compara com o
desses demônios, Tyron ainda esta se iniciando, quando jovem derrotou sua própria tropa de 150 soldados,
ganhou muito respeito, mas perdeu guerreiros importantes por isso.
Gregor: E de onde ele tira seu poder?
Oyza: De pactos, para se tornar oque é Tyron fez pactos com muitas entidades, e muitos serviços
para demônios maiores, só assim um demônio tão jovem consegue possuir o status que Tyron possuí,
enquanto ele esteve na terra com você, eu reuni para ele um exercito ainda maior, através da fama dele eu
pude reunir mais de 300 demônios e hoje ele foi reuni-los e apresenta-los para seu superior.
Gregor: Sua dedicação é espantosa, com criados assim eu não teria metade dos problemas que tive na
terra.
Oyza: Muito obrigado pelo elogio.
Essas foram as únicas palavras trocadas durante todo o percurso devolta aos campos da fúria. Ao
chegar Gregor e seus sete soldados partiram com toda vontade para o centro da massa pulsante de almas
desesperadas lutando por nada. O tempo passa muito rápido quando se está lutando, o sangue jorra sem parar
e se impregna no solo, misturando-se com a terra e fazendo com que o solo firme se torne lama, regada
diariamente com dor, ódio e sofrimento, nas paredes é possível se ver corpos presos atravessados por armas,
ou literalmente grudados pela força do ódio de algum condenado, pedaços de corpos também são encontrados,
tanto nas parede quanto no solo, e este é o único alimento que esses condenados possuem. Após retalhar as
almas (que renasceria no dia seguinte) de centenas de condenados durante um ano, Gregor e seus soldados
retornam junto com Vour (um demônio de pouco mais de trinta centímetros, coberto por escamas verdes,
possui orelhas pontiagudas, narinas pequenas semelhante as de um lagarto, pequenas assas de morcego,
enormes olhos redondos amarelos, e tão magro que parece que jamais havia se alimentado, apesar de sua
aparência o pequeno demônio demonstrava sinais de inteligência), a viagem transcorreu sem problemas e eles
chegam na caverna de Tyron, que parecia os aguardar:
Tyron: E então Gregor, como está?
Gregor: Muito bem.
Tyron: É assim que um verdadeiro demônio se sente após um ano de treinamento, e seus soldados,
obtiveram um rendimento satisfatório?
Gregor: Sim.
Tyron: Peça para três deles acompanharem Vour.
Gregor: Sim, mas para que?
Tyron: Eles receberam um dom especial, ganharam asas e receberam um treinamento adequado a
isso no segundo circulo.
Gregor: E oque há no segundo circulo?
Tyron: Furacões, montanhas pontiagudas que rasgam a carne com folhas de papiro.
Gregor: (ordena a três de seus soldados para irem com Vour e é prontamente atendido por eles, que
já se retiram) e os outros?
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Tyron: Dois acompanharam Oyza, para o oitavo circulo onde treinaram com armas de combate a
distancia.
Gregor: E os outros dois que restaram?
Tyron: Estes juntamente com você serão treinado pessoalmente por mim. Hoje vocês descansaram, e
comerão tudo o que quiserem, e apartir de amanhã nos trancaremos na última câmara desta caverna e
sairemos apenas depois de um ano, para nos alimentarmos novamente, e reunir todos os seus sete soldados e
voltaremos a treinar por mais um ano.
Gregor: Vejo que será um treinamento muito pesado (em tom irônico).
Tyron: Não caçoe de mim, quando voltar não pense que seus únicos inimigos serão seus amiguinhos,
magos poderosos irão querer lhe destruir e o treinamento se fará necessário.
Gregor: Entendo.
Tyron: Ainda há muito oque ensinar, mas serei paciente, agora vamos comer.
Na manhã seguinte Tyron, Gregor e seus dois soldados entraram em uma enorme câmara no interior
da caverna, esta câmara é tão alta quanto a câmara principal, e em suas paredes há as mesmas lanternas e
armas ainda estranhas para Gregor, no solo há desenhado um complexo pentagrama, algumas formas podiam
ser reconhecidas, tais como um crânio, o sol e a lua, alguns símbolos e escritas eram indecifráveis, Gregor e
seus soldados posicionaram-se no centro do pentagrama, enquanto Tyron movia uma pesada rocha para lacrar
a entrada, todo o aposento começou a esquentar e Tyron, sorriu:
Tyron: Vamos Gregor, você e seus homens possuem um ano para tentarem me derrotar.
Gregor fez um sinal com a mão como se apontasse para Tyron e seus soldados caminharam na
direção do poderoso demônio, e logo passaram a correr, mas mudaram de direção e cada um pegou uma arma
diferente, uma era uma espada longa, e um era uma mistura de lança com machado, os dois partiram agora
para lutar contra Tyron, e tentavam acerto-lo de todas as maneiras, utilizando inclusive seus rabos e chifres,
mas Tyron era muito mais ágil, e estava acostumado a aquele calor infernal, e com os braços cruzados
esquivava com facilidade de todos os golpes que lhe eram desferidos, mas isso durou pouco pois Tyron com
dois chutes rápidos fez com que os soldados caíssem desacordados, Gregor, lançou com extrema velocidade
duas bolas de ferro contra Tyron que desviou, em seguida ainda a distancia Gregor lançou outras sete, Tyron
se esquivou, mas a décima bola o surpreendeu e acertou o seu pé fazendo-o perder o equilibrio, Gregor
gargalhou perante o erro do demônio, Tyron se levantou e fez com que vários espinhos saltassem para fora de
sua pele, e garras afiadas e compridas tomassem o lugar das unhas, antes que Gregor pensasse em mover uma
bola sequer, Tyron já se encontrava perto demais, e o agarrou pelo pescoço, e o golpeou contra uma das
paredes, ainda segurando Gregor, Tyron estocava suas garras, no estômago e no peito de seu herdeiro, o
sangue negro de Gregor escorria pelo resto de seu corpo, Tyron o soltou, e ele caiu de bruços no chão, Tyron
então enrolou sua língua no pescoço de Gregor e o arremessou contra a parede do lado oposto da câmara,
Gregor caiu sentado, e com a cabeça baixa, Tyron caminhou até ele, e levantou sua cabeça, Gregor estava
com a visão embaçada e mau enxergava o outro demônio:
Tyron: Não se preocupe, você não pode morrer aqui, mas nunca caçoe de mim novamente.
Gregor acorda recuperado depois de algum tempo, a tempo de ver seus soldados sento massacrados
por Tyron, um deles ainda tenta se levantar mas o esforço é inútil, pois Tyron coloca sobre ele seu pé o força
para o solo, e só para quando o demônio fica desacordado, Tyron olha para Gregor:
Tyron: Enfim. Levante-se daí, sua vinda ao inferno começa agora.
Mais um ano se passou e as palavras de Tyron se fizeram valer, Gregor e seus soldados sofreram
muito, e durante mais de oito meses eles passaram mais tempo desacordados do que realmente treinando,
Tyron não teve piedade, e lutava com todas as forças contra os novos demônios, como se estes fossem
inimigos a altura. Passado esse ano os sete soldados de Gregor voltaram a se encontrar, os três que haviam
treinado no segundo circulo, possuíam agora asas negras e sua pele se tornou muito resistente devido as
tormentas e aos rochedos de pontas afiadas como a aço que calejaram seus corpos, os outros dois que
treinaram no oitavo circulo, estavam munidos de arcos bizarros, e treinaram atirando em condenados que
ficavam até a cintura cobertos com piche, agora estando todos reunidos Tyron, os leva a mesma câmara que
treinou com Gregor e lacra os sete com seu líder para treinarem juntos, uns contra os outros, Tyron os
libertará apenas quando se passar mais um ano, quando julga ser o momento ideal para que Gregor volte a
terra, e tomará em seu nome todo o conglomerado Falis.

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Capítulo 7 - Parte 1 - Sementes


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Mais uma vez o senhor acha que eu não posso cumprir com meu trabalho? (diz exaltado Alejandro
Cortez Sanches o capitão da guarda do leão dourado em Hope)
Padre Will: É a terceira morte que ocorre nesta vila, não duvido de seus
esforços capitão, mas temo pelo senhor também, os corpos estão sendo encontrados se
desmanchando e ninguém sabe como ou quem está fazendo isso com elas.
Alejandro: Padre, suas intenções são boas mas e minha reputação? Os próprios habitantes da vila
recorrem ao senhor quando ocorre algo de estranho, os paladinos de Geno devem ter problemas maiores para
se preocupar do que bandoleiros.
Padre Will: Desta vez não se trata de bandoleiros.
Alejandro: Não importa, desta vez sou eu quem irá acabar com esse mistério, pela honra da guarda
do leão dourado.
Padre Will: Belas palavras, mas será que elas valem a vida de inocentes?
Alejandro não responde e o padre se retira, ele grita o nome de um dos guardas e pede para ele dizer
aos outros para se espalharem pela vila e procurar por qualquer coisa que julguem ser importante, sem
descanso.

***
Paul Homesick é um andarilho e está passando por Hope neste momento, ele vai até a estalagem e
pede por um quarto barato para poder dormir, o estalajadeiro diz que o quarto mais barato são coletivos, Paul
não demonstra descontentamento, desde que seja barato e tenha o minimo de conforto não lhe importa com
quantos ele terá de dividi-lo. Ele ouve alguns boatos sobre as mortes e como já está sem muito dinheiro
decide ir a taverna para saber mais e quem sabe capturar o criminoso e entrega-lo a guarda, dizem que
criminosos costumam valer muito por esses lados.

***
Marco Soprano também chega a vila, desde que montou sua pequena boticário na vila Akte, ele vem
sempre a esta vila, conheceu um homem chamado Charles Greenwolf, ele é dono de uma loja de animais
exóticos, mas também comercializa plantas de diversos tipo, eles ficaram amigos, e sempre que tem de refazer
o estoque de sua boticário Marco vem visita-lo. A viagem foi cansativa, mas Marco vai direto a loja do
amigo, ao entrar o vê alimentando um pequeno lagarto:
Marco: Amigo, como estás?
Charles: (abraçando Marco) Bem, voltou mais cedo, vejo que os negócios estão indo bem.
Marco: Sim, mas até quando a igreja irá permitir que eu continue com minha boticário?
Charles: Não é importante, se eles insistirem em fecha-la, monte uma fachada e continue vendendo
seus perfumes, todos alquimistas fazem isso.
Marco: Tem razão, e seu tomo, adicionou alguma poção nova?
Charles: Não, tive de esconde-lo, a vila anda meio estranha ultimamente.
Marco: Oque houve?
Charles: Algumas pessoas morreram, seus corpos estavam se desmanchando em sangue, e os
habitantes estão achando que eu fui o responsável.
Marco: Porque eles pensão isso?
Charles: Eles acham que eu vendi algum animal perigoso demais, mas você sabe eu não lido com
esse tipo de animais, desde a história com o leão que eu não trago animais perigosos para a vila.
Marco: Sim eu sei, mas agora eu estou meio cansado, vim direto para cá, vou velar minhas coisas
para a estalagem e dormir um pouco, mais tarde eu volto para conversar-mos melhor.
Charles: Deixa isso, pegue a chave da minha casa na gaveta e fique por lá, para que pagar um
absurdo na estalagem desta vila, pode usar minha casa.
Marco: Obrigado.
Marco se despede do amigo e vai até sua casa onde arruma seus pertences e dorme um pouco, logo
depois acorda e volta a loja do amigo, no caminho ele um pouco distraído acaba por trombar com uma bela
jovem, ela cai no chão, ele estende a mão e a ajuda a levantar-se:
Marco: Desculpe-me eu devia estar um pouco distraído, está tudo bem?
Jovem: Sim, tudo bem, nunca o vi por aqui é estrangeiro?
Marco: Na verdade sim, sou italiano, mas estou morando a muito tempo por estes lados, venho
sempre a esta vila mas não costumo ficar muito, onde estão meus modos? Meu nome é Marco Soprano.
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Jovem: EU sou Fábia Kopolge.


Marco: Muito prazer, quer almoçar, assim eu poderia me redimir.
Fábia: Não é preciso, tenho de ir, meu pai está me esperando.
Marco: Quer que eu a acompanhe?
Fábia: Não (Meio nervosa) meu pai não gostaria (mais calma) até outro dia (e segue seu caminho).

***
Alejandro: Mais um corpo encontrado, como?
Guarda 1: Sim senhor.
Alejandro: Onde?
Guarda 2: Perto da fonte da virgem.
Alejandro: Eu não mandei vocês vigiarem a vila?
Guarda 2: Sim, e o fizemos, mas ali é um ponto central, vigiamos as periferias, onde os demais
corpos foram encontrados.
Alejandro: E como isso foi ocorrer tão cedo na vila, e ninguém viu nada?
Guarda 1: Não senhor.
Alejandro: Vamos para o local, agora, não permitam que nenhum habitante chegue perto do corpo,
pode haver alguma pista importante.
Ao chegar no local, havia alguns guardas perto do corpo, empurrando os habitantes mais curiosos,
entre eles Paul, que ao saber do fato, se adiantou e correu para o local, ele insiste em ficar próximo ao corpo
para encontrar algo que o leve até o assassino, mas os guardas continuam a empurra-lo, Alejandro agacha
perto do corpo e começa a examina-lo, até que encontra em baixo do pescoço um estranho inseto, muito
maior que uma abelha normal, e com o corpo inchado, ao apertar um pouco o inseto explode e de seu interior
sai muito sangue, Alejandro decide leva-lo até Charles Greenwolf, o único na vila que será capaz de
identifica-lo.
Alejandro chega à loja:
Alejandro: Bom dia Charles.
Charles: Bom dia capitão, oque deseja de mim tão cedo?
Alejandro: Creio que você seja o único que pode me dizer oque é isto (colocando o inseto sobre o
balcão).
Charles: (Examinando o inseto) Desculpe-me capitão, mas não sei do que se trata, nunca vi nada
parecido.
Alejandro: Não pode Ter vindo preso a algum animal de sua loja, quero dizer. . .
Charles: Impossível, os animais que aqui chegam eu os verifico pessoalmente, nunca trouxe nada de
muito perigoso para a vila.
Alejandro: E aquele leão?
Charles: Foi um erro Ter trazido para cá, mas nada de ruim aconteceu, bem ninguém gostava de dona
Selma mesmo.
Alejandro: Está bem, mas você pode verificar este inseto para mim?
Charles: Sim, pode demorar alguns dias.
Alejandro: Dois dias é tudo oque posso lhe dar, senão o padre irá chamar os paladinos de Geno.
Charles: Farei o possível.
Alejandro se despede e sai da loja, Marco vê o capitão saindo da loja do amigo e corre para dentro:
Marco: Oque houve amigo, vi o capitão da guarda saindo, algum problema?
Charles: Não, amigo Marco veja isso (mostra o inseto a Marco).
Marco: Oque é? Nunca vi nada parecido.
Charles: Nem eu amigo, nem eu. Mas vamos deixar isso para depois, vamos comer agora, vou
guarda-lo e depois nos o pesquisaremos.
Marco: Sim, claro.
Os dois vão comer na taverna onde encontram o capitão Alejandro também almoçando:
Alejandro: Venham sentem-se aqui (chamando os dois).
Charles: Claro, vamos Marco (os dois se sentam) vejo que o senhor anda muito preocupado capitão,
são as mortes ou algo mais?
Alejandro: Sim, mas ainda são as mortes, se os paladinos de Geno vierem, posso perder o meu cargo,
a população já perdeu todo o respeito por mim, e pela guarda do leão dourado da qual eu sou o representante.
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Marco: Pensei que paladinos caçasse apenas para manter a ordem, mas do jeito que você está
falando. . .
Alejandro: Não, esses paladinos estão interessados em status e poder, e são capazes de tudo para
conseguirem oque quer.
Marco: Você sabia disso amigo Charles?
Charles: Sim, na verdade a vila Geno é quem domina esta vila, e ainda exerce uma forte influencia sobre
Sotola e Akte, apenas Kurok está totalmente livre.
Nesse momento entra um guarda correndo na taverna:
Guarda: Capitão, houve outro assassinato.
Alejandro: Como? Dois assassinatos hoje, é pelo mesmo motivo?
Guarda: Sim capitão.
Alejandro: Agora o padre irá chamar os paladinos.
Guarda: Acho que não senhor.
Alejandro: E porque não?
Guarda: É que desta vez o padre foi a vitima.
Alejandro, Charles e Marco se levantam e seguem o guarda até a porta da igreja onde o padre se
encontra no mesmo estado dos outros corpos, Alejandro mostra-se muito abalado e Marco sente náuseas ao
ver um corpo em tal estado. No local encontra-se também Paul, ele aproxima-se e toca o corpo, sua mão fica
toda ensangüentada:
Alejandro: Você sabe de alguma coisa?
Paul: Não, ainda.
Paul limpa as mãos e se retira do local Charles vira-se para Marco:
Charles: Vamos para casa, talvez devemos pesquisar aquele inseto durante todo o resto do dia, antes
que mais pessoas sejam mortas.
Marco: Claro amigo conte comigo.
Charles: Alejandro, se precisar de algo estaremos em minha casa.
Alejandro: Tudo bem vão.
Alejandro volta a sede da guarda e reúne todos os seus guardas:
Alejandro: Homens um de nós já se foi, todos na vila estão com muito medo, e nós temos de protege-
los mesmo que isso custe nossa vida, e eu estou disposto a dar minha própria vida para que eles não sofram
(muitos guardas acenam afirmativamente com a cabeça). E para dar segurança a eles e a nós mesmos não
acho uma boa idéia que vocês continuem espalhados pela vila, seria melhor se vocês andassem em trio, assim
um protegeria o outro (Todos os guardas acenam positivamente). Dividam-se e vão, quando um precisar
dormir dois devem ficar acordados, agora vão.
Os guardas se retiram e Alejandro olha por sua janela, os comércios estão fechados, não há ninguém na rua,
as janelas e portas das casas estão fechadas, quando dá por si o sol começa a desaparecer.

***
Paul voltou para a estalagem e dormiu o resto do dia para estar descansado durante a noite, ele se
arma e caminha pelas ruas vazias de Hope, ele vê apenas um pequeno grupo de guardas e mais adiante um
velho, ele caminha na direção do senhor que está escorado em uma parede e ao chegar nota que o homem
caminha com dificuldades:
Paul: O senhor que ajuda?
Senhor: Sim obrigado, a vila está perigosa demais e temo não chegar com vida em minha casa.
Paul: O senhor mora muito longe daqui?
Senhor: Não muito, qual o seu nome jovem?
Paul: Paul Homesick e o senhor como se chama?
Senhor: Sávio Kopolge, você veio de que parte da Inglaterra.
Paul: Venho da vila de Kurok.
Sávio: Posso lhe fazer um pedido jovem, sem querer abusar muito de sua boa vontade.
Paul: Claro pode dizer.
Sávio: Me consiga um pouco de sangue.
Paul: (assustado) Sangue senhor, meu?
Sávio: Não, claro que não, pode ser de um pequeno coelho, eu preciso para molhar a carne do meu
corvo.
Paul: Mais aliviado, sim com muito prazer.
96

Após deixar Sávio em sua casa e conseguir um coelho para ele, Paul se despede e volta a sua
procura. Sávio ao ver que ele saiu chama sua filha:
Sávio: Que tal ele filha, ele é inglês, tem um bom coração, case-se com ele.
Fábia: Eu gostaria de escolhe meu futuro marido meu pai.
Sávio: Mas ele seria perfeito.
Fábia: Não, pai gostaria de escolher.
Sávio: O tempo está se esgotando, prometa que será para logo.
Fábia: Sim pai, eu prometo.

***
Charles e Marco analisam o inseto e quanto mais eles observam, mais duvidas surgem:
Marco: Não entendo, não deveriam armazenar o sangue desta forma.
Charles: Eles morreriam se o fizesse, mas olhe (mostrando uma cauda muito fina) isso parece algo
para expelir o sangue.
Marco: E porque ele sugaria o sangue e expeliria depois?
Charles: Acho que eles não sugam só o sangue, se não os corpos se encontrariam em melhores
condições.
Marco: Espere, e se eles comem a carne e expelem o sangue que contem nelas.
Charles: Muito bem observado, mas qual seria a função disso?
Marco: Pensei em algo como, a carne seria para alimenta-los e mante-los vivos, e o sangue para levar
a uma coméia para alimentar as larvas, algo assim.
Charles: Uma brilhante conclusão, então só temos que achar a coméia e destrui-la, mas mesmo
assim, penso que não deveria existir um inseto assim.
Marco: É verdade, mas temos que nos concentrar agora em destruir a coméia, e não em analisarmos
mais essa espécie, não podemos brincar com a vida dos habitantes de vila.
Charles: Sim, você tem razão, usaremos Fita (águia de estimação de Charles) para encontrar a
coméia, ela foi treinada para localizar presas para mim, acho que ela não seria atacada.
Marco: Temos de avisar ao capitão Alejandro, ele poderá ser de grande ajuda.
Charles: Sim.
Marco: (observando uma estranha planta) Que planta é essa?
Charles: É uma mandragora, é uma planta muito especial, se algo ocorrer comigo pode ficar com ela.
Marco: Mas nunca vi nada parecido, de onde ela vem?
Charles: Do inferno (o rosto de Marco fica estático). Mas agora vamos comer alguma coisa, você
poderia ir buscar na taverna?
Marco: Claro que sim.
Marco vai a taverna comprar comida e na volta encontra-se com a mulher que conversou outro dia:
Marco: Fábia, está com fome.
Fábia: Não obrigada eu já jantei, você ainda pretende ficar por muito tempo aqui na vila?
Marco: Sim, estou ajudando um amigo, porque?
Fábia: A vila está muito perigosa, você deve partir.
Marco: Não, eu tenho de ajudar meu amigo, juntos nós podemos. . .
Fábia: Não vocês não podem.
Marco: Porque?
Fábia: (tentando esconder algo) Por nada, pressentimento, bom boa sorte então.
Marco: E você porque não se salva?
Fábia sorri para Marco e caminha na escuridão, Marco a perde de vista e segue seu caminho, ao
chegar na casa de Charles os dois comem e dormem cedo, para guardar energia para procurar a coméia no dia
seguinte.
Amanhece Marco e Charles procuram por Alejandro, e então contam para ele sobre as descobertas,
ele aceita ajuda-los, eles usam Fita para observar toda a vila, mas não encontram nada, nem nas copas das
árvores, nem em qualquer outro lugar, Charles leva a águia para casa para poder descansar junto a Marco e
Alejandro vai até a estalagem buscar mais ajuda.

***
Paul volta a casa de Sávio para ver as ele sabe de algo, ao chegar é muito bem recebido:
Sávio: Entre jovem.
97

Paul: Obrigado, o senhor mora nesta vila a muito tempo?


Sávio: Desde que nasci.
Paul: Então o senhor deve saber algo sobre as mortes na vila.
Sávio: Infelizmente não, mas tenho uma suspeita.
Paul: E qual é?
Sávio: Suspeito de Charles Greenwolf, ele é quem trás esses animais estranhos para cá.
Paul: Mas me parece que ele está ajudando nas investigações.
Sávio: Para se redimir talvez, mas escute meu jovem, o senhor deixou alguém para trás? Uma
namorada, uma mulher?
Paul: (achando muito estranha a pergunta) Não senhor, mas porque me pergunta isso?
Sávio: Fábia (Fábia entra em casa) Veja, esta é minha filha, ela é muito bonita não.
Paul: Sim, de fato ela é.
Sávio: Ela já esta na idade de se casar, quer ser seu noivo?
Paul: Não sei, bem oque a jovem acha?
Fábia: Desculpe-me senhor, mas posso falar com meu pai por um momento.
Paul: Sim, claro (Paul vai para o lado de fora da casa e Fábia encosta a porta).
Fábia: Pai o senhor me disse que eu poderia escolher meu marido.
Sávio: Já esperei por tempo demais, e você sabe que não temos tanto tempo.
Fábia: Sim eu sei, mas acho que já encontrei alguém.
Sávio: O italiano.
Fábia: Sim como sabe?
Sávio: Pense um pouquinho.
Fábia: Tudo bem, mas será ele mesmo.
Sávio: Não, ele terá de ser inglês como eu e sua mãe.
Fábia: Mas. . .
Sávio: Nada de mas, saia e diga para Paul entrar, ainda tenho de conversar com ele.
Fábia: Sim (e faz o que seu pai lhe pediu).
Paul: (entrando) Senhor me desculpe mas não gostaria de me casar forçado, digo contra a vontade da
moça.
Sávio: Deixe isso de lado, por enquanto, mas me avise de qualquer novidade.
Paul: Sim, eu o avisarei.
Paul se retira e vai até a estalagem.

***
Alejandro chega na estalagem e encontra Paul comendo algo, ele é o único em toda a estalagem:
Alejandro: Você é o homem que estava na igreja, estou certo?
Paul: Sim, oque quer?
Alejandro: Nesta noite iremos procurar oque causou a morte dos homens, que vir conosco?
Paul: Preciso saber mais.
Alejandro: Está certo, nós cremos que oque está causando a morte dos homens são um certo tipo de
inseto, parecido com grandes muriçocas, procuramos uma coméia nas copas das árvores na vila e em seu
redor e não a encontramos, e agora iremos procurar durante a noite.
Paul: Durante a noite, a visibilidade fica ruim.
Alejandro: Eu sei, mas temos de tentar.
Paul: E o seus guardas, porque não pede ajuda a eles?
Alejandro: Eles estão patrulhando a vila, e apenas eu, Charles e Marco ficaremos com essa tarefa, se
você nos ajudar seremos quatro, pelo que sei está precisando de dinheiro, ou não tentaria caçar o assassino
sozinho, agora que sabemos não haver assassino algum então você seria recompensado pela sua colaboração
oque acha? Seria bom para ambas as partes.
Paul: Está certo irei com você.
Mais tarde todos se encontram próximos a fonte da virgem, já está escuro e eles são ou únicos no
local:
Alejandro: Qual o plano?
Marco: Pensamos em algo, espero que esteja disposto a cooperar.
Alejandro: Claro que sim.
98

Charles: Achamos que o sangue atrai os insetos, então pensamos que você deveria se cobrir com
sangue para atrai-los.
Paul: É um bom plano.
Alejandro: Eu o farei, mas onde encontraremos tanto sangue?
Charles: Já providenciei, matei um boi e tirei o sangue.
Alejandro: Então vamos.
Os dois partem para a casa de Charles Paul vê no alto de um venda um bom lugar para esperar, ele
comunica isso a Marco e consegue convencer o dono da venda a isso. Algum tempo depois Alejandro e
Charles voltam, Marco e Charles acendem algumas tochas e se escondem, eles esperam por alguns instantes a
té que eles vêem um dos guardas correndo:
Guarda: Capitão, nos ajude.
Alejandro: Oque foi soldado?
Guarda: Os guardas que estavam junto a mim, morreram, insetos os mataram.
Alejandro: Como? E você porque eles não o atacaram?
Guarda: Acho que é porque eu estava com a tocha, mas oque faremos agora?
Charles: Não vejo sentido em continuar com o plano, capitão lave-se e amanhã cedo nos
encontraremos aqui.
Alejandro: Vamos esperar, talvez. . .
Marco: Capitão os insetos já conseguiram oque queriam hoje, amanhã teremos mais sorte.
Alejandro: Mas porque aqui?
Marco: Temos uma suspeita, amanhã vasculharemos a igreja, irei chamar Paul.
Charles: Faça isso, até amanhã.
No dia seguinte eles abrem a igreja e a vasculham, Charles e Alejandro vasculham o salão principal e as
dependências do pare Will, enquanto Marco e Paul vasculham o porão, e encontram uma pequena passagem
cobertas por tábuas, eles as retiram e chegam descobrem um estreito túnel, e o atravessam o túnel é um pouco
comprido, mas quando chegam em seu final eles se percebem embaixo da ponte da virgem, e no alto uma
grande coméia, Paul improvisa uma flecha em chamas, e a atira contra a coméia mas a ela estava sobre uma
rachadura da fonte e apaga o fogo, então eles correm ao encontro dos outros e contam do achado, eles
decidem reunir algum material, e Alejandro convocou seus guardas para ficarem de vigias enquanto eles
destroem a coméia. Quando voltam a igreja está fechada, quando eles a abrem Sávio está dentro da mesma:
Sávio: Oque querem?
Paul: Nos ajude, vamos destruir a coméia.
Sávio: Não seja tolo, fui eu quem a construiu, e não permitirei que vocês a destruam.
Paul: Mas. . .
Alejandro: Agora não há tempo para discussões vamos atacar.
Nesse momento um grande enxame de insetos cobrem a vila, e todos os guardas são mortos, Charles
e Marco se protegem na igreja, mas logo Charles saca sua espada e ataca Sávio, que recebe o golpe sem
esboçar qualquer reação, e do corte saem saem os mesmos insetos que atacam Charles e o devoram
rapidamente, Marco ao ver o amigo morrer corre pelas portas dos fundos e se corre para a casa de Charles
onde pega a mandragora e um cavalo e sai da vila, ele espera um pouco para pensar um pouco, e vê Alejandro
a cavalo ambos muito feridos:
Marco: Como escapou?
Alejandro: Corri enquanto meus guardas eram mortos, que vergonha.
Marco: E agora oque faremos?
Alejandro: Vou pessoalmente para Geno, e chamarei os paladinos.
Marco: Eu irei para Akte, lá tenho amigos que podem ajudar, mas como Geno é mais perto creio que
você chegará antes.
Alejandro: Então acho que vou te esperar nos limites de Geno.
Marco: Ok, então até breve.
Assim os dois se separam e cavalgam o mais rápido que podem.

Capítulo 7- Parte 2

Voltando, para casa Dirk não se encontra pensando em sua irmã ou nos amigos que iria rever, e sim
em sua estranha estada no mosteiro celta, começando por sua chegada que foi estranhamente muito
comemorada, passando por sua regalia nas refeições e em visitar áreas restritas para os outros novatos, e
99

quando estava partindo um dos monges disse-lhe que até poderia ultrapassar um pouco o prazo de voltar isso
lhe soou muito estranho, já que o mosteiro possuía regras muito rígidas com relação a isso. Outro fato que lhe
preocupa é o fato de seu pai e seu bisavô ser comentados como reis dentro do mosteiro, e seu avô não ser
sequer citado, nem por monges nem por estudantes, na biblioteca onde possuí os livros de magias de sua
família um não se encontra no local, e pelo que se lembra de criança, seu pai nunca lhe falou nada sobre seu
avô, mas quanto mais Dirk pensava mais misterioso o fato lhe parecia, mas ele possuía uma certeza: seu avô
estudou no mosteiro.
Já perto de sua antiga choupana uma flecha atravessa na sua frente, passando muito perto de seu
rosto, e fincando-se em uma árvore.

***
Holbein estuda na biblioteca da Ordem de Salomão, para ele as coisas também não saíram do jeito
que pensava, no dia de sua partida para o deserto junto com o padre Frederic, este adoeceu e dois dias depois
veio a falecer, o padre Antônio não pode acompanha-lo por estar muito velho e o padre Ranza tinha seus
afazeres no mosteiro, o jeito foi envia-lo para o pequeno templo da ordem no conglomerado, onde se
encontrava Owen sendo tratado através da fé dos cavaleiros que lá habitavam, lá Holbein iniciou seu
treinamento, Abdu, seu mentor é um homem muito sábio e o treina tanto nas artes da fé quanto no combate, e
Holbein já aprendeu muito com ele. Owen passou cinco meses desacordado e mais dois de cama, mas neste
período ele já conseguia se comunicar, aos pouco voltou a andar e não se lembra nada do ocorrido, mas
Holbein achou por bem contar-lhe toda a verdade e quando soube de tudo, Owen tornou-se ainda mais
agressivo e de atitudes mais impulsivas. Aproveitando sua estadia juntos aos cavaleiros aprendeu, com muita
força de vontade a manejar lanças com apenas uma mão, e apenas escorando-a em seu braço cuja a mão foi
decepada por Yan Gregor a anos atras, o ferimento está cicatrizado, mas Owen ainda lastima o ocorrido. O
templo da ordem fica no sub solo do antigo templo que foi destruído por Tyron, mas o espaço de seu interior
apesar de não ser muito extenso, é muito bem aproveitado, no ano passado os cavaleiros começaram a abrir
mais uma câmara.
Holbein em meio a sua leitura diária, vê a imagem de um homem de manto cinza essa visão dura
pouco tempo, e instintivamente Holbein volta-se para uma estante e pega m livro, e nele é contado sobre
vendas de almas para demônios como são escolhidas, negociadas e o porque, ele começa a pensar o porque de
sua visão e como o livro estaria ligado com ela.

***
Dirk rapidamente empunha seu arco e flecha e dispara uma flecha na direção oposta de onde veio a
flecha contra ele, e acerta um galho de árvore e uma pessoa com um manto verde musgo cai, ele se aproxima
ainda cavalgando e aponta uma flecha para a pessoa, que retira o capuz e revela-se sendo Kate:
Dirk: Oque. . . como. . . você poderia Ter me acertado.
Kate: (sorrindo) Treinei muito irmãozinho, se bem que não era para Ter passado tão perto. . .
Dirk: (desmontando de seu cavalo) Pois bem, mas porque você esta aqui com um arco e flecha? E
vestida assim (roupa de couro colada e manto verde musgo, cabelos mais compridos formando duas tranças)
oque houve com seus vestidos?
Kate: (abraçando Dirk) Vamos a choupana lá explicarei tudo, vamos Danielle deve estar com um
lanche pronto.
Os dois caminham em silêncio, porem Kate não consegue disfarçar a alegria em rever o irmão, a
caminhada demora pouco tempo e Dirk vê a choupana totalmente diferente:
Dirk: Mas oque aconteceu aqui?
Kate: Entre, vou colocar Zweihander no celeiro.
Neste momento surge Danielle, e ao ver Dirk lhe abraça e ao perceber oque fez, volta-se para traz:
Danielle: Que bom que está devolta.
Dirk: É bom estar devolta, mas oque aconteceu aqui?
Kate: (surgindo na porta) Foi idéia do Ewan ampliar a choupana, para Ter mais espaço, ele financiou
tudo.
Dirk: Mas para que?
Kate: Ele achou por bem fazer um quarto para o Marco e uma pequena dispensa.
Dirk: E onde ele e Marco se encontram?
Danielle: Ewan está aqui deve estar guardando umas coisas, e Marco viajou para vila Hope, ele abriu
aqui na vila uma pequena boticário e foi buscar umas encomendas por lá, irei chamar Ewan (e se retira).
100

Dirk: Alguma novidade Kate, mais algum demônio?


Kate: Sim, um deles está matando viajante nesta floresta, e eu Anna e Ewan estamos tentando
expulsa-lo.
Dirk: Você. . . ! ! ! ??
Ewan: (chega e abraça Dirk) É bom te-lo devolta amigo.
Kate: Deixe-me ir, vou avisar ao padre Ranza (e sai correndo, antes de ouvir Dirk).
Ewan: E as coisas no mosteiro como foram?
Dirk: (escondendo sua preocupação) Bem, muito bem, mas vi que você ampliou a choupana. .
Ewan: (Danielle serve alguns doces) Sim, assim Marco e Danielle podem ficar mais a vontade,
transformei os três quartos antigos em dois quartos grandes e construi mais três em cima, fizemos um porão
onde Marco faz seus experimentos e onde guardo uma ou duas coisinhas, e construi um sótão para guardar as
coisas antigas.
Dirk: Bom não posso reclamar, e Anna como está?
Ewan: Bem, está trabalhando.
Dirk: Arrumou um trabalho ! ?
Ewan: Não é o mesmo de sempre.
Dirk: Então você não saiu desta vida?
Ewan: Não, e perder a emoção?
Dirk: Oque aconteceu com Kate no período em que passei fora?
Ewan: Se tornou uma grande ladra, fiquei muito orgulhoso, mas apareceram fatos estranhos nesta
floresta e o nome Bogard foi colocado em jogo, então ela decidiu vir e proteger a floresta.
Dirk: Mas é perigoso, ela me contou de um demônio, porque você não a impediu?
Ewan: Eu tentei, mas você sabe como ela é teimosa, só restou a mim ajuda-la, Anna ajudou a treina-
la com o arco e flecha, hoje nós três a ajudamos, Anna nos contou que o demônio daquela espécie só aparece
durante a noite, portanto deixamos ela sozinha durante o dia, para se cansar e durante a noite eu e Anna,
tomamos conta da floresta.
Dirk: E oque descobriram?
Ewan: Que sua irmã é muito resistente, ela passa o dia inteiro acordada, e ainda boa parte da noite,
mas em relação ao demônio, só o encontramos uma vez, e ele fugiu.
Dirk: Gostosos esses quitutes de que são?
Danielle: Doce de leite.
Dirk: Muito bom mesmo (Danielle sorri . . . mais ainda), agora preciso descansar um pouco, foi um
mês de viagem, e estou muito cansado.
Ewan: Sim, claro, Irei lhe mostrar seu quarto.

***
Anna foi chamada por sua avó Lusage, uma succubus pura de mais de 300 anos com a aparência de
vinte, muito parecida com Anna possuindo os mesmos traços, e foi para o inferno vê-la, chagando na cidade
onde sua avó reside foi acompanhada até a mansão dela por sua amiga de infância Faye, uma succubi de 64
anos, também não aparentando mais de vinte, é uma succubi muito bela e sensual como todas de sua espécie,
foi gerada no oriente e possui cabelos negros e olhos puxados. Ao chegar Anna cumprimenta sua avó com um
beijo e senta-se perto dela:
Anna: Porque a pressa de me ver?
Lusage: Foi necessário, minha neta, como estão as coisas?
Anna: Muito bem, eu e Ewan estamos muito bem.
Lusage: Já engravidou dele? O filho de você seria um excelente inccubi.
Anna: Não.
Lusage: Está usando seus poderes para não engravidar?
Anna: Sim.
Lusage: Está apaixonada por ele?
Anna: Sim, vai me castigar?
Lusage: Não, já cometi esse erro com sua mãe e não o farei novamente, a
culpada disso tudo afinal é minha, a maldição foi lançada em mim, minha prole agora é incapaz de realizar
suas tarefas.
Anna: Não fale assim.
101

Lusage: Desculpe não queria que soasse assim, mas oque tenho a dizer é mais grave. Gregor irá
voltar para a terra, e irá tentar te matar.
Anna: Como? Então ele conseguiu.
Lusage: Sim, e não há nada que eu possa fazer, quero que volte para cá.
Anna: Não posso fazer isso, e Ewan?
Lusage: Traga-o também.
Anna: Mas e Kate, Danielle meus amigos, os pais de Ewan?
Lusage: Não apenas Ewan.
Anna: Ele jamais deixaria os amigos e a família.
Lusage: Mas e se você morrer? Sabe oque acontecerá?
Anna: Não.
Lusage: Terá de permanecer aqui por no minimo cem anos, e eu sei que você prefere a terra, querida
me escute será melhor para você.
Anna: Oque o futuro mostra vovó?
Lusage: Uma luta sangrenta, muitos mortos. . . é tudo que sei.
Anna: Desculpe mas eu ajudarei meus amigos quando chegar esse momento.
Lusage: Que assim seja.

***
Dirk descansa quando Danielle bate na porta de seu quarto, ele abre:
Danielle: Desculpe incomoda-lo, mas preparei um banho para você.
Dirk: Não há do que se desculpar, ainda mais por me fazer um favor, muito obrigado.
Danielle: Eu tomei a liberdade de colocar na água uma poção de Marco, para relaxar.
Dirk: Obrigado já irei descer.
Após o banho Dirk vai a cozinha e lá está Ewan, Danielle e Kate, a mesa está muito bem arrumada:
Kate: Venha irmão sente-se.
Nesse momento Anna chega com um pequeno embrulho nas mãos, dá um beijo em Ewan e ao
perceber Dirk, dá um abraço e sorri:
Anna: É bom vê-lo. (e já sai apressada para guardar o embrulho mas volta, e dirigi-se novamente a
Dirk) Agora Danielle irá parar de chorar um pouco (sorri e sai, deixando Danielle vermelha).
Dirk: Er. . . e Siegrifild?
Kate: Ele morreu, mas antes disso deu cria. . .
Dirk: E como um gato macho dá a cria? O Marco andou testando as poções nele de novo?
Ewan: Não ele fugiu e voltou trazido por um homem da guarda pessoal de um nobre, e algum tempo
depois o mesmo homem trouxe quatro filhotes, o nobre não queria mais gatos.
Dirk: E onde estão?
Kate: No celeiro junto com Sophia, não escolhemos o nome ainda, fique a vontade para escolhe-los
irmãozinho.
Dirk: Claro mais depois, Sophia continua viva, tudo bem com ela?
Kate: Ficou doente o não passado, mas agora está tudo bem.
Dirk: E Holbein foi para o deserto?
Ewan: Não o padre que iria leva-lo morreu e ele está no mesmo templo que Owen se recuperou.
Dirk: Recuperou, então Owen sobreviveu?
Ewan: Sim, ficou quase um ano sem sair da cama mas agora está melhor, e como não quis ficar aqui
conosco passou a viver no templo junto com Holbein e os outros cavaleiros de Salomão, (Anna volta e senta-
se do lado de Ewan).
Dirk: Vocês tem visto eles?
Ewan: Sim, eles vem aqui duas vezes por semana, ou a cada quinze dias, dependendo da
disponibilidade de Holbein.
Dirk: E você Danielle só você cuida da casa?
Danielle: Não.
Kate: Eu ajudo.
Anna: Todos nós ajudamos.
Dirk: Eu me expressei mau, oque anda fazendo Danielle?
Danielle: Comecei a fazer alguns artesanatos, mas não para vende-los, apenas aqui para a casa.
Dirk: Então foi você que fez tudo isso?
102

Danielle: Sim.
Dirk: São muito bonitos.
Danielle sorri.

***
Holbein recebe um mensageiro a cavalo e portando mais dois, como é de costume ser feito pelo
padre Ranza quando eles são chamados a vila, e assim ele e Owen partem. A cavalgada dura pouco mais de
um dia, quando chegam a vila vão direto para a igreja onde o padre Ranza os aguarda:
Ranza: Fizeram boa viagem?
Holbein: (depois de beijar a mão do padre) Sim, mas qual o motivo de nos chamar?
Ranza: Uma série de assassinatos vem ocorrendo na vila, as vitimas até agora foram cinco, ocorrendo
dia sim, dia não, os corpos foram encontrados em um estado lastimável, algo indica que eles foram devorados.
Holbein: Quanto foi comido? Por assim dizer.
Ranza: 60% aproximadamente.
Holbein: Então pode Ter sido uma criatura de grande porte, ou várias pequenas criaturas.
Owen: Conte-nos mais.
Ranza: Sim, eu mesmo encontrei dois corpos, os dois muito próximos a igreja, os outros foram
encontrados por Danielle Daquenubia e Elaine Niparat, podem ir falar com ela neste endereço (passando um
pedaço de papiro para Holbein), elas poderão lhe mostrar os locais onde os corpos foram encontrados.
Holbein: Sim estamos indo (virando as costas).
Ranza: Esperem (os dois se voltam novamente para o padre), um amigo de vocês acabou de retornar
de uma longa viagem, descansem hoje, e amanhã falem com elas.
Owen: Ainda é dia, podemos falar com elas e depois iremos jantar na casa de nosso amigo.
Ranza: Façam como quiserem.
Holbein e Owen saem da igreja e se dirigem para o endereço dado por Ranza, ao chegarem a parte
baixa da vila se deparam com uma pequena venda de legumes e verduras, então se dirigem ao homem que
toma conta do local:
Holbein: Estamos procurando Elaine Niparat e Danielle Daquenubia.
Homem: Sim, subam essas escadas, por favor (mostrando uma pequena porta ocultando uma escada).
Owen sobe e bate na porta, uma voz feminina manda-o descer e espera-las, ele obedece, e alguns
instantes depois desce uma linda mulher de cabelos negros, curtos trajando um manto cinza:
Elaine: Meu nome é Elaine Niparat, oque desejam?
Holbein: Viemos a mando do padre Ranza.
Elaine: Sim (dirigindo-se para o homem da venda) Por favor Alfred, pode fechar as portas e sair por
um momento?
Alfred: Sim, claro (após fechar a venda ele se retira).
Elaine: Sim mas em que posso lhe ser útil?
Nesse momento desce as escadas e adentra no ambiente Danielle Daquenubia.
Danielle: Holbein, a muito não o vejo.
Owen: Você a conhece?
Holbein: Sim, foi ela que ajudou a expulsar Tyron de seu corpo.
Owen: A mulher que me levitou?
Holbein: Sim ela mesma.
Danielle: Pelo que vejo, recobrou o controle de seu corpo, eu já o dava como morto.
Owen: Mas como vê, estou bem.
Holbein: Mas mostre-nos os locais onde os corpos foram encontrados, creio que Ranza já lhes
comunicou de nossa vinda e do motivo.
Danielle: Claro que sim, Elaine irá lhes levar.
Elaine: Venham.
Elaine leva-os para um beco onde foram encontrado dois corpos, os dois primeiro, e após a vigia
delas, o outro corpo foi achado alguns becos depois:
Holbein: É só isso que você tem para agente?
Elaine: Não, após investigar um pouco descobri que todos eles se casaram a mito pouco tempo, por
minhas próprias conclusões descobri também que não houve ataques na parte nobre da vila, pois os corpos
foram achados aqui e no centro, onde se localiza a igreja.
Holbein: Muito obrigado, por enquanto.
103

Elaine: Disponha, se precisar de mais alguma coisa, sabe onde nos encontrar, agora devo ir.
Após a partida de Elaine, Holbein e Owen decidem ir até a choupana, para encontrar seus amigos.

***
Dirk senta-se na mesa para comer, lá também estão Ewan, Anna, Kate e Danielle:
Dirk: A quantos dias Marco partiu?
Ewan: À cinco dias.
Dirk: Então em breve se juntará a nós.
Ewan: Creio que não, ele fez amizade com um homem muito misterioso, chamado Charles
Greenwolf.
Dirk: E oque há de estranho com esse tal de Charles?
Anna: Bom é um negociante de animais exóticos trazidos de todas as partes do mundo, ele também é
negociante de plantas de mesma origem.
Dirk: Plantas exóticas . . .
Ewan: E além de tudo ele é um herbalista amador, então ele e Marco estão fazendo umas poções
juntos, ajudando um ao outro.
Dirk: Mas Kate me contou de uma loja de boticário que Marco abriu na vila, então ela fica fechada?
Anna: Não eu estou tomando conta dela, eu trabalho um pouco lá com ele, e nos dias da grande feira.
Dirk: E está próximo não?
Anna: Sim, será em alguns dias.
Nesse momento batem na porta, Dirk faz um sinal com a mão para Danielle continuar comendo (que
estava se levantando) enquanto ele irá abrir, e logo surgem Holbein e Owen:
Holbein: (abraçando Dirk) É bom vê-lo.
Dirk: É bom vê-los também, e você Owen se recuperou?
Owen: (apertando a mão de Dirk) Sim, estou bem agora.
A noite caminha de maneira muito agradável, Dirk, Owen e Holbein conversão sobre oque
aprenderam e como aprenderam, Ewan, Anna, Kate e Danielle conversam sobre assuntos diversos, tendo
como pauta principal a grande feira que se aproxima, ou sobre o demônio que deve estar rondando a floresta,
até que Holbein convence Dirk a sair com eles para beber um pouco e olhar a vila, Ewan se levanta para ir
junto, mas ao olhar Anna, prefere ficar e passar a noite com sua amada, Danielle fica um pouco chateada e se
recolhe, Kate faz o mesmo, mas pretende ficar de vigília na floresta procurando o invasor.
Holbein, Dirk e Owen, chegam até a casa de madame Cecilly, Dirk se vê surpreso e diz aos amigos
que só ficará um pouco, e ao entrarem eles reconhecem um homem, Jack contando uma história, e não notou
que eles haviam chegado:
Jack: . . . Então eu resolvi ajuda-los, não pelo dinheiro, mas eles me pareciam tão fraquinhos, bom
mas quando eu vi, "os seis" em pessoa não tive duvidas, brandi minha espada e . . .
Owen: (sussurrando) Mas não fomos nós que enfrentamos os seis?
Dirk: (no mesmo tom de voz) Sim, mas deixe-me ouvi-lo.
Jack: . . . Sim eles eram três, mas um era tão covarde que ficava apenas atirando flechas, e o coitado
não acertava ninguém. . .
Holbein: Vamos lá.
Dirk: Espere ele terminar.
Jack: . . . acredita que teve m que foi arremessado do telhado de uma venda, ele caiu no chão quase
morto. . .
Owen: Ei. . .
Jack: . . . o outro parecia ser um guerreiro um pouco melhor, mesmo assim eu tive de salva-lo de uma
disputa de espada e . . . (ao virar-se Jack se dá conta da presença de Owen, Dirk e Holbein) . . . sim, foram
eles que me ajudaram a derrotar os seis.
Owen: Ajudamos ! ?
Jack: Ah sim.
Os três amigos resolvem não dizer nada, e sentam em um lugar confortável, Cecilly vem falar-lhes:
Cecilly: Owen, Holbein porque demoraram tanto para voltarem?
Owen: Estivemos ocupados.
Cecilly: Owen, Patrícia, sua favorita está livre, não quer subir?
Owen: Claro, (levantando) desculpem, mas agora devo ir.
Owen então sobe as escadarias que dá acesso aos quartos.
104

Dirk: E você Holbein, com todo o treinamento religioso, oque faz aqui?
Holbein: Bom, ainda não passei pelo batismo da ordem, então vou aproveitar enquanto é tempo,
aproveite você também (e joga uma mulher no colo de Dirk).
Dirk: Não obrigado, (voltando-se para a mulher) Não é nada contra você, mas não estou afim (ela
sorri e se retira).
Holbein: Estranho ! mas o trouxe aqui por outro motivo, quero lhe contar algo.
Assim Holbein põem Dirk a par de todos os acontecimentos, dos corpos encontrado, Dirk conta
sobre a floresta e dos corpos encontrados nas mesmas condições, e os dois combinam de caçar o demônio:
Jack: E quando iremos?
Holbein: Oque faz aqui?
Jack: Não pude deixar de ouvir, e irei com vocês.
Holbein: Sim, pode ir.
Dirk: Holbein, tem certeza?
Holbein: Sim, nos encontre amanhã bem cedo perto da "Rainha".
Jack: (se retirando) Estarei lá.
Dirk: Eu também já vou (levanta-se e sai).
Holbein sobe para os quartos procurando uma mulher.
Ao chegar na choupana, Dirk encontra Danielle acordada:
Dirk: Ainda acordada?
Danielle: Sim, estava te esperando, a floresta está muito perigosa.
Dirk: Obrigado.
Danielle: Quer uma caneca de água?
Dirk: Sim aceito, mas pode ir dormir, deve estar cansada.
Danielle: Na verdade não, estou sem sono.
Dirk: Então me conte mais sobre você, não sei quase nada a seu respeito, a não ser que faz
maravilhosos quitutes de doce de leite.
Danielle: (sorri) Bom eu já lhe contei que vim fugida do feudo Nadir.
Dirk: Sim.
Danielle: Minha mãe morreu quando eu era muito nova, e eu passei a trabalhar com meu pai, mas
havia dois homens horríveis que trabalhavam para o senhor daquelas terras, e quando meu pai já se
encontrava muito velho para o trabalho eles o castigava, mas eu impedi que continuassem quando fiquei noiva
de um deles, o mais novo, que era filho do mais velho, mas meu pai morreu antes de eu me casar com ele,
então decidi fugir, e encontrei esta choupana desabitada, o resto todo você já sabe.
Dirk: E este homem continua procurando você?
Danielle: Não sei, como você já deve Ter percebido, eu evito sair de casa, essa conversa me deu
sono, acho que vou me recolher.
Dirk: Eu também estou um pouco cansado, e também já vou, boa noite.
Danielle: (sorrindo) Boa noite.
No dia seguinte todos estão tomando café da manhã, Holbein e Owen que passaram a noite na casa
do madame Cecilly, já estão devolta, até que alguém bate na porta, Dirk vai atender e surge Jack:
Jack: E então, vamos.
Dirk: Como nos encontrou?
Owen: Oque ele faz aqui?
Holbein: Jack irá nos ajudar a encontrar o demônio.
Owen: Ele ! ? de quem foi a idéia?
Jack: Minha mesmo, encontrar vocês? Foi fácil perguntei na vila, até que um bondoso padre na igreja
conhecia vocês e me indicou o caminho.
Dirk: Pois bem, gostaria então de lhe apresentar. . .
Jack: A sim muito prazer (apertando a mão de todos) Muito prazer, com licença (pegando um pedaço
de pão, alguns doces de leite, algumas frutas).
Owen: Você não tomou café da manhã não?
Ewan: Deixe-o comer Owen ele deve estar com fome, não precisa pegar comida Jack sente e coma
conosco.
Jack: Muito obrigado (sentando-se e começando a comer).
Dirk: Bom, eu tenho de ir.
Kate: Para onde?
105

Dirk: Gostaria de ver a floresta, pensar um pouco, bom já vou até mais tarde (se retira e caminha pela
floresta)
Owen: Vamos também Holbein.
Holbein: Para onde?
Owen: Para uma ferraria, preciso afiar meu gancho.
Holbein: Todo bem, vamos (se levantando e saindo).
Jack: Eu irei também (se levanta) obrigado pela comida (e se retira também).
Danielle: E vocês oque planejam para hoje?
Kate: Eu também irei para a floresta praticar com meu arco.
Anna: Eu ficarei aqui em casa com você.
Ewan: Não acha melhor ajudar Kate?
Anna: A praticar com o arco, como?
Ewan: Não a fazer isso, bom se não se importa eu também irei para a floresta, procurarei pistas.
Anna: Claro, vá sim.
Ewan: Então vamos Kate.
Os dois saem.
Anna: E você Danielle, porque não sai um pouco?
Danielle: Você sabe, já lhe contei sobre o meu noivo Edgar.
Anna: Sim, mas você pode sair comigo, eu a protejo.
Danielle: Melhor não, Dirk pode chegar e precisar de algo.
Anna: Então esse é o motivo, Dirk.
Danielle: Ah, sim. . . este é o motivo, acho que o amo.
Anna: Diga isso para ele.
Danielle: Não, como direi isso a ele? Não posso, não devo.
Anna: Quer que eu fale com ele?
Danielle: Não, melhor não, e outra não sei se ele sente o mesmo por mim, e se ele não sentir terei de
ir embora, não suportaria viver na mesma casa com ele, já que ele saberia dos meus sentimentos.
Anna: Eu acho que ele gosta de você sim, cada um demonstra o amor como pode e consegue, ele
parece ser um homem que não demonstra emoções mas isso se deve a sua educação rígida, no fundo eu sei
que ele gosta muito de você.
Danielle: Tomara que você tenha razão, mas acho que você pode me ajudar.
Anna: Adoraria te ajudar, como?
Danielle: Me conte como conquistou Ewan.
Anna: Bom, ele foi roubar a estalagem em que eu estava, errou de quarto e caiu em minha cama, aí
eu . . .
Danielle: Tudo bem, já entendi, acho que não poderei fazer isso.
Anna: (sorrindo) É melhor que não mesmo.
Danielle: (segurando as mãos de Anna) Obrigada pelo apoio.
Anna: Pare com isso, eu gosto muito de conversar com você, mas agora vamos tirar a mesa, quando
menos esperarmos eles voltarão, e começará tudo de novo.

***
Holbein, Owen e Jack chegam até uma ferraria:
Ferreiro: Oque desejam?
Owen: Afiar o meu gancho.
Ferreiro: Me de e eu afiarei.
Owen: Eu prefiro eu mesmo faze-lo.
Ferreiro: Faça como quiser.
Jack: Eu também gostaria de. . .
Holbein: (puxa Jack pelo braço e fala baixo) Procure Alfred, ele tem uma venda de legumes na parte
baixa da vila.
Jack: Entendido. . . para que?
Holbein: Para saber mais sobre os demônios.
Jack: Sim eu estou indo, peça para Owen afiar minha espada (tira sua espada já muito enferrujada, e
parte)
Holbein entrega a espada para Owen e diz para afia-la, o ferreiro volta-se para Holbein:
106

Ferreiro: E você oque quer?


Holbein: Eu, nada.
Ferreiro: Então saia.
Holbein: Gostaria de ficar com meu amigo.
Ferreiro: Afiar espada, gancho permanecer em minha ferraria, oque pensam que isto seja?
Owen: Nós iremos pagar.
Ferreiro: Não consigo trabalhar com tanta gente, se quer me pagar termine esses rastelos, eu irei a
taverna beber um pouco e depois vou dormir, me acordem quando saírem.
Owen: Tudo bem.

***
Jack chega na venda de Alfred:
Jack: Por favor, me chame Danielle ou Elaine.
Alfred: Sim Jack.
Alfred faz oque Jack pede e Elaine vem conversar com ele:
Elaine: Jack seja bem vindo.
Jack: Porque envolveram Owen e Holbein nisto, pensei que fosse a tarefa de vocês?
Elaine: Foi o padre Ranza, ele achou que seria bom pra o aprendizado de Holbein.
Jack: Não sabemos que tipo de demônios estamos enfrentando, mas acho que já faço alguma idéia.
Elaine: Você continua com a farsa?
Jack: Farsa, eu não faço farsas, a missão que me foi confiada é muito mais importante que isso, só
acho que mesmo eles sendo nossos aliados eles não devem saber.
Elaine: Sim, entendo.
Jack: E Joshua, foi levar seus colegas para os rituais no templo?
Elaine: Sim.
Jack: Ele seria de grande ajuda, mas agora quero que venha comigo, me leve até a ferraria onde eles
estão, e chame a atenção deles com relação a atitude de contar a um humano sobre demônios e sobre vocês.
Elaine: Sim.
***
Dirk está na floresta, olhando para as árvores e ainda pensando sobre seu avô, mas logo tenta se
distrair para aproveitar suas férias, até que Kate chega:
Kate: Parece distraído irmão, oque há?
Dirk: Não é nada.
Kate: Pensando em Danielle?
Dirk: Não, de onde você tirou essas bobagens?
Kate: Vai dizer que não percebeu nada até agora.
Dirk: Sim, também gosto dela, mas tenho muitos problemas no momento.
Kate: Quais?
Dirk: Nada com que deva se preocupar. Como começou a treinar com o arco?
Kate: Sempre vi você fazendo, apenas imitei, Ewan me comprou o arco, então treinei dia e noite, até
acertar meu primeiro alvo.
Dirk: Oque usava como alvo?
Kate: Uma árvore.
Dirk: (esboçando um sorriso) Uma árvore e demorou quanto tempo para acerta-la?
Kate: Dois dias.
Dirk sorri.
Kate: Não ria, eu nunca tinha pego uma arco na mão, pelo mesmos para atirar.
Dirk: Desculpe, mas você mudou muito.
Kate: Sim, Anna me ajudou muito.
Dirk: Não sei se isso foi bom.
Kate: Não julgue Anna, ela apenas quis ajudar, e outra eu não poderia ser aquela menina para
sempre, sua viagem também me fez crescer, tive de defender a floresta e honrar o nome Bogard.
Dirk: Tem razão, desculpe.
Kate: Agora eu vou voltar para a choupana, foi bom conversar com você.
Dirk: Espere eu vou com você, mas eu gostaria que acertasse aquela maçã para mim ver.
Kate: Qual?
107

Dirk: A mais alta.


Kate então pegou o arco armou-o e atirou na maçã e acertou:
Kate: Pronto irmãozinho agora vamos.
Assim os dois voltam para a choupana.

***
Elaine chega na ferraria acompanhada de Jack e dirige-se para Holbein:
Elaine: Porque mandou ele até nós?
Holbein: Ele chegou até vocês, desculpe mas achei que ele não encontraria o caminho.
Elaine: É melhor que isso não se repita, é perigoso para pessoas como ele se envolver com isso.
Holbein: Sim, mas já conhecemos ele, e ele irá nos ajudar desta vez.
Elaine: Faça como quiserem, se precisarem de algo sabe onde me encontrar.
Holbein: Claro, obrigado.
Elaine se retira e Holbein devolve a espada para Jack devidamente afiada por Owen:
Holbein: Está ficando tarde vamos voltar para a choupana e elaborar um plano, hoje é o da do ataque
se tudo continuar ocorrendo da mesma forma.
Owen: Sim eu irei acordar o ferreiro.
Assim os três voltam para a choupana, eles conversam e decidem sair durante a noite para caçarem
os demônios, e Anna, Ewan e Kate decidem fazer o mesmo mas na floresta. A noite cai, todos se armam então
Dirk voltasse para Danielle:
Dirk: Quer vir conosco?
Danielle: Porque?
Dirk: Não quero que fique sozinha, e a choupana pode ser atacada.
Danielle: Não sei, tenho medo.
Dirk: Tudo bem, estará comigo.
Danielle: Tudo bem eu irei.
Holbein: Então vamos nos dividir.
Owen: Dirk e Danielle podem ficar na parte nobre da vila que é mais tranqüilo.
Dirk: Certo.
Owen: Jack pode ficar na praça central e na igreja.
Jack: Ok.
Holbein: Owen irá comigo para a parte baixa da vila, onde ocorreram os primeiro ataques.
Owen: Vamos rápido temos de chegar em nossos postos antes do toque de recolher.
Dirk: Tem razão vamos.
Assim todos se dirigem a seus postos, Owen e Holbein notam uma pequena agitação seguida de uma
grande correria, eles então decidem ir averiguar oque está ocorrendo, e algumas vendas adiante eles vêem três
bandoleiros atacando os comerciantes, então eles decidem enfrenta-los, Holbein saca sua espada e ataca de
surpresa um deles e acerta um golpe que arranca a arma da mão do bandoleiro, este desfere um soco contra
ele, mas Holbein desvia e bate com o cabo da espada no maxilar do oponente fazendo este cuspir dois dentes
antes de cai. Owen apenas desvia do bandoleiro que está lhe atacando, mas ao acertar um soco em Owen sua
mão quase quebra devido a resistente armadura do oponente, então ele saca sua pequena espada e continua a
desferir golpes contra Owen que continua desviando. Holbein parte para cima do outro bandoleiro e lhe
desfere um chute no rosto, ele cai por um instante, mas se levanta e ataca Holbein com uma adaga, Holbein
desvia e quebra o braço do bandoleiro que cai no chão de dor, Holbein desfere outro chute no rosto, que faz o
bandoleiro ficar desacordado. O bandoleiro que luta conte Owen desfere um golpe e prende sua espada na
parede, Owen aproveita e defere um soco no estômago do inimigo, e depois usa seu gancho para causar um
corte profundo no abdome do oponente que desmaia de dor, a população ao ver como os dois a protegeram os
aplaude, eles agradecem e saem, a guarda logo chega e levam os bandoleiros para a prisão, Holbein e Owen
continuam caminhando pela parte baixa da vila.

***
Na floresta Kate, Anna e Ewan estão andando cada um segurando uma pequena tocha e ouvem um
barulho um pouco a frente, Ewan se adianta e vê um vulto agachado, Anna se aproximais e vê um demônio
comendo um homem, porem não é possível ver sua aparência, ela avisa Kate que joga a tocha um pouco a
frente e se arma com seu arco, Ewan empunha uma adaga e Anna joga sua tocha perto do demônio e o ataca,
este desvia te seus ataques, e investe contra Ewan, que leva um golpe com uma bengala no rosto, Ewan cai e
108

Kate desfere uma flecha contra o inimigo mas erra, Kate é muito boa com o arco, mas nunca havia o utilizado
em combate, Ewan se esforça e consegue se levantar, Anna não vê necessidade de assumir sua forma
demoníaca e luta em seu corpo humano, mas nem ela nem o demônio consegue acertar um ao outro, devido a
agilidade de ambos, Ewan tenta uma investida mas é retido pelo demônio que o chuta nas partes baixas e
depois no rosto, nisso Anna enterra uma Adaga num dos braços do demônio, Kate dispara outra flecha, que
passa muito perto do demônio, mas não o acerta, ele furioso, corre até ela e bate com sua bengala no rosto de
Kate e depois começa a pisar em sua cabeça, Anna assume sua forma demoníaca e consegue tirar o demônio
de cima de Kate, ele então tira sua capa e faz revelar um par de asas negras e foge voando, Anna também
voando o persegue, Ewan então decide levar Kate devolta à choupana.

***
Dirk e Danielle estão sentados em um banco na parte nobre da vila, eles conversam um pouco sobre
assuntos aleatórios, até que surge um homem muito bem vestido, mas com roupas um pouco diferentes,
usando um chapéu um tanto quanto estranho mas agradável, ele se dirige a Dirk:
Homem: Com licença senhor, mas não devia levar a sua senhora para casa, a vila está muito
perigosa, principalmente a noite.
Dirk: Está tudo bem, qual o seu nome?
Homem: Deur, mas eu devo insistir, uma mulher tão bonita não deveria correr nenhum perigo.
Danielle parece distante, então Dirk responde:
Dirk: Senhor Deur, ela está a salvo comigo.
Deur: Ok, mas quando vocês se casaram?
Dirk: Não nos casamos, somos amigos.
Deur: Amigos ! ? Então me permite corteja-la?
Dirk: Não creio que ela queira.
Deur: É uma lastima, então devo me retirar, boa noite.
Dirk: Boa noite.
Deur se retira, e Dirk voltasse para Danielle:
Dirk: Danielle porque não disse nada?
Danielle: Não sei, aconteceu algo estranho, não estou me sentindo muito bem, vamos para casa.
Dirk: Claro, vamos.
Dirk ajuda Danielle a se levantar e eles caminham devagar até que Dirk ouve passos cada vez mais
próximos deles, ele olha para trás e vê um garoto correndo, ele não dá importância e ao voltar-se para frente,
ele vê uma criatura negra, a criatura passa a mão perto do rosto de Danielle e esta cai, como se estivesse
dormindo, Dirk saca sua espada e investe contra a criatura que desvia e o ataca com um cajado, Dirk é acerto,
mas a força do golpe não foi bastante para derruba-lo, Dirk desfere um golpe e a criatura grita na escuridão e
volta a atacar Dirk que cai, mas logo se levanta, e desfere outro golpe contra a criatura que cai, Dirk investe
novamente contra a criatura, mas este desvia e o acerta novamente, Dirk cai pero de Danielle, e quando a
criatura vai ao seu encontro é agarrada pelas costas por Owen, a criatura se debate muito para escapar,
Holbein desfere um golpe contra ela mas acerta as amarras da armadura de Owen, e ela se solta, Holbein tenta
novamente e acerta o golpe na criatura mas ela resiste, até que ela cai, Owen verifica a criatura e ela foi acerta
com uma flecha no pescoço, ao olhar adiante vê Dirk baixando seu arco, a criatura ainda respira, e para
prevenir Owen a amarra, Holbein ajuda Dirk a se levantar mas este parece muito fraco, então ele mesmo
decide levar Danielle, eles decidem levar a criatura para a floresta, para não mostrar o caminho da choupana,
e Holbein levará Danielle para casa.
Tomando um rumo diferente Holbein segue para a choupana, e ao chegar lá encontra-se com Ewan
muito ferido:
Holbein: Oque houve Ewan (colocando Danielle em uma cadeira).
Ewan: Achamos o demônio na floresta, Anna está o perseguindo para descobrir seu esconderijo, e
com Danielle oque houve?
Holbein: Não sei bem, mas quando a encontrei ela e Dirk estava sendo atacada por um demônio.
Ewan: Outro, e vocês o derrotaram?
Holbein: Sim, mas Dirk e Owen estão o levando para a floresta para interroga-lo.
Ewan: Vá com eles eu cuidarei de Danielle.
Holbein: Obrigado (e parte).
Quando Holbein chega ao local em que estaria combinado descobre que nem Dirk, nem Owen
conseguiram tirar qualquer informação da criatura, então decide tentar:
109

Holbein: Fale, oque faz aqui?


Criatura: . . .
Holbein: Fale.
Criatura: . . .
Holbein: (pegando um pequeno frasco de seu bolso) Creio que você sabe oque é isto, e sabe oque
faz, diga quem é você?
Criatura: Meu nome é Ceraj, sou um inccubi, oque quer saber mais?
Holbein: Oque faz aqui?
Criatura trabalho para um demônio maior
Holbein Fazendo oque? E que é este demônio?
Nesse momento surge uma criatura idêntica porem de asas e enterra a flecha fincada no pescoço de
Ceraj, e antes que alguém esboce qualquer reação ele chuta a cabeça do demônio esmagando-a causando
assim sua morte, após o feito ele se retira voando, Dirk saca seu arco e atira contra o demônio, eles ouvem um
urro mas o demônio desaparece, pouco depois surge Anna se desfazendo de sua aparência demoníaca, ela
olha para Ceraj:
Anna: Como vocês o mataram em tão pouco tempo?
Holbein: Este é outro, o que você perseguia fugiu.
Anna: Oque descobriram?
Dirk: Que ele é um inccubi, não sabemos para quem ele trabalha ou oque faz aqui.
Owen: Você que é mais entendida no assunto, consegue responder a alguma dessas perguntas?
Anna: Sim, se ele é um inccubi pertence a mesma espécie que eu.
Dirk: Mas você não disse uma vez que era uma succubi?
Anna: Sim, succubi é o feminino, e inccubi é o masculino de nossa espécie, e portanto temos a mesma missão,
criar híbridos de demônios e humanos e leva-los ao inferno para aumentar as legiões.
Holbein: Mas você não engravidou de Ewan em três anos, é pouco provável que eles consigam. . .
Anna: Eu utiliza meus poderes para não engravidar de Ewan, para não vez nosso filho ser levado,
mas eles utilizam o poder deles de forma contrária, e apenas com uma cópula, conseguem atingir o objetivo,
contarei mais para vocês no caminho esto preocupada com Kate.
Dirk: Oque aconteceu com ela?
Anna: Nada de grave, mas ela levou uma surra.
Dirk: Entao vamos nos apressar, Danielle também não está nada bem.
Anna: Porque?
Dirk: O demônio a fez desmaiar.
Anna: Então não se preocupe com ela, quando ele morreu ela voltou a normal, agora deve estar
cuidando de Kate e Ewan sem se lembrar de nada.
Dirk: Isso já é um alivio.
Longe dali, sentado na porta da igreja se encontra Jack:
Jack: (para si mesmo) Hum. . . tudo terminou bem, por enquanto.

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Capítulo 8 - Obsseção

Dois dias se passaram desde que Holbein e os outros descobriram a existencia de demônios que se
procriam na vila de Akte, nesse tempo ele e Owen procuraram pistas, novos assassinatos, mas não
encontraram nada que pudesse ajuda-los a revelar paradeiro dos demônios, enquanto isso Dirk pensa em
muitas coisas, o fato de seu avô não ser citado no mosteiro, demônios em Akte, sua irmã que resolveu bancar
a heroina e acabou muito ferida, ele resolve esperar por Holbein para juntos irem até a igreja conversar com
padre Ranza. Holbein e Owen chegam na choupana onde Dirk os aguarda:
Dirk: Vamos comigo até a igreja?
Owen: Não dá, estou indo a ferraria, estou forjando uma espada e gostaria de termina-la logo, e para
que quer ir na igreja, pensei que iria se tornar um druida?
Dirk: Apenas conversar com o padre, tenho algumas perguntas.
Holbein: Eu irei com você, vamos.
110

Owen vai até a ferraria e Holbein e Dirk chegam até a igreja, Holbein olha para a parede e vê sua
decoração ainda para terminar, Dirk vê Ranza no altar e vai em sua direção, Holbein pede a benção a Ranza e
este o abençoa, só então Ranza vira-se para Dirk:
Ranza: Oque quer filho?
Dirk: Padre, não é segredo para nós que em breve eu me tornarei um monge celta, e que as minhas
crenças são muito diferentes da sua e de Holbein, mas já ouvi muitas histórias sobre a sua religião. Pensei
muito durante esses dois dias e cheguei a uma conclusão.
Ranza: Diga-a então filho.
Dirk: Se estamos enfrentando demônios onde estão seus opostos, os anjos que deveriam zelar por
nós, segundo a sua religião eles existem, não seria o caso desses anjos vir a Akte e destruir os demônios e
purificar as crianças que estas pobres mulheres carregam sem saber oque seus filhos são?
Ranza: Anjos. . . sim eles existem mas não neste conglomerado.
Holbein: Como assim?
Ranza: Haviam apenas dois anjos neste conglomerado, Jiah aqui em Akte e Kalel em Kurok, mas
eles já se foram. Mas está enganado ao dizer que eles fazem parte da minha religião.
Dirk: (surpreso) O senhor não é um padre católico (irônico)?
Ranza: Não, lembre-se que sou um mago de Salomão em primeiro lugar, trabalho como padre por
dois motivos: para não colocar em risco a ordem de Salomão e para ter acesso a livros e outros benefícios da
igreja.
Dirk: E porque os anjos não se encontram mais aqui?
Ranza: Não posso falar sobre isso agora.
Dirk: E porque não tenta entrar em contato com um anjo pelo menos para nos ajudar.
Holbein: Ele não pode.
Dirk: Porque não?
Ranza: Como servo da ordem de Salomão, não caçamos apenas demônios mas sim toda a existencia
sobrenatural neste mundo.
Dirk: Oque isso quer dizer?
Holbein: Que caçamos tanto demônios quanto anjos, não faz diferença para nós.
Ranza: Holbein está certo, infelizmente Dirk não podemos fazer nada, o mundo foi dado aos homens
e ninguém nem anjos nem demônios tem o direito de vir aqui e domina-lo.
Dirk: Estou muito confuso, vou até a floresta pensar um pouco, voltarei mais tarde.
Ranza: Estarei esperando.
Os dois partem e vão até a ferraria para conversar com Owen e depois irem almoçar.

***
Na choupana Ewan senta-se na beira da cama de Kate:
Kate: Já estava me sentindo sozinha.
Ewan: Como você está?
Kate: Minha cabeça ainda dói um pouco, e Anna foi para o boticário?
Ewan: Sim, mas não quero mais você envolvida com demônios ou bandoleiros oque qualquer outra
forma de perigo, eu prometi ao seu irmão que cuidaria muito bem de você e eu cumpri minha promessa no
tempo que ele esteve fora, mas não é porque ele voltou que a senhorita vai fazer oque pensa entendeu?
Kate: Nem parece Ewan Calrissian falando, está mais para Dirk Bogard.
Ewan: Estou falando sério Kate.
Kate: Eu sei desculpe, eu sempre vivi com meu irmão nunca nos separamos até quando ele decidiu ir
ao mosteiro estudar, mas eu sinto que devo continuar oque ele parou.
Ewan: A floresta?
Kate: Sim, ele tomava conta da floresta e por muitos anos ela foi nossa única casa, quando meu
irmão precisa pensar ele vai até ela, ele cuidou muito bem dela, conseguiu afugentar todos os bandoleiros no
caminho entre Akte e Lawn, mas agora ele não poderá mais fazer isso até ele voltar de vez, eu tenho a
obrigação de protege-la, não só por mim mas por ele também.
Ewan: É, acho que você cresceu muito, está certo, eu e Anna continuaremos te ajudando, mas quero
que me prometa que se aparecer algum problema você corre para longe.
Kate: Prometo.
Ewan: Quem iria imaginar, um ladrão de jóias e uma succubi protegendo uma floresta.
Kate: E você e Anna como estão?
111

Ewan: Como assim, você está sempre conosco e não sabe?


Kate: Claro que sei que vocês se amam, mas eu converso muito mais com ela do que com você, e
gostaria que você me contasse, pelo que me lembro você nunca ficava por muito tempo com uma mesma
mulher.
Ewan: As coisas mudaram, estamos juntos a mais de três anos, e eu não pretendo me separar nunca
dela, mas não podemos ter filhos, casar na igreja, nada do que minha mãe queria para mim, acho que ela vai
ter de se contentar só com a minha irmã para essas coisas. Ah, minha irmã irá se casar em sete dias eu e Anna
iremos, você quer ir?
Kate: No casamento, na mansão claro quero sim.
Ewan: Então iremos todos, vou convidar os outros também, mas trate de descansar e se recuperar
logo.
Kate: Ok.
Ewan vai até a porta da choupana e vê um cavalo se aproximando com um homem caído em seu
dorso, Ewan para o cavalo e o homem cai no chão segurando uma estranha planta, ao virar o rosto do homem
Ewan descobre ser Marco, e o leva para seu quarto, ele dorme, Ewan coloca a planta ao seu lado e desce até o
porão onde encontra uma das poções de cura, e a prepara perto da cama do amigo, ao descer as escadas se
depara com Danielle, Ewan diz que as costas de Marco está em carne viva e pergunta se ela poderia ajuda-lo a
limpar os ferimentos, ela acena que sim com a cabeça e sobe dizendo que irá procurar por panos limpos e
Ewan sai a para pegar água. Dirk, Owen e Holbein chegam na choupana e Ewan os leva para quarto de
Marco que começa a acordar:
Ewan: Amigo estás bem?
Marco: Insetos. . .
Dirk: Oque?
Marco: Insetos, insetos grandes.
Owen: Provavelmente ele caiu em cima de um formigueiro, ele não sabe montar direito e as formigas
o atacaram.
Ewan: Eu vi as costas dele e formigas não fazem isso.
Holbein: Insetos, onde?
Marco: Em Hope.
Marco então conta tudo oque ocorreu na vila de Hope, Dirk decide, durante o almoço, que irá falar
com Ranza novamente Owen e Holbein irão também, Danielle come rápido e se retira da mesa para levar
comida para Kate, Ewan por sua vez nem consegue comer e leva um caldo para Marco:
Ewan: Aqui amigo, coma um pouco.
Marco: Vejo que usou uma de minhas poções, aquelas aulas valeram a pena não?
Ewan: Não, você já havia deixado tudo pronto eu só coloquei água quente.
Marco: Ah, amigo que bom voltar.
Ewan: Que bom que ainda está vivo.
Marco: Mas eu irei voltar, prometi para Alejandro que o ajudaria.
Ewan: Os paladinos já seriam o bastante, há algo que esteja me escondendo?
Marco: Na verdade sim, conheci uma mulher muito bonita.
Ewan: É, como ela é?
Marco: Loira com os cabelos cacheados, dois enormes olhos azuis.
Ewan: Ela tem nome?
Marco: Fábia.
Ewan: Vale a pena arriscar a vida por ela?
Marco: Sim.
Ewan: Gostaria muito de ajuda-lo amigo, mas haverá o casamento de minha irmã em breve e não irei
com você.
Marco: Isabelle irá casar?
Ewan: Sim, gostaria muito que você viesse, mas acho que já tomou sua decisão.
Marco: Sim.
Ewan: Sinto não poder ajuda-lo num momento tão difícil.
Marco: Pare amigo, tudo bem, você é um ladrão não um guerreiro, e ainda irá vários paladinos que
são treinados durante anos para combater esse tipo de mal, deseje felicidades a sua irmã quando chegar o dia.
Ewan: Obrigado.
Nesse momento Dirk sobe até o quarto de Marco:
112

Dirk: Nós já iremos.


Marco: Eu irei também.
Ewan: Acho que você deveria descansar mais.
Dirk: Ewan tem razão, você não pode sair neste estado.
Marco: Eu preciso ir.
Dirk: Ok, vamos.
Ewan: Eu irei conversar com Anna acho que ela deveria saber do que há em Hope.
Marco: Tem razão, leve está planta e mostre a ela.
Ewan: Porque, que planta é esta?
Marco: É isso que ela irá me dizer, mas vamos agora não percamos tempo.
Dirk, Holbein, Owen e Marco se dirigem para a igreja, padre Ranza se encontra em suas orações, ele
se vira e vê o grupo chegando, Marco está sendo amparado por Holbein e Owen:
Ranza: Os demônios atacaram ele?
Marco: Que demônios?
Holbein: Não ele foi atacado em Hope.
Ranza: Ponha-o aqui deitado, eu irei curar as costas dele enquanto, vocês me contam oque está
havendo.
Holbein e Owen obedecem e Marco conta a Ranza oque houve em Hope, e também fica sabendo
oque houve em Akte na as ausência:
Dirk: E então padre, demônios em Akte, Hope como resolveremos isso?
Ranza: Eu. . .
Dirk: E quem irá ajudar-nos? O senhor?
Ranza: Amanhã a igreja não abrirá por causa da grande feira, mas vocês podem procurar por Hugh
Castle na vila de Lawn, ele saberá oque fazer, melhor que eu, estou curando as costas dele e em breve ele
poderá montar.
Owen: E quem é Hugh Castle?
Ranza: Um amigo.
Holbein: Obrigado padre.
Pouco tempo depois Owen, Dirk e Holbein vão até a choupana preparar os cavalos, equipamentos e
provisões, Marco vai até seu boticário, lá encontra-se com Anna e Ewan:
Anna: Soube do ocorrido, está melhor?
Marco: Sim, graças ao padre Ranza.
Anna: Que bom, Ewan me trouxe sua planta, onde você achou essa mandragora?
Marco: Sim é este o nome, um amigo em Hope a deixou para mim, mas porque?
Anna: Esta é uma planta vinda do inferno, é muito comum que magos, alquimistas e outros a tenham
em seus laboratórios para avisa-los de invasores ou mesmo para defende-lo, algumas aprendem até a produzir
magias instantâneas como habilidade natural.
Marco: Isso parece bom.
Anna: Mas no início você terá de rega-la com fluidos de seu corpo.
Marco: Fluidos?
Anna: Sangue, suor, lágrimas. . .
Marco: Já entendi, estamos indo para Lawn.
Ewan: Para que?
Marco: Parece que lá há um homem chamado Hugh Castle, padre Ranza disse para procurar-mos por
ele.
Anna: (Pálida) Castle !
Ewan: Algum problema?
Anna: Não, Ewan acho melhor não deixarmos a vila desamparada enquanto eles vão, Kate também
não pode se esforçar, acho que devemos ficar para protege-la.
Ewan: Você tem razão, eu irei com Marco até a choupana para comunicar os outros de nossa decisão.
Marco: Anna você está bem?
Anna: Sim, é só um mal estar vou me sentar um pouco, mas vão pelo que sei vocês não possuem
muito tempo.
Ewan: Tudo bem, vamos Marco.
Marco: sim.
Quando os dois se distanciam um pouco, Anna fecha a boticário e corre.
113

Ewan e Marco chegam na choupana lá encontram já tudo pronto para a partida:


Holbein: Vamos dois no cavalo de Dirk e dois no cavalo que Marco trouxe.
Ewan: Eu e Anna ficaremos para proteger Kate e Danielle, não precisão dividir-se em dois para irem,
usem o meu cavalo e o de Anna.
Holbein: Obrigado, e acho melhor que vocês fiquem mesmo.
Ewan: E Dirk onde está?
Holbein: Com Kate.
Ewan: Irei entrar, se precisarem de mais alguma coisa.
Holbein: Ok.
Nesse momento Jack chega na choupana:
Jack: Amigos, oque houve com os demônios?
Owen: (arrumando o cavalo de Anna para si) Não, você some por dois dias e agora chega nos
perguntando oque houve.
Jack: Bom naquela noite eu fiquei na porta da igreja como vocês me pediram, aí eu fiquei com fome
e comi algo que preparei para uma emergência, mas a comida estava na minha mochila a mais de duas
semanas, estava ruim, mas eu estava com muita fome, então eu comi, bom depois disso. . .
Owen: Tá não precisa explicar mais nada acho que já entendemos.
Jack: Onde vamos?
Holbein: Iremos para Hope, mas você pode ficar.
Jack: Não eu irei com vocês, só irei buscar meu cavalo e iremos.
Owen: Você tem um cavalo?
Jack: Sim e sei montar muito bem.
Holbein: Acho que não acredito muito nesta parte.
Marco: Holbein, quem é ele.
Jack: (correndo e apertando a mão de Marco) Sou Wundt F. Brewer, também conhecido como Jack,
sou um excelente guerreiro, um arqueiro excepcional, sigo com perfeição os rastros deixados por uma pessoa
a mais de um mês.
Marco: Meu nome é Marco Soprano, como conheceu Owen e Holbein?
Jack: Salvei a vida deles quando os seis estavam a caça da cabeça deles e eu. . . bom viajaremos
juntos e então eu contarei toda a história para você.
Marco: Ok.
Jack: Vou buscar meu cavalo.
Jack se retira e Marco percebe desanimo no rosto de Owen e Holbein:
Marco: Oque foi? Não devemos desperdiçar um aliado como ele.
Owen: Ele é uma farsa, nós os salvamos, ele disse que era um bom guerreiro e no momento do
combate, quase morreu.
Marco; Nesse caso é melhor ele ficar.
Holbein: Não, ele irá.
Dirk está no quarto de Kate, ela se encontra mais disposta, mas Dirk não consegue tirar os olhos da
mancha roxa feita pelo demônio no rosto de sua irmã:
Dirk: Como isso foi acontecer conosco? Vivia-mos uma vida sem luxo mas muito tranqüila. Estive
pensando em sair deste conglomerado, deste país, vamos eu e você, vamos nos mudar para Gales, temos um
pouco de dinheiro ainda, venderemos nossa parte dessa choupana para Ewan e construiremos outra em Gales,
perto do mosteiro, eu estudaria no mosteiro e dormiria em casa com você, acho que eles não me negariam
esse favor. Oque acha?
Kate: Eu não quero me mudar, eu não quero ficar longe da Anna, do Ewan, da Danielle. . . falando
em Danielle apenas nos dois iriamos para Gales?
Dirk: Não sei, se alguém quisesse vir conosco viria.
Kate: Eu não gostaria disso, quero ficar aqui, eu prometo não me envolver mais em lutas, me
manterei afastada, se eu fizer de novo nós iremos.
Dirk: Outra vez, na próxima você poderá morrer, nesse mundo não podemos ser heróis, os heróis são
maravilhosos mas eles só tem dois destinos, são mortos ou esquecidos. . .
Dirk para de falar ao ver as lágrimas rolarem pelo rosto de Kate, Danielle que estava parada na porta
e ouviu oque Dirk disse:
Danielle: Não chore Kate, seu irmão só está tentando protege-la.
Kate: Eu sei, mas alguém tem de ajudar as pessoas.
114

Dirk: Mas Kate. . . (Danielle o segura pelo braço e o puxa) descanse na volta falaremos mais sobre
isso.
Kate: Obrigada, faça boa viagem.
Dirk: Sim eu farei.
Dirk e Danielle saem do quarto de Kate, eles vão em silêncio até a cozinha:
Danielle: Desculpe me intrometer, mas você estava magoando sua irmã.
Dirk: Desculpe, mas estou meio confuso, há muitas coisas acontecendo, bom eu irei para Lawn e
creio que lá me responderão algumas duvidas.
Danielle: Espero que sim, fiz alguns doces de leite para você levar na viagem, também preparei um
pouco de comida caseira, sei que você consegue comida fácil na floresta, mas. . .
Dirk: Muito obrigado (Danielle sorri), tenho de ir agora, cuide de tudo.
Danielle: Sim eu cuidarei, boa viagem.
Dirk: Obrigado.
Assim Dirk, Holbein, Marco, Jack e Owen partem para Lawn.

***
Anna voltou ao inferno, e invade a sala de sua avó:
Lusage: Pensei ter lhe dado uma boa educação.
Anna: Vó pare com isso, oque aqueles inccubis estão fazendo em Akte?
Lusage: O mesmo de sempre, procriando.
Anna: E porque Hugh Castle está envolvido?
Lusage: Sente-se vou lhe contar (Anna senta sem discutir), Hugh agora trabalha para um daemon
chamado Faapan, ele e Tyron estão trabalhando para Vizude, juntos eles pretendem tomar o conglomerado.
Anna: E onde você se encaixa?
Lusage: Eu estou também trabalhando para Vizude, mas não diretamente, só forneço os demônios.
Anna: Não há como você desistir disso, digo você não precisa. . .
Lusage: Ficar contra você?
Anna: Sim.
Lusage: Querida eu jamais ficaria contra você, mas as ordens de Lilith foram claras, não se preocupe
os inccubis não irão te incomodar.
Anna: Mas incomodam meus amigos.
Lusage: Você sabe de sua natureza, eles morreram, mesmo que de velhice e você continuará jovem e
bonita, e aqui no inferno, vale a pena perder a eternidade por ele?
Anna: Sim, vale.
Lusage: Não irei discutir, mas quero que saiba de algo, Yan Gregor voltará como aliado de Tyron se
você gosta de Ewan, traga-o para cá, eu sei que Gregor busca vingança, e ele será afetado.
Anna: Conversarei com ele depois do casamento de sua irmã.
Lusage: Espero que não seja tarde demais.
Anna: Obrigada.
Anna parte do inferno mas sente que sua avó não lhe contou toda a verdade.

***
Um dia e meio se passa Holbein e os outro chegam em Lawn, como de costume os moradores se
trancam em suas casas com medo, eles vão até a taverna, eles pedem algo para comer:
Jack: Uma rodada de vinho para meus amigos, por minha conta.
Marco: A Segunda será por minha conta.
Todos comem e bebem, Marco continua pedindo rodadas de vinho, Dirk para logo de beber e
pergunta ao taverneiro sobre Hugh Castle, e descobre onde mora, quando está de saída Holbein se levanta e o
segue, Jack tenta segui-los mas cai de bêbado, Owen o levante e o leva para vomitar do lado de fora da
taverna, quando volta vê Marco vomitando no chão:
Owen: Pelo menos este já está melhor.
Holbein e Dirk chegam a casa de Hugh, Dirk bate na porta e um homem já de idade, trajando roupas
simples a abre:
Dirk: Por favor o senhor Hugh.
Homem: Sim sou eu.
115

Dirk: Meu nome é Dirk Bogard e este é Holbein Van Rijn, o senhor poderia nos esclarecer alguns
assuntos?
Hugh: E quais seriam?
Dirk: Demônios.
Hugh: Vejo que beberam um pouco, eu nada sei sobre demônios.
Holbein: Somos enviados do padre Ranza.
Hugh: Neste caso entrem.
Os dois entram, a casa se revela ser simples sem muito luxo, Hugh senta-se na mesa e pede para os
dois amigos fazerem o mesmo, eles obedecem:
Dirk: Oque está acontecendo neste conglomerado? Porque os anjos não querem intervir?
Hugh: Esse conglomerado é um portal para o inferno, os demônios estão se apropriando dele para
abri-lo permanentemente, não há muitos portais no mundo e o conglomerado Falis é um deles.
Dirk: E os anjos?
Hugh: Os anjos estão esperando eles abrirem o portal, e encher o conglomerado de demônios, então
eles cercam o conglomerado de anjos captares e massacram os demônios.
Holbein: E a população?
Hugh: Morreram.
Dirk: Simples assim?
Hugh: Sim.
Holbein: E oque há em Hope?
Hugh: Não, não é um demônio, é apenas um mago louco, mas que fez um pacto com uma das
entidades que estão tentando dominar o conglomerado, a mesma que controla os inccubis que vocês
enfrentaram antes de vir para cá.
Holbein: Como sabe tanto?
Hugh: Mantenho um ou dois informantes em cada vila.
Dirk: Então não há como impedi-los.
Hugh: Não só há, como eu ajudarei vocês, se aceitarem.
Dirk: Toda ajuda será bem vinda.
Hugh: Pegarei algumas coisas e já podemos ir, ou estão casados demais?
Holbein: Um pouco acabamos de chegar.
Hugh: Então descansem um pouco eu providenciarei um cavalo para mim, podem usar minha casa.
Dirk: Obrigado, mas temos alguns amigos nos esperando na taverna, vamos contar as novas para eles
depois iremos.
Hugh: Tudo bem, façam como quiserem.
Dois dias se passaram e o grupo agora acompanhado com Hugh Castle chegam a choupana, Hugh já
está um pouco velho demais para viagens de emergência e está muito cansado, Dirk leva as coisas de Hugh
para o quarto de Marco que passará a dormir no porão onde fica seus experimentos, Anna e Hugh se cruzam
no caminho e se encaram, Dirk nota mas pensa que não a de ser nada, na cozinha Anna se reúne com os
outros:
Ewan: Está muito bonita (reparando no vestido de Anna).
Marco: Está mesmo, ficou bem em você.
Anna: Obrigada, vocês vão a feira conosco?
Marco: Sim com essa confusão até me esqueci, que sabe encontrarei oque falta para o boticário, e
outras coisas mais.
Jack: Sim a feira.
Holbein: Qual seu interesse em uma feira de artesanato?
Jack: A musica dos menestréis, e os doces.
Holbein: Sim os menestréis, talvez eles saibam de algo que está ocorrendo nos feudos (Holbein
percebe que Owen está um pouco nervoso) oque há Owen?
Owen: Odeio menestréis, mas é uma boa idéia colher informações com eles, então vamos.
Owen, Holbein e Jack saem da choupana:
Kate também de vestido encontra-se com seu irmão:
Dirk: Está melhor?
Kate: Já estou bem, você não vai a feira conosco?
Dirk: Ficarei mais um pouco com Hugh, que é nosso hospede agora, por algum tempo depois irei.
Kate: É muito bom vê-lo mais disposto.
116

Dirk apenas acena positivamente com a cabeça tentando esconder suas preocupações, Kate parte
junto com Anna e Ewan, Hugh se aproxima de Dirk:
Hugh: É sua irmã?
Dirk: Sim.
Hugh: Se não se importar eu gostaria de descansar um pouco, não gostaria de ir à feira.
Dirk: Sim tudo bem, gostaria que eu ficasse com o senhor?
Hugh: (olhando para a porta e vendo Danielle muito bonita em um vestido claro) Não você deve
acompanhar a dama.
Dirk: (vê Danielle): Sim, se precisar de algo fique a vontade.
Hugh: Não precisarei de nada, só repousar um pouco.
Danielle: Deixei um caldo perto da brasa, se o senhor quiser toma-lo ele estará morno.
Hugh: Muito obrigado.
Dirk e Danielle vão a feira, lá encontram-se com os outros, Jack comendo quantos doces consegue,
Marco também comendo doces e comprando o necessário para a boticário, Ewan e Anna sentados em um
banco conversando com Kate animadamente, Holbein e Owen ouvindo as canções dos menestréis, Dirk se
esquece dos problemas por um instante e vai a barraca de doces comprar algo para Danielle que está muito
sorridente por estar ao seu lado.
Nas apresentação dos menestréis Owen reconhece um deles, Jonas, o assassino de seu mestre
Willians, Owen deixa Holbein de lado e vai ao encontro de Jonas:
Owen: Vamos para os limites da vila.
Jonas: Como? Owen, como está a vida?
Owen: Deixe de cinismo barato filho de uma porca, vamos ou eu te matarei aqui mesmo.
Jonas: Não tenho nada contra você rapaz, seu mestre só morreu porque procurou por isso, não
cometa o mesmo erro.
Owen: Tarde demais.
Holbein: (se aproximando) Oque há Owen.
Jonas: Nada de mais, se é oque quer vamos ao limite da vila, mas vou avisar que não serei piedoso
como da outra vez.
Owen: Será rápido.
Dirk e os outros vêem Owen e Holbein acompanhado de um menestrel, eles deixam por conta dos
dois, afinal mais gente só iria atrapalhar a conversa e talvez intimidar demais o informante.
Owen, Holbein e Jonas chegam até uma parte dos limites da vila uma região com muitas árvores,
Owen faz um sinal para Holbein esperar afastado, Owen vai na direção de Jonas colocando sua luva de ferro,
e em seguida parte para cima de Jonas atacando tanto com seu gancho quanto com sua luva de ferro, Jonas
calmamente desvia de todos os golpes apesar de Owen estar sem armadura e assim mais rápido, Jonas saca
sua raiper e tenta usa-la mas sem sucesso, Owen continua atacando sem trégua, Holbein observa a luta um
pouco preocupado pois percebe que Jonas é muito ágil, Owen ataca e consegue desferir um golpe com seu
gancho e corta o rosto de Jonas, este fica extremamente irritado e sua pele fica rosada cheia de escamas, um
par de asas negras sobressai de suas costas rasgando suas roupas, Owen para de atacar e recebe um soco na
cabeça e cai de joelhos, Jonas prepara-se para desferir outro golpe mas Holbein corre em sua direção, então
ele resolve se defender de seu novo oponente, Holbein ataca com sua espada longa, Jonas novamente só se
esquiva, Holbein sabe que ele só quer cansa-lo, então decide desferir golpes mais amplos mesmo que isso
abra demais sua guarda, e era isso oque Jonas estava esperando, pois logo ao perceber a guarda de Holbein
aberta ele desfere alguns socos no estômago de Holbein que também se encontra sem armadura, Holbein não
desanima e investe novamente contra o demônio, Owen caído no chão começa a sentir uma forte dor de
cabeça, Holbein escuta os gritos de Owen e perde a concentração frente ao combate, Jonas ao perceber isso
ataca Holbein com maior ferocidade, este por sua vez não conseguem nem desviar e nem se defender e acaba
por cair, Owen grita e saem de sua testa dois chifres, e se curvam ao logo de sua cabeça, ele como em frenesi
correndo em direção a Jonas e o ataca corpo a corpo, a luta parece equilibrada mas logo Owen mostra sua
superioridade, e quando Jonas abre a guarda Owen enterra seus chifres no estômago do demônio e o ergue,
Jonas fica impossibilitado de atacar, Holbein ao ver o rumo do combate se esforça e se levanta segurando sua
espada, ele faz um sinal para Owen, e este vira Jonas de lado, Holbein então decapita o demônio que
desaparece, bem como os chifres de Owen, mas ainda sim em sua testa ficam dois grandes buracos sangrando:
Owen: Obrigado Holbein, agora meu mestre Willians descansara.
Holbein: Não foi nada, mas como fez aquilo, como conseguiu fazer brotar chifres de sua testa?
117

Owen: (amarrando uma tira de pano retirada das roupas de Jonas) Não sei, não sei como isso
aconteceu.
Holbein: Melhor esconder essas marcas.
Owen: Tem razão (Owen pega o chapéu de Jonas retira a pluma praguejado e cobre a cabeça)
Holbein: Vamos nos encontrar com os outro.
Owen: Sim.
Assim eles voltam para a festa, lá Dirk e Danielle estão vendo alguns utensílios para a casa, até que
surge Deur e se aproxima sem que os dois percebam:
Deur: Linda tarde, mas não tão linda quanto a senhorita (se referindo a Danielle e ignorando Dirk).
Danielle: Quem é o senhor ? (Dirk se sente aliviado por saber que quando Danielle se recuperou
esqueceu de Deur e dos outros demônios).
Deur: Eu sou Deur e estou a seu inteiro dispor, não quer dar uma volta comigo, a feira está bonita e
agradável para uma mulher como você perder tempo com utensílios domésticos.
Danielle: Não obrigada, já estou bem acompanhada.
Deur: Mas como ? (Deur estava usando um poder demoníaco capaz de fazer com que qualquer
mulher se apaixone por ele, menos aquelas que possuem um amor verdadeiro por outro homem). Venha para
cá garota ou seu queridinho irá morrer (com a voz cavernosa).
Dirk: (Danielle abraçou Dirk com força pelas costas) Ela não irá com você, difícil entender?
Deur: Quem não entendeu foi você ela será minha, a única verdadeira progenitora de meus
verdadeiros herdeiros.
Dirk: Acho que ela não deseja isso.
Nesse momento três homens encaram Dirk e se aproximam de Deur, Jack é o primeiro a perceber
toda a movimentação e caminha ao encontro de Deur:
Jack: Não sei oque está acontecendo, mas é melhor deixar meu amigo em paz (apontando o dedo no
rosto de Deur).
Deur sorri e com um golpe muito rápido acerta o estômago de Jack que cai de joelhos vomitando
sangue, esse foi o sinal de alerta, Holbein, Owen, Marco vão ao encontro de Dirk, logo depois Ewan, Anna e
Kate também se juntam a eles, Deur sorri:
Deur: Pretendem lutar aqui, no meio da feira, para mim pouco me importa o local, mas pretendo
voltar aqui um dia.
Owen: Vamos acabar com ele agora mesmo.
Ewan: Não, há muitas pessoas aqui, estamos desarmados, e ao que parece você e Holbein já tiveram
alguma "diversão" hoje, podemos esperar.
Holbein: Nós podemos, mas acho que ele não irá querer esperar.
Deur: Não, se o problema são as armas de vocês e um local, vão para sua casa peguem suas coisas
nos estaremos esperando na frente dela daqui a algum tempo.
Marco: Porque está fazendo isso? Está tentando nos enganar?
Deur: Não, só estou provando para a jovem dama que não sou tão ruim assim, de qualquer modo a
luta já está ganha como ou sem suas armas.
Deur e seus três acompanhantes se retiram, Dirk e os outros fazem o mesmo e vão para a choupana
pegar as armas, lá encontram Hugh tomando o caldo que Danielle preparou:
Hugh: Já voltaram? Pensei que a diversão ia se perdurar até mais tarde.
Owen: A diversão ainda irá começar.
Hugh: Oque ele está dizendo?
Dirk: Alguns demônios já devem esta esperando nossa saída da choupana.
Hugh: Oque eles querem?
Danielle: Eles querem a mim (chorando).
Hugh: Entendo, também vou me aprontar, ajudarei vocês.
Dirk: Será bem vindo.
Holbein sente fortes dores estômago causadas pelos golpes de Jonas, Owen também veste sua
armadura com dificuldades, Jack está sentado em uma cadeira e mau consegue se mover mas está consciente,
Dirk prepara seu arco e algumas flechas, Kate faz o mesmo em seu quarto para seu irmão não ver, Marco está
pronto e muito concentrado não aparenta estar com muito medo, bem como Ewan que não pega suas adagas
segurando apenas seu velho bastão, Anna parece apreensiva em um canto e Ewan vai consola-la, os dois se
beijam demoradamente, o silêncio só é quebrado pelos soluços de Danielle que chora muito. Hugh tira de uma
sacola um manto cinza muito grosso e o veste, Holbein lembra-se de sua visão e sente que ela realmente se
118

tratava de Hugh, este vai até seu quarto e pega seu cajado de madeira retorcida, mas ainda sim com aspecto de
novo.
Eles saem da choupana um a um, e do lado de fora encontram Deur e três demônios de escamas negras asas
de morcego, chifres amarelados pouco compridos e garras que de tão claras parecem brilhar sob a luz da lua
que começa a surgir. Dirk fica parado em frente a choupana com seu arco pronto e tendo como alvo a cabeça
de Deur. Holbein e Owen apesar de cansados são que tomam a iniciativa e vão em direção a um dos
demônios, ele voa com os pés a apenas alguns centímetros do solo, Holbein e Owen o seguem, eles pensam
que os outros conseguirão dar conta dos que sobraram. Anna e Ewan também vão ao encontro de um dos
demônios que faz o mesmo que o outro, e se afasta do grupo, este parece estar um pouco machucado no
ombro, Marco e Hugh decidem ficar perto da choupana para proteger Kate e Danielle e atacam o demônio
restante de longe, Marco com algumas setas disparadas de sua besta, e Hugh com facas da própria choupana,
mas o demônio é ágil e se esquiva das facas de Hugh, mas suas asas são perfuradas diversas vezes pelas setas
de Marco, isso faz com que ele perca a paciência e voe para um ataque corporal, Marco saca rapidamente sua
raiper, mas sua arma leva desvantagem sobre as garras do demônio, e ele acaba encurralado em uma árvore,
Hugh corre em seu socorro e consegue desviar a atenção do demônio de Marco, e este aproveitando-se do
momento de distração enterra sua raiper no peito do inimigo, o demônio urra de dor mas estica seu braço e
segura a cabeça de Marco com sua mão e começa a aperta-la, Marco mal consegue respirar até que derrepente
o demônio cessa, ao abrir os olhos Marco vê apenas as cinzas no chão e Hugh muito cansado como se acabara
de fazer muito esforço, Marco sorri em sinal de agradecimento, Hugh faz o mesmo.
Anna arremessa uma adaga na perna do demônio e isso o faz cair, Ewan se mantém um pouco
afastado após um sinal de Anna que assume sua forma demoníaca, mas parece que desta vez o demônio
estava preparado para isso e lança sobre ela um pó brilhante que faz com que ela cai e em sua forma humana,
Anna fica incapaz de se levantar, o demônio gargalha, só então Anna percebe que este é o mesmo demônio
que enfrentará a alguns dias, e o machucado no ombro só pode ter sido provocado pela flecha que Dirk
disparou quando ele fugia, Ewan ao ver Anna caída se põem de guarda na sua frente, o demônio o encara, mas
Ewan se mantém, ele tenta acertar o demônio com seu bastão lutando de maneira muito rápida e com precisão
nos movimentos, mas os golpes são, em sua maioria, evitados pelo demônio através de esquiva e bloqueio, a
seqüência de Ewan só tem fim quando o demônio retira o bastão de sua mão com um chute, e quando ele cai
no chão o demônio o pisa quebrando-o em dois, Anna joga suas adagas para Ewan, mas assim que uma delas
passa por sua mão é de imediato arremessada entre os olhos do demônio que perde a visão, ele tenta voar, mas
agora segurando a outra adaga Ewan rasga suas asas, o demônio fica impossibilitado de voar, mas mesmo
cego consegue dar um golpe em Ewan que faz a adaga se perde, e outro que faz com que Ewan caia no chão,
este tentando se levantar vê um pedaço de seu bastão, e corre para pega-lo, feito isso ele corre e enterra o
pedaço do bastão nas costas do demônio, mas por ter a pele muito resistente ele continua a se mover e Ewan
não tem mais força para empurrar mais fundo o pedaço de madeira, então Ewan passa uma rasteira no
demônio que cai de costas, seu peso fez o pedaço de madeira o atravessar, Ewan retira a adaga e de entre os
olho do demônio e corta sua cabeça, como Anna havia lhe ensinado, Ewan vai para perto de Anna e a abraça.
Owen e Holbein estão bastante afastados da choupana, o demônio enfim para e começa a atacar os
dois ao mesmo tempo, Owen e Holbein cansados e um pouco feridos não conseguem se defender como
deveria e são rapidamente jogados ao chão, o demônio tenta pisar em seus corpos, mas Owen se levanta
rapidamente e com seu gancho rasga uma das asas do demônio, que com um chute o joga contra uma árvore,
Owen cai sentado um pouco atordoado, o demônio chega muito perto de Owen mas ao chegar perto o bastante
ele se esquiva, Holbein estava na suas costas e lhe desferiu um golpe que por sorte não o acertou, Holbein
acertou apenas a árvore, mas como o golpe saiu de mau jeito o impacto quebrou sua espada, Holbein sem
outra alternativa pega uma outra espada que sempre trás de reserva desde seu tempo como caçador de
recompensa, é uma espada muito inferior a outra mas ainda sim será capaz de se defender com ela, Owen se
levanta e rasga a outra asa do demônio mas este lhe desfere um soco e Owen cai novamente, desta vez
desacordado, o demônio abaixa-se para enterrar suas garras nas costas de Owen e não percebe quando
Holbein chega por trás e desfere um golpe, este foi certeiro e o decapitou com um só lance, Holbein sente que
seu estômago está doendo mais ainda, a luta deve ter afetado-o ainda mais, num esforço já sobre humano ele
coloca Owen encostado em uma árvore, em seguida ele se vê sem forças para voltar a choupana, então ele
próprio se encosta em outra árvore e desmaia.
Dirk percebe que Deur começa a se mover, e então dispara sua flecha que acerta o demônio apenas
de raspão, cortando seu rosto, a distancia se encurta rapidamente e Dirk joga seu arco no chão e saca sua
espada. Na janela Kate mira em Deur, mas está tremula demais, ela teme errar e acertar seu irmão, então ela
baixa o arco se ajoelha no chão e começa a chorar baixo, como que para si mesma. Dirk vai ao encontro de
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Deur e tem todos os seus golpes aparados apenas pela bengala do demônio, Dirk desfere um soco com a outra
mão que acerta o rosto do demônio, que faz um sinal de positivo com a cabeça como se aprovasse a atitude de
Dirk, Deur então desfere um golpe como em Jack, mas Dirk atento conseguiu apara com sua espada que caiu
de sua mão, Deur repete o golpe e Dirk apara desta vez com a perna, Dirk cai sentindo muita dor, Deur sorri e
com uma das mãos faz uma bola de fogo, Dirk se espanta, mas não tem forças para se defender, mas Deur
desvia sua atenção de Dirk e vira-se para a choupana:
Deur: Se não for para a dama ser minha, não será de mais ninguém. Adeus minha amada.
Deur então joga a bola de fogo em direção a choupana, mas Hugh salta na frente e a bola o atinge,
ele cai com seu manto em chamas, Marco agora atras de Deur o chama, quando ele se vira Marco acerta uma
seta que perfura profundamente o olho esquerdo de Deur que cai inconsciente, Hugh rola no chão e consegue
apagar o fogo, ele tira o manto e senta-se no chão, Dirk se levanta e mancando apanha sua espada no chão, ele
olha para Deur caído, mas não o decapita ele apanha seu arco e entra para dentro da choupana, Marco faz o
mesmo Hugh decide ele mesmo decapitar Deur, e o faz, em seguida também entra para dentro da choupana.
Ewan e Anna se juntam a eles ainda de noite, já Owen trás Holbein carregado os dois são os mais feridos,
Marco prepara uma poção para eles, que repousam o resto do dia. Dirk sente-se aliviado e ajuda Marco e
Danielle a tratar dos ferimentos de Owen, Holbein, Jack e Hugh.
Anna e Ewan consolam Kate que acredita ter falhado, mas logo conseguem anima-la, lembrando-a
que eles logo partiram para o casamento da irmã de Ewan.

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Capítulo 9 - Ameaças

Neste momento no inferno Tyron pediu para Oyza abrir o lacre da câmara onde Gregor ficou
trancafiado por mais de dois anos, ele chega até a câmara principal onde Tyron o aguarda sentado em um
trono de aço, Gregor e os demônios que agora compõem a Hell guarda vermelha param em sua frente, os
demônios se ajoelham, mas Gregor não faz o mesmo:
Tyron: Vejo que continua orgulhoso.
Gregor: (sorri maléficamente) Sim e eu diria que estes foram os dois piores anos de minha vida, e
Que estou a ponto de te destruir seu maldito.
Tyron: (gargalha) Me destruir, (muito mais sério) meu amigo que passei mais de vinte anos dentro
daquele lugar, mas se quiser tentar, pode vir (levantando-se).
Gregor: (notando que seria destruído) Acho que isso pode esperar. Então chegou o momento de
voltar, estou muito ansioso para me vingar.
Tyron: Ainda não, tudo será decidido em breve, iremos agora ao encontro do meu senhor.
Gregor: Porque, você não disse que. . .
Tyron: Sim eu disse, mas a palavra final é dele. Não precisa levar seus homens deixe-os descansar e
comerem, sei que você não está com fome o simbionte te favorece muito nesta parte, então vamos.
Gregor: Sim.
Algum tempo depois Tyron acompanhado de Gregor e Oyza chegam a uma grande montanha
incandescente, eles entram e lá vêem um grande salão, no centro há um circulo de magma, no centro do
circulo há um trono de rocha com uma figura negra sentada, trata-se de Vizude, o senhor de Tyron, um
demônio milenar, sua aparência se assemelha-se a de um feroz dragão de escamas negras com reflexo
esverdeado, em sua cabeça há dois chifres quebrados, sinal de que já lutou muitas batalhas e símbolo de
orgulho. No salão à esquerda ainda está Lusage acompanhada de duas succubis, Faye e Megan, Tyron se
aproxima e se posiciona em frente ao seu senhor e ajoelha, em seguida olha com desprezo para Lusage pois
esta está em pé, ela o encara, e ele abaixa a cabeça. Não muito tempo depois chega Faapan sozinho, este é um
demônio extremamente competitivo, poderoso e influente, sua aparência é a deu um humano comum com
apenas dois chifres em uma testa, e veste-se com roupas muito elegantes jóias, ele se aproxima pela direita e
também se ajoelha, Vizude olha para todos no salão:
Vizude: Enfim todos reunidos, não vou perder tempo explicando o motivo desta reunião, mas quero
saber oque já foi feito para abrirmos o portal do conglomerado Falis.
Lusage: Deur um inccubi de extrema confiança já engravidou as cinco mulheres como o desejado,
desculpe senho mas tomei a liberdade de pedir lhe que ao invés de cinco engravidasse sete mulheres,
imprevistos podem ocorrer.
Tyron: Mas ele morreu antes de retornar ao inferno, estou errado?
120

Lusage: Não, mas assim é melhor assim o segredo sobre o portal ficará ainda mais restrito.
Vizude: Tem razão, e fez muito bem em adicionar mais duas crianças.
Lusage: Obrigada senhor.
Vizude: Tyron?
Tyron: Neste momento estou com um contingente de 300 demônios inferiores e aproximadamente
100 demônios superiores para invadir o conglomerado assim que o portal for aberto. Este a minha esquerda é
Hell Gregor, um demônio treinado pessoalmente para tomar grande parte do conglomerado, ele em vida
possuiu um feudo e não será difícil ele retoma-lo, entreguei a ele o crânio de esmeralda, com este artefato ele
tomará a maior cidade do conglomerado e utilizará seus habitante como soldados.
Fapaan: Desculpe mas o crânio de esmeralda é uma das três chaves para abrir o portal, creio que não
deveria ser utilizado tão levianamente.
Vizude: Creio que Fapaan tem razão.
Tyron: Deve-se levar em consideração que é nesta cidade que está localizada a sede da Guarda do
Leão Dourado, é uma força militar muito poderosa, que excede os padrões, eles são guerreiros quase tão bons
quanto os orientais e possuem uma grande tradição.
Fapaan: E oque eles podem fazer? Coloque alguns demônios na cidade e eles sairão correndo.
Tyron: Não é bem assim, o líder da guarda é Ross Elfman, ele sabe sobre demônios e seus homens
são treinados para não se intimidarem.
Fapaan: Eles são guerreiros de Salomão?
Tyron: Não, há poucos guerreiros de Salomão no conglomerado.
Fapaan: E se você não tivesse falhado não haveria nenhum.
Tyron estremece de ódio.
Fapaan: Eu não consegui reunir um grande exército como meu colega, mas consegui a alma de três
guerreiros, três cavaleiros da morte.
Neste momento Lusage e Tyron olham com espanto para Fapaan, que sorri, Vizude o olha sério:
Vizude: E você Lusage, oque conseguiu?
Lusage: Nada, Lilith só ordenou que eu lhe prestasse esse favor, ele já foi cumprido.
Tyron: Então oque faz aqui maldita, não deveria compartilhar desta reunião.
Fapaan: Desta vez sou obrigado a concordar com Tyron, você não deveria estar aqui conosco.
Lusage: Sinceramente pouco me importa se esse plano irá dar certo ou não, estou aqui por um
assunto pessoal.
Vizude: E qual seria?
Lusage: Quero a garantia que algumas vidas serão poupadas no conglomerado.
Vizude: E quem você pensa que é para exigir algo de mim.
Lusage: Agora você me deve um favor, e segundo as leis do inferno eu tenho direito a ele, estou
errada?
Vizude: (com desprezo) Diga os nomes então.
Lusage: Obrigada, os nomes são Holbein Van Rijn, Dirk e Kate Bogard, Danielle Constantine, Owen
Bullock, Marco Soprano, Ewan e a família Calrissian e de minha neta Anna.
Tyron: (gargalha) Eles são os responsáveis por minha condição, você acha que eu vou poupa-los?
Lusage: Eu não o obrigarei, mas tenho certeza que Vizude fará isso por mim, não fará?
Vizude: Claro que sim eu sempre cumpro um acordo.
Lusage: Obrigada, tenho certeza de que sua palavra é valida, mas não confio em Tyron.
Tyron: Você tem coragem de assumir isso, e na minha frente.
Vizude: Então oque posso fazer por você?
Lusage: Se o acordo não for cumprido eu quero o direito de desafia-lo para uma luta até que um dos
dois seja destruído completamente.
Todos menos Faye, Lusage e Megan, gargalham:
Vizude: Eu aceito acordo.
Lusage: muito obrigada.
Lusage e suas acompanhantes se retiram, Tyron continua gargalhando por suas costas mas Fapaan se
cala e volta-se para Vizude:
Fapaan: Eu possuo o Espelho de esmeralda, junto com o crânio de esmeralda e o sangue de cinco
meio demônios recém nascidos o portal será aberto, quero sua permissão para ir para o conglomerado
imediatamente.
Tyron: Não Gregor irá, eu irei em seguida, Sotola e o feudo Gregor serão tomados rapidamente.
121

Fapaan: Do que está falando?


Tyron: De tomar territórios.
Fapaan: Desculpe mas você está muito desatualizado, eu já tomei a vila de Hope.
Tyron: Quando?
Fapaan: Sávio Kopolge, um mago fez um pacto comigo a algum tempo e nem foi preciso muito
esforço da minha parte para convence-lo a tomar a vila em meu nome, é claro que eu aumentei
significativamente seus poderes.
Tyron: Não, você não sabe de nada, os nomes que Lusage apontou, já estão sabendo da abertura do
portal, um tal de Hugh Castle contou a eles, e eles irão tentar impedi-lo, e talvez consigam.
Fapaan: Não se preocupe não cometerei o mesmo erro estúpido que você, e só para sua informação
Hugh Castle trabalha para mim.
Vizude: Senhores, acho que é um dia cheio de surpresas para todos, quero analisar os planos de cada
um para a tomada do conglomerado, e somente então decidirei.
Fapaan: Eu e meus três cavaleiros da morte invadiremos o conglomerado e destruiremos uma vila
por vez, depois tomaremos os feudos e a floresta dos lobos.
Tyron: Eu enviarei Gregor para tomar Sotola e seu feudo, depois com a poção do crânio de
esmeralda ele terá um exercito que será ainda abastecido por cem de meus melhores soldados, há um evento
que reunirá todos os habitantes do feudo Calrissian do oeste, e sua tomada se tornará fácil.
Fapaan: Então significa que desafiará Lusage?
Tyron: Sim, mas não a matarei, ela se tornará minha escrava.
Fapaan: Será interessante.
Tyron: Em seguida Gregor matará Owen que está com 20% de meu poder, quando estiver com todas
minha forças reunidas eu pessoalmente irei para o conglomerado tomar a parte leste enquanto Gregor se
ocupa do resto da parte oeste, seus soldados tomaram a parte sul com grande facilidade e os meus soldados a
parte norte, será mais rápido e mais fácil de encontrar as mulheres que carregam as crianças de Deur.
Vizude: Os planos são interessantes, Tyron você tem minha permissão.
Fapaan: Mas senhor. . .
Vizude: Cale-se, minha decisão já foi tomada, quero que Gregor vá o quanto antes.
Tyron: Sim senhor, agora com sua licença.
Vizude: Sim.
Tyron, Gregor e Oyza se retiram, Vizude volta-se para Fapaan:
Vizude: Oque você acha?
Fapaan: Com todo respeito o senhor fez uma péssima escolha, com menos gente e mais poder seria
mais fácil a tomada do conglomerado.
Vizude: Eu sei.
Fapaan: Então?
Vizude: O plano de Tyron possuí inúmeras falhas, mas fará um bom estrago no conglomerado.
Lusage é muito mais poderosa do que nós imaginamos, ela é descendente direta de Lilith, e se desafiar Tyron
ele irá ser destruído com facilidade, mesmo eu fico com receio de desafia-la. E mais tarde você poderá se
aproveitar deste estrago feito no conglomerado para tomar oque resta. Gostaria de pedir-lhe que fruste o plano
de Gregor reunir um exército, faça-o falhar, mande um cavaleiro da morte para destruir sua guarda principal,
mas não toque em Gregor.
Fapaan: Perfeito senhor, mas e o crânio de esmeralda?
Vizude: Faça com que Hugh Castle se apodere dele, e devolva a liberdade para Hope.
Fapaan: Para se Tyron for para o conglomerado tenha uma falsa sensação de poder?
Vizude: Sim, a vila já se encontra sem nenhuma proteção que ofereça risco.
Fapaan: É um excelente plano. Senhor algo ainda me preocupa Lusage citou o nome de Ewan e dos
outros que estão com Hugh, e Tyron parecia também preocupados com eles, oque o senhor acha, devemos nos
preocupar?
Vizude: Não, são apenas humanos.

***
Em outro ponto do inferno, Lusage se reúne com Faye e Megan em seu luxuoso e confortável quarto:
Lusage: Eu sei que Tyron irá matar Ewan e Anna, maldição eu disse para aquela cabeça dura voltar
para cá.
Faye: Quer que eu vá ajuda-la senhora?
122

Lusage: Obrigada Faye, mas não, ela tomou essa decisão sozinha e deverá assumi-la sozinha.
Faye: Ela irá se magoar muito de Ter de voltar para cá sem Ewan, por favor senhora.
Lusage: Sei como se sente Faye, eu mesma queria estar lá para destruir os malditos, mas Anna tem
de tomar conhecimento de sua condição, ela é uma succubi e minha única herdeira já que a alma da mãe dela
foi destruída. Não darei permissão Faye, e precisarei de você aqui, se eu destruída por Tyron você deverá
ajudar Anna a se recompor e a tomar conda disso tudo.
Faye: Sim senhor.
Faye se retira após uma breve reverencia.
Megan: Senhora, sei que é difícil mas não deveria desafiar Tyron, se ele possuir seu poder total a
senhora terá problemas para vence-lo.
Lusage: Eu sei, mas a muito tempo foi lançada uma maldição em mim, ela disse "Um demônio com
coração humano", e é isso que eu sou, minha filha Emyerasxa morreu por isso e agora Anna terá o mesmo
fim, bem como vocês treinadas por uma demônio incapaz.
Megan: Lilith sempre aprovou seu trabalho.
Lusage: Tem razão, mas estão todos morrendo por causa dessa maldição um inccubi ou uma succubi
não podem se apaixonar, mas Emyerasxa, Anna e até Deur morreram por causa desse sentimento, se Lilith me
autorizasse eu iria até o conglomerado e ajudaria minha neta.
Megan: Mas podemos fazer uma pequena substituição, não poderíamos?
Lusage: Acho que sei do que está falando, mas mesmo assim eu não conseguiria a autorização, Faye
tem de ajudar Anna a tomar conta deste lugar, elas cresceram juntas e tem uma rara amizade.
Megan: Se esqueceu de mim, eu iria para substituir Anna.
Lusage: Você, não é uma má idéia, você substituiria Anna no conglomerado. Você faria isso por
mim?
Megan: Se fui eu quem se ofereceu.
Lusage: Muito obrigada.
Megan: Disponha senhora, você me ensinou tudo oque eu sei, cuidou de mim como uma filha e a
eternidade seria pouco para agradece-la.
Lusage: Obrigada, isso merece um prêmio, pegue duas taças e meu melhor vinho.
Megan faz oque lhe é pedido e após as duas saborearem meia taça de vinho, Lusage tira as roupas de Megan e
as suas, e a beija. . .

***
Tyron chega em sua caverna e os guardas de Gregor se agrupam e se ajoelham a sua frente:
Tyron: Gregor, pegue armas na câmara onde vocês treinaram e distribua para seus soldados, aquelas
são armas excepcionais e serão de grande ajuda. Quando chegar ao conglomerado faça conforme o
combinado e destrua Owen Bullock o quanto antes para que eu possa me juntar a você e tomar-mos o
conglomerado o mais breve possível.
Gregor: Sim senhor, Oyza nos acompanhará até o portal?
Tyron: Não eu mesmo farei isso.
Gregor: Pareceu-me que Fapaan tentará nos boicotar.
Tyron: Lhe pareceu, eu tenho certeza disso, por isso tenho de ir para o conglomerado.
Gregor: E Lusage, oque fará com ela?
Tyron: Aquela vadia não é problema, sou um guerreiro, nasci em meio a uma guerra e treinei minha
vida inteira, a prostituta do inferno não possui poder para me derrotar, agora vamos não percamos tempo.

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Capítulo 10 - Tempo

No dia seguinte Holbein sonha novamente com uma figura estranha de manto cinza, em seu
sonho esta figura aparece com algo na mão, Holbein pensa ser uma espada, esse objeto brilha com muita
intensidade. Ao acordar Holbein desce para o café da manhã, todos já estão sentados a mesa comendo, ele
conta de seu sonho mas ninguém dá muita importância:
Hugh: Vamos jovem coma algo.
Holbein: Claro, não vejo Ewan e Anna, onde estão?
Danielle: (servindo-o) Estão na boticário.
123

Holbein: Andei pensando, acho que devemos procurar as mulheres que os demônios
engravidaram, não sei oque acontecerá com as crianças mas, creio que não será boa coisa.
Hugh: Devemos ser pacientes, ainda nos resta nove meses, temos assuntos mais urgentes no
momento (olha para Marco).
Marco: Sim, gostaria de pedir para que vocês me ajudem com os insetos e o mago de vila Hope.
Owen: Você nos disse que paladinos estão indo para lá, não há com que se preocupar, eles resolvem.
Marco: Acho que precisaram de nossa ajuda, eu conheço bem o inimigo.
Dirk: Owen tem razão, não há necessidade, e temos outros assuntos aqui.
Hugh: Eu irei com você jovem.
Marco: Não sei porque estão agindo assim, eu sempre os ajudei, com minhas poções e com minha
amizade que me fizeram entrar em lutas desnecessárias e sem importância para mim.
Holbein: Fique calmo, eu irei com você, mas como vê não estou em condições agora, espere mais
três dias.
Owen: Sim, se esperar eu irei também.
Marco: Eu esperarei (se retira e vai até o boticário).
Holbein: Owen você poderia concertar minha espada?
Owen: Em três dias, é difícil, mas posso arruma-la para você usa-la temporariamente, farei um
remendo grosseiro mas firme, ela estará pronta no prazo.
Holbein: Obrigado.
Jack: (que está em silêncio desde que acordou) Eu não irei.
Owen: Porque, você sempre é o primeiro a se oferecer a ir.
Jack: Irei fazer uma pequena viagem, para visitar dois antigos amigos.
Holbein: Tudo bem, pode ir.
Jack: Espero ainda poder ajuda-los.
Três dias depois, Marco arruma suas coisas para partir, junto com ele Holbein e Hugh Castle fazem o
mesmo, Owen não conseguiu arrumar a espada de Holbein a tempo e ficará na ferraria por mais algum tempo,
Dirk decidiu acompanha-lo quando ele seguir viagem, Marco, Holbein e Hugh decidem fazer uma rota mais
curta, parando em apenas uma vila durante o caminho para descansarem de maneira decente, eles contam
sobre esta decisão aos outro e então deixam a vila de Akte. Danielle decide ir até a ferraria onde está Dirk e
Owen para dizer-lhes que está preparando algo para eles levarem no caminho, ela para na entrada e derrepente
fica pálida, ela corre para de trás da bigorna e se esconde, Owen olha para fora e vê um homem que nunca
havia visto na vila, ele está com uma boa armadura, e olha de uma lado para o outro, Dirk mostra o homem
para Owen que sorri e vai falar com o homem:
Owen: Oque faz aqui Edgar?
Edgar: Owen, pensei que havia morrido, mas com dizem os velhos "As pragas são difíceis de serem
exterminadas", meu assunto não é com você.
Owen: Oque veio fazer em minha vila?
Edgar: Sua? Vim procurar minha noiva, Danielle Constantine, conhece?
Owen: (olha para Dirk se aproximando) Não.
Dirk chega até eles: Quem é ele Owen?
Owen: Um verme.
Edgar: A cicatriz em suas costas ainda dói, maninho.
Nesse momento Owen começa a atacar Edgar, mas como está sem arma seus socos não ferem o
irmão de armadura, Edgar também investe contra Owen e o mesmo ocorre, os dois então param de atacar:
Edgar: Desculpe, vejo que perdeu uma mão (sarcástico), eu não deveria lutar com um incapacitado.
Owen: Irá me pagar por isso maldito, eu irei buscar minha mãe e minha irmã pode esperar, você e o
maldito do nosso pai irá pagar caro pelos anos de sofrimento.
Edgar: Nossa mãe morreu, ela sempre foi uma fraca sentimental, e nossa irmã fugiu por esse motivo
vim buscar Danielle.
Uma sobra passa pelo rosto de Dirk.
Owen: Então irei o quanto antes para lá.
Edgar: Eu sou o chefe da guarda do feudo, se quiser ir, fique a vontade.
Edgar vira as costas e parecia estar convencido de que Danielle não se encontrava na vila, Dirk e
Owen entram para na ferraria:
Owen volta-se para Danielle: Você nunca disse que era noiva de meu irmão.
Danielle: Eu não sabia que ele era seu irmão. Oque fará, irá me entregar para ele?
124

Owen: Não, mas irei buscar minha irmã.


Os três voltam para a choupana e encontraram Anna, Ewan e Kate carregando uma carroça comprada
por Ewan para irem ao casamento de sua irmã:
Ewan: Dirk, Owen, Danielle tem certeza que não gostaria de vir conosco?
Dirk: Sim temos coisas para fazer.
Owen: Eu não sei você Dirk, mas eu irei buscar minha irmã.
Ewan: E você tem família?
Dirk: Eu não sei oque fazer, temos de encontrar Holbein e os outros, tenho de proteger Danielle.
Kate: Proteger de que?
Dirk: Do irmão de Owen, Edgar.
Anna: Nós conhecemos a história, acho que ela estaria bem segura conosco, e ainda se divertiria um
pouco, oque acha Danielle?
Danielle: Eu não sei.
Dirk: Eu achei uma boa idéia, vá assim você descansará por alguns dias.
Danielle: Se você diz eu arrumarei minhas coisas agora mesmo.
Dirk: Eu irei com você Owen.
Owen: Mas o Holbein está esperando sua espada.
Dirk: Mandaremos um mensageiro encontra-los.
Ewan: E ele não roubará a espada?
Dirk: Não se disser-mos que ele será pago por Holbein.
Ewan: É uma boa idéia. Mas agora já iremos.
Dirk: Nós também, boa viagem.
Ewan: Vocês também.
Assim Ewan, Anna, Kate e agora Danielle partem para o feudo do pai de Ewan. Owen e Dirk se
dirigem ao feudo Nadir onde mora a família de Owen, Dirk vai montado em seu cavalo e Owen em sua
carroça.

***
No feudo do vinho Ewan, Anna e Kate se instalam na mansão, que está cheia de convidados,
Danielle tenta ajudar no que pode enquanto isso, Ewan conversa com seu pai:
Adrian: E você filho quando nos dará a alegria de vê-lo casando-se?
Ewan: Acho que não tão cedo pai.
Adrian; Mas essa moça Anna, você está a mais de três anos com ela, e sempre que ela vem aqui sua
mãe comenta que ela seria uma boa esposa, porque não se casa com ela?
Ewan; É que não é o momento ainda.
Adrian: Filho quando você não desejou ficar aqui e aprender sobre os negócios do feudo eu fiquei
chateado mas como você tem meu sangue achei que seria bom você se aventurar pelo país, mas agora você já
está bem mais velho e está na hora de assumir mais responsabilidades, não dá para passar a vida brincando de
ladrão, você pode comprar oque quiser com o dinheiro que temos. Eu pensei que quando você se casar eu sua
mãe terminaremos nossa vida na França, onde nos conhecemos, e que você tomaria conta disso tudo.
Ewan: Irei pensar meu pai, agora irei descansar um pouco.
Adrian: Sim filho a viagem deve Ter sido cansativa.
Ewan pensa "não mais que essa conversa" mas sorri e se dirige até seu aposento Anna está lá
arrumando suas coisas:
Anna: (vê a expressão de preocupação no rosto de Ewan) Oque foi querido?
Ewan: Meu pai, nada que deva se preocupar.
Anna: Ele quer que você se casa certo?
Ewan: Sim, mas não podemos faze-lo, e eu não quero me separar de você.
Anna: Desculpe (com lágrimas rolando).
Ewan: Não se desculpe, a culpa não é sua, descanse um pouco a viagem foi longa, e Kate e Danielle
onde estão?
Anna: Dormindo.
Ewan: Você quer dormir?
Anna: Tinha outros planos. . .você sabe.
Ewan: Sei.
125

***
Três dias depois eles chegam, Owen vai até sua velha casa e a vê queimada, umas senhora o
reconhece e diz que Edgar está no campo sul do feudo, Dirk e Owen se dirigem para lá, e neste local
encontram Edgar espancando um velho com um chicote, uma menina salta sobre o corpo do velho mas Edgar
não perdoa e continua agora chicoteando os dois, Owen corre lembrando-se das vezes em que era ele que
estava apanhando do chicote de seu pai e afasta Edgar do velho e da menina:
Edgar: Chegou rápido garoto.
Owen: Hoje você pagará por tudo cretino.
Edgar faz um sinal com a mão e dois guardas correm na direção de Dirk, mas ao chegarem perto
Dirk saca seu arco e fica com a ponta da flecha roçando o nariz de um deles, o outro larga a espada e olha
para Edgar. Owen tira sua armadura, e Edgar faz o mesmo mas saca uma espada longa e ataca Owen que se
esquiva até o momento em que a espada de Edgar fica debaixo de seu pé, Owen então olha para a cara do
irmão e sorri, logo depois desfere um gancho que deixa Edgar desacordado. Ao acordar Edgar se encontra
amarrado a um tronco de árvore, em sua frente está Owen e mais ao fundo Dirk:
Owen: Que bom que acordou logo mal consegui esperar.
Owen então com o chicote de Edgar o chicoteia sete vezes, logo depois dá o chicote para um dos
camponeses, que chicoteia Edgar mais algumas vezes e passa o chicote para outro camponês e assim até que
eles descontem todos os anos de sofrimento, Owen vira as costas e Dirk o segue. Eles chegam até uma velha
casa, Owen a invade e vê uma menina e um velho em seu interior, ele pede para a menina esperar do lado de
fora, Owen derruba a cadeira com o velho que grita de dor:
Velho: Maldito, quem é você?
Owen: Não se lembra mais do seu próprio filho.
Velho: Owen, você voltou, e para que para me matar?
Owen: Sim.
Owen chuta seu pai no chão até que ele começa a sangrar pela boca, do lado de fora Dirk tenta
desviar a atenção da menina. Owen sai de dentro da casa e volta-se para a menina:
Owen; Você sabe quem eu sou?
Menina: Sim você é meu irmão, Owen.
Owen: Sim Joana, eu voltei para salvar você e nossa mãe, mas cheguei tarde de mais.
Joana: Mas enfim chegou, rezei todos os dias por sua volta, apesar do pai dizer que você já estava
morto.
Owen: Vamos embora daqui, vamos a uma festa agora.
Dirk: Não deveríamos ir atrás de Holbein?
Owen: Acho melhor deixa minha irmão com Ewan, ao menos ele seria útil para isso.
Dirk: Tem razão.
Assim eles partem para o feudo do vinho.

***
Holbein, Marco e Hugh estão acamando ainda antes da metade do caminho, até que chega a eles um
mensageiro:
Mensageiro: Algum de você é Holbein?
Holbein: Sim, sou eu.
Mensageiro: (entrega um embrulho e um bilhete) Isto foi mandado a você por Owen e Dirk.
Holbein abre o embrulho e vê sua espada concertada, como Owen lhe avia dito ele só colocou um
remendo, mesmo assim ela parecia estar boa, Holbein então lê o bilhete:

Holbein iremos nos atrasar, aconteceu um imprevisto


e nós fomos forçados a seguir caminho diferentes,
em breve estaremos a caminho de Hope.
PS: Paguem o mensageiro.

Marco pega algumas peças de ouro e dá para o mensageiro, e fica muito chateado de Owen e Dirk
não levarem a sério seu pedido de ajuda.

***
126

Jack cavalga até o templo de Salomão, mas passa direto por ele, ele vai até a beira do abismo e diz
algo incompreensível, em seguida aparecem dois homens iluminados, com dois pares de asas brancas:
Jack: Jiah, Kalel, preciso de ajuda.
Jiah: Wundt, ou diria Jack, você está se envolvendo demais e onde não deve.
Kalel: Venha conosco, há outros lugares que precisam de um guardião.
Jack: Não o conglomerado precisa mais de mim neste momento, sinto que o fim está próximo.
Jiah: Quando as crianças nascerem será o fim.
Jack: Eu não. . .
Jiah: Permitirá que as crianças nasçam? Você não teria coragem para mata-las.
Jack: Não por isso busco ajuda.
Kalel: Já foi tudo planejado.
Jack: Então vocês atacarão, quando o portal se abrir.
Jiah: Não mais faremos outra coisa.
Jack: Oque?
Jiah: Reverteremos o portal, e todo o conglomerado irá para o inferno, e não haverá mais portal
nenhum.
Jack: Como Sodoma e Gomorra?
Kalel: Sim, por esse motivo queremos que você sai do conglomerado, leve alguns entes queridos
com você.
Jack: Mas acho que conseguiremos impedir a abertura do portal.
Kalel: Isso só resolveria o problema neste momento, daqui a cem anos ele estaria ativo novamente, e
se você não estiver mais aqui para fecha-lo novamente, não a decisão já foi tomada.
Jiah: Os dois demônios de Vizud já começaram a se mover, e tomar o conglomerado será uma
questão de tempo.
Jack: Quando irá começar?
Jiah: Já começou.

***
É chegado o dia do casamento de Isabelle Calrissian e Robert Huntores, para o casamento Adrian fez
questão de convidar todos no feudo, Anna, Danielle e Kate estão muito bonitas, mas distantes, Ewan está
junto a mãe no altar improvisado do lado de fora da casa, há muitas flores brancas e amarelas, a cerimonia
tem inicio com alguns menestréis cantando em coro, todos ficam emocionados, e não reparam em três
criaturas sobrevoando o local, até que duas flechas são lançadas, acertando Isabelle e Robert, os dois caem
mortos, Ewan tenta ajudar sua mãe e seu pai mas, mais dois demônios aparecem e começam a matar a todos,
Anna resolve que deve proteger a família de Ewan a qualquer custo e assume sua forma demoníaca e ataca os
demônios voadores, mais duas flechas são lançadas e os pais de Ewan são mortos, ele fica desesperado e ataca
um dos demônios, mas por mais que tente não consegue acerta-lo, mas flechas parecem se multiplicar, os
convidados vão caindo um a um, os demônios voadores derrubam Anna no chão e conseguem domina-la,
Danielle e Kate estão escondidas atras de uma árvore. Uma figura parecida com um homem muito forte de
pele negra como o carvão, coberto por correntes se aproxima de Danielle e Kate, e as capturam com correntes
que parecem se mover como um braço ou uma perna da criatura, Ewan já não sabe mais oque fazer, seus pais
foram mortos e todos seus amigos estão morrendo mais rápido que ele consegue acompanhar, a figura captura
Anna também, e quando só está Ewan em pé ele chama sua atenção:
Gregor: Ewan Calrissian.
Ewan: (Em estado de choque não responde de inicio, mas depois de ver sete demônios ficarem atras
da figura ele tira forças para falar) Porque fez isso? Quem é você?
Gregor: Eu sou Yan Gregor, ou melhor Hell Gregor, e fiz isso apenas para me divertir com você.
Ewan: Gregor, Anna me contou que talvez voltaria, mas. . .
Gregor: Você nunca acreditou.
Ewan: Sim (Ewan então vê Anna, Danielle e Kate presas pelos braços as correntes de Gregor) Solte-
as.
Gregor: Implore.
Ewan: (sem pensar duas vezes cai de joelhos) Por favor eu lhe suplico, tire minha vida mas deixe-as
ir.
Gregor: Não, brincarei com você como um gato brinca com um rato antes de come-lo, eu sei que
uma delas é sua namorada, me diga qual, e eu dou minha palavra que apenas ela morrerá.
127

Ewan: Maldito.
Ewan ataca Gregor com as mãos nuas, os demônios atras de Gregor nem se mexem, e é o próprio
Gregor quem revida, o golpe com as mãos é certeiro e derruba Ewan que olha para Anna, ela não chora como
Danielle e Kate, mas seus olhos estão molhados, ela balança a cabeça positivamente, não é preciso dizer nada,
Gregor liberta Anna, ela corre para os braços de Ewan, quando faz isso os dois demônios arqueiros disparam
seguidas flechas em seu corpo, ela cai antes de chegar perto de Ewan, que vai em sua direção e apara sua
cabeça, Anna ainda está viva:
Ewan: Não morra, você não.
Anna: Eu sabia do risco, e foi decisão minha morrer, minha avó já havia me avisado.
Ewan: Porque fez isso (chorando)?
Anna: Queria ficar até o último momento aos seu lado.
Ewan: Como será minha vida agora? Sem você.
Anna: Há uma pessoa que gosta muito de você, e você gosta dela, case-se com ela e tenha muitos
filhos, como sua mãe sempre quis, eu irei para o inferno e ficarei com minha avó, e um dia voltarei, mas não
te encontrarei, adeus meu querido.
Ewan e Anna se beijam longamente até que um dos demônios chega perto deles, e a pega pelos
cabelos e a põe de joelhos, ela olha para Kate e Danielle e diz "Adeus" apenas movendo os lábios, elas
choram muito, Anna olha para Ewan e fecha os olhos pouco antes de ter a cabeça decepada, Ewan entra em
estado de choque e não consegue se mover, o mesmo demônio joga o machado no chão e espanca Ewan até
que ele caia desacordado.
Quando Ewan acorda vê dois homens e uma criança, ele toca no ombro deles, um deles já ia lhe
desferir um soco, mas ao perceber que se tratava de Ewan ele se contém, trata-se de Owen e Dirk. Ewan os
leva até os corpos de seus parentes, e conta-lhes tudo oque aconteceu, Dirk parece que tenta manter a calma
mas não consegue conter seu olhar de preocupação:
Dirk: Tem certeza de que ele manterá sua palavra?
Ewan: Não, e é por isso que vou me entregar a Gregor, em troca da vida delas.
Dirk: Ele o matará também, vamos temos de buscar ajuda.
Ewan: (entrega a espada de seu pai para Owen) Cuide dela para mim, eu já me decidi a ir, eu não
tenho mais uma vida a perder, não tenho mais ninguém.
Dirk: Vamos buscar ajuda, e você irá nos ajudar, como Anna se sentiria ao saber que você desistiu?
Vamos.
Ewan cai desacordado e Owen o coloca em sua carroça:
Owen: Yan Gregor, ele irá querer se vingar de nós também.
Dirk: Oque faremos?
Owen: Vamos até o templo dos cavaleiros de Salomão, lá eles curarão Ewan e é um bom refugio
para minha irmã.
Dirk: Sim vamos, mandaremos uma mensagem a Holbein, Marco e Hugh assim que chegarmos.
Owen: Sim.

***
Holbein, Marco e Hugh chagam na vila de Kurok, quando ainda está amanhecendo, a viagem até
aqui foi muito cansativa, os três na conheciam muito bem a floresta e sem a ajuda de Dirk se alimentaram
apenas das provisões que levaram, cavalgaram muito e também andaram consideravelmente para não cansar
demais os animais:
Hugh: Quero procurar logo uma estalagem, preciso descansar um pouco minhas costas.
Marco: Se não tivéssemos saído tão rápido poderíamos Ter lembrado de pegar a chave com Ewan.
Hugh: Bom como já estamos aqui, eu vou para a estalagem, vocês vem?
Holbein: Não, estou com fome vou procurar uma taverna.
Marco: Já que tocou no assunto, eu vou com você.
Hugh: Eu irei só então, vocês querem que eu reserve um quarto ou dormiremos em quartos
coletivos?
Holbein: Eu quero um quarto só para mim, não gosto de dormir com outros.
Marco: Para mim tanto faz.
Hugh: Então eu já vou.
Hugh parte em direção as estalagens enquanto Holbein e Marco caminham pela vila até encontrarem
uma taverna, eles entram na primeira que vêem e o taverneiro traz à mesa um pão grande, queijo, frutas, mel e
128

leite morno, eles comem em silêncio até a chegada de Hugh Castle, mas as conversas tomam outros rumos,
conversam sobre a vila de Kurok, e de como ela vem se desenvolvendo rapidamente.
A noite Holbein e Marco saem para jogar nas tavernas casinos, eles jogam um pouco de dados mas
logo voltam a estalagem para dormirem, o caminho está mais curto agora, mas ainda poderão encontrar
dificuldades.

***
Não muito longe de Kurok, o capitão da guarda do Leão Dourado, Ross Elfman, chega a sua cidade,
ele sente uma grande alegria em voltar, mas ainda sim sente uma leve tristeza em seu coração por ter
concretizado suas suspeitas. Ross e mais dez homens foram verificar uma denuncia em Kurok, a informação
dizia que a guarda de lá estava corrompida, aceitavam propina para encubrir mortes causadas pelos senhores
dos jogos.
Ross assumiu a liderança da guarda muito jovem, indicado pelo antigo líder, e ainda se esforça muito
para conseguir o respeito de alguns habitantes do conglomerado, os feudos adquiriram uma guarda própria, as
guardas das vilas rejeitam suas ordens, mas no mais sua cidade confia cegamente em sua liderança, e
pessoalmente isso já lhe basta, mas para a ordem que lidera isso é pouco.
Ao chegar na vila Ross e seus homens vêem que ela está sendo destruída pelos seus próprios habitantes,
homens com martelos então derrubando suas próprias casa, ele desmonta de seu cavalo e vai na direção de um
dos habitantes para chamar lhe devolta a razão, mas é inútil, ao olhar ao redor ele vê que todos na cidade estão
fazendo o mesmo, Ross monta em seu cavalo e ordena a seus homens que vasculhem toda a vila. No caminho
alguns são atacados mas Ross ordena para que eles não reajam. Ross tem uma suspeita do que possa ser, ele
reúne seus homens e saem da vila, rumo a Akte, seu coração se comprime em seu peito ao passar em frente a
casa de sua noiva, ele pensa que deveria salva-la, mas que se o fizer comprometera os outros, então segue seu
cominho sempre incitando seus homens a cavalgarem mais rápido e fazendo paradas cada vez mais curtas.

***
Owen e Dirk chegam ao templo de Salomão e encontram Abdu na porta:
Abdu: Demorou para voltar desta vez Owen, onde está Holbein?
Owen: Abdu não temos muito tempo tenho um amigo ferido na carroça.
Abdu chama dois cavaleiros para lhe ajudar com Ewan, eles o levam para um quarto e um dos
cavaleiros usa seu poder para curar Ewan. Enquanto isso Dirk e Owen conta a Abdu tudo oque houve:
Abdu: Malditos demônios, quero que vocês voltem à Akte e contem ao padre Ranza, eu irei logo
depois com seu amigo já curado.
Dirk: Sim, mas oque vocês pretendem fazer?
Abdu: Eu irei ajuda-los.
Owen: Senhor gostaria de pedir que proteja minha irmã enquanto estivermos fora.
Abdu: Sim Owen, ela ficará segura aqui.
Dirk vai até o quarto onde está Ewan para contar oque eles pretendem, mas ele nota a cama vazia e a
espada de Adrian Calrissian também desaparecida, Dirk pronuncia algo muito baixo: "Cuidado Amigo", ele
sai do templo e monta em seu cavalo enquanto Owen se despede de Joana:
Owen: Não ficamos muito tempo juntos desde que nos reencontramos, mas quero que confiem
nesses homens eles irão te proteger.
Joana: Confio em você irmão.
Owen: Não sai do templo para nada, lá dentro estará ainda mais protegida.
Joana: Sim, sei que não vai voltar logo, então, se cuida.
Owen: Você também.
Owen abraça sua irmã e em seguida sobe em sua carroça e parte com Dirk rumo a Akte.

***
Alguns dias se passam Holbein, Marco e Hugh chegam ao lago Temeros onde Alejandro e mais três
paladinos os aguardavam, Marco vai ao encontro de Alejandro:
Alejandro: Marco pensei que não viesse mais.
Marco: Desculpe houve alguns imprevistos.
Paladino 1: Alejandro essa era a ajuda que você disse que viria?
Alejandro: Sim.
129

Paladino 2: Um velho e dois guerreiros, este (apontando para Holbein) até parece um guerreiro, mas
este outro (apontando para Marco) parece um escudeiro.
Paladino 1: Não importa vamos o mais rápido possível.
Eles partem e chegam em menos de um dia em Hope, a população olha pelas frestas de suas janelas e
saem para as ruas ao ver os paladinos chegando, eles são cumprimentados como heróis:
Hugh: Vou procurar uma estalagem.
Marco: Não amigo desta vez a casa de um saudoso amigo pode nos abrigar, vocês vem conosco?
Alejandro: Eu passarei no posto da guarda para reunir algumas tochas, me juntarei a vocês na casa do
Greenwolf mais tarde.
Holbein: E vocês (se dirigindo aos paladinos)?
Paladino 1: Nós oque? Nós estamos aqui para realizar uma missão e é oque faremos.
Marco: Espere pelo amanhecer.
Paladino 1: Não precisamos esperar por nada.
Assim os três paladinos parte, Holbein, Marco e Hugh vão para a casa de Greenwolf, eles guardam
suas coisas por lá:
Hugh: Vou preparar algo para comermos.
Marco: Nós não ajudaremos os paladinos?
Holbein: Eu não ajudarei aqueles arrogantes.
Hugh: Os paladinos já estão mortos, e foi justamente a arrogância que os destruiu, não há sentido em
dar a vida para ajudar pessoas que já estão mortas.
Marco: Eu tenho sair por um momento.
Holbein: Não ouviu Hugh?
Marco: Não irei atras dos paladinos, irei ver os animais deixados por meu amigo, eles devem estar
com muita fome.
Holbein: Eu irei com você.
Não muito tempo depois os dois chegam a loja de animais de Charles Greenwolf:
Holbein: Não posso acreditar, os animais ainda estão vivos depois de tanto tempo abandonados.
Marco: Não se espante, Charles fazia muitas viagens e fez uma engenhoca que alimenta os animais
diariamente, mas a comida já se acabou a alguns dias, eu irei dar mais a eles, você me ajuda.
Holbein: Claro.
Ao limpar a gaiola de um dos animais Marco acha uma chave:
Marco: Será que essa é a chave da gaveta de Charles.
Holbein: Experimente.
Marco experimenta a chave e abre a gaveta da mesa de Charles, lá ele tira uma pasta de couro
contendo algumas folhas:
Holbein: Oque é isso?
Marco: É o tomo de Charles, é onde ela anotava suas poções e magias, ele pediu que eu ficasse com
elas se algo acontecesse a ele, mas quando eu passei por aqui para pegar a mandragora eu não achei a chave.
Holbein: Você sabe fazer essas poções?
Marco: Não, mas irei aprender.
Marco e Holbein voltam a casa de Greenwolf e se encontram com Hugh e Alejandro, eles comem,
traçam alguns planos e depois dormem, na manhã seguinte eles são acordados pelos gritos dos habitantes da
vila, eles correm e vêem as armaduras dos três paladinos penduradas numa árvore, com alguns pedaços de
carne, ossos, e no chão uma poça de sangue.

***
Owen e Dirk chegam em Akte e vão falar com o padre Ranza diretamente, e o pões a par dos fatos:
Ranza: É lamentável.
Dirk: É só isso que tem a dizer?
Ranza: Eu reunirei o concilio da vila, pedirei a alguns mensageiros para eu levem mensagens sobre
isso a Robert Vanishi e Alexandre Bonokovits.
Owen: Quem são esses padre?
Ranza: São líderes dos concílios de Sotola e Kurok.
Ross: Não achará ninguém em Sotola meu bom padre (invadindo a igreja) ninguém com condições
de falar.
Ranza: Porque meu filho?
130

Ross conta a todos sobre oque acontece em sua cidade:


Ross: Tenho alguns homens de confiança em Hope, irei busca-los para engrossar minha tropa.
Dirk: Senhor Ross, a guarda de Hope foi aniquilada, só sobrou vivo o capitão de lá.
Ross: Alejandro.
O padre Ranza conta a verdade para Ross, que fica ainda mais preocupado:
Ross: Estamos sozinhos?
Ranza: Não, o melhor a fazer agora capitão é descansar e recobrar as forças suas e de seus homens,
precisaremos muito de vocês.
Ross: Eu pedirei a meus homens para descansar, mas eu procurarei o líder da guarda de Akte e verei
de quantos homens ele dispõem.
Ranza: Faça como desejar. E vocês?
Dirk: Eu irei à Hope procurar Marco e Holbein.
Owen: Eu esperarei por Abdu, não há nada que eu possa fazer no momento, se precisarem de mim
estarei na ferraria.
Dirk parte com outro cavalo deixando Zweihander no estábulo da choupana para descansar.

***
Holbein: Oque faremos agora Hugh?
Hugh: Agora estamos só.
A porta da igreja se abre e revela Sávio Kopolge, ele veste uma roupa muito melhor que antes, em
suas costas estão os guardas e Paul Homesick todos com os corpos já em estado de decomposição mas ainda
se andando e se movendo:
Sávio: Então voltou italiano mal cheiroso.
Holbein: Vou ataca-lo, (vira-se para Marco) me de cobertura com sua besta.
Marco: Não, se você corta-los com sua espada os insetos sairão.
Sávio: Amigos, tive muito trabalho esta noite, como podem ver, mas acordei de muito bom humor,
deixem a vila e não sairão feridos.
Hugh: Está bem.
Holbein e Alejandro: Está bem?
Marco: Não viemos aqui para destrui-lo?
Hugh: Sim, mas faremos algo antes.
Os quatro viram as costas e saem sob as gargalhadas de Sávio. Mesmo ouvindo muitas perguntas
Hugh fica em silêncio até leva-los ao limite da vila, lá ele chama por Fábia que aparece e olha fixamente para
Marco, só depois volta-se para Hugh:
Fábia: Como sabia onde eu estava? E o meu nome?
Hugh: Sei de muitas coisas, porque não está ajudando seu pai Sávio a atingir seu plano?
Fábia: No inicio o plano do meu pai era simples, agora ele está insano.
Marco: Qual o plano de seu pai?
Fábia: É uma longa história. Minha mãe morreu quando eu ainda era muito pequena, meu pai a
amava muito e sofreu muito com sua morte, ele já conhecia um pouco de magia e um dia começou a estudar
desesperadamente, disse que traria mamãe devolta a vida, eu o ajudei o máximo que pude e estava disposta a
tudo para Ter minha mãe devolta. Ele disse que eu engravidaria de gêmeos, um menino e uma menina e que
esses filhos seriam ele e mamãe.
Holbein: Sei um pouco sobre magia, talvez para Hugh e Marco isso pode ser muito simples, mas
explique melhor para mim e Alejandro, você seria a mãe de seus pais?
Fábia: Sim, ele reconstituiria a ele a mamãe nas crianças, e no momento do parto ele se mataria para
eu seu espirito fosse para a criança.
Hugh: Isso seira impossível, ele precisaria Ter poder sobre sua alma e a alma de sua mãe para isso.
Fábia: Sim eu sei, e quando meu pai percebeu este detalhe ficou desesperado e fez um pacto com
uma entidade chamada Fapaan, ela deu ao meu pai o direito sobre as almas deles, em troca querei a vila em
seu poder, meu pai aceitou.
Holbein: Ainda não entendi o motivo de você não estar ajudando-o.
Fábia: Eu foi contra o pacto, e sobre matar pessoas para dominar a vila.
Hugh: Agiu muito bem, já sei oque fazer, se tirarmos os insetos dos cadáveres teremos menos
inimigos, eu farei uma magia para isso, Fábia vá para sua casa e me traga tudo que lhe parecer útil.
Marco: Eu irei com ela.
131

Hugh: Sim, ajude-a a trazer as coisas, Alejandro e Holbein vamos que ainda temos muito trabalho
pela frente.
Mais tarde Fábia e Marco chegam a casa de Sávio, ela recolhe algumas poções e materiais e os
reúnem em cima da mesa:
Marco: É muito corajoso oque você está fazendo, enfrentando seu próprio pai ao invés de ajuda-lo.
Fábia: Corajoso e triste, mas tem mais uma razão pela qual eu não o ajudo.
Marco: E qual é?
Fábia: Meu pai exigia que eu engravidasse de um inglês como ele e mamãe, mas um gosto de um
estrangeiro (Fábia tira sua roupa).
Marco: Fábia, depois teremos todo o tempo para fazermos isso, agora temos de ir.
Fábia: Não é só vontade Marco, eu preciso de você agora, se o plano falhar meu pai não poderá mais
me usar para fazer sua magia.
Marco: Entendo.
Marco beija Fábia . . .
Os dois chegam na floresta carregando os materiais, lá vêem Holbein e Alejandro escreverem runas
em dois pinheiros, Hugh faz um grande pentagrama em frente ao pinheiro e Marco nota um outro pentagrama
feito atras dos pinheiros um pouco mais distante. No inicio da tarde Hugh termina e parece esgotado:
Hugh: Tudo oque vocês tem a fazer agora é trazer os cadáveres e faze-los atravessar por dentre as
árvores.
Holbein: E se eles nos alcançarem.
Hugh: Tentem atrasa-los.
Holbein: Farei algumas armadilhas no caminho.
Alejandro: E oque lhe faz pensar que eles atravessaram as árvores.
Hugh: Eles não são dotados de inteligência, eles só iram segui-los.
Marco: Então vamos.
Hugh: Esperem o anoitecer, agora eu irei energizar o pentagrama.
Hugh faz um sinal e todos se afastam, ele pega alguns dos materiais trazidos por Marco e Fábia e os
amontoa no meio das duas árvores, em seguida diz algumas palavras, Holbein identifica como sendo uma
mistura de latim com hebraico, ele coloca a ponta de seu cajado nos materiais e grita, nesse momento uma luz
muito fraca, num tom avermelhado parece emanar das runas das árvores e dos pentagramas, Hugh cai de
joelhos quase sem ar, e as luzes se extinguem:
Hugh: Agora é o momento vão.
Marco: Mas e o senho e Fábia?
Hugh: Nós ficaremos bem, o pentagrama atras das árvores irá nos proteger.
Os três partem e chegam na porta da igreja, Holbein repassa para Marco e Alejandro onde instalou as
armadilhas, não muito perto da porta Holbein grita o nome de Sávio e não demora muito para a porta se abrir:
Sávio: Pensei que tivéssemos chegado a um acordo?
Holbein: Não faço acordo com gente do seu caracter.
Sávio: Muito bem então.
Com um gesto faz com que os onze cadáveres saiam da igreja, Holbein, Marco e Alejandro sacam
suas espadas e quando os cadáveres estão correndo em sua direção os três correm, seguidos de perto pelos
cadáveres, Marco cai em um ponto da corrida, mas levanta quase que instantaneamente, os cadáveres se
dissipam um pouco por conta das armadilhas de Holbein. Enfim eles chegam ao local combinado, Holbein,
Marco e Alejandro passam por dentre as árvores e atingem o pentagrama de proteção, lá eles se posicionam
na frente de Fábia e Hugh. A medida que os cadáveres vão passando eles vão caindo, os insetos ficam presos
no primeiro pentagrama, eles se juntam instintivamente para se protegerem, Hugh se levanta e pronuncia mais
algumas palavras, uma luz avermelhada toma conta do enxame de insetos e os faz pegarem fogo, eles caem
por terra totalmente destruídos, Alejandro olha para seus homens caídos no chão juntamente com Paul e diz:
"Adeus amigos".
Mas quando Holbein e Marco abaixam a guarda surge Sávio Kopolge:
Sávio: Não sei como destruíram meus soldados mas agora eu acabarei com vocês, e com essa
traidora.
Holbein percebe que Sávio tem de entra no pentagrama em frente as árvores, e sai do pentagrama de
proteção e caminha, ele passa por entre as árvores e pisa no pentagrama que destruiu os insetos, ele segura sua
espada, Sávio vê esta atitude como um desafio e entra no pentagrama mas logo recua saindo da área
132

energizada, ele olha para Fábia com rancor como se amaldiçoasse, e com o mesmo olhar olha para Marco, em
seguida se transforma em um gigantesco enxame de insetos e desaparece.
Hugh acende uma fogueira:
Hugh: Agora é o momento de decidir oque fazer, iremos caça-lo ou deixaremos que ele se vá?
Holbein: Não acho que ele causará mais problemas, mas não tenho plena certeza.
Fábia: Não já basta, meu pai já sofreu demais, acho que agora ele será consumido pela própria
tristeza.
Amanhece, Holbein e Hugh arrumam algumas provisões em seus cavalos, Alejandro comunica a vila
que Sávio foi destruído e que eles não tem mais nada a temer, timidamente os habitantes de Hope vão saindo
de suas casas e indo para as ruas:
Holbein: Porque não se junta a nós? Você já demonstrou Ter muito valor.
Alejandro: Gostaria de viver para caçar esse tipo de mal, mas tenho uma vila para proteger, e tenho
de procurar novos soldados para treinar.
Marco: Você poderia alimentar os animais para mim? Acho que ficarei algum tempo sem vir para cá.
Alejandro: Claro amigo, não se preocupe, agora tenho de ir há muito oque fazer, façam uma boa
viagem.
Hugh: Obrigado jovem, fique em paz.
Alejandro acena e anda pela vila orientando alguns habitantes, Holbein e Hugh montam em seus
cavalos, Marco se aproxima de Fábia:
Marco: Porque não vem conosco?
Fábia: Não, meu pai pode tentar se vingar de mim, e se eu estiver perto de você ele pode tentar algo
para matar a nós dois.
Marco: Eu não me importo, juntos teremos mais chances se ele vier até nós.
Fábia: Não, enquanto eu estiver viva ele não irá até você, e eu se de todas as magias de meu pai,
posso evita-las, mas você não. Seriamos um fardo um para o outro.
Marco: Acho que eu entendo, não deveria Ter acabado assim.
Fábia: Não, mas a vida real não é como nos contos dos menestréis, iremos sobreviver a isso, sei que
será difícil, uma vez uma velha senhora me disse (lagrimas caem de seus olhos) que a renuncia é a mais bela
declaração de amor, eu nunca entendi direito isso, até hoje.
Marco: Devia ser uma senhora muito sábia.
Fábia: E era. Adeus Marco.
Marco: Adeus Fábia.
Os dois se beijam longamente e após isso Marco monta em seu cavalo e segue atrás de Holbein e
Hugh, quando olha para trás ele não vê mais Fábia.
Pouco antes de chegarem a Kurok Holbein, Hugh e Marco vêem Dirk chegando a cavalo:
Marco: Agora que você vem nos ajudar? E Owen, onde está?
Dirk: Não julgue tão rápido Marco.
Dirk conta tudo oque sabe para seus amigos durante a cavalgada:
Marco: Eu não sabia, onde está Ewan?
Dirk: Não sei, mas acho que ele foi se entregar.
Holbein: Ele não é burro, apesar de eu não concordar com seus atos ele e Anna são bons ladrões,
acho que ele tem um plano em mente.
Marco: Um plano? Ele acabou de perder toda a família e a mulher que amava, ele não está em
condições de fazer planos, eu mesmo nem consigo pensar direito, Anna era uma boa pessoa apesar de sua
condição e eu conhecia a anos a família dele, Adrian era como um segundo pai para mim. Maldição, e Owen
onde está?
Dirk: Em Akte nos esperando, ele não veio porque temeu me atrasar, mas acho que ele está fazendo
outras coisas também.
Holbein: Ele também deve estar chateado, descobriu que a mãe morreu pelas mãos do pai, ele está
sofrendo do jeito dele, mas ainda sim sofrendo.
Hugh: Eu vou para o feudo Gregor.
Dirk: Será morto por ele, venha conosco para Akte lá Ranza pensará em algo ele está reunindo um
concílio.
Hugh: Não pretendo enfrentar Gregor.
Marco: Então porque irá?
Hugh: Vou espiona-lo, ele não veio só do inferno.
133

Holbein: Tenha cuidado então, não quer que eu vá com o senhor?


Hugh: Não eu irei só.
Hugh segue em direção oposta, enquanto Holbein, Dirk e Marco seguem para Akte.

***
Hugh Castle chega ao feudo Gregor, ele passa pelos guardas de Gregor e entra na mansão, Gregor
está sentado em um trono colocado no salão principal:
Gregor: Quem é você e oque faz em meu reino.
Hugh: Sou Hugh Castle e esse lugar está muito longe de ser um reino, sou enviado de Fapaan.
Gregor: E oque quer aqui?
Hugh: Quero saber de seus planos.
Gregor: Para que?
Hugh: Meu mestre que saber se você é realmente capaz de tomar esse conglomerado.
Gregor: Tudo bem venha comigo.

***
Alguns dias depois Holbein, Dirk e Marco chegam em Akte, Owen juntamente com Ross reuniu
alguns mercenários. O padre Ranza convocou o concílio e todos se reúnem no porão da igreja, lá estão: Owen,
Holbein, Marco, Dirk, Ross, Hugh, Abdu, Ranza, Elaine Niparat, Danielle Daquenubia, Joseph Wiytamut,
diáconos da vila de Akte, Kamiur um demônio que substitui o padre Antônio no concílio de Akte, lá também
se encontra Robert Vanishi líder do concílio de Sotola e Alexandre Bonokovits líder do concilio de Kurok, o
padre Ranza apresenta todos os fatos e todos tomam ciência dos fatos:
Ranza: Alguém quer acrescentar algo?
Hugh: Sim padre.
Ranza: Pode dizer.
Hugh: Obrigado, eu estive no feudo Gregor a pouco tempo atrás para investigar, e vi um exército de
aproximadamente 300 guerreiros mortos vivos, ao que me pareceu habitantes do próprio feudo.
Abdu: 300 mortos vivos, isso não deve ser considerado uma ameaça muito séria.
Ross: Não! Porque julga assim?
Abdu: Mortos vivos são lentos e imbecis demais, não devemos nos chocar com a quantidade, só
neste porão possuímos poder o bastante para derrota-los.
Hugh: Não esse tipo de mortos vivos, senhor, eles são muito ágeis e seguem perfeitamente uma
ordem, se Gregor ordenar um ataque ele haverá e em grandes proporções.
Abdu: Malditos demônios, eu e mais três homens de nossa ordem iremos ajudar.
Ross: Eu gostaria de me dirigir ao senhor Robert Vanishi.
Robert: Pois fale.
Ross: O senhor como líder do concílio de Sotola não fez nada para impedir a destruição da vila,
porque?
Robert: Eu não pude, não sei oque houve com os habitantes, mas eu e os três magos de Sotola não
fomos afetados, estávamos na vila para amenizar os estragos e quando fui chamado para essa reunião eu vim
para saber oque está havendo e uma posição dos outros líderes frente a isso. Não se preocupe meu jovem, não
sou um traidor e gosto tanto de nossa cidade quanto você.
Ross acena positivamente a cabeça.
Ranza: Observou mais alguma coisa relevante Hugh Castle.
Hugh: Na verdade sim, além dos 300 mortos vivos ele ainda possuí sob seu comando 100 demônios
menores, fora sua guarda pessoal de 7 demônios muito bem treinado.
Kamiur: Ótimo se chegarmos até a mansão ainda teremos mais sete demônios antes de chegar até
Gregor.
Ranza: Sim, seremos alguns magos e poucos guerreiros, o senhor nos ajudará Alexandre?
Alexandre: Não, em Kurok há muitos demônios foragidos, não queremos comprar uma briga inútil
para nós, se Gregor tomar o conglomerado e abrir o portal não há nada que podemos fazer, a não ser nos
juntar a eles novamente.
Abdu: Maldito, o senhor é um demônio senhor Alexandre.
Alexandre: Não sou humano como o senhor. Mas os senhores não devem Ter muita coisa contra
demônios já que um deles está fazendo parte desse concílio (se referindo a Kamiur).
134

Abdu: Acreditamos que haja demônios toleráveis, Kamiur é um deles, mas oque acha que os
demônios farão com você se invadirem sua vila?
Alexandre: Enquanto os seis diáconos de Kurok se mantiverem unidos, nada acontecerá. Agora irei
para minha vila comunicarei minha decisão aos outros, eu não ajudarei vocês mas não pense que ajudaremos
o inimigo pois não o faremos, a posição de Kurok nesta guerra é neutra. Mesmo assim desejo-lhes boa sorte.
Alexandre se retira do porão e Jack entra e fica calado em um canto, apenas quem o conhece notam
sua presença.
Ranza: Precisaremos então de um exército, e onde conseguiremos um?
Ross: Padre ainda há a questão de Sotola.
Hugh: Meu jovem, em Sotola há um poderoso artefato demoníaco, trata-se de um crânio de
esmeralda, e é assim que ele é conhecido não possuindo nenhum nome específico, ele foi dividido em quatro
partes e espalhado pela cidade, se as quatro parte se juntarem novamente tudo voltará ao normal.
Ross: Então essas partes do artefato devem estar muito bem escondidas.
Hugh: Não, para a magia funcionar elas tem de estar em um local aberto.
Marco: Então podemos destruir Gregor e depois salvar Sotola.
Hugh: Não, se demorarmos muito os habitantes de Sotola ficaram agindo como mortos vivos para
sempre, e pior, engrossará mais ainda o exército de Gregor.
Ross: Eu e meus homens iremos atrás desse artefato.
Ranza seus homens devem ficar aqui para qualquer imprevisto.
Holbein: Nós poderemos ir até Sotola recuperamos o artefato e de lá partiremos diretamente para os
feudos para reunir o maior número de homens disponíveis para nos ajudar.
Ranza: É um bom plano. Quem irá?
Owen: Eu irei.
Dirk: Eu também e de lá parto para o feudo Tilino.
Marco: Eu também e depois irei para o lado leste do feudo de Ewan, alguém precisa avisa-los sobre a
morte de Adrian e o desaparecimento de Ewan.
Holbein: Eu também irei.
Ranza: Holbein você pode ir ao feudo Huntores que fica no caminho do feudo de Ewan assim você e
Marco viajariam juntos um bom pedaço.
Owen: Eu irei retornar ao feudo Nadir, passei anos sem voltar naquele lugar e em um espaço tão
curto de tempo irei lá pela Segunda vez.
Ross: Eu também irei eu conheço aquela cidade como ninguém, só peço para que quem for não use
de violência com os habitantes, eles não tem culpa alguma.
Holbein: Sabemos disso.
Ranza: Eu Robert Danielle e os outros magos iremos nos reunir com Abdu e os cavaleiros de Salomão, temos
de pensar em uma magia que anule a estado dos mortos vivos para que suas almas descansem em paz. A
reunião está encerrada. Sorte a todos em suas jornadas.
Todos saem do porão com exceção dos magos:
Jack: Lamento, mas não irei com vocês.
Holbein: Se está com medo é melhor que fique mesmo, não se preocupe com isso, saia do
conglomerado encontre uma boa mulher e tenha muitos filhos.
Jack: Do que está falando, Jack não teme nada, eu estou na guarda do Leão Dourado e Ross nos
ordenou que ficássemos na vila e não quero desobedece-lo.
Holbein: É só por isso que não vai? E eu pensando que você tinha algum juízo. Vamos pessoal é um
longo caminho até Sotola.
Todos vão até a choupana se aprontam e seguem seu caminho.

***
Ewan chega ao feudo Gregor, ele entra na mansão e Gregor está a sua espera, ele já havia sido
avisado por um de seus guardas voadores sobre a aproximação do inimigo:
Gregor: Como é ver seus pais morrerem, e sua namorada?
Ewan: Eu estou aqui Gregor, solte as mulheres e me prenda no lugar delas.
Gregor: Ewan como você é tolo, se eu quisesse mesmo que você ficasse em minha masmorra eu o
teria trazido do seu feudo, ou você acha que escapou da morte por sorte, não amigo foi porque eu quis.
Ewan: E porque fez isso.
135

Gregor: Porque eu quero ver você sofrer até o último dia de sua vida, mas já que veio até mim de tão
bom grado, eu aceito te-lo em minha masmorra, um soldado o torturará todos os dias e seus gritos soaram
para mim como uma doce melodia.
Ewan: Eu já não me importo mais, desde que solte as mulheres.
Gregor: Eu não farei isso, eu quero que elas vejam você sendo torturado e gritem juntas, adora a voz
de mulheres.
Ewan: Você é um demônio.
Gregor: Sim foi nisso que eu me tornei, uma cria do inferno, agora acompanhe meu soldado há um
leito com alguns pregos te esperando.

***
Holbein, Ross e os outros chegam em Sotola a cidade está vazia, os habitantes estão dentro de suas
casa já um pouco destruídas. Eles se separam, Owen e Marco ficam com o lado oeste da cidade, enquanto
Dirk, Holbein e Ross ficam com a parte sul. Ao caminhar os dois grupos se deparam com alguns habitantes
que tentam ataca-los, mas para não feri-los eles optam por e não demora muito para que Holbein, Dirk e Ross
achem a primeira parte, ela está em cima da mansão do prefeito, Dirk atira uma flecha que a faz cair, Holbein
a segura antes que caia no chão, e logo correm procurar outra.
Marco e Owen decidem procurar no cemitério da cidade, estranhamente não há ninguém por lá, eles procuram
um pouco até que Marca a vê em cima de um mausoléu e a pega, pouco tempo depois correndo a cidade
Marco acha outra parte em cima de uma serraria, Owen entra e sobe até lá para apanha-la, e continuam
procurando pelas outras duas partes, sempre fugindo quando abordados pelos habitantes mais agressivos.
Ross acha outra parte na praça central na fonte, eles procuram mais um pouco pelas outras e como
não acham vão para a igreja central onde combinaram com Marco e Owen de se encontrarem. Ao chegarem
Marco e Owen já estão esperando por eles:
Marco Achamos duas partes e vocês?
Dirk: Achamos as outras duas.
Dirk reúne as partes e quando o crânio está completo os habitantes voltam ao seu estado normal, o
alívio no rosto de Ross é muito visível:
Dirk; Quem ficará com isso?
O silêncio dura muito tempo, todos pensativos:
Holbein: Eu fico com ele.
Dirk passa o crânio a Holbein que o coloca em uma mochila:
Dirk: Então vamos, não há tempo para descansarmos. Você vai para onde Ross?
Ross: Para Akte, mas ficarei aqui por um dia, quero me certificar que estão todos bem.
Marco: Boa sorte então.
Todos partem e com exceção de Marco e Holbein todos seguem direções opostas.
Muitos dias se passaram e Dirk é o primeiro a chegar ao seu feudo de destino, ele é muito bem
recebido para falar com o senhor do feudo:
Watson: Oque deseja de mim?
Dirk: Senhor eu preciso da sua milícia pessoal para ajudar em uma importante tarefa.
Watson: Depende amigo qual é a tarefa?
Dirk: Lembra-se de Yan Gregor?
Watson: Sim aquele sujeito era desprezível, mas ele está morto e eu não tenho o costume de falar
mau dos mortos.
Dirk: Então senhor acho que o senhor pode continuar a falar mau dele, ele está vivo.
Watson: Como? Fazem três anos que ele morreu.
Dirk pensa rápido em uma desculpa para explicar o fato: Na verdade ele forjou a própria morte para
poder reunir um exército e dominar o conglomerado.
Watson: Ele é bem capaz disso mesmo, pois bem eu lhe darei doze homens.
Dirk: São poucos senhor.
Watson: É a metade da minha milícia, e se ele chegar aqui eu precisarei me defender.
Watson pede para um guarda chamar doze soldados, ele o faz e quando os doze soldados chegam
Dirk fica muito desanimado, os soldados não possuem nenhum tipo de armadura ou proteção, suas armas
parecem ser frágeis:
Dirk: Senhor algum dias esses soldados já lutaram?
Watson: Não, este sempre foi um feudo muito pacifico, nunca foi preciso brandir a espada para nada.
136

Dirk: Eles são corajosos?


Watson: Sim.
Dirk pensa por um instante e se dirige aos soldados:
Dirk: Vocês teriam medo de enfrentar um demônio?
Soldado 1: Sim senhor, de minha parte muito medo, porque iremos enfrentar um demônio?
Dirk: Não, é só modo de dizer. O senhor não que me fornecer mais alguns soldados?
Watson: Não poderia.
Dirk: Muito obrigado então, eles tem montaria?
Watson: Sim, e se precisar de abrigo, meu feudo estará a sua disposição.
Dirk: Muito obrigado de novo senhor.
Dirk parte com os doze soldados, ele está muito preocupado e deseja fortemente que os outros
tenham mais sorte, mas perdido em seus pensamentos Dirk não vê três demônios voadores se aproximando,
eles atacam e começam a decapitar os soldados, Dirk corre com seu cavalo por dentre a floresta em sua parte
mais fechada e seu cavalo Zweihander é ferido, ele para e desmonta, ele deita Zweihander, e quando percebe
está completamente sozinho, ele não reconhece aquele lugar, e percebe que deve Ter se desviado demais de
seu caminho, ele ouve um barulho e quando olha vê que está cercado pelos homens lobos, Dirk então se dá
conta que entrou na temida floresta dos lobos.

***
Marco chega na pare leste do feudo do vinho, ele entra na mansão e é muito bem recebido por Jean
Darwing, eles se conheceram a muito tempo atras quando Ewan ainda não havia se fixado em Akte e vivia
correndo as vilas e feudos:
Jean: Marco, a quanto tempo amigo, onde está Ewan?.
Marco: Sente-se Jean é uma longa história.
Marco decidiu que deveria contar todos os fatos para Jean que sempre foi um homem sério e
centrado:
Jean: Adrian morto, Ewan desaparecido.
Marco: Sim amigo, temos de reunir um exercito para ajudar Ewan e salvar Danielle e Kate.
Jean: Sim, eu vingarei a morte de Adrian, vamos rápido levarei todos os homens que disponho.
Marco: Obrigado.
Jean: Não tem oque me agradecer, eu adorarei arrancar a cabeça de Gregor.
Marco: Mas vamos esperar, um amigo foi buscar ajuda no feudo Huntores e irá passar por aqui,
iremos juntos.
Jean: Claro e eu também precisarei de tempo para reunir e preparar a tropa.

***
Algum tempo depois de se separar de Marco, Holbein chega ao feudo Huntores lá é recebido por
Rubens Huntores que estava comendo um frango e o recebeu na mesa mesmo:
Rubens: Sente-se rapaz, oque deseja?
Holbein: Senhor vou direto ao ponto. Yan Gregor está vivo e acabou de dizimar todos os habitantes
do feudo Calrissian, ele em pouco tempo reuniu um grande exercito e pretende tomar todo o conglomerado
para si.
Rubens: Gregor forjou a própria morte?
Holbein: Sim senhor.
Rubens: Meu irmão mais novo veio da Espanha pra se casar com a filha de Adrian Calrissian, ele. . .?
Holbein: O massacre ocorreu no dia do casamento, e ele também morreu senhor.
Rubens: (com a voz tremula) Rapaz se queria um exercito conseguiu um, e eu pessoalmente irei com
você, onde vocês estão se reunindo?
Holbein: Na vila de Akte, um amigo buscou ajuda no lado leste do feudo Calrissian, gostaria de
passar por lá para reunirmos a tropa e irmos todos juntos.
Rubens: É uma excelente idéia, ordenarei aos homens que partiremos imediatamente.

***
Owen chega até a mansão do feudo Nadir e é escoltado por dois guardas até a presença de James
senhor do feudo:
Owen: Senhor preciso de ajuda.
137

James: Diga logo oque deseja, estou um pouco ocupado hoje.


Owen: É uma longa história mas, resumindo Yan Gregor não morreu e pretende tomar o
conglomerado para si.
James: E oque você quer?
Owen: Homens senhor eu e alguns amigos estamos reunindo um exercito, o senhor irá ajudar?
James: A pergunta é ajudar a quem. Por muitos anos eu mantive uma amizade sólida com Yan
Gregor, e não quero interferir em seus planos, e se ele não me chamou para ajuda-lo é sinal de que já tem tudo
oque precisa.
Owen: O senhor não irá nos ajudar?
James: Não, a propósito rapaz foi você quem matou o chefe de minha guarda e seu pai, você é muito
cruel, não gostaria de trabalhar para mim?
Owen fica em posição de ataque e caminha em direção a James, mas percebe que há muitos guardas
na sala, então ele se retira sem dar uma única palavra.

***
Dirk ao se ver cercado por homens lobos joga suas armas no chão, eles o marra e leva ele e seu
cavalo até uma região da floresta com algumas casas primitivas, Dirk é solto em frente a um homem lobo
muito grande e forte, Dirk logo percebe que ele é o líder daquela aldeia:
Jumare: Meu nome é Jumare, sou o líder desta tribo.
Dirk: Meu nome é. . .
Jumare: Dirk Bogard, guardião da floresta de Sadawd, estamos honrados com sua visita, você é um
excelente guardião.
Dirk: Obrigado senhor Jumare, mas como sabe quem eu sou?
Jumare: A floresta me conta seus segredos, sei oque e porque atacou você e sua tropa.
Dirk: Então já deve saber de nosso problema.
Jumare: Sim.
Dirk: Perdoe meu julgamento senhor Jumare, mas a floresta dos lobos é tida como amaldiçoada, lar
de demônios muito perigosos, mas o senhor me parece um ser sensato e bastante racional.
Jumare: Olhe.
Os homens lobo que acompanharam Dirk tiram a pele de lobo que vestiam e mostram-se sendo
homens e não feras:
Dirk: Então o senhor. . .
Jumare: Não, eu sou o único demônio desta floresta.
Dirk: Mas porque tudo isso?
Jumare: Tudo começou a muitos anos atras quando o conglomerado todo era apenas um feudo,
quando eu cheguei fugido do inferno me estabeleci nesta floresta, aqui havia vários lobos e como me
assemelho na aparência a eles, e gosto muito de animais e da floresta me estabeleci por aqui. Mas o nobre
dono do feudo começou a caçar os lobos por diversão, e eu interferi, desde então essa floresta é tida como
amaldiçoada. E talvez por isso ela atraiu alguns servos fugidos dos feudos, no começo eles tinham muito
medo de mim, mas logo eu me ofereci para protege-los, ficamos amigos, eu lhes ensinei como retirar o
necessário da floresta para sobreviverem, e respeita-la, eu disse a eles que podíamos usar a pele dos lobos
mortos para fazer roupas para que passassem a impressão de feras, assim ninguém os perturbariam, pelo
menos nesta floresta.
Dirk: Mas isso já faz muito tempo porque continuam?
Jumare: Esses servos iniciais tiveram seus filhos, e eles seus filhos, a floresta sempre foi um abrigo
seguro, aqui eu ensino muitas coisas para eles, eu os ensinei a lutarem, a fazer essas casas e alguns aqui sabem
até ler.
Dirk: É um bom trabalho senhor. Meu pai sempre dizia que a floresta era um abrigo seguro.
Jumare: Mas eu não o trouxe aqui por acaso, quero que você leve alguns de meus melhores
guerreiros para se juntarem ao seu exército.
Dirk: Seria muito bom senhor e eu gostaria muito dessa ajuda, mas como o senhor disse aqui eles
estão seguros.
Jumare: Se vocês não vencerem essa guerra, eu me pergunto até quando estaremos seguros, não é
uma ajuda solidária Dirk, se Gregor vencer não teremos mais a floresta, por favor não recuse meus homens.
Dirk: Senhor eu não estou em condições de recusar nada. Eles serão muito bem vindos, e fique certo
que não contarei seu segredo para ninguém.
138

Jumare: Eu gostaria muito de ir mas tenho de defender as mulheres e crianças esta aldeia, mas sei
que posso confiar em você. Seu cavalo já está curado, pode partir quando achar necessário. Eu lhe agradeço
por guardar meu segredo, o senhor é um homem de muito caracter.
Dirk: Sou eu quem agradeço a ajuda e a hospitalidade.
Alguns dias se passaram e todos começam a ficarem preocupados com Dirk, mas ao amanhecer ele
seguido de 30 homens mal vestidos e desarmados chegam a vila de Akte, os homens logo se misturam aos
outros, o exercito está todo reunido em Akte, ao todo são 142 homens, entre mercenários, guardas dos feudos
e os diáconos das vilas.
Dirk, Marco, Ross, Owen, Hugh, Holbein e Abdu vão até a choupana para se prepararem:
Hugh: Quem de vocês está com o crânio de esmeralda.
Holbein: Eu.
Hugh: Me de para que eu possa purifica-lo, assim ele perderá seus poderes.
Todos se entre olham do lado de fora da choupana, mas Holbein resolve entregar, assim que Holbein
passa o crânio para as mãos de Hugh, Dirk se arma com seu arco e aponta uma flecha para a cabeça de Hugh,
Holbein ao ver a atitude de Dirk leva a mão em sua espada, os outros parecem surpresos, e não esboçam
nenhuma reação, Marco é o único que se pronuncia:
Marco: Oque está havendo?
Dirk: Não sei, não estou gostando disso.
Holbein: Estou com um mau pressentimento.
Hugh: E me julgam por pressentimentos? Eu sempre ajudei vocês, e se eu não purificar este crânio
outra cidade pode ficar como Sotola.
Ross: Não, escutem o homem, deixe-o purificar logo este objeto.
Hugh: Eu não consigo me concentrar cm uma flecha apontada para minha cabeça.
Marco: Dirk Abaixe o arco, ele está do nosso lado.
Dirk abaixa o arco, Holbein tira a mão de sua espada, e Hugh começa a dizer coisas
incompreensíveis, uma forte luz começa a emanar do crânio e Holbein lembra-se de seu sonho se muitas
noites atras, Hugh então salta sobre um cavalo que por causa da luz ninguém viu se aproximar e começa a
galopar, Dirk com o arco já armado dispara contra Hugh, mas nada acontece, a flecha é desviada por um tipo
de energia mística, Holbein então joga sua espada curta no cavalo de Hugh que é ferido e cai:
Hugh: Me deixem ir sem luta.
Owen: Porque covarde? Porque quer o crânio?
Hugh; Para nada que vocês devam saber.
Owen: Maldito ajudará Gregor.
Hugh: De forma alguma, posso dizer que não vou interferir neta guerra, eu não.
Um cavaleiro de Salomão chega correndo, quando Hugh o vê desaparece no ar:
Owen: Maldito filho de uma porca.
Abdu: Oque quer amigo.
Cavaleiro de Salomão: É sobre a pesquisa que o senhor me pediu para fazer, sobre o crânio de
esmeralda.
Abdu: Oque descobriu?
Cavaleiro de Salomão: Ela é a primeira de três itens para fazer o ritual para a abertura do portal.
Abdu: Malditos demônios, eles nos usaram novamente.
Dirk: (voltasse para Marco) "Ele é nosso amigo" você disse.
Marco abaixa a cabeça e pede desculpas muito baixo e apenas poucos escutam.
Abdu: Agora não adianta reclamarmos, vamos nos juntar aos outro e ir logo ao feudo Gregor, tudo
oque podemos fazer no momento é tentar destruí-lo.
139

***
Anna chega na sala de sua avó chorando muito, Lusage a abraça, Faye e Megan chegam para
consola-la:
Lusage: Aquele maldito quebrou a palavra, isso significa que não me respeitou.
Anna: Esqueça vó você me avisou, não quero perder outra pessoa que amo.
Megan: Não devia subestimar sua avó.
Faye: Megan tem razão Anna, ela destruirá Tyron.
Anna: Não há necessidade, o erro foi meu.
Lusage: Não o erro foi meu. Devia te-lo destruído a mais tempo, Megan traga minha armadura e a
Lança a lança de Ceom.
Megan: A lança, Lusage você está exagerando.
Lusage: Não estou Tyron está enfraquecido, mas ainda sim está muito forte, ele, Fapaan e Vizude
não sabe nada sobre a lança de Ceom, e eu só usarei seu poder máximo se Owen for morto e Tyron recuperar
todo seu poder.
Faye: Eu também não sei nada sobre esta lança.
Anna: Nem eu, porque nunca me contou nada.
Lusage: Não há oque saber, um dia Anna a lança será sua e só neste dia você saberá.
Megan: Anna não se preocupem, se Lusage lutar com a lança ela não será destruída, nem se lutar
com o próprio Vizude.
Anna: Eu quero ir com você eu a ajudarei.
Lusage: Não, você deve ficar aqui e preservar a nossa linhagem se eu falhar, Faye a ajudará.
Anna: E Megan, irá com você?
Lusage: Não Megan tem outro assunto a resolver. "Uma demônio com coração humano", foi oque
ela disse.

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Capítulo 11 - Escolhas

Passaram-se alguns dias, a viagem curta, foi mais longa que o esperado, todos os homens
estavam apreensivos, mesmo sendo homens de armas, muitos nunca sequer enfrentaram uma guerra os
soldados sob o comando do espanhol Rubens Huntores parecem estar muito cansados, os mercenários agora
sob o comando de Ross Elfman também, mas para não pararem eles revezam os cavalos, já os homens lobos
caminham incansavelmente, mesmo assim com um pesar no olhar, Dirk percebe isso e sabe que este não é um
olhar de medo, mas sim um olhar de tristeza, eles nunca saíram da floresta e agora estão preocupados. Outro
que está muito preocupado é Marco, que não abriu a boca durante toda a viagem, ele pensa que não deveria
Ter defendido Hung, e que pode ser responsável por problemas futuros, mas Jack o toca no ombro para lhe
confortar, Owen não parece estar muito preocupado com as mudanças que vem ocorrendo com seu corpo e
seus poderes, ele está muito tranqüilo, oque já é um bocado estranho para seu comportamento habitual.
Holbein segue a cavalo ao lado de Rubens, os dois conversam vez ou outra mas nenhum assunto muito longo.
Dirk segue junto aos homens lobos, e faz o possível para anima-los e tenta mostrar que pessoas de fora da
floresta também podem ser confiáveis.
Enfim eles chegam ao feudo Gregor, alguns homens lobos se prontificam a verificar a área em volta
da mansão, mas não vêem nada de diferente, tudo muito quieto e vazio, mas eles percebem que a mansão
possui algumas velas acesas e voltam para contar a Dirk sobre oque viram:
Dirk: Está tudo quieto por lá, oque vocês acham?
Rubens: Atacaremos agora.
Abdu: Não seria muito tolo de nossa parte atacarmos agora, a noite cairá em breve, os homens estão
muito cansados, e ninguém sabem oque nos espera realmente.
Ross: Concordo, podemos descansar e amanhã assim que o sol nascer poderemos seguir até a
mansão.
Dirk: Os homens que estão comigo não estão muito cansados, eles vigiaram durante a noite, e eu
também.
Ranza: Durma Dirk do que adiantará ficar acordado?
Dirk: Mesmo que eu quisesse não poderia, lembre-se, lá dentro está minha irmã e minha. . . amiga.
140

Ranza: Sim me desculpe.


Dirk sai da reunião e se junta a Holbein, Marco, Owen e Jack:
Dirk: Amanhã, tudo será resolvido.
Holbein: Sim, eu e Owen estaremos do lado dos espanhóis, fique ao nosso lado.
Dirk: Obrigado, mas eu prometi a Jumare que lutaria junto a seus homens.
Owen: E você Marco, Jack?
Marco: Eu estarei junto a Ross.
Jack: Eu também estarei na linha de frente.
Holbein: Jack agora que tocou no assunto eu acho que você não deveria lutar amanhã.
Jack: E porque não.
Owen: Porque você não sabe lutar.
Holbein: Calma Owen, Jack nós sabemos que você não é um grande lutador, nós não espalhamos
isso por aí mas nós quatro sabemos, não seria bom morrer só para manter uma fama que não é real.
Jack: Eu estou ciente de tudo isso, mas andei ouvindo algumas conversas e sei que se esse portal se
abrir o conglomerado inteiro irá sofrer, e mesmo que eu morra eu irei ajudar.
Dirk: Tudo isso é muito bonito Jack, em um livro ou uma história contada pelos menestréis, mas isso
aqui não é uma história aqui as pessoas se ferem, morrem, eu mesmo se minha irmã não estivesse lá dentro
não estaria aqui, sabendo de tudo isso eu levaria ela, Danielle e que mais fosse para Gales, lá eles estariam
protegidos de tudo relacionado a este conglomerado.
Jack: Eu sei de tudo isso, mas vou ficar.
Amanhece e os soldados vão cercando a mansão de Gregor, Os homens lobos e Dirk à esquerda,
Rubens seus soldados junto com Owen e Holbein à direita. Ross sua guarda e os mercenários, Marco, Jack,
Abdu e os cavaleiros de Salomão na linha de frente e os magos apenas um pouco mais atras desta linha. Em
frente a mansão estão diversos corpos em estado de decomposição, apenas esta visão já é o bastante para
aterrorizar um homem, o cheiro dos cadáveres começam a dar náuseas em alguns homens, um demônio
vermelho e alto abre a porta da mansão de onde saem centenas de pequenos demônios, três demônios alados
também surgem e sobrevoam os cadáveres que começam a se mover e se levantarem, alguns soldados de
Rubens dão alguns passos para trás trêmulos, mas ao ver seu senhor erguendo sua espada eles voltam, os
mercenários ficam paralisados por um instante pensando o quão real aquilo poderia ser, mas percebem ser tão
real quanto qualquer um deles, o primeiro pensamento é o de fugir, mas o segundo é o da auto preservação
por meio do combate, e eles sacam suas armas com as mãos formigando e as pernas duras eles caminham em
frente, sentindo um estranho frio no corpo, como nenhum jamais sentido por algum deles anteriormente, este
frio não é mágico ou algum poder dos cadáveres ou demônios e sim o mais puro e simples medo. Os
cadáveres avançam lentamente e os magos preparam suas magias, alguns deles caem acertos por flechas
disparadas do alto da mansão, e então percebem que suas magias são inúteis, mas não a tempo de recuar e um
a um são decapitados pelos demônios voadores ou acerto pelas flechas. Os homens resolvem partir para o
combate corpo a corpo.

***
Dentro da mansão Gregor se levanta e vai até uma das janelas:
Hugh: Minha parte foi cumprida?
Gregor: Sim, os magos foram derrotados. Como conseguiu?
Hugh: Este crânio é muito útil, ele não permite que uma área seja afetada por magia, por este motivo
ele é importante para o portal.
Gregor: Creio que agora você irá, e levará o crânio.
Hugh: Sim.
Gregor: E se eu tentar impedi-lo.
Hugh: Você não seria tolo o bastante, seu poder se resume a força bruta, e o meu a arte refinada da
magia, agora faça oque bem quiser.
Gregor: (ri sarcasticamente) Vá Hugh, afinal estamos do mesmo lado.
Hugh: Você é muito compreensivo, ou é um covarde mesmo, não importa, se você sobreviver eu
voltarei.
Hugh desaparece nas sombras, e Gregor lança uma de suas bolas contra uma parede rachando-a:
Gregor: Um dia serei eu quem dominará este lugar, e todos se ajoelharam perante mim.

***
141

A batalha fora da mansão continua, os cadáveres se mostraram muito mais fortes do que
aparentavam e mesmo sem armas conseguiam causar grandes danos nos soldados. Dirk luta com sua espada, e
no mesmo nível de Holbein e Owen buscando sempre se aproximar o máximo possível da mansão, mas os
pequenos demônios o impede de se aproximar mais. Holbein e Owen lutam juntos, um protegendo a
retaguarda do outro, deste modo podem lutar mais a vontade. Marco e Ross lutam um pouco mais atras de
seus soldados junto com Abdu, Ranza e os cavaleiro de Salomão, os únicos sobreviventes do magos.
Kamiur luta muito mais a frente e é atacado diretamente por um demônio alado, ele se esquiva dos
ataques aéreos e força o demônio a lutar no solo, Kamiur joga sua espada no chão e assume sua forma
demoníaca sua pele escurece um pouco, surgem mais pelos em seu corpo e uma cauda com vários espinhos,
ele saca sua lança e enfrenta o demônio, a luta parece equilibrada mas Kamiur é atingido no peito, e quando
tenta se mover para se esquivar de outro golpe é impedido, pois dois pequenos demônios agarram em suas
pernas, e novamente Kamiur é acerto, desta vez no braço, em um grande esforço Kamiur rasga a asa do
demônio e quando ele tenta voar Kamiur o segura pela perna e o joga no chão, o demônio cai de bruços e
Kamiur enterra sua lança nas costas do demônio, em seguida ele desfere um golpe que separa sua cabeça do
resto do corpo, o demônio vira cinzas, feito isso ele se livra dos pequenos demônios que estavam em suas
pernas e volta a lutar muito ferido.

***
No porão da mansão Danielle e Kate continuam acorrentadas, Ewan está preso em uma mesa com o
corpo todo retalhado, o demônio que costuma torturar Ewan não está presente pois fora atender um chamado
de Gregor:
Ewan: Vocês estão ouvindo, eles estão com problemas, é nossa chance.
Danielle: Oque vai fazer?
Kate: Não faça nada, você está ferido e logo meu irmão nos tirará daqui.
Ewan: Não sabemos oque este demônio fará se Gregor for vencido. Não se preocupem tudo foi
planejado.
Kate: Como?
Ewan: No dia que eu vim para cá eu planejei tudo.
Ewan se solta facilmente das correntes, suas mão ágeis de ladrão o ajudaram muito, com igual
facilidade livra Danielle e Kate das correntes, eles sobem as escadas e escapam por uma janela, Ewan carrega
Kate que está muito fraca e tenta ajudar Danielle.
Eles chegam até uma pequena floresta muito próxima a mansão, de longe eles vêem a batalha, Ewan
ajuda as duas mulheres a se recostar em uma árvore e faz um circulo com um pó brilhante em torno delas:
Kate: Oque está fazendo? Que pó brilhante é este?
Ewan: Deixei tudo aqui escondido antes de me entregar, isto é pó de ouro, um truque que Anna me
ensinou, dentro deste circulo vocês estarão protegidas, não saiam daqui por nada.
Ewan sai por um momento e logo retorna:
Ewan: Trouxe algumas frutas vocês devem estar com fome, aquele miserável mal nos alimentava.
Ewan então pega espada de seu pai atras da árvore.
Kate: Oque você pensa fazer? Perdeu o juízo?
Ewan: Não, tudo que eu queria era tirar vocês duas de lá com vida, agora que eu o fiz eu mesmo
matarei Gregor.
Danielle: Não faça isso, você não acha que já está sendo derramado muito sangue hoje, olhe (aponta
para a batalha), isto já não é o bastante?
Ewan: Sei que querem me impedir, mas eu já perdi tudo nesta vida, minha família, Anna, seu eu
derrotar Gregor ótimo, se eu morrer tudo bem. Sei que tenho meus amigos, mas Anna. . . Eu tenho de ir, no
minimo para ajuda-los.
Danielle: Em seu estado, olhe você mal consegue se agüentar em pé, está tão fraco quanto nós,
comeu muito menos, sofreu o triplo, mau conseguirá erguer esta espada, não vá.
Ewan: Desculpe.
Ewan parte e as duas mulheres choram.

***
Marco, Abdu, Ross e seus soldados começam a serem atacados pelos demônios menores, três
cavaleiros de Salomão abrem caminho e entram na mansão, Owen e Holbein também se aproximam mais da
mansão mas ainda não conseguem entrar, o mesmo acontece com Dirk. Jack se aproxima um pouco e luta
142

corajosamente contra os cadáveres, até que é atingido por uma flecha no coração, ainda sim ele destrói mais
dois cadáveres antes de cair morto.
Dentro da mansão os cavaleiros de Salomão se deparam com dois demônios muito fortes, e travam
uma batalha, os demônios são vencidos facilmente e então surge Gregor.
Ewan começa a subir pelas paredes da mansão segurando uma corda, e ao entrar por uma janela
começa a caminhar lentamente, ele passa por um dos corredores e vê um demônio atirando flechas ele então
caminha na direção do demônio que concentrado não nota sua presença, Ewan enterra sua espada nas costas
do demônio que cai de joelhos, em seguido o decapita, o arco do demônio cai pela janela, em seguida Ewan
desce para o salão principal e vê os cavaleiros de Salomão lutarem contra Gregor. Dois deles tenta acertar
Gregor pelas laterais enquanto o outro pela frete, mas todos não conseguem nem tocar em Gregor pois as
correntes o protege, Ewan tem a impressão de ver as espadas dos cavaleiros brilharem, e partirem algumas
correntes com apenas um golpe, mas Gregor faz com que uma das correntes se enrole no pescoço de um deles
enforcando-o, outro cavaleiro vai em seu auxilio e ao baixar a guarda tem a cabeça rachada por uma das bolas
de Gregor, e cai morto, o outro é atacado pelas três bolar restantes e também é morto.
Ewan pensa em seguir os conselhos de Danielle e Kate e fugir, mas resolve enfrentar Gregor, ele
caminha lentamente até a presença do demônio:
Ewan: Então, foi só isso que você aprendeu a fazer no inferno.
Gregor: Pensei que havia fugido.
Ewan: Eu pensei nessa possibilidade, mas para que fugir?
Gregor: Não entendi?
Ewan: Para que fugir? Não tenho mais para onde correr, para quem correr, então se não tenho mais
nada a perder porque não arriscar?
Gregor: (ri sarcasticamente) E você acha que vai me derrotar?
Ewan: Não meus amigos farão isso, eu só irei terminar de quebra essas correntes que te protegem.
Ewan olha os olhos de espanto de Gregor e começa a desferir golpes nas correntes, Gregor atinge
Ewan no joelho esquerdo, Ewan cai mas com muito esforço se levanta e consegue partir uma das correntes,
Gregor se enfurece, e com uma das correntes segura Ewan e com a outra o golpeia diversas fezes nas pernas,
Ewan cai:
Ewan: (quase sem fala) Vamos acabe logo com isso.
Gregor: Não posso, infelizmente não posso.
Ewan: E porque?
Gregor: Você ainda não sofreu o bastante, um o incapacitei de andar para ver seus amigos entrarem
pela porta e serem mortos por mim, depois eu trarei as suas amigas, me divertirei bastante com elas antes de
mata-las, e você verá tudo.
Do lado de fora Holbein e Owen chegam até a porta da mansão, e só não entraram porque Dirk está
muito próximo, Marco tenta se aproximar mas é impedido por dois demônios alados, Ross também está
cercado e Marco decide lutar sozinho contra os demônios, ele tem muita dificuldade para acertar os demônios
com sua raiper e sofre diversos cortes pelo corpo, parece que os demônios estão brincando com ele, até que
uma deles é atravessado por uma espada, rapidamente Marco pega esta espada e decapita o demônio, ao olhar
para trás vê que Abdu acena para ele com a cabeça, Marco faz o mesmo e enfrenta o outro demônio, a luta é
demorada, Marco fica mais ferido ainda, mas o demônio também sofre alguns danos e fica incapacitado de
voar, então Marco com um lance seco de espada corta o braço do demônio, e em seguida o decapita. A
maioria dos cadáveres e dos pequenos demônios já foram derrotados, mesmo assim, os poucos que restam se
aglomeram em frente a mansão impedindo a entrada de qualquer um.

***
Um pouco afastadas da mansão, Danielle e Kate descansam:
Danielle: (fala baixo como para si mesma) Quando isso irá terminar?
Kate: Desculpe, disse algo?
Danielle: Nada, só estava pensando quando que essa batalha terá fim, todos devem estar sofrendo
muito.
Kate: Tem razão, eu vou até lá.
Danielle: Perdeu o juízo? Eu me esforcei muito para Ewan não ir, e agora você diz que irá, também
quer morrer?
Kate: Não, só irei vigiar mais de perto, sobrou um pouco de pó de ouro, eu ficarei mais perto e farei
um circulo em torno de mim.
143

Danielle: Acho que você não deveria ir, mas eu sei como é difícil convencer um Bogard do contrário,
então tome cuidado.
Kate: Não se preocupe.

***
Na mansão Holbein, Owen e Dirk se deparam com os cadáveres dos cavaleiros de Salomão, e com
Ewan caído no chão, mas vivo. Gregor surge e começa a ataca-los com suas correntes restantes, Holbein se
esquive e com apenas um lance de espada faz com que uma das correntes seja perdida, a outra acerta em Dirk
que cai cuspindo sangue, Owen segura esta corrente quando está sendo recolhida por Gregor e é arrastado por
ele, ao ver a chance Holbein quebra a última corrente de Gregor. Dirk ajoelha e saca seu arco o arma com
uma flecha e diz algumas palavras em uma língua entranha, Holbein e Owen atacam Gregor, Ao desferir um
soco Owen é pego por Gregor e arremessado para longe, Dirk grita para Holbein sair da frente e ele o faz,
então Dirk dispara sua flecha que se multiplica no ar se tornando cinco flechas, destas quatro acertam Gregor,
ele se enfurece e desfere um soco em Holbein que o faz cair, Owen se recupera volta a atacar Gregor, e lhe
acerta um soco que o faz cair de joelhos, Gregor se levanta rindo e mostra para Owen o esqueleto de sua mão,
Ao ver o objeto Owen se enfurece e ataca Gregor, a luta é muito equilibrada, ambos apenas atacam e não se
preocupam em se defender, Holbein interfere na luta para atacar Gregor, mas Gregor derruba Owen com um
chute no rosto e em seguida desfere um soco no ombro de Holbein, Gregor volta-se para Dirk e caminha em
sua direção, Dirk ainda dispara mais uma flecha, que acerta Grego, mas não o derruba, sem Ter como fugir
Dirk é pego pelo pescoço e começa a ser enforcado, é nesse momento que uma flecha acerta o braço de
Gregor obrigando-o a soltar Dirk, este olha pela janela e vê Kate segurando um arco muito estranho, ela
dispara mais uma flecha e acerta a garganta de Gregor, Owen se recupera e desfere uma seqüência de socos
em Gregor fazendo-o cair, Holbein corre e consegue decapitar Gregor, que se transforma em um caldo grosso
e negro.
Owen retira do caldo o esqueleto de sua mão, e retira o gancho de seu braço esquerdo, o esqueleto
coberto pelo caldo é unido novamente ao corpo de Owen. Holbein ajuda Dirk a se levantar e Owen carrega
Ewan para fora da mansão, nesse momento eles percebem que há apenas alguns demônios menores, mas estes
já estão sendo exterminados pelos homens lobos, eles caminham e olham entre os cadáveres, alguns não
sobreviveram, Jack é um deles, todos se afastam um pouco e descansam, Kate busca Danielle as duas
abraçam Dirk:
Dirk: Que bom que vocês duas estão bem, foi feito algo de mau com vocês?
Kate: Não muito, ele nos torturava apenas com a visão do sofrimento de Ewan.
Danielle: Ewan foi muito corajoso.
Dirk: (volta-se para Ewan) Não tenho palavras para lhe agradecer.
Ewan: Não precisa, elas também foram muito corajosas.
Dirk: Kate, onde você achou este arco?
Kate: Caído perto da mansão.
Owen: você poderia me dá-lo?
Kate: Claro, ele é muito estranho.
Holbein: Para que você quer o arco?
Owen: No caminho eu reuni as armas que os demônios usavam, quero guarda-las d lembrança.
Ross: Mas você não conseguirá reunir todas.
Owen: Porque?
Ross: Um dos demônios arqueiro fugiu.
Owen: Tudo bem, essas já estão de bom tamanho para me lembrar este dia.
Holbein: Vamos descansar um pouco e depois voltar, não quero ficar mais perto de tanta morte.
Owen: Sim e eu tenho de buscar minha irmã no templo de Salomão.
Marco: Eu também vou com vocês estou muito cansado dormi muito pouco esses dias e quero
dormir em minha cama. Ewan você vem conosco?
Ewan: Não, vou para o feudo de meu pai, há muito oque fazer por lá.
Dirk: Já que vão para a choupana poderiam escoltar Danielle e Kate?
Holbein: Claro.
Danielle: Você não vem conosco?
Dirk: Agora não levarei devolta os homens que eu trouxe.
Abdu: Eu e Ranza voltaremos com vocês, iremos para o templo, temos muito oque fazer já que
apenas nós dois restamos dos magos. Ross oque você fará?
144

Ross: Minha guarda também foi muito reduzida, tenho de abrir vagas para mais homens e reforçar a
milícia de Sotola, quero saber como minha noiva está, seguirei outro caminho.
Todos deixam rapidamente aquele local com exceção de Kamiur, ele recolhe os corpos de Danielle
Daquenubia e Elaine Niparat suas únicas amigas e carrega-os, para longe onde os enterra juntos, ele
permanece em frente a sepultura durante todo o entardecer e em seguida desaparece.

***
No inferno Tyron fica sabendo que seu plano fracassou e corre ao encontro de Vizude para pedir a
ele para voltar a terra, mas no caminho encontra-se com Lusage:
Tyron: Saia da minha frente, estou com pressa.
Lusage: Você foi avisado Tyron, agora pagará por seu erro.
Tyron: E oque você irá fazer? Vamos vadia sai da minha frente que eu tenho coisas muito mais
importantes para fazer. (Lusage aponta a lança para Tyron) Tudo bem vadia se quer morrer assim será, e será
uma morte rápida.
Tyron ataca Lusage, que esquiva de olhos fechados, ele fica furioso por ser humilhado, Lusage
apenas sorri, e ataca Tyron com a lança mas para sua surpresa ele também se esquiva:
Tyron: Acho que essa luta irá demorar um pouco mais que o planejado.
Tyron volta a atacar Lusage e ao faze-lo acaba por acertar alguns socos na succubus, ela revida com
alguns chutes mas todos são parados. A luta segue nesse ritmo durante um dia inteiro, os dois já muito
cansados resolvem por um ponto final no empasse Tyron faz brotar espinhos de seu corpo e os lança contra
Lusage que tem o corpo todo perfurado e cai, mas ela se levanta e faz brotar suas asas, ela voa e gira a lança
sobre sua cabeça, Tyron arremessa mais alguns espinhos mas eles não chegam até Lusage, ele vê algumas
almas irem em direção a Lusage e se incorporarem em sua lança, a lança começa a brilhar com uma luz escura
e Lusage voa em direção a Tyron, este sente seu corpo paralisado e é atingido no coração pela lança, seu
corpo é despedaçado só restando sua alma, que é retalhado por Lusage, a dor de Ter a alma retalhada não é
comparável a maior dor que um ser humano possa sentir. Lusage volta para sua mansão:
Anna: Deitasse vó durma um pouco.
Lusage: Onde está Faye?
Anna: Pedi para ela trazer algo para você comer.
Lusage: Bom, Anna eu usei a lança de Ceon.
Anna: Sim e venceu Tyron, durma um pouco.
Lusage: Sim eu dormirei por cem anos filha, quero que você Faye tome conta de tudo para mim.
Anna: Mas vó.
Lusage: Megan está em uma missão muito especial, ela as ajudará no que for preciso quando voltar.
(já fechando os olhos) Até breve filha, conto com você.
Anna: Sim, eu não irei te decepcionar. Durma.

***
Alguns dias se passaram, Holbein voltou para seu treinamento para se tornar um cavaleiro de
Salomão, Marco decidiu viajar pelo conglomerado e procurar Fábia, Owen e sua irmã Joana passaram a
ocupar no quarto que era de Ewan na choupana, Kate agora toma conta do boticário de Marco, junto com a
mandragora de Marco que ainda não recebeu um nome, mas é chamada de plantinha. Já Dirk e Danielle
visitaram o lago Temeros:
Dirk: Muita coisa aconteceu.
Danielle: Sim, mas enfim estamos aqui.
Dirk: Você sabe que eu não sou católico, não poderemos casar segundo essas leis.
Danielle: Sim, mas não me importa, a única coisa que me importa e ficar com você.
Dirk vira-se e apanha um flor e faz com que está se transforme em uma coroa de fores muito bonita
e coloca na cabeça de Danielle:
Dirk: Não precisamos de um padre, temos o lago, as flores, as árvores e o vento como testemunhas
de nossa união.
Danielle se emociona e lágrimas correm pelo seu rosto, ela mostra um lindo sorriso e os dois se
beijam.
Alguns dias depois eles voltam e Dirk surpreende Owen ensinado Joana a lutar:
Dirk: Porque está ensinando essas coisas para a menina?
145

Owen: Para que se algo ocorrer comigo ela saiba se defender, sem pedir para que outros o façam por
ela.
Joana: Mas eu tenho mesmo?
Owen: Sim, lembra-se do que o pai fazia com você? Não gostaria de nunca mais Ter de passar por
isso?
Joana: Sim (decidida).
Owen: Pois bem.
Dirk: (afastando-se e dizendo para si mesmo) Que família mais maluca.

***
Um pouco longe dali Ewan pediu para que alguns nobres visitasse sua mansão:
Rubens: Ewan, como vão os negócios, pretende desistir de fabricar vinho?
Ewan: Não isso nunca me passou pela cabeça.
James: Deixem de conversa mole, porque me chamaram?
Ewan: Nos três somos quem possui a maior partes de terras do conglomerado, e como o feudo Nadir
e o meu estão ligados as terras de Gregor que agora não possuem mais dono gostaria de saber como será
resolvida essa situação?
James: As terras ficaram comigo é claro, eu era o único que mantinha boas relações com este feudo.
Ewan: Não, a esposa de Gregor fez um testamento deixando tudo para mim.
James: E o senhor está nos querendo fazer de bobos, se tinha esse documento porque nos fez esta
pergunta?
Ewan: O motivo é simples, eu quero comprar a metade de suas terras.
James: Está brincando?
Ewan: Não, com a morte de minha família eu herdei tudo, mas os nossos trabalhadores foram em sua
maioria mortos por Gregor. Rubens, o senhor continua querendo produzir vinhos?
Rubens: Claro, qual sua proposta.
Ewan: Sei que você tem muitos homens, gostaria de saber se eu comprar essas terras do feudo Nadir,
o senhor me ajudaria a produzir meu vinho?
Rubens: Sim, creio que sim, fabricar vinho sempre foi meu sonho.
Ewan: E então James, eu pago muito mais do que valem suas terras, oque me diz?
James: Mais quanto?
Ewan: Quase o dobro.
James: Mande preparar os papéis, que elas serão suas, tenho muita coisa a fazer, talvez eu comprarei
uma mansão em Londres.
James se despede e se retira:
Rubens: O feudo Gregor está quebrado?
Ewan: Não a senhora Gregor deixava todo o dinheiro em meus cofres, e o feudo conseguiu um
grande patrimônio nesses últimos anos, e é esse dinheiro que comprará o feudo de James.
Rubens: Então você ainda terá sua fortuna.
Ewan: Não, mandarei restaurar o feudo Gregor e os gastos que nós teremos com a plantação será
grande.
Rubens: Isso não importa, em breve estaremos vendendo vinho para todo o país. Vamos brindar a
isso.

***
Um mês se passou desde então, Marco decide ir para Hope visitar os animais de Charles e arrumar
um jeito de leva-los até Akte, Marco estava cansado de procurar por Fábia, não sabia nem se ela ainda estava
no pais, mas quando abre a porta de loja tem uma agradável surpresa:
Marco: Fábia oque faz aqui? Eu te procurei por todo o conglomerado.
Fábia: Eu estou escondida, meu pai não seria tolo o bastante para me procurar aqui.
Marco: Mas porque não usou sua magia para escapar, aqui você está muito vulnerável.
Fábia: Eu sei, mas ouvi dizer que não é bom usar magias quando está esperando uma criança.
Marco: (meio tonto e com um sorriso bobo no rosto) Meu filho.
Fábia: Sim, nosso filho.
Marco: Vamos, venha morar comigo, eu a protegerei.
Fábia: Mas. . .
146

Marco: Não estou te pedindo em casamento, seria bom mas não é oque quero dizer, eu protegerei
você e meu filho até ele nascer, depois se você quiser ir não precisa se sentir obrigada a ficar comigo.
Fábia: Mas e se eu quiser?
Marco: Então seremos muito felizes juntos.
Fábia: Tenho certeza que sim.

***
Alguns meses se assaram e Dirk volta para o mosteiro celta, no caminho cruza com um homem que
acena para ele, ele acha muito estranho e quando chega no mosteiro o vê em ruínas, sentado no que antes era
uma parede esta uma figura de manto verde segurando uma foice de madeira.

***
Holbein é chamado por Abdu e este o pede para se sentar:
Abdu: Holbein, estamos muito orgulhosos de você, não só por demonstrar muito interesse em
aprender e se tornar um de nós, mas por sempre eliminar os demônios no conglomerado, tem feito um
excelente trabalho.
Holbein: Obrigado senhor.
Abdu: Eu conversei bastante com o padre Ranza e chegamos a uma conclusão. Você se tornará parte
de nossa ordem, é claro que você ainda tem muito oque aprender mas todos nós temos, e sei que você
continuará se esforçando.
Holbein: É uma honra senhor.
Abdu: Mas antes temos uma missão para você. Kamiur desapareceu, então em Akte só existe agora
um demônio, se você o eliminar estaremos livres da presença deles pelo menos nesta vila. Oque quero dizer é
para você eliminar Owen Bullock.

***
Dirk caminha até a figura de manto:
Dirk: Quem é você?
Jonh: Sou Jonh Renfild, sou um druida.
Dirk: Nunca o vi pelo mosteiro, e oque houve por aqui? Onde estão todos?
Jonh: Venha comigo meu rapaz.
Dirk segue o velho até uma cabana no meio da floresta.
Jonh: Os monges morreram queimados, todos eles.
Dirk: Mas o senhor disse que era um dos monges.
Jonh: Sim mas eu e seu avô nos desligamos da ordem a muito tempo, seu avô foi meu mestre.
Dirk: Estou muito confuso, conte essa história do começo.
Jonh: Sim desculpe, seu avô Perhap Bogard era um poderoso e influente druida, eu e seu pai
Callium fomos seus aprendizes durante anos, mas seu avô sentiu necessidade de se desligar da ordem celta e
como seu pai já havia se tornado mestre na ordem não o seguiu, mas eu sim.
Dirk: Porque meu avô deixou a ordem? E seu avô. . . sempre pulando uma geração?
Jonh: Você já deve Ter lido que as primeiras ordens celtas participavam de reuniões em um local
muito especial, os lideres das ordens se reuniam em arcádia para trocar grimórios, conversar sobre a ordem e
problemas relacionados a ela. Um Bogard era líder de uma dessas ordens celtas e uma vez por anos visitava
arcádia. Arcádia é um lugar de criaturas fantásticas, e uma delas são os elfos, sua beleza se equipara aos anjos,
são seres alegres, graciosos e perfeitos. Bogard se apaixonou por uma bela elfa, a rainha da floresta, ela se
harmonizava completamente com a floresta, algo muito parecido com uma dríade, e seu amor foi
correspondido, e no ano seguinte Bogard voltou com seu filho, a elfa teve um destino muito triste, pois foi
expulsa de sua aldeia, mas passou a viver na floresta onde era seu lugar de fato.
A criança era um meio-elfo e se mostrou muito ligado a natureza, com o passar das gerações as
características élficas foram sumindo pouco a pouco, mas ainda sim sempre pulando uma geração era
mostrada uma grande afinidade com a natureza. Seu avô pertenceu a esta geração.
Dirk: Então o senhor quer dizer que eu. . .
Jonh: Não, não sei ao certo, durante os anos sempre houve apenas um herdeiro deste dom , mas você
tem uma irmã e o dom pode estar com apenas um ou dividido entre vocês dois. Sua irmã mostrou algo
diferente, qualquer coisa?
Dirk: Não, só o fato de atirar excepcionalmente bem com o arco.
147

Jonh: Isto já basta, os elfos são os melhores arqueiros que existem.


Dirk: Mas oque houve com o mosteiro?
Jonh: Antes vou te levar para conhecer seu avô.
Jonh leva Dirk para os pés de um grande carvalho, ele está com um rombo queimado no tronco:
Jonh: Dirk este é seu avô.
Dirk toca na árvore:
Dirk: Como é possível?
Jonh: Seu pai era um dos seis magos mais poderosos desta região e o poder traz muitos inimigos, um
dia um mago chamado Urwabam o desafiou para um combate místico, mesmo levando a vantagem de
dominar as chamas, Urwabam foi derrotado e humilhado perante os outros quatro magos, ele buscou vingança
e quando seu pai estava distraído em sua casa, matou a ele e a sua mulher, no mesmo momento seu avô
recebeu a noticia pela floresta e encontrou Urwabam próximo a você e sua irmã, seu avô para protege-los se
sacrificou se transformou nesta árvore e prendeu Urwabam em seu tronco, mas os poderes de seu avô
enfraqueceu, o motivo é que você ou sua irmã, ou os dois se fortaleceram, e Urwabam se libertou.
Dirk: Então aquele sujeito que eu cruzei na estrada era esse tal de Urwabam.
Jonh: Sim.
Dirk Então temos de correr, minha irmã corre perigo.
Jonh: Tarde demais, a quantos dias você cruzou com ele?
Dirk: A quinze dias atras. O senhor tem razão, mas porque ele não me enfrentou?
Jonh: Para enfraquece-lo, se ele matar sua irmã você ficará muito abalado para enfrenta-lo.
Dirk: Oque faremos?
Jonh apenas caminha de volta a cabana e dá um baú para Dirk:
Jonh: Dentro deste baú contem um arco élfico, leve e maleável. Também tem o grimório de seu avô e
três flechas feitas magicamente pelo seu avô, se elas acertarem um alvo, em poucos instantes ele se
transforma em uma árvore, não importa onde seja acerto.
Dirk: Essa é minha herança?
Jonh: Sim.
Dirk: Mas o senhor não precisará destes objetos?
Jonh: Não, agora vamos.

***
Holbein caminha para Akte e é atacado derrepente por um homem vestindo uma armadura muito fina
e brilhante, Holbein saca sua espada e os dois lutam durante algum tempo, o homem parece testar Holbein,
mas Holbein está preocupado mesmo em tirar o elmo do homem para descobrir sua identidade, a luta
prossegue num ritmo cada vez mais rápido, até que Holbein desfere um soco que faz o elmo do homem cair
no chão, e este se revela ser Jack:
Holbein: Mas como? Eu vi seu cadáver. . .
Jack: Desculpe, eu não havia morrido.
Holbein: E como aprendeu a lutar assim?
Jack; Eu tenho duzentos anos de experiência. Eu sou o guardião do conglomerado.
Holbein: Estou surpreso, não sei oque dizer.
Jack: Diga apenas que aceita me suceder como guardião.
Holbein: Como?
Jack: Chega um momento na imortalidade em que se deseja descansar, e eu quero descansar, e
preciso de um sucessor e escolhi você.
Holbein: Mas, eu não sei.
Jack: Não se preocupe eu não pedirei para que mate Owen.
Holbein: Preciso pensar um pouco.
Jack: Estarei na estalagem esperando por você.
Holbein: Eu irei assim que falar com uma pessoa.
Holbein vai até a forjaria onde Owen trabalha ele vê Owen forjando e saca sua espada, mas a joga no
chão:
Owen: Se quer que eu a arrume não a jogue no chão coloque-a sobre a mesa.
Holbein: Serei aceito na ordem de Salomão.
Owen: Isso é muito bom, todos os anos com a cara nos livros valeram a pena.
Holbein: Só serei aceito se matar você.
148

Owen: Como?
Holbein: Eles querem que eu mate o último demônio d Akte.
Owen: Filhos de uma porca.
Holbein: E tem mais uma nova.
Owen: Qual?
Holbein: Jack está vivo, e ele é o guardião do conglomerado.
Owen: Essa é algo para amenizar a noticia anterior?
Holbein: Não é sério, e ele quer que eu me torne seu sucessor.
Owen: Terá de me matar?
Holbein: Não.
Owen: Então torne-se seu sucessor.
Holbein: Estive pensando em fazer isso mesmo. Te matar ia dar muito trabalho.
Owen: Nem me fale.

***
Alguns dias depois um homem chega de manhã na choupana e lança uma bola de fogo contra a porta,
Marco corre para fora para ver quem é, Danielle, Kate e Fábia fazem o mesmo:
Urwabam: Desculpem o mau jeito, é que estive preso por alguns anos e estou ansioso demais,
senhorita Bogard venha comigo e seus amigos não sofreram.
Marco: Que história é essa, porque quer levar Kate?
Urwabam: Vingança.
Marco: Desculpe-me mas não é um bom motivo.
Urwabam lança uma bola de fogo contra Marco que cai no chão em chamas, ele rola no chão e as
apaga sem sofre muito dano, Urwabam atira outra bola de fogo desta vez na direção das mulheres, mas Kate
se levanta e repele a bola de fogo com as mãos, a grama começa a crescer sem controle a sua volta, o mago se
transforma em fogo vivo, Kate fica com um ar muito sereno e várias folhas começam a circular ao seu redor,
o mago transforma sua espada em fogo, e Kate faz brotar um chicote de cipó maleável e espinhos, Urwabam
ataca com muito ódio e muito rapidamente , Kate se defende como um pinheiro em uma tempestade, firme
seus movimentos de ataque são harmoniosos, e com gestos rápidos e precisos faz o mago em pedaços com seu
chicote.
Owen, Holbein e Jack chegam e vêem Kate destruir o mago, ela começa a ficar com a pele em um
tom muito claro de verde e alguns galhos saem de seu corpo, inclusive de seu rosto. Ela olha para eles com
uma expressão maligna. Kate volta seu olhar para o mago morto e sua expressão muda completamente, e a
tristeza toma conta de seu rosto, ela olha paro todos e sorri levemente e desaparece.

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Capítulo 12 - Medo

Kate Borgad correu pelas florestas até chegar no feudo Calrissian, ela entra sem bater e
encontra Ewan sentado em uma poltrona em seu escritório lendo alguns papéis, ao ver Kate chorando Ewan
se levanta e a abraça, ele pede para a criada preparar um banho com água bem quente e um caldo forte,
enquanto isso Ewan coloca sobre Kate uma manta para se esquentar, ele a conforta com as mãos em seus
ombros, e depois encosta sua cabeça em seu
ombro e então lhe dirige a palavra com a voz muito calma:
Ewan: Você quer me contar oque aconteceu?
Kate: Eu matei um homem.
Ewan: (sem demonstrar qualquer reação) Porque?
Kate: Ele nos atacou, queria me matar, e a Danielle também, dizia que tinha de matar os Bogard.
Ewan: Os outros estão bem?
Kate: Sim, só Marco que se feriu um pouco.
Ewan: Não chore, você apenas se defendeu, e aos outro também.
Kate: Mas eu não entendi oque aconteceu comigo, eu me senti como . . . não sei explicar.
Ewan: Não tem importância como se sentiu, você queria ver seus amigos mortos?
Kate: Não.
149

Ewan: Então fez oque era certo, e uma pessoa que ataca você, eu ou qualquer um dos outros é porque
deve haver um motivo muito forte para faze-lo, e temos de nos proteger, e uns aos outros. Marco sabe que
você está aqui?
Kate: Não.
Ewan: Tome seu banho, demore bastante que quando você sair vai Ter um caldo bem forte para
comermos, depois você vai dormir um pouco, mandarei colocar uma cama para você em meu quarto, assim eu
tomo conta de você.
Kate: Obrigada.
Enquanto Kate toma banho Ewan pede para criada pegar alguns vestidos e ficar a disposição de Kate
para qualquer coisa que ela queira. Ewan sai e pede para um mensageiro ir até a choupana em Akte para
avisar a Marco que Kate esta em sua mansão e que tomará conta dela, quando está voltando para dentro da
mansão Ewan nota uma mulher parada na porta, uma mulher muito bonita, mas estranha a ele:
Ewan: Bom dia, oque deseja?
Megan: Desejo falar com Ewan Calrissian.
Ewan: Sou eu mesmo seu criado, oque deseja de mim?
Megan: Eu sou Megan bem que Anna me disse que você era um homem bem educado, e bonito
também.
Ewan: Anna!? De onde conhece Anna?
Megan: Desculpe mas acho melhor entrarmos, não devemos falar certos assunto aqui fora.
Ewan: Claro me desculpe entre.
Os dois entram, Kate saída do banho já trocada com um lindo vestido verde, vê Megan sentada na
sala conversando com Ewan:
Ewan: Kate, esta é Megan e disse que é amiga de Anna.
Megan: Então você é Kate Bogard, estou honrada em conhece-la, Anna falou-me muito de você.
Kate: O prazer é meu, de onde a senhora conhece Anna, nunca a vi junto a ela?
Megan: Vocês sabem que Anna era uma succubi, eu sou uma succubus, sou muito amiga de Lusage
que é avó de Anna, eu a vi nascer e minha filha Faye é sua mestra e melhor amiga, ela ensinou tudo que Anna
sabe.
Ewan: Fico muito feliz em receber uma amiga de Anna em minha casa, mas como ela está?
Megan: Gostaria de dizer que ela está bem, mas Lusage está ausente e ela está tendo de tomar conta
de tudo que é de sua avó, e ainda está sofrendo muito com a separação forçada de vocês, ela pediu para você
viver em paz aqui na terra que ela irá tentar fazer o mesmo no inferno, mas eu sei que ambos estão sofrendo.
Ewan: Sim (com um olhar de pesar) foram os melhores três anos de minha vida.
Megan: Ela também fala isso o tempo todo.
A criada vem avisar que o caldo está pronto. Todos se sentam na mesa e comem, Ewan e Megan
conversam bastante sobre o inferno e sobre Anna, Kate fala pouco, mas conta algumas histórias suas junto a
Anna. Quando o jantar termina Ewan pede licença a Megan e leva Kate até seu quarto e a coloca em sua
cama, dizendo que vai dormir na outra:
Kate: Essa mulher é estranha Ewan, eu sinto que ela não trás boas noticias.
Ewan: Eu sei, mas não se preocupe com nada, apenas durma e descanse.
Kate: Boa noite.
Ewan: Obrigado, para você também.
Ewan volta a sala pega duas taças de vinho e serve uma para Megan e enche a outra para si:
Megan: Não quis dizer nada na frente de Kate, notei o estado que ela está e Anna me preveniu de que ela era
uma garota que poderia ser poupada de tudo isso.
Ewan: Entendo, então há um motivo mais sério para você ter vindo?
Megan: Sim, você está a par de que há algumas mulheres que foram vitimas de Deur?
Ewan: Deur hum. . . . me lembro muito vagamente deste nome.
Megan: O demônio que matou alguns homens em Akte, e se apaixonou por Danielle.
Ewan: Sim que matou seus maridos para gerar híbridos, sim me lembro.
Megan: Essas crianças estão para nascer.
Ewan: Impossível, isso só fazem seis meses que aconteceu.
Megan: Os maridos atacados eram mercadores, e viviam de vila em vila para somente depois
voltaram para seus lares, e essas mulheres estão de oito meses, as crianças iram nascer logo.
Ewan: E oque essas crianças podem fazer, iram se tornar más?
150

Megan: Não se crescerem na terra serão apenas diferentes, as meninas param de envelhecer aos 16
anos, os meninos aos 21 e é provável que eles se tornem imortais, ou envelheceram muito lentamente. O
problema é o portal, sabe a respeito?
Ewan: Sim, sei de algo.
Megan: Perfeito, para se abrir este portal são necessárias três chaves místicas, um crânio de
esmeralda, um espelho e o sangue de cinco crianças híbridas, nascidas com no máximo duas semanas, se caso
passar um dia dessas duas semanas elas se tornam imprestáveis.
Ewan: Então não precisamos nem nos esforçarmos muito, crianças não tem um tempo certo de
nascer, basta que uma nasça fora do tempo e tudo está salvo.
Megan: Você tem razão, mas Deur era um demônio muito cauteloso e ao invés de criar cinco
híbridos ele criou sete, assim teria mais chances de nada sair errado.
Ewan: Entendo, é realmente preocupante, oque faremos?
Megan: Pensei em falar com os outros, Holbein, Dirk talvez eles possa ajudar nesta questão.
Ewan: Sim eles ajudaram, mas vamos esperar mais um pouco, temos mais um mês poremos reunir mais gente
para nosso lado.
Megan: Seria bom, nossos inimigos serão muito poderosos.

***
Holbein decidiu não ir até a ordem de Salomão comunicar sua decisão, mas enviou um mensageiro
com entregar uma carta na qual recusa a oferta. Owen decide não ensinar mais sua irmã a se defender, ele
julga que não é uma coisa para se ensinar para uma criança, ou para uma menina mas pede a Joana para
ajudar Danielle e Fábia na choupana agora que a última está um pouco limitada em seus afazeres por causa da
barriga que começou a crescer, mesmo assim todos os dias Fábia leva o almoço para Marco no boticário.
Jack aparece quase todos os dias, geralmente na hora do almoço e conversa durante toda a tarde com
Holbein explicando qual será sua tarefa quando se tornar guardião, explica também sobre os poderes que irá
possuir e como fazer bom uso deles.
Algumas semanas depois Dirk e John chegam na choupana, muito cansados da viagem, cavalgaram
dia e noite quase sem descansar ou comer, do lado de fora eles encontram Danielle que vem ao encontro de
Dirk, ele desmonta do cavalo ela o abraça e o beija, ao notar a presença de John ela pede desculpas e o
cumprimenta:
Dirk: Danielle este é John um amigo de minha família.
Danielle: É um prazer conhecê-lo.
John: O prazer é meu.
Dirk: Onde está Kate?
Danielle: Está no feudo Calrissian com Ewan, ele mandou uma mensagem após o desaparecimento
dela.
John: É um alívio saber que chegamos em tempo, mas porque ela desapareceu.
Danielle: Um homem muito estranho apareceu por aqui, ele podia lançar chamas das mãos podia até
se transformar em fogo vivo, senti muito medo.
Dirk: E oque houve com este homem?
Danielle: Aconteceu algo muito estranho com Kate, ela se transformou em uma estranha criatura, com galhos
saindo de seu corpo, seu cabelo ficou cheio de flores e ela lutou contra ele de um modo que nunca havia visto,
ela parecia comandar toda esta floresta, e a floresta a defendia, foi muito assustador, depois ela se transformou
em folhas e nunca mais a vimos, até que Ewan enviou uma mensagem dizendo que ela estava em seu feudo.
John: E o homem oque houve com ele.
Danielle: Morreu, Kate o matou.
Dirk: Mas ele disse oque queria ou chegou atacando.
Danielle: Ele queria matar Kate, e depois queria me matar também, Marco nos protegeu mas ficou
muito ferido, só então Kate se transformou. Quem era ele?
Dirk: Agora não tem mais importância.
John: Você disse que ele queria te matar também?
Danielle: Sim, porque?
John: Ele só queria matar os Bogard estava obcecado com isso, e se ele queria te matar quer dizer
que você está carregando um descendente dos Bogard em sua barriga, sim, você espera um filho de Dirk.
Dirk: Mas. . . .
Danielle: Eu já sabia, já fazem quase três meses.
151

Dirk: Então ele foi concebido logo que nós nos unimos, vamos John rápido.
John: Para onde?
Dirk: Buscar minha irmã, farei uma grande festa para comemorar.
Danielle: (chorando de alegria beija Dirk) Obrigada.
Dirk: Avise todos, eu voltarei logo.
Danielle: Sim.
Dois dias depois Dirk e John chegam até o feudo Calrissian e Ewan vem para recebe-los:
Ewan: Dirk !? Estou espantado que tenha voltado tão cedo. (olha para John) Onde estão meus
modos, meu nome é Ewan Calrissian senhor deste feudo, sinta-se em casa.
John: O senhor é um jovem muito gentil, meu nome é John Renfild, muito prazer.
Dirk: Ewan soube de minha irmã e vim correndo para cá, ela está bem?
Ewan: Creio que já sabe de toda a história, ela está bem, ainda bastante abalada mas bem.
Dirk: Fico mais tranqüilo, onde ela está?
Ewan: Dormindo, minha criada fez um chá para acalma-la, ela está dormindo bastante estes últimos
dias, mas está tudo bem.
Dirk: Não sei como posso lhe agradecer.
Ewan: Nem há porque me agradecer, gostou muito dela, e o considero um irmão.
John: É sempre muito bom quando temos amigos com quem possamos contar de verdade, mas eu
gostaria de conversar com a garota, posso?
Ewan: Claro, suba as escadas e a encontrará na terceira porta a direita.
John: Com sua licença.
Ewan: (acena positivamente com a cabeça, depois volta-se para Dirk) Cansado amigo?
Dirk: Um pouco.
Ewan: Vou lhe preparar acomodações, o homem que veio com você já possui bastante idade e deve
estar cansado, vou pedir que lhe preparem uma mesa com pão e vinho, logo será servida a ceia então vocês
podem comer melhor.
Dirk: Obrigado, vejo que está tentando fazer o melhor que pode administrando o feudo, vindo para a
mansão notei uma extensa área pronta para ser semeada.
Ewan: Sim, agora junto com o Sr. Huntores iremos tentar vender vinho por todo o país, comprei um
pedaço de terra do feudo Nadir, e tenho boas novas, o feudo Gregor agora é de vocês consegui um documento
da Sr. Gregor passando o feudo para aqueles eu o protegeram, ou seja você, Marco, Holbein e Owen, eu
abdiquei de minha parte pois já tenho muitas terras, pedi para um amigo dividir o feudo em quatro partes
iguais, uma mansão foi construída em cada uma das partes e pedi para que construíssem um pequeno castelo
no centro onde todas as partes se encontram para nós nos reunirmos para conversar de vez em quando, agi
mau?
Dirk: Não, é uma boa idéia.
Ewan: Já preparei os documentos de posse para vocês quatro, estão no cofre, você quer levar o seu
para a choupana?
Dirk: Fique com você, apesar de ser um ex-ladrão confio em você.
Ewan: Irônico não? Por onde ando com a cabeça há uma pessoa que eu quero que conheça.
Ewan pede para uma criada chamar Megan. Ela chega no escritório e conta a Dirk tudo oque sabe,
Dirk pondera por um instante e então volta-se para Ewan:
Dirk: Vamos voltar a choupana, vou dar uma festa para comemorar a vinda de meu filho, que
chegará em breve.
Megan: Você não ouviu tudo oque acabei de lhe contar?
Dirk: Sim, mais uma vez devemos proteger este conglomerado e não permitir a abertura do portal,
pelo que você acaba de me contar está será a mais difícil das missões e podemos todos morrer, então porque
não festejar? Não contem nada aos outros, deixe-os beber, comer, cantar fazer oque quiserem, pode ser nosso
último momento de alegria. Sempre escapamos da morte por muito pouco, muito pouco mesmo e agora talvez
a encontramos de forma muito rápida.
Megan: Entendo, façam como desejarem.

***
Na choupana Danielle avisa a todos sobre a festa e convida a todos, Jack aparece quando o almoço
está sendo servido e após comer um bom prato ele leva Holbein até a floresta:
152

Holbein: Você já me ensinou muito sobre oque me tornarei, minhas responsabilidades e tudo mais,
mas nunca me ensinou a lutar, porque?
Jack: Você já sabe o bastante, quando me tornei guardião mau sabia segurar uma espada, aprendi
muito sendo guardião, você também irá aprender a lutar melhor.
Holbein: Jack, porque decidiu me passar o cargo de guardião do conglomerado?
Jack: (sentando-se no chão) A muito tempo sou o guardião destas terras, conheci muitos demônios
alguns maus, outros nem tanto, sei de cada mago que já pisou neste solo, já vivi 226 anos, preciso descansar.
Holbein: Mas muitos homens almejam a imortalidade, Marco já me contou de alquimistas que
dedicam suas vidas a encontrar a poção da vida eterna, então porque desistir?
Jack: A vida eterna é um dom que é transmitido, esses alquimistas estudam tanto para viver mais que
deixa de viver suas vidas, felizmente esta poção jamais será criada, e eu já vivi bastante, já vi, já ouvi, senti, e
comi (rindo) muito mais que deveria, minha missão foi cumprida e agora começa a sua.
Holbein: Será gratificante assumir o seu posto, mas quando saberei o momento de parar, digo
encontrar algum para ser meu sucessor, como você está fazendo?
Jack: Acredite você saberá, talvez suporte muito mais tempo que eu, ou menos, mas quando chegar o
momento você saberá.
Holbein: Mas quando você irá me passar seu cargo, você já sabe?
Jack: Meu cargo será seu quando eu morrer, você deverá me decapitar, mesmo que outro o faça meu
dom será seu.
Holbein: Não sabia que você precisaria morrer de imediato.
Jack: Não se espante, será mais cedo do que você possa imaginar.

***
John espera Kate acordar sentado na cama de Ewan, após algum tempo sentado Kate acorda e vê o
homem:
Kate: (assustada) Quem é o senhor?
John: Sou John Renfild, fui grande amigo de seu avô Perhap Bogard.
Kate: (desconfiada) Quem o trouxe aqui?
John: Seu irmão Dirk, encontrei com ele em Gales, todos no mosteiro foram mortos queimados dias
antes de seu irmão chegar, tememos por sua vida e eu voltei junto com ele.
Kate: Meu irmão está lá em baixo?
John: Sim.
Kate: Então o senhor poderia me dizer quem é aquele homem, e porque ele queria me matar?
John: Seguramente, aquele homem se chamava Urwaban, foi um rival de seu pai pela posse da
liderança do posto de mago mais poderoso do sul de Gales, foi ele quem matou sua família e todos no
mosteiro. Seu avô estava muito doente e não conseguiu impedi-lo de matar seus pais, mas ele deu a vida para
aprisionar Urwaban, mas ele escapou e seu maior desejo era eliminar todos os Bogards.
Kate: (com lágrimas correndo dos olhos) Mas mesmo assim eu não deveria mata-lo, era um ser vivo.
John: Não, Urwaban já havia morrido a muitos anos atrás, oque você matou era apenas um corpo
com uma alma presa nele por ódio, se ele vivesse além de fazer mau a outras pessoas também faria mau a sim
mesmo.
Kate: Fico mais confortada ao ouvir isso, mas ainda me sinto muito mau por te-lo matado, o senhor
pode me compreender?
John: Sim.
Kate: Mas oque foi aquilo que eu me tornei?
John: Chama-se espirito da floresta, é uma logo história e ficarei feliz de conta-la a você em outra
oportunidade, mas por enquanto basta saber que um dos seus antepassados teve um romance com uma
entidade de outro plano, a entidade era uma elfa que possuía uma incrível afinidade com a natureza. O espirito
brotou em você para te defender, mas isso nunca irá ocorrer novamente, mas se você quiser aprender a ser
uma druida e poder transmitir o conhecimento ao seu filho para que ele possa controlar este espirito quando
ele surgir, eu me sentiria honrada se fosse minha aluna.
Kate: Sim, eu gostaria muito.
John: Então está combinado, você e seu irmão serão meus aprendizes.
Kate apenas Sorri.
Três dias depois todos se reúnem na choupana para comemorar, Ewan trouxe três barris de seu
melhor vinho, Dirk encomendou quase três bois inteiros. Holbein, Owen e Jack fizeram grandes fogueiras
153

para assar a carne, Danielle e Fábia fizeram alguns pães e Marco se encarregou de comprar oque estava
faltando. Todos se divertiram na festa, Marco e Ewan contaram suas histórias para Kate, Fábia e Megan que
foi apresentada como amiga de Anna, sem esconder sua identidade, mas mantendo oculto o propósito real de
sua vinda. Holbein e Owen conversavam sobre diversos assuntos enquanto cuidavam da carne no fogo, Joana
tratava de acompanhar o irmão se divertiu muito brincando com os gatos de Dirk. Jack e John também
conversaram bastante, eles não esconderam quem realmente eram e conversaram seriamente durante toda a
noite, de longe dava a impressão de que John concordava com algo, mas não se sabia oque. Danielle e Dirk
ficaram juntos toda a noite, ela sempre o servia e sempre ficava encostada sem seu ombro fazendo planos para
o futuro, Dirk ouvia e dava algumas opiniões, pela primeira vez foi visto Dirk sorrindo. No final da noite,
todas as mulheres com exceção de Megan estavam dormindo, Dirk bebeu uma infusão feita por ele e está
alerta para tudo. Megan contou a todos oque estava ocorrendo, sobre a vinda de Fapaan para a terra para abrir
o portal, todos fizeram silêncio que se perdurou por muito tempo, até que Jack convidou a todos para irem a
floresta dos lobos se encontrarem com Jumare para este dar-lhes apoio, em seguida disse que iria na frente e
que esperaria por todos daqui a alguns dias na floresta, todos acenaram positivamente com a cabeça e foram
dormir.
Na manhã seguinte, Dirk explicou tudo de forma muito tranqüila para Danielle, Fábia, Kate e Joana
elas, com exceção de Fábia, ficaram apavoradas e quiseram ir junto com os homens, mas Marco conseguiu
convence-las de que seria melhor que elas ficassem devido ao estado de Danielle e Fábia, elas concordaram,
mas Kate decidiu ir e Dirk concordou. Owen e Ewan concordaram em ficar para protege-las de um possível
ataque. Assim seguiu para a floresta dos lobos Holbein, Jack, Dirk, John, Kate, Marco e Megan.
A viagem foi longa e todos falavam muito pouco nos momentos de descanso, Marco se mostrava
muito preocupado e era oque se mostrava mais cabisbaixo do grupo, apesar de não conhece-los ma muito
tempo, Megan compartilhava a mesma aflição, não restava duvidas de que se houvesse um confronto direto
ela poderia simplesmente ir embora, voltar ao inferno, mas ela não o faria por Anna. Ao chegar na floresta um
dos aldeões informou que Jumare deixou a liderança da aldeia em suas mãos e se despediu de todos, ele
também informou que Jumare vivia mais ao leste, a meio dia de viagem, o grupo foi convidado para comer
algo, todos aceitaram, mas comeram pouco e depois seguiram rumo ao novo destino.
Enfim chegaram as terras de Jumare, e lá o encontraram junto com Jack, dois homens e Ross Elfman
e Kamiur:
Jack: Creio que todos já estão a par da presente situação, as mulheres que carregam os híbridos de
Deur terão suas crias em breve, e cabe a nós protege-las, caso o contrário haverá a abertura permanente do
portal ligando o inferno a este conglomerado.
Ross: Porque temos de protege-las?
Megan: As crias só serão úteis para a realização do ritual de abertura do portal até duas semanas após
seu nascimento, caso passe mais um dia elas não terão mais serventia, aí o conglomerado está livre de
qualquer ameaça por mais duzentos anos.
Ross: Quantas são estas mulheres?
Megan: Sete, porem apenas cinco crianças são necessarias para que se cumpra o ritual.
Holbein: A solução é simples: Se matarmos três crianças ou três mulheres o ritual não se cumprirá.
Kalel: (levantando-se e falando com a voz bastante alterada) Simples? Assim você está se igualando
a eles. (Voltando-se para Jack) E você ainda o escolheu como seu sucessor?
Holbein: Eu disse que seria simples, não disse que seria fácil ou menos doloroso, porque não
sacrificar três vidas para salvar tantas outras? Claro que seria um ato de covardia e talvez aquele que o fizer
jamais consiga ter mais alguma noite de paz pelo resto de sua vida, mas é o mais sábio a se fazer.
Jumare: Concordo com você, é o mais sábio a se fazer, mas não o correto. Como demônio eu vim
para a terra para matar para me alimentar e tomar terras de homens dignos, mas muitas vezes foi obrigado a
tomar as terras de homens cruéis, corruptos e desonestos, e para mim era a mesma coisa. Aprendi com os
homens a respeitar, e a compartilhar, Kamiur sabe do que estou falando, ele também foi colhido por humanos
que o respeitaram, não por medo mas pelo que nós era-mos, não quero que ninguém morra, nem aos que
poderiam salvar a todos.
Kamiur: Faço minas as palavras de Jumare, prefiro morrer a ter de matar.
Megan: Deviam levar mais em consideração a idéia proposta por Holbein, eu sei exatamente quem é
o inimigo de vocês. Seu nome é Fapaan é um demônio muito inteligente e astuto, não é um grande guerreiro,
mas sabe se defender muito bem quando é preciso, e tem muitos aliados poderosos, um dele é o pai de Fábia,
Sávio Kopolge.
Marco: Mas pensei que tivéssemos o destruído em Hope. Pobre Fábia.
154

Megan: Aquilo foi uma brincadeirinha para vocês confiarem em outro aliado de Fapaan, Hugh Castle
que está com o crânio de Ceon, graças a ele as magias lançadas na guerra contra Gregor não surtiam efeito e
quase todos os magos foram mortos, sobrando apenas os dois homens da ordem de Salomão e os magos de
Kurok que não participaram da guerra. E ainda desta guerra um dos demônios arqueiros de Gregor sobreviveu
e agora está ao lado de Fapaan.
Dirk: E como enfrentaremos estes magos?
John: Com magia não há outro modo.
Dirk: Os magos de Kurok já recusaram a nos ajudar uma vez e recusaram novamente, e nós não
temos ninguém aqui que seja um mago realmente poderoso, sei que você é um bom druida John e Marco seja
um alquimista excepcional, eu também sei um ou dois truques mais isso não basta, não contra o crânio.
Jumare: Esqueceu-se de mim?
Dirk: Você deve ser um bom guerreiro, mas como você pode derrotar os magos?
Jumare: As aparências podem enganar, sou um grande mago, e me decepciono em dizer que eu
ensinei as magias que Sávio Kopolge sabe. Mas após a morte de sua mulher ele se rebelou contra mim, e
terminou os estudos por conta própria.
Dirk: Não poderia imaginar, desculpe pela minha ignorância.
Jumare: Não há do que pedir desculpas, eu o compreendo jovem guardião.
Marco: Então está resolvido, e acho que podemos vencer.
Megan: Não seja tão otimista, o crânio de Ceon já deve estar muito mais poderoso do que você possa
imaginar, e ainda tem outros inimigos, Fapaan ainda conta com três cavaleiros da morte.
Kalel: (espantado) Três ?
Megan: Sim.
Marco: Só o nome já me dá arrepios. Podemos derrota-los?
Megan: Meu conselho quanto a isso é: Se virem um deles não lutem, corram. Corram o mais rápido
que conseguirem, e nunca pare para olhar para trás, com muita sorte vocês podem se salvarem.
Holbein: Mas ainda sim temos alguns bons guerreiros no grupo, Jack, Ross, Kamiur e eu não aprendi
a manejar a espada ontem.
Jack: Entendo seu entusiasmo, mas o conselho de Megan é válido, não podemos dete-los.
Jiah: Se Ceon dispusesse de alguns destes cavaleiros nó tinha-mos perdido a guerra em menos tempo
certo Kalel?
Kalel: Receio que sim, o inferno está cada vez mais desorganizado, para nossa sorte.
Ross: Eu cheguei a pouco com Jack e creio que não fomos apresentados.
Jack: Mil desculpas, estes são Jiah e Kalel, são anjos exilados na terra.
Marco: Anjos, com asas e tudo mais? (Jiah balança positivamente a cabeça) Então estamos salvos.
Kalel: Não.
Marco: Mas vocês são anjos, não é o deve de vocês guardar nossas vidas e nos proteger.
Kalel: Você sabe muito pouco sobre nós, nós iremos assistir a tudo, mas não podemos interferir.
Marco: Por causa de nosso livre arbítrio?
Kalel: Mais ou menos.
Kamiur: Vamos voltar a questão mais importante, como faremos para que estas mulheres aceitem
serem protegidas por nós? Devemos contar a verdade a elas.
Jumare: Receio que sim.
Ross: E onde as encontraremos?
Megan: Tenho o endereço de todos elas, há três em Sotola, duas no feudo Nadir, uma no feudo Tilino
e uma no feudo Huntores.
Ross: Sotola é minha cidade, eu posso cuidar delas.
Jumare: Melhor leva-las todas para um lugar seguro.
Dirk: Ewan comentou que estava construindo um castelo no centro do feudo Gregor e que este já se
encontrava em um estado bastante adiantado de construção.
Holbein: Então vamos leva-las para lá, reunimos todas na choupana e de lá iremos todos para esse
castelo.
Jack: Concordo.
Kamiur: Assim poderemos protege-las durante a viagem, boa idéia.
Jack: Eu, Holbein e Ross iremos para Sotola, lá compraremos uma carroça para acomoda-las melhor
e fazer uma viagem mais abreviada.
Jumare: Eu, Dirk e seu amigo John iremos para o feudo Nadir.
155

Megan: Eu posso ir até o feudo Huntores que é o mais afastado, voando chegarei lá muito rápido.
Kamiur: Eu vou até o feudo Tilino.
Marco: Melhor passar na choupana antes assim eu tomo conta das mulheres e Owen fica a par dos
fados e se engaja a algum grupo.
Jack: Para nós seria uma perda de tempo irmos para depois Ter de voltarmos, daqui seguimos viagem
direto.
Holbein e Ross: De acordo.
Kalel: Boa sorte, irão precisar.
Jiah: Posso acompanha-los até a choupana?
Dirk: Sim.
Jiah: Obrigado, sinto que a algo a fazer por lá, mas ainda não sei oque é.

***
Onze dias se passaram desde que Ewan e Owen ficaram na choupana tomando conta das mulheres:
Danielle: Ewan, você não acha que eles estão demorando demais?
Ewan: Não se preocupe tanto Danielle, logo Dirk estará devolta, a conversa deles pode durar dias até
semanas para que se tome uma decisão.
Fábia: Mas oque está acontecendo, sei que você sabe de algo.
Ewan fica em silêncio.
Fábia: Vamos nos conte não estamos doentes, só esperando nossas crianças.
Kate: Eu sei, ouvi quando Megan contou a você Ewan, é melhor que elas saibam logo, poderíamos
ganhar um tempo que seria precioso.
Ewan: Você tem razão.
Então Ewan contou tudo a elas enquanto lagrimas saiam dos olhos delas.
Danielle: Então a situação está muito mais complicada do que imaginei. Pobre Dirk.
Fábia: Meu pai.
Ewan: Oque em ele?
Fábia: A muito tempo quando minha mãe morreu meu pai ficou obcecado em revive-la através de
um ritual arcano, para isso abandonou seu mestre em magia e começou a estudar por conta própria, no inicio
eu o ajudei, também aprendi algumas de suas magias, pensei que com o tempo e seguidos fracassos ele iria
desistir. Mas então ele fez um pacto com um demônio chamado Fapaan que comprou a alma de minha mãe e
a daria a meu pai em troca da servidão eterna, meu pai concordou e para isso queria que eu desse a luz a
gêmeos em um colocaria o espirito de minha mãe e no outro seu próprio espirito, assim poderiam viver juntos
novamente.
Kate: Oque é gêmeos?
Ewan: É quando nasce dois filhos de uma só vez, é considerado um mau pressagio em alguns lugares
menos privilegiados de cultura.
Fábia: Isso mesmo, mas meu pai queria que eu engravidasse de um inglês como era milha mãe e ele,
mas eu precisava me livrar dessa responsabilidade, caso contrário o espirito de minha mão pagaria pelos
pecados de meu pai.
Ewan: E viu essa chance em Marco.
Fábia: A principio Marco era apenas a solução mais rápida de eu me livrar do meu pai, mas depois
de algum tempo eu passei a gostar dele de verdade e quando me entreguei a ele foi por amor não por
necessidade, e ele também se mostrou muito gentil e carinhoso comigo, me conquistou.
Kate: Que lindo, como eu queria viver uma história assim.
Fábia: Você ainda é jovem, tem muito tempo para se apaixonar.
Danielle: Ewan onde está Owen e Joana?
Ewan: Joana está dormindo e Owen foi para a taverna beber algo.

***
Owen sai da taverna, as ruas estão escuras, e não há muitos transeuntes, ele vê um homem de
armadura na sua frente, está longe mas ele o reconhece pela sua espada bastante singular, Abdu líder da
ordem de Salomão no conglomerado, Owen olha para trás e vê o padre Ranza, do seus lados se encontram
dois cavaleiros da mesma ordem:
Owen: A ordem inteira aqui, soube que pediram a Holbein para me eliminar, que golpe baixo, então
já que ele não concordou vocês mesmos vieram, estou enganado?
156

Ranza: Lamento muitíssimo que as coisas tenha tomado esse rumo, rezamos muito para que você
tivesse sido mais forte de espirito e não sucumbido as tentações oferecidas pelo demônio.
Abdu: Tente nos entender, veja no que se tornou, você já deve Ter percebido que não é mais
humano, aceite agora sua última chance de rendição, salve oque restou de sua alma.
Owen: (gargalha) Rendição !? Salvar minha alma !? Não é com minha vida que deveriam se
preocupar, se me atacarem eu irei resistir. Voltem para o templo de vocês, vocês cuidaram de mim, me
ofereceram comida e trabalho, odiaria Ter de lutar com vocês.
Abdu: Nós também, mas não há outro modo, caçamos demônios, é isso que fazemos.
Owen percebeu a gravidade da situação e atacou o cavaleiro a sua esquerda com sua luva de ferro
que fica permanentemente em sua mão esquerda para ocultar o simbionte, o cavaleiro cai, o outro tenta ataca-
lo por trás mas Owen percebe e consegue se esquivar uma vez que está sem armadura ou qualquer outra
proteção em seu corpo, o tornando vulnerável, mais também melhorando sua agilidade. Os dois cavaleiros
continuaram atacando e sem perceber Owen foi levado para perto de Abdu que desferiu um golpe seco com
sua espada que tirou uma tira de couro das costas de Owen, em seguida um dos cavaleiros o acertou nas
costelas com uma pequena maça, Owen sentiu suas costelas partirem, sem Ter mais como se defender ele
correu mas encontrou padre Ranza na sua frente, este lhe jogou água benta fazendo seu corpo queimar, outro
golpe foi desferido por um dos cavaleiros, e rasgou o braço de Owen, ao jogar o braço para cobrir o rosto
ainda ardendo da água benta seu sangue espirrou em um dos cavaleiros que gritou de dor, Owen percebeu e
abriu mais ainda o ferimento em seu braço espirrou sangue nos quatro inimigos, com isso ganhou tempo e fez
surgir suas asas e voou apenas para o alto, Owen estava muito ferido nas costas e não conseguiria suportar
mais muito tempo voando, nem mesmo poderia se mover, mas Owen vê uma figura de manto marrom se
aproximar de um dos cavaleiros e com um só lance de espada o matar, Ranza também nem percebeu como a
figura chegou tão perto e tão rápido e foi perfurado no coração, o cavaleiro restante ficou na frente de Abdu e
com a espada em punho para protege-lo, mas num piscar de olhos ele também caiu morto. Abdu ergueu sua
espada e enfrentou a criatura, Owen via tudo meio embaralhado, mas percebeu que a criatura era muito veloz,
Abdu apenas se defendia, com muito esforço, mas teve sua espada arrancada de suas mãos e em seguida foi
transpassado pela espada da criatura. Owen tentou se mover, estava ferido demais para lutar e o inimigo
parecia levar muita vantagem, as asas não suportaram o peso de Owen por muito tempo e ele caiu, a criatura
foi vista por Owen de perto, parecia com um homem muito velho e magro de pele cinza, e o manto parecia
muito pesado, a criatura ajudou Owen a se levantar:
Owen: Quem. . . .quem é?
Criatura: Meu nome é Oyza (revelando uma pequena criatura escondida no capuz) e este é Vour,
seus humildes servos.
Vour: SSSim messstre ao ssseu dissspor.
Owen: Servos !? Vocês não parecem querem me fazer mau algum, do contrário pela sua velocidade
já o teria feito, por favor me ajudem a ir para minha casa, lá conversaremos melhor.
Oyza: Será um prazer.
Chegando na choupana, Owen se depara com Dirk e Marco, juntamente com John e Jumare, além
dos que já estavam ali presentes, Dirk ao ver o estado de Owen fica muito preocupado:
Dirk: Quem ou oque fez isso com você?
Owen: Os cavaleiros de Salomão, filhos de uma porca, mas não há mais com oque se preocupar eles
(apontando para Oyza e Vour) me ajudaram.
Marco: E quem são eles?
Owen: São Oyza e Vour e dizem serem meus servos.
Marco: Vou cuidar de seus ferimentos, vou buscar água.
Owen: (olha para Jumare e depois volta-se para Dirk) Quem é?
Dirk: Um amigo, Ewan se aproxime, vou lhes contar oque aconteceu na reunião.
Dirk coloca todos a par dos fatos, Danielle e Kate ficam muito assustadas, Fábia que ajuda Marco a
cuidar dos ferimentos de Owen parece não se preocupar muito, Ewan olha para Dirk:
Ewan: Será muito difícil amigo, Megan já havia me contado um pouco, mas não revelei tudo isso a
vocês, me sinto mau por não poder ajudar muito em um momento como esse, mas irei proteger as mulheres
não importa oque aconteça.
Dirk: Sua vontade já é o bastante, mas você já ajudou e não sabe, acho que aquele castelo que você
pediu que construísse será de grande ajuda, tenho um plano em mente, mas irei revela-lo quando todos
estiverem cumprido suas missões.
Joana acorda e ao ver o irmão machucado corre para o seu lado:
157

Joana: Irmão oque houve?


Owen: Nada, já passou.
Ewan: A pequena Joana nos fez lembrar, oque seus amigos querem?
Owen: Boa pergunta (voltando-se para Oyza) E então?
Oyza: Queremos que o senhor volte conosco ao inferno.
Owen: Mas você não acabou de ouvir que estamos encrencados, como pode me pedir uma coisa
dessa?
Vour: Masss é importante que volte conosssco messstre, o sssenhor Vizude exige sssua presssença.
Owen: Quem é Vizude?
Oyza: O senhor de Tyron e agora o seu senhor, já que você é o herdeiro de Tyron, o senhor deve vir
conosco para assumir tudo oque lhe foi deixado.
Owen: Eu não sei, o momento não parece oportuno.
Oyza: Mestre se me permite gostaria de falar algo (Owen acena positivamente com a cabeça). O
senhor Vizude é responsável pela alma do senhor Fapaan de quem seu amigo falou, se o senhor destruir o
senhor Vizude, Fapaan estará livre e não tentará fazer mau aos seus amigos.
Dirk: Isso é verdade?
Vour: Masss é claro que sssim.
Owen: Eu irei.
Marco: Não é uma boa idéia.
Owen: E porque não?
Marco: Esse Vizude era o mestre de Tyron e Fapaan, correto?
Oyza: Sim.
Marco: Então esse demônio deve ser extremamente poderoso. Owen você é um exímio guerreiro,
mas não vai conseguir derrota-lo ainda mais nesse estado e sozinho.
Vour: O messstre não essstará sssozinho.
Marco: Mesmo assim pequenino, acha que pode derrota-lo?
Oyza: Ele pode com a espada de Vizude.
Dirk: Essas espadas devem ser o ponto fraco desse demônio, estou certo? (Vour balança
positivamente a cabeça). Mas como ele irá tirar as espadas da mão do demônio?
Oyza: As espadas não estão sob o domínio de Vizude, mas sim escondidas, eu conheço o lugar
porque Tyron já tentou pega-las uma vez.
Ewan: Pega-las? Quantas espadas são?
Oyza: Duas.
Dirk: E porque Tyron não conseguiu?
Oyza: As espadas são guardadas por mil demônios.
Owen: Isso complica as coisas, como esperam que eu consiga?
Oyza: O senhor possuí muitas riquezas agora, pode montar rapidamente um exército.
Owen: Para mim está bom eu irei.
Jumare: Durante seu relato Oyza conversei com John e uma duvida está em nossas mentes. Porque
você quer ajudar Owen em seus objetivos? Se Tyron morreu você e Vour estão livres para seguir outro senhor
ou totalmente livres, a não ser que agora sejam escravos de Vizude, mas como sabem tanto?
Oyza: Vour seguiu vocês sob o comando de Hugh Castle e sabe tudo oque se passou. Mas não
estamos sob o comando de Vizude.
Ewan: É verdade, Megan me contou que Tyron foi destruído de vez no inferno, mas pelo que eu
também sei Owen parece Ter alguma ligação com ele desde que foi possuído, por isso desenvolveu seus
poderes, e aquele aspecto horrível, então agora vocês pertencem a Owen, e por isso querem ajuda-lo a todo
custo.
Vour: CCCerto.
Owen: Eu irei.
Joana: Não, você é minha única família, não quero que morra.
Owen: Joana, sei que você já sabe bastante de tudo isso, mas apenas eu posso ajudar nesse momento,
assim todos poderão ficar vivos e quem sabe felizes.
Joana: Mas. . . . .entendo. . . . . cuide-se e volte logo.
Owen: Sabia que iria entender.
Dirk: Ela é mesmo muito parecida com você Owen. Nós partiremos pela manhã para o norte, qual o
caminho que você irá fazer Oyza?
158

Oyza: O portal se abrirá em três dias e meio ao oeste, levaremos dois dias para chegar-mos.
Owen: Iremos agora.
Marco: Agora, acabei de fazer os curativos em você.
Owen: Irei a cavalo, agora, pode ser Oyza, Vour?
Oyza: Claro mestre. Como desejar.
Enquanto Owen descansa um pouco, Marco coloca sua armadura e equipamentos em cima de um
cavalo, Danielle prepara alguns mantimentos com a ajuda de Joana, Ewan prepara uma mochila com poucas
coisas, mas que podem ser úteis na viagem. Antes do dia clarear Owen sai na porta da choupana e vê seu
cavalo arrumado, Oyza e Vou seguram em suas rédeas:
Marco: Jumare me falou que não podemos te ajudar no inferno, apenas você pode ir, boa sorte.
Owen: (estendendo o braço e apertando a mão de Marco) Obrigado.
Dirk: (cumprimentando Owen) Sorte, e muito cuidado, volte vivo para a sua irmã.
Owen: Irei tentar, obrigado, sorte a vocês também a atarefa de vocês não é menos difícil que a
minha.
Owen: (se aproximando de Ewan) Não nos entendemos muito bem, desde o inicio disto tudo, mas
aprendi a respeita-lo, e gostaria de lhe pedir um favor.
Ewan: Qual?
Owen: Cuide de minha irmã caso eu não volte.
Ewan: Sim eu o farei, cuidarei dela como se fosse minha filha, não se preocupe. Sorte amigo.
Os dois apertam as mãos, então Owen volta-se para Joana:
Owen: Você passou muito tempo sem saber de mau paradeiro, sofreu como eu sofri, quando eu a
busquei no feudo Nadir e a livrei de nosso pai, achei que o melhor para você era ser treinada, como eu fui, se
tornaria forte como eu me tornei, e assim você iria sobreviver. Eu estava errado, nunca deveria Ter posto uma
espada em sua mão, iria te treinar para ser como eu, mas você é uma menina muito bonita e inteligente, se eu
não voltar quero que você se torne uma dama, Ewan cuidará disso tenho certeza, confie nele e seja forte.
Joana: Sim. Adeus irmão.
Owen: Adeus irmã.
Os dois se abraçam longamente, então Owen é ajudado por Marco e Oyza a subir no cavalo e faz
uma reverencia as mulheres e aos outros:
Owen: Diga adeus a Holbein por mim.
Marco: Eu o farei.
Assim Owen parte, lentamente mas sem olhar para trás:
Dirk: Amanhã seremos nós.
Marco: Eu ficarei com Ewan cuidando das mulheres.
Dirk: Sim, eu, John e Jumare iremos trazer as mulheres para cá.
Amanhece Owen continua na estrada até que um homem aparece em sua frente:
Homem: Eu irei com você.
Owen, você não sabe para onde vou, e eu não sei quem é você.
Homem: Você é Owen Bullock herdeiro de Tyron e vai ao inferno deter Vizude. Eu sou Jiah, um
anjo e posso ser de grande ajuda.
Owen olha para Oyza e percebe que o homem não está mentindo:
Owen: Pois bem vamos.
Jiah: Antes vou te curar.
Apenas ao pronunciar estas palavras Owen já se sente muito bem, sem qualquer ferimento em seu
corpo. Owen acena positivamente com a cabeça, Jiah sorri e junta-se ao grupo.

** *
Holbein, Jack e Ross chegam em Sotola, e decidem comprar uma carroça para poderem transportas
as mulheres, uma vez que não estarão em condições de seguir uma viagem longa. A tarde eles vão até a
primeira casa, Jack bate na porta e é atendido por uma mulher gravida:
Mulher: Quem são vocês? (notando a presença de Ross) Desculpe-me capitão não o tinha notado,
oque deseja?
Ross: Podemos entrar?
Mulher: Claro, desculpe estava fazendo chá, sentem-se que eu já lhes trago um pouco.
Jack: Obrigado.
159

A mulher retorna trazendo quatro xícaras e uma jarra bem grande de chá, há também alguns
pãezinhos doce:
Mulher: Desculpe, não me apresentei aos seus amigos. Meu nome é Ingrid Jaliu.
Holbein: Prazer Holbein Van Rijn
Jack: Meu nome é Wundt F. Brewer, mas todos me chamam de Jack, parece ser mais fácil de
pronunciar embora eu discorde um pouquinho.
Ingrid: (sorri) Mas capitão oque o senhor faz em minha casa, soube noticias de James?
Jack: Desculpe, mas oque eu tenho para lhe contar não será muito agradável de ouvir.
Ingrid: Ele. . . morreu?
Jack: Sim meus sentimentos.
Ingrid: (com lágrimas rolando de seus olhos) Eu já sabia, eu pude sentir, ele estava frio quando
esteve comigo pela última vez.
Holbein: A senhora precisa ser forte, há algo mais para lhe contar.
Jack: A senhora acredita em anjos?
Ingrid: Sim (contendo as lágrimas).
Jack: Oque a senhora sabe sobre anjos?
Ingrid: São seres superiores que cuidam de nós, nos vigiam.
Jack: Sim, mas anjo também são pessoas que sofreram um grande mau sem sequer saber, ou pedir.
Quando um homem violenta uma mulher, ele cometeu um grande pecado, e a mulher será tratada como
impura pelos vizinhos, amigos até mesmo parentes, mas se dessa união forçada nascer uma criança ela será
tratada como o símbolo daquele pecado, mesmo não tendo feito nada, a culpa não é dela, mas ela pagará.
Essas crianças são como anjos.
Ingrid: Uma história muito bonita senhor Jack, mas essa criança que eu carrego foi fruto de muito
amor e dedicação de ambas as partes de meu casamento.
Jack: Ficaria muito feliz se isso fosse verdade, não estou dizendo que a senhora esteja faltando com a
verdade, mas como existem os anjos existem os demônios, e como a senhora deve saber ele tem muitas caras.
Ingrid: (muito assustada) Então James era um. . .
Jack: Oh não, ele era um bom homem estou certo disso, mas ele foi para a feira de Akte estou certo?
Ingrid: (ainda assustada) Sim, foi quando eu o vi pela última vez.
Jack: Ele morreu um dia depois de deixar esta cidade, e um demônio chamado Deur assumiu a forma
dele e passou a noite com a senhora, essa criança pertence a ele.
Ingrid: (desesperada) Não, meu filho. Ele virá busca-lo?
Holbein: Não, Deur também está morto. Mas outros irão vir para tomar esta criança, nós estamos
aqui para proteger a senhora e seu filho.
Ingrid: Mas como posso acreditar em tudo isso?
Jack: Oque seu coração diz?
Ingrid: Que vocês podem me ajudar, mas estou com medo.
Jack: Nós a levaremos para um lugar seguro, e lá a senhora encontrará outras mulheres na mesma
situação que a senhora, mas nossos amigos podem contar outra história para convence-las a ir, nem todas
acreditam em anjos ou demônios, conto com a senhora para manter esse segredo.
Ingrid: Sim, eu os ajudarei.
Enquanto Ingrid arrumava suas coisas Holbein a esperava na porta em pé sempre atento, Ross havia
saído para comprar uma boa carroça com dois cavalos para transportar as mulheres. Jack havia ido procurar
mais um das mulheres. Parado na porta Holbein pensa que aquela mulher é um ser bastante indefeso e que
poderia mata-la facilmente, assim pelo sacrifício de três mulheres, todo o conglomerado estaria salvo, mas
resolveu não o faze-lo, sentiu como uma mão segurasse sua mão quando esses pensamentos tomavam sua
mente e ele segurava o cabo da espada. Na praça central Ross esperava com uma carroça que parecia bem
resistente e os cavalos muito bem cuidados, Holbein ajudou Ingrid a subir. Logo surge Jack com mais uma
mulher, seu nome é Mary e ela parece estar bem tranqüila, Holbein chama Jack para conversar:
Holbein: Essa mulher está tranqüila demais, ela também sabe de tudo?
Jack: Sim, ela ficou muito nervosa e eu usei meus poderes para acalma-la, farei isso com Ingrid e a
outra assim que subirmos na carroça para seguir viagem.
Holbein: Só falta uma, ela mora perto?
Jack: Sim, passei na casa dela e sua mãe disse que ela estava trabalhando na mercearia com o pai, eu
irei busca-la, acho que terei de contar a história para toda a família e isso poderá demorar um pouco, quero
que você e Ross cuide das mulheres, eu voltarei com a terceira em breve.
160

Holbein: Sim, cuidaremos.


Jack: Holbein, seja forte.
Holbein apenas acena com a cabeça. A tarde já estava caindo quando Jack trouxe a terceira mulher,
Rosário, ela estava no mesmo estado de Mary:
Jack: Podemos ir, senhora Ingrid eu não sou um anjo, mas tenho alguns poderes que me foram dados
por eles, como pode perceber suas duas companheiras, Mary e Rosário estão bastante sonolentas e calmas, eu
as deixei assim porque elas ficaram muito abaladas com a noticia, como a senhora está mais lúcida e calma
que elas gostaria de deixa-la assim também, a senhora me permite?
Ingrid: Eu gostaria muito de ficar acordada.
Jack: Nossa viagem tem de ser bastante tranqüila e rápida e eu me sentiria melhor se a senhora concordasse.
Ingrid: Sim, se o senhor acha melhor.
Jack toca na testa de Ingrid e ela dorme com as outras. Jack pede para que Ross fique na cidade,
agora não há muito oque ele possa fazer, Jack agradece toda a ajuda e Ross gentilmente aceita os
agradecimentos, eles se despedem e Jack, Holbein e as três mulheres seguem viagem rumo a choupana em
Akte.

***
Megan chega em seu destino, o feudo Huntores, lá vai diretamente até a casa da mulher que tem de
levar consigo, ela bate na porta, como ninguém abre ela entre e vê uma mulher amamentando um bebê:
Mulher: Desculpe-me senhora, eu estava alimentando minha filha e não podia me levantar.
Megan: Eu compreendo, qual o seu nome?
Mulher: Maria, e esta é a pequena esperança.
Megan: Meu nome é Megan gostaria de conversar um pouco com a senhora se possível.
Maria: Sim, mas não me chame de senhora, sou uma simples camponesa.
Megan: Como quiser, mas não me chame de senhora também.
Maria: Mas a senhora parece ser importante.
Megan: Sim e não, mas quero conversar como duas mulheres, sem qualquer diferença.
Maria: (sorri) Sim, mas dia a que veio.
Megan: É muito difícil dizer, mas seu marido, o pai da pequena esperança infelizmente morreu, meus
sentimentos.
Maria: (com os olhos cheios de lágrimas) E eu pensei que ele tinha fugido, pobre homem, mas como
ele morreu?
Megan: Ele não morreu, ele foi morto. Um homem chamado Deur o matou.
Maria: Porque, ele lhe devia dinheiro?
Megan: Não, Deur o matou para ficar com você, e apenas por uma noite.
Maria: Foi quando sonhei que meu marido tinha voltado, foi nesse dia que engravidei, achei que
Esperança fosse um milagre, mas como esse homem fez isso comigo, eu me lembro de Ter visto o meu
marido.
Megan: Ele era um demônio, e fez com que você acreditasse que ele era seu marido para poder
passar a noite com você.
Maria: (desconfiada e irritada) A troco de que?
Megan: De você conceber uma cria sua.
Maria: A senhora veio com essa conversa mole para me irritar, demônios não existem, e eu não
acredito na senhora.
Megan: (faz dois chifres saírem de sua fronte e asas de suas costas) Acredita agora?
Maria: (com muito medo) Afaste-se. Por favor (chorando).
Megan: Desculpe acho que me excedi (volta a sua forma normal). Acredite eu poderia mata-la muito
facilmente e levar a crianças, mas meu propósito não é esse.
Maria: Quer levar minha filha para o pai? Irá mata-la?
Megan: Não, alguns amigos meus mataram Deur, mas Deur possuí muitos amigos que querem essa
criança, eu e meus amigos queremos protege-la.
Maria: Como posso acreditar, você é um demônio. . .
Megan: Sim, mas se eles pegarem sua filha eles poderão abrir um portal. . .
Maria: Quê? Um oque?
Megan: Uma porta para o inferno e alguns demônios irão invadir esse conglomerado. Eu não quero
isso tenho amigos aqui e não deixarei que eles virem comida para demônios bárbaros.
161

Maria: Estou muito confusa e com medo.


Megan: Eu só quero que você e sua filha fique conosco durante duas semanas e um dia, depois a
senhora poderá voltar para sua vida normal.
Maria: Normal? Como posso levar uma vida normal sabendo que minha filha é filha de um
demônio?
Megan: Tem medo?
Maria: Sim, não sei oque fazer com ela.
Megan: Eu posso cria-la se a senhora desejar, eu saberei como lidar com ela.
Maria: Seria muito bom, mas eu sou a mãe. Ao mesmo tempo tenho medo. Muito medo.
Megan: Venha comigo, e traga a Esperança.
Megan leva Maria até o feudo Calrissian, e lá apaga sua memória e lhe confere outra, os habitantes
do vilarejo também recebem uma lembrança de Maria, como se ela morasse na vila desde que nasceu, ela
dividirá uma casa com uma mulher que também perdeu o marido, no feudo Huntores ninguém se lembrará de
Maria, que agora terá uma vida sem dor e sem remorsos. Megan sabe que oque fez foi errado, mas sabe da
necessidade de te-lo feito, ela carrega a pequena Esperança para a choupana.

***
Kamiur chega no feudo Tilino e decide descansar durante a noite e só procurar a mulher no dia
seguinte. Ao amanhecer ele sai para procura-la e a encontra em uma estalagem, e percebe que ela trabalha lá,
ele se aproxima:
Kamiur: Bom dia jovem senhora. Poderia me trazer uma jarra de vinho, um filão de pão e queijo?
Mulher: Sim senhor.
Não demora muito a mulher traz tudo e coloca sobre a mesa.
Mulher: Mais alguma coisa senhor?
Kamiur: Sim, a senhora poderia me fazer companhia? Não gosto de comer sozinho.
Mulher: Desculpe-me mas ainda tenho muitos afazeres.
Kamiur: Devo insistir, tenho noticias sobre seu marido.
Mulher: (sentando-se) Desculpe-me mas ele não manda noticias a mais de oito meses. Mas como
pode saber? O senhor nem sabe quem eu sou.
Kamiur: Meu nome é Kamiur, não preciso saber o seu nome para saber que seu marido foi até a feira
de Akte compra algumas mercadorias para revender aqui, ele não dá noticias a oito meses, mas antes de partir
ele te . . . hum . . . engravidou, estou errado?
Mulher: Não, meu nome é Hearth, e gostaria que o senhor se explicasse melhor, meu patrão está lá
nos fundos, um grito meu e ele estará aqui muito rápido.
Kamiur: Não será necessário chama-lo. Veja bem jovem senhora, eu não conheci seu marido, mas
ocorreu fatos muito estranhos em Akte durante a feira, e seu marido veio a falecer. Sinto muito.
Hearth: (com lágrimas nos olhos) Morreu? Como?
Kamiur: Procure se acalmar, a história é bastante comprida. Existem muitos seres malignos neste
mundo, e eles se aproveitaram da senhora e de seu marido, a senhora é uma bela jovem e isso atraiu a atenção
de um desses seres, após a partida de seu marido ele assumiu a forma de seu amado e passou a noite com
você, e isso gerou essa criança.
Hearth: Não posso acreditar nessa história, nem devia estar ouvindo um sujeito que bebe vinho ainda
tão cedo. Só gostaria de pedir que não brinque com o desaparecimento de meu marido.
Kamiur: A senhora não acredita em mim? Porque?
Hearth: Seres malignos, eles devem Ter coisas mais importantes a fazer do que passar a noite com
uma mulher, e porque engravida-la?
Kamiur então conta a Hearth tudo sobre o portal, das batalhas já vencidas e sobre a que ainda estar
por vir.
Hearth: Ainda acho muito difícil acreditar, parece uma canção daqueles menestréis estranhos que
passam por aqui de vez em quando, tudo parece muito mítico e irreal. Durante o tempo em que trabalho aqui
já conversei uma ou duas vezes com esses menestréis, e eles nunca conseguiram me provar que existiam tal
seres, acredito neles, mas acho que demônios não saem do inferno. Só os vemos quando morrermos e se não
levamos uma vida pura, seremos torturados por eles.
Kamiur: (fica muito sério) Uma prova? Se eu lhe der a prova que precisa você irá comigo e aceitará
ficar sobre o cuidados meus e de meus amigos?
Hearth: Se você me der uma prova convincente eu aceito.
162

Kamiur: Não irá se assustar?


Hearth: Já vi muita coisa nessa estalagem tudo truques e . . . (Kamiur então assume sua forma
demoníaca mas logo volta ao normal) . . . Claro que nada assim.
Hearth desmaia mas quando vai cair do banco é amparada por Kamiur. Algum tempo depois ela
volta a si:
Hearth: Como? Oque você quer?
Kamiur: Já lhe contei, protege-la.
Hearth: Mas você é um. . .
Kamiur: Demônio, sim sou, mas eu quero evitar que esse mundo fique povoado deles, alguns se
alimentam de carne de pessoas, e eu tenho um grande respeito pelos seres humanos.
Hearth: Mas porque?
Kamiur: Posso responder todas as suas perguntas, durante a viagem, você irá comigo não?
Hearth: Sim, acho que você não quer me fazer mau, ou já teria feito, eu acho. Mas se tudo oque disse
se confirma, meu marido. . . meu filho.
Kamiur: Sim, mas procure se acalmar, quando chegarmos em Akte tudo estará esclarecido.
Hearth: (chorando) Sim, irei ajuda-lo.

***
Dirk, Jumare envolto em um manto marrom com um capuz cobrindo todo o seu rosto e John chegam
no feudo Nadir, e decidem procurar o mais rápido possível as mulheres, eles batem na casa de ma delas e um
velho atende dizendo ser o pai dela, e diz que a filha está trabalhando na plantação, Dirk já conhece o
caminho e leva John e Jumare até lá. Na plantação John pede para chamar as duas, assim não terão de contar a
mesma história duas vezes. As duas logo chegam trazidas por um companheiro de lavoura:
Dirk: (sentando-se e ajudando uma das mulheres a se sentar) Vocês são Isabelle e Nora?
Isabelle: Sim.
Dirk: Trago noticias sobre o marido de vocês.
Isabelle: Oque houve?
Dirk: Eles morreram, foram assassinados.
Nora: Por quem? (começando a chorar).
Dirk: Por um demônio chamado Deur.
Isabelle: (espantada) Um demônio?
Jumare: Sim, o mesmo que é o verdadeiro pai das crianças que vocês carregam. (ao notar que as
mulheres ficaram chocadas Jumare resolve prosseguir) O demônio assumiu a aparência do marido de vocês, e
passaram a noite com as senhoras, somente para deixa-las esperando um filho deles.
Nora: (chorando muito) Mas qual de nós?
John: As duas, o demônio possui muitos disfarces a pode assumir muitas formas.
Isabelle: (com lágrimas correndo de seus olhos) Acredito nos senhores, mas porque ele queria um
filho nosso?
Dirk acena para Jumare, e este acena devolta positivamente. Dirk então conta todos os fatos para
Isabelle e Nora, que ficam muito assustadas, conta também sobre a natureza de Jumare e dos outros que
propõe ajuda-las, mas é interrompido por um guarda.
Guarda: Já chega de conversa fiada, voltem ao trabalho as duas.
John: Estamos terminado senhor, a-propósito essas mulheres não estão em condições de trabalhar
dessa forma tão pesada.
Guarda: Cale-se velho, ou vai se ver com o meu chicote.
Dirk: Todos neste feudo são assim? Lembra-se os Bullocks? Eles morreram a algum tempo não.
Guarda: Sim disseram que o filho mais novo de Karter Bullock os assassinou com a ajuda de um
ranger.
Dirk: E não se lembram quem é o ranger?
Um dos guardas reconhece Dirk e vem avisar o outro, que faz cara feia mas sai de perto.
Jumare: Vocês vem conosco?
Nora: Estou ainda um pouco confusa, mas eu irei.
Isabelle: Sim, é a única maneira de assegurar minha vida e a do meu filho.

***
163

Owen, Oyza, Vour e Jiah chegam até uma pequena floresta, e esperam lá por dois dias até que um
pequeno portal se abre, eles o atravessam e saem diante do campo de batalha, muitos seres lutando, mutilados,
sem pensar, comer ou dormir, lá eles lutaram pela eternidade, a presença de Jiah faz algum pararem, eles
atravessam o campo e logo chegam até a caverna de Tyron:
Oyza: Aqui é o seu lar mestre.
Jiah: Tão perto do campo de batalha, Tyron era mesmo muito cruel.
Vour: O messstre sssabia como ssse divertir.
Jiah: Não vou perder tempo discutindo isso.
Oyza: Venha mestre a sala de armas, sua favorita.
Owen: (entrando em uma câmara repleta de armas e armaduras, ele nota um machado destacado no
centro da câmara) E esse era o machado de Tyron?
Oyza: Não o mestre jamais pode usa-lo, ele é o machado de Ceon, o mestre Tyron tinha as mãos
queimadas quando tentava usa-lo.
Jiah: O machado de Ceon. O mesmo que cortou os chifres de Vizude, parecia maior a 200 anos atrás.
Owen: (se aproxima e pega o machado sem ocorrer nada com suas mãos) Nada aconteceu, é um
machado muito grande e diferente dos que já vi.
Oyza: Mas como conseguiu?
Jiah: Simples, apenas demônios com as convicções de Ceon podem portar suas armas, por isso Owen
pode segurar o machado, o mesmo acontece com a lança de Ceon, com quem ela está?
Oyza: Com uma succubi chamada Anna Talkeran, pertencia a Lusage sua avó, mas como ela entro
em dormência após utiliza-la para destruir meu mestre ela passou para as mãos de Anna.
Owen: Anna! Ela esta por aqui?
Oyza: Sim, depois que foi morta por Hell Gregor ela veio para cá.
Owen: Vour, vá busca-la.
Vour: SSSim Messstre.

***

Quase uma semana e meia após a partida todos se reúnem na choupana, as mulheres trazidas
descansam nos quartos enquanto todos se reúnem para discutir oque acontecerá no futuro:
Holbein: Onde está Owen?
Marco: No inferno (ao ver a cara de espanto dos outros ele e Ewan contam tudo oque ocorreu). Ou
seja, devemos fazer a nossa parte e esperar que ele faça a parte dele.
Holbein: Deveria Ter ido com ele, aqui somos muitos e lá ele não tem muita ajuda.
Ewan: De certo ele procurou por Anna, e ela deve estar o ajudando.
Jack: Espero que ele tenha pensado nisso.
John: Onde levaremos estas mulheres, elas não podem ficar aqui, estamos próximos a uma vila, e não
podemos por a vida dessas pessoas em risco.
Jack: Tem razão, Ewan podemos leva-las para o seu feudo?
Dirk: Não levaremos elas para o feudo Gregor.
Holbein: Por que, naquele lugar sempre ocorreram coisas ruins.
Dirk; Sim, mas agora o feudo Gregor pertence a nós. Ewan o dividiu em quatro partes iguais e
construiu casarões para nós em cada parte.
Jumare: Não seria prudente nos separarmos.
Dirk: Não iremos. Para que nós nos reuníssemos ele construiu um castelo no centro, no limite das
quatro partes, nos abrigaremos nesse castelo.
Ewan: Sim, mas apesar de eu colocar muitos homens trabalhando na construção do castelo apenas o
porão e a parte central estão prontos a parte superior ainda está sendo construída e a torre nem seque foi
começada.
Jumare: Parece que já é o bastante, não podemos nos abrigar no porão, seriamos encurralados
facilmente, mas a parte central seria um bom abrigo.
Marco: Se nos alcançarem?
Ewan: Uma das mansões foi construída muito próxima ao castelo, correndo pode alcança-la em
muito pouco tempo.
164

Holbein: Não podemos deixar as mulheres na mansão e ficarmos nos castelos, temos de ficar sempre
junto a elas, caso o contrário será impossível protege-las, e como elas correrão até a mansão se terão dado a
luz em poucos dias.
John: Os demônios não estarão interessados nas mulheres e sim nas crianças, nós poderíamos leva-
las.
Kamiur: Eu e Jumare podemos correr mais rápido, podemos ir na frente em caso de ataque levando
as crianças, porem não sei se apenas dois de nós poderemos levar sete crianças nos braços.
Megan: Seis (entrando na choupana com uma criança nos braços), esta linda menina trouxe mais
alívio para nós.
Dirk: Então uma já nasceu, tempos pouco tempo.
Megan: Não, essa criança já possuí um mês de vida, é inútil para Fapaan.
Dirk: E a mãe dela? Porque a trouxe se ela é inútil para o inimigo?
Megan: Contei toda a história para a mãe dela, e ela não suportou o fardo, dei-lhe uma nova vida, em seu
feudo Ewan, ela não se lembra de nada. E não pude deixar a criança sozinha. Mas também não posso leva-la
ao inferno, acho que Jack também não permitiria (Jack acena com a cabeça).
Holbein: Então iremos para o feudo Gregor, temos de levar muitas provisões talvez seja necessária
varias viagens.
Ewan: Não será Holbein, levem apenas o necessário para a viagem, tem uma plantação de hortaliças
perto do castelo, e um poço já pronto, água e comida não irão faltar, enviarei um mensageiro pedir para os
servos deixarem a construção de lado até segunda ordem, não seria bom mais pessoas envolvidas, pedirei
também que levem, queijo, farinha, alguns carneiros e galinhas, assim teremos pão e leite, também.
Jack: Excelente, partiremos amanhã.
Todos se dispersam procurando fazer algo para a viagem, Dirk, Jumare, Kamiur e Holbein vão até a
vila comprar provisões. Ewan e John preparam as carroças e os cavalos. Danielle e Fábia separam as
provisões já disponíveis na choupana e fazem alguns bolos e pães que são mais fáceis de levar, Marco ajuda
na cozinha. Jack observa o tempo e pensa nas melhores rotas a serem seguidas. Kate senta do lado de Megan
que está com a criança:
Megan: Gostaria de segura-la?
Kate: Sim, (ela pega a criança) nada ficou decidido sobre o futuro dessa menina, tenho muita pena
dela.
Megan: Não tenha pena, ela crescerá forte.
Kate: Você ficará com ela?
Megan: Não, não posso, mas antes de partir irei procurar alguém que cuida dela, ela é um híbrido,
mas não ficará diferente de outras crianças, é claro, será muito mais bonita e irá envelhecer muito lentamente,
mas sem o treinamento adequando ela só terá isso que irá diferencia-la.
Kate: Como a mãe pode abandonar um ser tão pequeno e delicado (a criança abre os olhos e Kate Vê
os olhos verdes dela). Vocês succubis são realmente bonitas essa criança, você e Anna são um bom exemplo.
Megan: Você também é, e tem algo que nós nunca teremos, você é pura.
Kate: Obrigada, já me decidi. Com a sua permissão gostaria eu de ficar com esta criança.
Megan: Mas você ainda é muito jovem, não prefere Ter seus próprios filhos? Os homens que a vir
com a criança não irão se interessar por você, acharam você impura.
Kate: Não me importa, só um homem me interessa, mas acho que ele não liga para mim. Digo ele
cuida de mim, mas não me ama.
Megan: Ewan irá te amar, de um tempo a ele (Megan vê o olhar surpreso de Kate). Eu sou uma
succubus, eu percebo muitas coisas que os outros não percebem.
Kate: Então Anna. . .
Megan: Sim ela também sabia, mas não há o porque se envergonhar, seu sentimento é puro, o dela
também era, ela gosta muito de você e abriu mão de Ewan por você.
Kate: Como assim?
Megan; Ewan perdeu toda a família, nada mais o ligava a este mundo, Anna poderia te-lo levado
para o inferno, assim poderiam viver eternamente, mas ela não o fez, ela entende que Ewan deve viver sua
vida aqui na Terra com humanos como ele, e ela deseja muito a felicidade de vocês dois.
Kate: (com lágrimas nos olhos) Obrigado por me contar isso, gostaria de agradecer muito a Anna,
também desejo o melhor para ela. (suspira) E esta menina tem nome?
Megan: Esperança é um nome comum entre descendentes de espanhóis, mas como ela ficará com
você pode muda-lo se quiser.
165

Kate: Não gostei, é um lindo nome. Esperança.

***

Alguns dias depois Vour chega trazendo Anna e sua fiel guarda costas Faye:
Anna: Owen Bullock, já faz um bom tempo que não o vejo, oque deseja?
Owen: Ajuda, preciso de sua ajuda para matar um demônio bem poderoso, Vizude, conhece?
Anna: Sim, um demônio realmente poderoso, como pensa que eu posso ajuda-lo?
Owen: É a única pessoa que eu conheço por aqui. Juntos podemos reunir um exercito.
Oyza: Desculpe me intrometer mestre, mas Tyron já utilizou seu exercito, foi emprestado para Hell
Gregor tentar abrir o portal, não há tempo para reunirmos um exercito.
Jiah: Tampouco adiantaria, nenhum deles teria poder o bastante para enfrentar Vizude.
Anna: Você não é daqui, não sei porque mas não gosto de você.
Jiah: Não precisa gostar de mim, sou um anjo, sua reação é natural.
Faye: Podemos confiar nele?
Anna: Receio que não temos muitas escolhas. (voltando-se para Jiah) Eu tenho em meu poder a lança
de Ceon, creio que ela possa destruir Vizude de um vez por todas, mas isso esbarra em um grande problema
(suspira), minha avó esta dormindo por algum tempo e ela é a única que poderia utiliza a lança para destruir
Vizude, ao que me parece o anjo é o único que tem poder o bastante para usar a lança, porem ela só funciona
nas mãos de um demônio que tenha o poder semelhante a do inimigo, ou seja, temos de encontrar um
demônio poderoso para usa-la.
Jiah: Não será necessário, es espadas de Vizude pode mata-lo.
Faye: As espadas de Vizude? Não acho uma boa idéia, ela está escondida em um fosso com mil
demônios a protegendo.
Owen: Demoraria muito destruir a todos.
Faye: Você seria morto antes mesmo de tentar.
Jiah: Mas é isso que faremos. Oyza leve Owen para se apresentar a Vizude, depois traga-o devolta, e
nós partimos para o fosso.
Owen: Besteira, eu irei destrui-lo, já enfrentei muitos inimigos e muitas batalhas.
Jiah: Quando estiver na presença de Vizude entenderá que não pode fazer nada.
Anna: Parece que vocês já decidiram. Muito bem, não posso dizer que farei oque me pedem de bom
grado, ajudar um anjo e um homem que sempre maltratou meu amado. Mas entendo que não há outra saída.
(voltando-se para Jiah) Que garantias pode me dar de sucesso nessa empreitada?
Jiah: Poucas, irei usar todo meu poder para destruir os demônios do fosso e depois enquanto vocês
buscam as espadas eu o enfrentarei, para dar mais tempo a vocês, embora ficarei fraco demais para enfrenta-
lo.
Faye: Se você destruir os demônios do fosso, não poderá enfrentar Vizude com as espadas de uma
vez?
Jiah: Não. Não posso garantir que todos os demônios morrerão.
Anna: Então caberá a nós cuidarmos das sobras. Concordo, irei para a minha casa buscar minhas
armas, Faye virá comigo, não se preocupem nós voltaremos, eu mais que ninguém quer a paz naquele
conglomerado, assim Ewan poderá começar uma nova vida.
Assim Anna parte com Faye, e Oyza leva Owen até Vizude, enquanto Jiah e Vour esperam na
caverna de Tyron.
Owen acompanhado de Oyza entram na caverna de Vizude e o vê sentado em um trono localizado no
meio de um circulo de lava, Owen não consegue chegar tão perto quanto Oyza por causa do calor e não
consegue ver a aparência do demônio amenas seu contorno.
Oyza: É ele senhor, o herdeiro de Tyron.
Vizude: Não passa de um reles humano. Tyron consegue me decepcionar mesmo depois de morto.
Qual o seu nome?
Owen: Sou Owen Bullock.
Vizude: Vejo que é bastante corajoso, e cruel, não tem piedade com os inimigos. Volte aqui depois
de morto, talvez possa me ser útil. Agora sai, estou começando a ficar com fome e você seria um bom tira
gosto.
Owen sai com Oyza, sem dizer uma palavra durante todo o caminho ele volta a caverna de Tyron.
Anna chega pouco depois trajando uma armadura vermelha e com uma espada dourada nas costas, Faye está
166

sem armadura, veste apenas uma roupa grossa e carrega consigo quatro katanas, espadas desconhecidas por
Owen:
Jiah: Então Owen, você pode derrotar Vizude?
Owen: Não, nem consegui chegar perto do filho de uma porca, ou de coisa pior. Não consegui sequer
me mexer.
Anna: Isso porque você está vivo.
Owen: Talvez.
Jiah: Vamos para o fosso.
Todos vão voando para o fosso com exceção de Oyza que não possui asas, mas por terra ele
consegue acompanhar o grupo graças a sua grande velocidade. O fosso fica perto da caverna de Vizude, Jiah
pede para que os demônios incluindo Owen fiquem atrás de uma grande rocha com pouco mais de duzentos
metros longe do fosso. Eles nada vêem, mas sentem um clarão de luz e um forte calor, logo que eles sentem o
clarão se dicipar eles olham e vêem Jiah voando com muita dificuldade.
Jiah: Agora é com vocês. Eu irei enfrentar Vizude, estou muito fraco peço que se apressem.
O corpo de Jiah é coberto por uma armadura dourada e ele sai voando. Por decisão do grupo Anna não desce
ao fosso, pois está incumbida de levar as espadas até Jiah, Faye é a que voa mais rápido do grupo, mas é a que
melhor luta também, então ela irá descer no fosso. Owen vestido com uma armadura negra tirada da coleção
de Tyron segue na retaguarda com o machado de Ceon em punho, Oyza vai mais a frente, seguido de perto
por Faye, Vour sobrevoa a região a fim de enxergar mais longe, até que no escuro eles vêem muitos olhos
vermelhos brilhando ao seu redor.

***
Quatro dias após a partida Holbein e todos os outros chegam até o castelo, no caminho duas
mulheres, Nora e Rosário, deram a luz, dois meninos, e todos ficaram apreensivos sabendo que o momento de
enfrentarem Fapaan estava mais próximo.
Marco: (voltando-se para o grupo) Enfim chegamos, oque faremos agora?
Jack: O melhor seria alguns irem até a mansão mais próxima, muita gente pode nos atrapalhar.
Holbein: Concordo, acho que Fábia e Danielle poderia ir, elas também esperam seus filhos e seria
melhor para elas. Creio que Nora e Rosário também devam ir, elas já tiveram seus filhos e se o inimigo vir
não estará interessado nelas, e sim nas crianças.
John: Sim seria o mais prático, mas não concordo de separa as crianças da mãe assim tão cedo.
Dirk: John tem razão, mas se precisarmos fugir não poderemos leva-las, apesar desse tal Fapaan não
estar interessado nessas mulheres ele pode fazer algum mau a elas, acho que elas devem ir.
Jack: Alguém está contra essa decisão? (todos ficam em silêncio) Então está decidido.
Jumare: (voltando-se para Nora e Rosário) Vocês entendem a gravidade do problema, caso contrário
teriam se oposto ao grupo, eu tomarei conta de seus filhos, não deixarei que nada aconteça a eles.
Nora: Obrigada, mas estou muito cansada e fraca para seguir viagem, creio que Rosário também.
Dirk: Acredito que vocês partiram amanhã, essa noite descansem bem, mas se houver o nascimento
de uma terceira criança estejam prontas para partirem durante a noite.
Nora e Rosário: Obrigada.
As grávidas são alojadas no que será a cozinha do castelo, deitam-se em amontoados de palha, já que
não há camas no castelo, Nora e Rosário fazem o mesmo, apesar de bastante rústico, o ambiente é
confortável, um fogão está sempre queimando lenha, mantendo o ambiente quente. O grupo está bastante
dispersos, Jumare, Kamiur, Jack e John conversam em um canto, Ewan, Megan e Kate também, Marco está
sentado em cima de um amontoado de palha e Fábia deitada com a cabeça recostada sobre suas pernas:
Marco: Em que está pensando?
Fábia: Em meu pai, ele é um dos magos a serviço de Fapaan, teremos de enfrenta-lo.
Marco: Já fizemos isso antes, em Hope, se esqueceu.
Fábia: Não, mas naquela ocasião ele só queria amedrontar-nos, agora eu temo pelo pior.
Marco: Ele tentará se vingar, não se preocupe não sou um mago como ele mas também sei alguns
truques.
Fábia: Me alivia saber eu você é tão otimista, mas eu sofri muito desde a morte de minha mãe, mas
apesar de tudo isso, ele é a minha única família.
Marco: Não, se esquece de mim e de nosso filho? Agora nós seremos sua família e eu farei o
possível para que não sofra nem um pouquinho pelo resto de sua vida.
Fábia: Será que seremos felizes?
167

Marco: Só o tempo dirá, mas se depender de mim, sim.


Fábia: Então seremos, pois eu também quero faze-lo muito feliz.
Os dois se beijam longamente.
Fábia: Mas eu não quero ir para o casarão, quero ficar aqui, ajudando as mulheres que ficarem por
último a dar a luz.
Marco: Não gostaria que você ficasse aqui, aqui é o alvo dos inimigos, você esta certa de sua
decisão?
Fábia: Sim.
Marco: Então fique, não vou impedi-la de fazer oque quer, mas, ainda sim não concordo.
Em outro canto Dirk e Danielle também conversão:
Dirk: Você está bem? Não falou muito durante a viagem.
Danielle: Sim, mas muito preocupada.
Dirk: Eu sei como se sente, mas temos muitos amigos aqui, e eles ajudarão uns aos outros.
Danielle: Eu gostaria de ficar para. . .
Dirk: Não você e Kate irão com Ewan para o casarão, temo por vocês e pelo nosso filho.
Danielle: Se irá te deixar mais tranqüilo eu irei, mas tome cuidado, não por mim, mas pelo nosso
filho.
Dirk: Tomarei cuidado pelo nosso filho e por você também.
Os dois se abraçam.
Danielle: Oque achou de Kate tomar aquela criança como sendo sua.
Dirk: Kate foi imprudente, mas ela tem de se distrair com algo, desde que matou aquele mago ela
anda muito triste e descontente com a vida, talvez isso a faça Ter novamente aquele brilho de antes.
Danielle: Tem razão, nós devemos ajuda-la em tudo que estiver em nosso alcance.
Os dois voltam a se abraçar e permanecem assim durante um bom tempo. No dia seguinte, Nora e
Rosário estão prontas para a viagem.
Ewan: Então senhoras subam na carroça (Ewan ajuda as mulheres a subirem), quem mais irá
conosco?
Dirk: Ewan leve Danielle e Kate também.
Ewan: Nem precisava pedir, elas iriam de qualquer maneira, juntamente com Fábia.
Fábia: Desculpe Ewan, eu não vou, quero ajudar as mulheres que ficaram aqui.
Megan: Não, eu fico com essa missão, você não está em condições de ficar aqui.
Fábia: Você deve ir Megan, o casarão não será um alvo mas também não pode ficar desguarnecido.
Holbein: Ela tem razão, oque acha disso Marco? Afinal ela é sua mulher.
Marco: Ela já tomou sua decisão, não há nada que eu possa fazer.
Jack: Então que assim seja.
Kamiur: Eu também irei, para conhecer o caminho, se mais crianças nascerem eu levarei as mulheres
para lá, e também conhecerei melhor o caminho.
Ewan: Excelente idéia, então vamos, teremos de ir bastante devagar para protegermos Danielle e seu
filho, além de Nora e Rosário que ainda estão bastante debilitadas.
Dirk: Cuidado.
Megan: Não se preocupe, eu irei voando para ter uma visão mais ampla do caminho, e Kamiur
também estará conosco, podemos nos defender.
Jack: Então partam, iremos nos organizar por aqui. Boa viagem.
Ewan e Kate: Obrigado.
A carroça parte, as mulheres ainda gravidas ficam na cozinha descansando, elas quase nunca falam,
estão perdidas em seus medos e duvidas, elas travam batalhas emocionais, entre a responsabilidade de serem
mães e o medo de criar um ser que tem sangue de um demônio, batalha essa que não parece ter fim, John e
Fábia ficam juntos a elas o tempo todo, nunca as deixando sozinhas. Os outros se dividem em turnos de
guarda em cima do castelo, Holbein e Jack ficam com o turno da manhã que engloba uma parte da madrugada
também, Jumare e Dirk cuidam do turno da tarde até a noite, e Marco juntamente com Kamiur o turno da
noite e parte da madrugada.
Durante uma tarde que buscava alguns legumes na plantação Marco vê um vulto por entre as árvores, esse
vulto parece ser muito maior que um lobo, e ele corre para o castelo, para não assustar as mulheres ele chama
Kamiur em um dos aposentos, e chama Dirk que presta atenção por um buraco no teto.
Marco: Eu vi na floresta um vulto, parecia um lobo muito grande e muito ágil, acho que o ataque irá
começar.
168

Dirk: (pergunta a Jumare se ele trouxe consigo algum lobo, mas ele nega e redobra sua atenção)
Tomaremos cuidado.
Kamiur: Lobos, se não veio com Jumare não ousará atacar-nos por estarmos com ele.
Marco: Mas estou apreensivo quanto a isto.
Fábia: Não precisa ficar com medo meu querido (entrando na sala) aquele é Gorak, meu bichinho de
estimação.
Marco: Bichinho?
Fábia: Meu pai em seus experimentos usava alguns gatos como cobaias, e Gorak é um deles, ele
triplicou, não quadruplicou de tamanho e como eu cuidava dele ele também cuida de mim.
Kamiur: Então não devemos nos preocupar?
Fábia: De modo algum.
Marco: Então aquela sensação de alguém estar me vigiando quando estou com você era ele?
Fábia: Sim.
Marco: Não deveríamos levar algo para ele comer?
Fábia: Não ele sabe se virar.
Marco: Ele poderia ficar aqui conosco, porque ele não aparece?
Fábia: Ele é muito deformado, e não gostaria de assusta-los.

***
Das paredes saltam diversos imps, Oyza destrói muitos com lances de espada.
Owen: Pensei que apenas os mais fortes iriam sobreviver.
Faye: Esses pequenos demônios são muito fracos, mas es esconderam do ataque do anjo, eles só irão
nos atrasar.
Vour: Vá messstre eu cuidarei delesss.
Owen: Você?
Oyza: Vour é muito mais forte do que pensa senhor, ele pode com eles, vamos se não perderemos
muito tempo.
Owen: Não sabemos quanto tempo Jiah pode agüentar, cuide-se Vour.
O pequeno Imp apenas acena com a mão e se posiciona entre os inimigos e os três companheiros que
estão descendo, sua luta é desigual, mas Vour possui muito mais força de vontade que os outros imps. Um dia
depois um demônio cruza o caminho do pequeno grupo, ele é um ser bastante grande e gordo, possuindo a ele
cor de rosa.
Faye: Eu cuido dele, vocês continuem descendo.
Owen: Sim (seguindo com Oyza).
Faye: E então grandão você tem nome?
O demônio apenas urra e ataca Faye com uma clava de pedra, ela tenta aparar utilizando sua espada,
não consegue evitar de todo o golpe e ela cai passando por Owen e Oyza, mas logo eles vêem ela subindo
voando.
Mais um dia depois e em outro anda surgem outro demônio, ele parece Ter a aparência de um
humano comum, mas de pele vermelha e aparentando ser muito resistente, o demônio saca uma espada, Oyza
parte para cima dele. A batalha parece muito equilibrada, ambos são muito rápidos e Owen mau vê as espadas
se movendo, mas consegue ouvir o tintilhar das lâminas. Owen entende que precisa continuar e desce sozinho
até o último andar, lá encontra um velho:
Owen: Me entregue as espadas, não tenho muito tempo a perder.
Velho: Meu nome é Gurjon, senhor deste fosso, as espadas foram confiadas a mim jovem mortal, não
posso entrega-las.
Owen: Então irá lutar por elas?
Gurjon: Não, estou muito cansado de Ter de protege-las, 221 anos para ser bem exato, não como
nada à 221 anos.
Owen: Sei que alguns de você comem carne humana, mas não estou a fim de ser seu desjejum.
Gurjon: Não precisa ser você qualquer comida serviria, mas não vou trocar as espadas por algumas
migalhas, se você vencer minha besta eu lhe entregarei as espadas, assim poderei comer e meu trabalho não
terá sido em vão.
Owen: Concordo.
Gurjon chama com um nome impronunciavel um grande monstro, pouco maior que um cavalo, mas
muito mais pesado eu um boi, a besta caminha sobre quatro patas igualmente pesadas, e possui a língua como
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a de uma cobra. A besta cospe um liquido em Owen que desvia e percebe que o liquido é muito quente, a
besta repete isso por muitas vezes e Owen começa a se cansar pois não dormira enquanto desceu pelo fosso, a
besta então usa seu longo rabo para derrubar Owen, e então cospe nele novamente, sem se levantar Owen
apenas rola, ele sabe que não conseguirá chegar perto da besta, mas não possuí nenhuma arma capaz de feri-la
a distancia, então resolve jogar seu machado, ele acerta bem a cabeça da besta que cai se decompondo.
Gurjon: Era um dos meus melhores animais, bom trato é trato, tome (entregando duas espadas para
Owen) essas são as espadas de Vizude.
Owen: Sim, vamos Gurjon, venha comigo e eu lhe darei algo para comer em minha caverna.
Gurjon: Obrigado pela generosidade.
Os dois sobem voando, no caminho Owen vê Oyza se esforçando para descer para ajuda-lo:
Owen: Eu consegui Oyza, tenho as espadas, eu o ajudarei a subir.
Carregando Oyza e acompanhado de Gurjon Owen chega na boca do fosso onde Anna o espera
acompanhada de Faye e Vour, ambos muito feridos.
Anna: Conseguiu?
Owen: Sim.
Anna: Em entregue-as que eu as levarei até o anjo.
Owen: Sim (passando as espadas para Anna), Mas eu irei com você, ainda tenho forças para lutar.
Anna: Faça como quiser.
Owen: Oyza tome conta de Vour e Faye que nos ajudou, lave-os para a caverna e de algo para
Gurjon comer, menos humanos.
Oyza: Sim mestre eu o farei.
Com as espadas de Vizude Anna e Owen partem para entrega-las ao anjo Jiah.

***
Uma semana se passou, todas as crianças nasceram, suas mães estavam em segurança no casarão,
com Ewan, Kate e Megan. Dirk e Jumare continuam montando guarda, todos estão apenas esperando o ataque
começar. Dirk vê um vulto vindo em direção ao castelo, ele grita para que o vulto se identifique, mas não
obtém resposta, então atira com seu arco, o vulto continua andando, e ele dispara ainda muitas vezes enquanto
Jumare desce a avisa a todos do ataque. Mesmo sabendo que está acertando Dirk percebe que suas flechas não
fazem efeito contra o vulto e resolve descer também.
Kamiur: Devemos levar as crianças daqui.
Jumare: Sim vamos, rápido, John vá na frente para averiguar o caminho, eu e Jumare iremos em
seguida, Guardião leve uma das crianças.
Jack: (tirando sua armadura) Não, irei ficar para atrasa-lo, Holbein tire sua armadura, ela me fornecerá alguma
proteção, vista a minha, Marco ajude-o.
Holbein: Mas. . .
Jack: Não questione.
Holbein: Sim.
Marco ajuda Holbein e Jack trocarem de armaduras, Jack sai do castelo e fica parado a mais ou
menos cem metros da porta principal, ele vira-se para trás.
Jack: Adeus para todos, Holbein tenha fé.
Todos balançam a cabeça, John já havia ido Jumare, Kamiur e Dirk carregavam as crianças, mas
quando estavam de partida Fábia, que ficou para cuidar das crianças, começa a passar mau:
Marco: Oque houve?
Fábia: Não poderei seguir com vocês, vão.
Marco faz um sinal para os outros partirem, eles ficam arrasados com a situação de Ter de abandonar
alguém que tanto ajudou mas sabem que é o mais sensato a se fazer, Holbein parte na retaguarda, e quando
saem pelos fundos, é o único que arrisca olhar para trás.
Fábia: Devia Ter ido com eles.
Marco: Não eu ficarei para protege-la e proteger nosso filho.
Fábia: Suas palavras como sempre são gentis, mas é estupidez ficar.
Marco: (sorri) Não é estupidez arriscar a vida para proteger quem se ama.
Fábia: Faria o mesmo por você.
Marco: Eu sei.
Do lado de fora do castelo um dos cavaleiros da morte chega até o guardião, com uma estranha
armadura negra e com cinco flechas encravadas em seu corpo, flechas de Dirk que o acertou mas não o
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deteve, Jack empunha a espada já tão mau tratada de Holbein, utilizando seu poder Jack deixa a espada
luminosa, um brilho branco e pálido segue por toda a lâmina, sua armadura emite o mesmo brilho, o cavaleiro
inclina-se o reverenciando, e então saca uma katana, o combate começa com um tintilhar das lâminas, a
velocidade do cavaleiro é assombrosa, Marco mal consegue ver seus movimentos da janela, mas Jack segue
todos os seus movimentos com os olhos e consegue se defender, até que é atingido na perna forçando a
ajoelhar-se, mas ele se levanta e decepa um dos braços do cavaleiro, este segura a espada de uma maneira
muito estranha para Jack, com a lâmina na parte inferior da mão, como se a segura-se ao contrário, os lances
de espada tornam-se ainda mais duros e Jack tem a espada quebrada, com o resto da lâmina Jack a enterra em
uma das pernas, o cavaleiro não demonstra sentir dor, e com um lance rápido decapita Jack. Uma boa de luz
sai de seu corpo e encontra Holbein no meio do caminho, ela entra pela sua boca e luzes brancas muito
intensas saem de seus olhos, ele é elevado aos céus, ficando uns dez metros do solo, nesse momento ele
recebe toda a dádiva oferecida a Jack e se torna o novo guardião do conglomerado Falis. Marco, ao ver a
morte de Jack derrama algumas lágrimas e senta-se perto de Fábia, ao ver o cavaleiro entrar no castelo ele
extremesse de medo, mesmo assim se levanta e saca sua raiper, mas o cavaleiro passa pelo castelo como se
nem os visse, Marco então cai sentado muito suado.

***
O cavaleiro alcança Holbein, os outros corriam sem olhar para trás e não se deram conta de que
Holbein não estava mais com eles, Holbein está caído de joelhos no chão está com o animo renovado e
quando vê o cavaleiro o ataca.

***
No castelo um homem entra, mas fica parado próximo a porta.
Sávio: Então italiano, achou mesmo que sairia vivo? E você traidora? Agora terão oque merecem.
Sávio convoca uma legião de insetos, Marco se levanta e joga no chão uma poção.
Sávio: Acha mesmo que essa simples poção pode me derrotar?
Marco: Não, mas a seus insetos sim.
Sávio olha para o chão e percebe que todos os seus insetos estão caídos, então Sávio faz crescer de
sua mão esquerda quatro garras curtas, e da mão direita outras três mais compridas e ataca Marco, mas este
corta-o na região do peito de onde saem alguns insetos, mas Marco joga mais uma poção.
O cavaleiro começa a atacar Holbein, mas este apara todos os seus golpes, que já estão bem mais
lentos, mas ainda sim o cavaleiro consegue ferir Holbein nas costas. Holbein ataca e ao perceber o cabo de
sua antiga espada encravada na perna do oponente, e as flechas de Dirk espalhadas pelo corpo, Holbein o
ataca com mais vontade e consegue fazer dois cortes no inimigo, um no braço restante e outro na garganta,
mas o inimigo continua em pé e atacando.
Sávio ataca Marco que tem muita dificuldade em se defender e contra-atacar, mesmo causando
diversos ferimentos em Sávio ele não parece sentir muita dor, e os insetos que saem suando com o sangue são
cada vez mais numerosos, até que suas poções acabam, cinco insetos varam o seu corpo e ele cai desacordado.
Fábia ao ver seu pai se aproximando de Marco pega uma adaga e corta seu ombro, dele sai um pequeno
enxame de insetos que voam ao redor da cabeça de Sávio, então Fábia chama por Gorak, que sai das sombras
e avança sobre o peito de Sávio derrubando-o, Gorak começa a comer a cabeça de Sávio, que se debate, mas
morre muito rápido. Gorak morde o colarinho da camisa de Marco e o coloca sentado do lado de Fábia.
Quando Marco volta a si, vê um grande felino cinza parado na porta, com as patas dianteiras muito maior que
as traseiras.
Marco: Esse aí é o seu protetor?
Fábia: Sim, nosso protetor.
Marco: (notando o ferimento de Fábia) Oque houve?
Fábia: Está tudo bem agora, pena que não possamos fazer mais nada para ajudar aos outros.
Marco: Já fizemos nossa parte, agora é rezar para que eles façam as deles.

***
Holbein continua enfrentando o cavaleiro, mas é ferido no braço e tem a espada arrancada de suas
mãos, o cavaleiro chuta a espada de Holbein para longe, então Holbein o chuta conseguindo derruba-lo e se
joga por cima do inimigo, com a mão machucada ele segura o braço que porta a espada, com a outra esmurra
a cara do inimigo, que nada sente, então Holbein retira da perna do cavaleiro o resto de sua antiga espada e
consegue decapita-lo pondo fim ao combate, então Holbein se apressa para alcançar os outros.
171

Dirk na retaguarda vê que Holbein não os segue mais, e em seu lugar vê um cavaleiro vestindo
apenas um manto negro e portando uma espada parecida com a de Abdu, ele grita fazendo Kamiur e Jumare
pararem, Dirk entrega as crianças para os demônios e prepara seu arco.
Jumare: É inútil Dirk, não se lembra suas flechas não fazem efeito contra eles.
Dirk: Essa flecha fará.
Dirk dispara e acerta o coração do cavaleiro, este começa a Ter dificuldade para se movimentar e aos
poucos começa a se transformar eu uma árvore, o cavaleiro grita estridentemente, mas logo se cala, e se
transforma em uma grande árvore podre, a árvore cai e se transforma em farpas.
Enfim Dirk, Jumare e Kamiur chegam no casarão:
John: Vejo que usou uma das flechas de seu avô.
Dirk: Sim, foi oque nos salvou.
Ewan: Vamos me dêem as crianças que eu irei entrega-las para suas mães cuidarem, Kate e Danielle
estão a salvo Dirk, as outras mães também.
Dirk: Bom.
As crianças carregadas por suas mãe entram no casarão, Ewan faz o mesmo e busca suas adagas,
depois volta para fora onde estão todos os outros. Megan chega voando dizendo que um mago e um cavaleiro
se aproxima, Holbein também chega mas está muito cansado e fica perto de Ewan, Megan e Kamiur. O
cavaleiro chega, ele veste armadura e kilt, e porta um grande machado de lâminas negras, Kamiur e Holbein
estão de armas em punho, Megan sabe que não pode lutar ou causará problemas para Anna, mesmo assim
assume sua forma demoníaca e protege tanto Ewan quanto o casarão, Jumare faz uma nuvem de insetos
atacarem o inimigo e John faz com que plantas brotem para prende-lo ao solo, as duas magias são bem
desgastantes de manter, mas procuram agüentar o quanto podem. Um pouco afastado Dirk vê uma bola de luz
vindo em sua direção ele não tem tempo de desviara, mas é salvo por folhas que surgiram em sua frente, Dirk
sabe oque estar por vir e lembra com cuidado dos ensinamentos de John, ele pega uma flecha comum e
dispara na direção em que a luz veio, mas sua flecha é atingida por outra flecha vinda de uma árvore, seguidas
flechas são disparadas contra Dirk e o acertar, mas seu corpo absorve todas sem nada sentir.
Coberto por insetos o cavaleiro se levanta e se liberta das plantas de John, os insetos também
começam a cair mortos por comerem a carne putrefata do cavaleiro, Jumare lança uma nova leva de insetos,
muito menos que a primeira detendo o cavaleiro mais um pouco, quando ele se liberta Kamiur em sua forma
demoníaca e Holbein parte para o combate físico, o cavaleiro já bastante debilitado apenas se defende mas
com bastante dificuldade, a espada de Holbein junco com a espada de Kamiur parecem não fazerem muito
efeito contra seu machado, logo Kamiur cai vitima de um chute do adversário, que enterra a espada em suas
costas, mas graças a sua pele grossa ele sobrevive, Holbein agora luta sozinho contra o cavaleiro.
Dirk recebe mais flechadas mais isso parece não machuca-lo, Hugh Castle aparece portando o crânio
de Ceon que brilha intensamente, sem dizer uma palavra diversas esferas de luz são lançadas por ele contra
Dirk, que se defende sem qualquer dificuldade, ao ver que o arqueiro está em cima de uma árvore Dirk faz um
leve gesto com a mão, a árvore o aprisiona em um de seus galhos e começa a bate-lo de um lado para o outro
até que sua cabeça é arrancada de eu corpo transformando-o em cinzas, Dirk com outro gesto faz com que
folhas voem para cima de Hugh, ao notarem que as folhas podiam corta-lo Hugh é forçado a fazer um escudo
de luz, nesse momento Dirk percebe que conforme Hugh gasta suas magias o crânio vai perdendo a
intensidade de seu brilho, Dirk então faz a grama crescer rapidamente do chão e ela atravessa o corpo de
Hugh como se fossem lanças, mas Hugh se liberta e dispara uma bola de luz muito grande e rápida que acerta
Dirk fazendo-o voar para longe. Dirk se levanta e ao abrir os olhos quatro árvores tomam vida e atacam Hugh,
mas ele consegue se defender, com bolas de luz ele destrói as árvores, mas é preso em uma cela de madeira
surgida do chão, Dirk mesmo de longe aponta um dedo em direção a Hugh, do qual surge uma flecha, Hugh
usa sua última faísca de poder para se liberar, mas é inútil, uma flecha o atravessa, e ele começa a se
transformar em árvore, no local onde foi atingido cresceu uma linda árvore muito iluminada e aos seus pé cai
o crânio de Ceon que rola até parar nos pé de Dirk.
Holbein e o cavaleiro mantém a luta equilibrada, os dois já estão bastante cansados, então a espada
de Holbein começa a brilhar junto com sua armadura, os golpes desferidos pelo inimigo já não fazem mais
efeito, Holbein deferes dois golpes que deixam o inimigo incapaz de atacar novamente, ele enterra a espada
no inimigo que urra de dor, e então o decapita.
Todos respiram aliviados, mas neste momento surge um homem vindo da floresta, ele empunha uma
espada muito estranha e fica parado, ele está em uma distância razoavelmente perto, mesmo assim o brilho da
árvore de Hugh Castle não permite que todos vejam sua aparência, o brilho da armadura de Holbein aumenta,
172

e as plantas parecem se agitar ao redor de Dirk, todos os outros estão incapazes de lutar, mesmo assim
protegem o casarão.
Ewan: Quem é ele Megan?
Megan: Este é Fapaan.

***
Anna e Owen chegam até a caverna de Vizude e ao entrarem vêem, o anjo Jiah caído no chão,
Vizude se apresenta na forma de um grande dragão de escamas negras com reflexos verde escuro, com os
chifres quebrados, e pisa em Jiah com as patas dianteiras.
Anna: Nunca mande um anjo fazer um trabalho de um demônio. Tome Owen (entregando para ele
uma das espadas de Vizude e empunhando a outra), pode fazer isso?
Owen: Claro que posso, oque pensa que eu sou?
Anna: Menos mau, vamos cerca-lo.
Assim sem que Vizude percebesse ele foi cercado por Anna e Owen, Vizude solta o anjo e dá uma
baforada de fogo em Anna que cai em chamas, com isso Owen fica livre para cortar Vizude no pescoço, o
dragão se retorce dando a impressão que o ferimento causou mais dor que parecia, Jiah se levanta e encosta
em uma parede com o braço sangrando, Anna também se levanta e as chamas se dissipam, ela voa para baixo
do Dragão, que está distraído com Owen, e enterra a espada em seu peito, Vizude fica nas duas patas traseiras
e com uma dianteira retira a espada de seu corpo, Anna consegue pegar a espada devolta, Owen corta uma das
garras dianteira do dragão e ele cai, mas logo se levanta e desfere outra baforada de fogo desta vez em Owen,
mas Jiah usa oque sobra de suas forças para criar uma barreira e proteger Owen, Anna voa e enterra sua
espada nas costas do dragão, quando ele urra, a caverna parece estremecer, Owen então voa e sobe em cima
da cabeça do dragão, ele gira a espada e enterra na cabeça de Vizude que cai morto, Anna, Jiah e Owen saem
voando o mais rápido que conseguem da caverna de Vizude, que explode em chamas, enfim o demônio foi
derrotado.

***
Na terra Fapaan começa a gargalhar, Holbein está muito cansado e ferido, Dirk está em igual
situação, mas Fapaan gargalha vira as costas e começa a caminhar, Dirk faz com que um cipó o agarre pela
perna.
Dirk: Vai fugir?
Fapaan: Não, simplesmente irei embora, o demônio que aprisionava minha alma foi destruído, sim
Vizude foi morto, e minha alma pertence novamente a mim, não desejo abrir este portal, não agora talvez em
outros tempos, se eu vencer agora eu terei o crédito, mas o nome de Vizude será sempre lembrado, não vale a
pena.
Holbein: Irá tentar em outra ocasião, quando.
Fapaan: Daqui a uns duzentos anos.
Dirk: Então é isso, simplesmente acabou?
Fapaan: Creio que sim.
Fapaan se liberta do cipó e desaparece na escuridão, Dirk volta ao normal e corre para abraçar
Danielle, John, Holbein, Jumare e Kamiur se comprimentam aliviados, Ewan busca um cavalo e corre ao
castelo saber de Marco e Fábia.

***
Owen: Podemos partir agora. Espero que os outros tenham conseguido.
Jiah: Sim, apenas Jack morreu, e Fapaan está voltando para cá, tudo terminou bem.
Owen: Gurjon cuide de minha caverna, é provável que eu voltarei para cá no final de meus dias.
Gurjon: Sim mestre, prepararei umas ótimas bestas para o senhor.
Owen: Sim, e coma o quanto quiser.
Oyza: Eu o ajudarei.
Owen: Estou certo disso, você é um demônio muito leal continue com o bom trabalho.
Oyza: Eu o farei mestre.
Owen: Vour, pequena criatura, você ficará incumbido de me levar noticias na terra.
Vour: SSSim messstre, vocccê sssabe que pode confiar em mim.
Owen: Sim. Anna obrigado pela ajuda.
Anna: Sim, mas não foi de graça que eu o ajudei.
173

Owen: Mas você não queria salvar o conglomerado.


Anna: Sim, mas também quero o espelho de esmeralda, que pertence a Vizude.
Jiah: O espelho de esmeralda feito com o resto dos ossos de Ceon, para que o quer?
Anna: Para entrega-lo a uma pessoa.
Owen: Não tem problema, fique com ele.
Anna: Obrigada, boa viagem.
Owen voltou a choupana onde todos estavam reunidos esperando por ele, os dois anjos Jiah e Kalel,
partiram assim que Jiah chegou e nunca mais foram vistos no conglomerado. Das mães que deram a luz aos
hibridos, apenas duas ficaram na choupana para cuidarem de seus filhos, Ingrid de Sotola e Hearth de Tilino,
todas as outras receberam uma nova vida dadas por Megan. Das crianças, Ewan resolveu ficar com cinco e
Dirk resolveu ficar com uma, e Esperança permaneceu sobre a guarda de Kate.
Nasceu com muita saúde a filha de Marco e Fábia, Glória Soprano, e eles ainda tiveram mais dois
filhos, Julia e Antônio Soprano, o filho de Dirk e Danielle também nasceu com saúde, John Bogard, uma
homenagem a seu mestre e aquele que foi tão leal a seu avô, John Renfild.
O castelo finalmente ficou pronto e Holbein decidiu morar nele, para cuidar melhor daquele
patrimônio, junto com ele Owen, Jumare e Kamiur foram morar no castelo também. Dirk e Kate se tornaram
druidas e Dirk recebeu a foice de ouro de seu avô e Kate recebeu a foice de John que morreu no mesmo ano.
Kate e Esperança foram morar no feudo Calrissian com Ewan, com o consentimento de Dirk, eles se casaram
e tiveram um filho, Remy Bogard, Ewan que adotou os híbridos como filhos legítimos decidi colocar em seu
filho o sobrenome da esposa para saberem que ele e seus desentendes terão o sangue Bogard. Os híbridos que
pertencem a família Calrissian se chamam, Esperança, Jack (em homenagem ao antigo guardião do
conglomerado), Adrian (o nome do pai de Ewan), Jonathan (o nome do avô de Ewan), Callium ( nome do pai
de Kate) e Perhap (nome do avô de Kate). Danielle escolheu o nome de sua mão para o criança que adotou
Lúcia Constantine. Owen enviou Joana para uma escola de boas maneiras na Itália a conselho de Marco. Tudo
estava em paz e a maior preocupação que eles tinham era cuidar de suas famílias.

***
Megan voltou para o inferno alguns dias depois do confronto que pôs fim a tentativa de ligar a terra
ao inferno, e foi recebida por Anna e sua filha Faye. As três cuidaram da casa de Lusage, e um ano depois
Anna, Megan e Faye foram visitar Midriad, uma poderosa feiticeira succubus:
Midriad: Anna, já faz muito tempo quando a vi pela última vez você ainda era uma criança de colo,
como estão as coisas com você garota?
Anna: Bem, digo melhor.
Midriad: Animo, leva-se séculos para se esquecer de um grande amor. Desculpe tocar nesse assunto
mas as succubis mais novas as vezes não conseguem ficar com a língua dentro da boca.
Anna: Tudo bem, eu vim lhe entregar isso (passando para ela o espelho de esmeralda), creio que ele
te pertença.
Midriad: Sim o espelho com os ossos de meu amado, não tenho palavras para agradece-la.
Anna: Não precisa, sei que com você ele estará muito seguro.
Midriad: Sim, sua avó ainda não acordou?
Anna: Não, posso lhe fazer uma pergunta que jamais tive coragem de fazer a ela?
Midriad: Sim claro.
Anna: Porque pôs o feitiço em nossa família? Para termos o coração como o de humanos.
Midriad: Sua avó era tão cruel quanto Vizude ou Tyron, ela me desafiou quando a chamei para ser
minha aluna nas artes da feitiçaria, e por muito pouco não me venceu. No fundo ela era uma succubus sem
brilho e eu dei o brilho a ela.
Anna: O brilho que Ceon descobriu.
Midriad: Sim. Anna quero convida-la para ser minha aluna, gostaria de aprender feitiços comigo?
Megan: Ela tem suas responsabilidades na casa de Lusage.
Anna: Ora Megan você conhece a administração daquela casa melhor que eu, pode cuidar dela até
minha avó acordar, entenda que eu preciso ocupar minha cabeça com alguma coisa, e a casa de minha avó só
me deixará ainda mais desgastada.
Megan: Talvez você tenha razão, mas Faye ficará com você para protege-la.
Midriad: Não precisa, tenho excelentes guardas e você também precisará de proteção.
Megan: Sim é verdade, então tome cuidado Anna.
Anna: Cuide de minha avó.
174

Megan: Nem precisava pedir querida, você sabe de meus sentimentos por Lusage.
Anna: Eu sei, irei visita-las de vez em quando.
Faye: Irei trazer algumas coisas suas.
Anna: Obrigado Faye, vou sentir sua falta, irei visita-las muito em breve.
Faye: Estaremos esperando, até breve.
Anna: Até breve.

***
Oito anos se passaram desde que Vizude falhou em abrir o portal, mesmo morando separado toda
semana os homens e mulheres que salvaram o conglomerado se reúnem no castelo para conversar e festejar,
as crianças cresceram e sempre os acompanham, mas hoje é um dia diferente, eles não vieram, mas foram
chamados por Jumare e Holbein.
Jumare: Hoje amigos se comemora oito anos de paz, no conglomerado e em nossas vidas, foram dias
difíceis mas agora há a paz. Mas estou preocupado com algo.
Marco: Algum demônio apareceu?
Holbein: Não, foi algo que Fapaan disse no momento em que partiu.
Dirk: Que no futuro ele irá tentar abrir o portal.
Marco: Mas não estaremos aqui, talvez Holbein pois agora ele é imortal, mas não podemos impedi-lo
agora.
Holbein: Nós não, mas se oque ele disse foi verdade, nós não salvamos o conglomerado, apenas
adiamos seu confinamento.
Ewan: Vejo que já conversaram bastante sobre o assunto.
Owen: E bota conversa nisso (resmungando).
Ewan: Oque sugerem?
Jumare: Que nos unamos mais uma vez, e aqui fundaremos uma ordem para proteger o
conglomerado, ensinaremos e passaremos nossa experiência as gerações que seguiram, assim eles saberão
oque fazer quando Fapaan voltar, ou qualquer outro tentar vencer onde Vizude falhou.
Marco: Não sabemos muito sobe demônios, nós lidamos com o inesperado, não há como ensinar
isso.
Holbein: Temos muitos livros agora.
Kate: Livros? Onde vocês conseguiram esses livros?
Holbein: Não foi fácil, mas pegamos os livros guardados no templo da ordem de Salomão.
Owen: Eu e Kamiur exploramos o templo dos outros magos, de Yamesh se não me engano e
pegamos alguns livros lá também.
Marco: Eu concordo com a idéia, posso ensinar minhas poções.
Fábia: E eu a magia da Besta, que meu pai aprendeu com Jumare, posso ajuda-lo senhor Jumare, eu
não sei muito, mas conheço o principio.
Jumare: Será bem vinda.
Dirk: Eu e minha irmã podemos ensinar algo das tradições celtas pode ser muito útil.
Kate: Sim, se Ewan concordar.
Ewan: Não me oponho a você, entendo a importância disso tudo, não posso ensinar muita coisa, o
pouco que sei Kate também sabe, mas posso manter financeiramente a ordem.
Holbein: Obrigado Ewan, seu apoio é muito importante.
Assim todos se mudaram para o castelo, a ordem recebeu o nome de seu item mais precioso, o
crânio, mas logo Dirk a nomeou de "A ordem de Ceon", que também abriga demônios de bom coração, a
ordem sempre luta para defender contra qualquer ameaça ao conglomerado e abertura do portal. Mas nos
tempos de paz que se seguiram, todos viveram muito felizes, mas sempre com a lembrança dos que não
sobreviveram, apesar de terem se esforçado e de terem ajudado muito, e pela ameaça que seus netos ou
bisnetos enfrentarão um dia.

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Epílogo

Sejam bem vindos, meu nome é Ewan Calrissian e eu acompanharei vocês por este castelo.
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Primeiro gostaria de agradecer, vocês dez serão o terceiro grupo e entrar para a ordem, e fico muito feliz em
ver caras novas, o primeiro grupo foi muito eficiente em encontra-los e convence-los a fazer parte de nossa
ordem.
Essa ordem tem como prioridade principal se aprimorar para proteger o conglomerado
Falis, tenho certeza de que os Andarilhos já contaram essa história a vocês. Bem vamos caminhar, aqui, na
frente do castelo podemos encontrar os dois mestres dos Patrulheiros, são chamados assim pois andam por
todo o conglomerado colhendo informações e protegendo a população de toda parte, são os defensores
andantes do conglomerado e aqueles são os homens responsáveis, (Ewan aponta para dois homens lutando
com espadas) Owen Bullock e Kamiur, os dois melhores guerreiros que eu já conheci, e olha que na minha
juventude eu conheci muita gente.
Aqui é o salão principal, ele liga aos outros cômodos do castelo, no andar de cima estão os
dormitórios, alguns de vocês poderão dormir neles dependendo do que queiram fazer.
Vamos, aqui é a cozinha e essas são Hearth, Ingrid, Danielle e a pequena Lúcia, filha de Danielle
Bogard uma grande amiga e uma excelente cozinheira, ele é mulher de um dos líderes da ordem Dirk Bogard,
Dirk já pediu várias vezes para ela descansar e se dedicar somente ao jardim, mas ele adora cozinhar e acho
que ninguém consegue tira-la da cozinha.
Na dispensa há um alçapão que leva a adega, e passando pela adega nos chegamos aqui, um grande
laboratório alquímico, aqui são preparada as poções que os Patrulheiros e Andarilhos levam em suas viagens,
lá atrás há uma grande biblioteca com inúmeros livros, alguns desses alquímicos escrevem os relatos trazidos
pelos Andarilhos, e foram apelidados de Castle, uma brincadeira de seu próprio professor Marco Soprano, um
grande sujeito, pois por ficarem entretidos com suas poções e estudos, raramente saem do castelo, na
biblioteca há um livro que conta tudo sobre a primeira tentativa de abertura do portal com detalhes, Dirk
Bogard muitas vezes transfere seus ensinamentos para os Castles, mas não aqui, ele prefere ensinar ao ar
livre, entre as plantas e animais. Aquela perto do professor Marco é Fábia sua mulher, ela também é
professora, mas de outra área, ela e o líder Jumare ensinam o caminho da besta, são a principal fonte ofensiva
aqui do castelo, e seus magos controlam poderes fantásticos, mas devo confessar que eles me assustam, mas
não precisam ficarem com medo, isso é bobagem minha mesmo.
Agora levarei vocês para os fundos do castelo. Vejam aquela é a torre de Jumare, ele é o único que
não dorme dentro do castelo, e troca o dia pela noite para melhor proteger-nos, se algum de vocês tiverem
aula com ele terão de se adaptar a uma nova rotina, mas logo se acostumam.
Aquela mulher de branco sentada, rodeada de pequenos alunos é minha doce Kate, minha mulher e
também uma Druida, ela Marco e Dirk são responsáveis pelo treinamento dos magos de Ceon, já falei sobre
eles, eles se dividem em Castles e Andarilhos, recebem o mesmo treinamento, mas cada um escolhe oque
querem desenvolver. Agora irei até ela, Holbein está chegando para dar-lhes as boas vindas.
Bem vindos novos iniciados, sou Holbein Van Rijn um dos três lideres da Ordem, eu cuido dos
assuntos internos e externos referentes aos objetivos da ordem, como iniciados vocês tem a livre opção de
escolherem em que área de estudos desejam se engajarem, mais tarde haverá um grande banquete aqui fora,
Dirk contou que não irá chover hoje e a noite será bastante agradável, nesse jantar vocês poderão conversar
com os mestres e professores da ordem, para saber mais sobre suas áreas, também poderão conversar com
alguns dos iniciados veteranos ou aqueles que já estudam a muito tempo, há muitos patrulheiros aqui esta
noite, Castles e magos da Besta também, mas não vi nenhum Andarilho, como o nome bem diz eles andam
pelo conglomerado, mas tenho absoluta certeza de que o mestre Dirk não se importará de falar sobre eles. Não
temam o mestre Jumare pela aparência que ele possuí, muitos de vocês podem não estarem acostumados, mas
ele é um ser muito bom e valoroso. Há mais um aviso, creio que Ewan não lhes contou sobre Gorak, ele é
uma espécie de gato, só que passou por muitas experiências ruins de um antigo inimigo nosso, então se
sentirem a presença de alguém na floresta não temam, é muito raro que ele se apresente, pois tem medo de
assustar com sua aparência, mas se quiserem podem conversarem com ele, estou certo que ele escutará e pode
até dar as caras.
Também não se assustem com o jeito truculento de Owen e Kamiur, as vezes eles xingam e
discutem com os iniciados, mas são bons amigos, e essa postura é necessária para ser um bom mestre de
armas, de qualquer modo todos vocês iram receber os ensinamentos deles, uns mais outros menos.
Algumas das reuniões da ordem são fechadas apenas para os líderes, mas na maioria das vezes elas
são assistidas e qualquer um poderá opinar, seus pensamentos serão levados em consideração, mas a palavra
final sempre será dos líderes.
Agora subam, Remy, filho de Ewan irá lhes mostrar o caminho de seus dormitórios provisórios,
troquem de roupa e desçam que o banquete irá começar, mais uma vez sejam bem vindos.
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