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18 ANOS: ETICA AO LEGISLATIVO OU MANOBRA POLÍTICA? ETERNO DEVIR.

Me recuso a discutir redução da menoridade penal. Esta previsto no art. 228 da CF, no
Capítulo que

trata da família, da criança, do adolescente e do idoso. Simplesmente 'expulgar por expulgar'


um direito social

garantido pela Constituição, protegido pelo manto da cláusula pétrea? Não tem como discutir
ética.

Seria, no plano da filosofia, extremamente criticável, nojento e asqueroso, imaginar


que temos o direito

de receber uma Constituição que garanta direitos fundamentais, o que obviamente a geração
anterior se sacrificou

para chegarmos a este princípio de Estado Democrático Social de Direito, e entregarmos para
as futuras gerações

uma Constituição com redução destes direitos. Não seria, portanto, ético.

Mas como existe o debate no plano político-social-legislativo, e como de algum modo


se gasta energias

para rebater de todos os modos racionalmente possíveis contra esta fraude, o que há de fato
por trás desta

discussão?

Não se pode reduzir a resposta apenas a conivência política-legislativa frente ao apoio


social. A

utilização pelo Estado dos veículos de divulgação de informações para o aumento do seu poder
punitivo
em troca de 'benefícios' políticos é evidente. Assim como uma perigosa (i - ou re) legitimação
do poder político do

legislativo através do aumento do poder punitivo, com um clamor social influenciado pela
mídia, esta tentativa

de resgate de prestígio político, que ocasiona ainda mais desgaste!

Mas essa perca de tempo discutindo algo tão óbivo, impossibilidade de redução da
maioridade penal devido

ser um direito social constitucionalmente garantido, não esconde por de trás algo ainda mais
perverso? Onde se

dscute política, se discute economia.

Na tentativa de nova regulamentação da tercerização, há uma preocupação legítima


no custo da máquina

pública, no tal de ajuste fiscal. Aumento de impostos, redução de despesas estão em pauta.
Com isso, talvez

direitos sociais serão sonegados. Violações da constituição.

Reforma previdenciária, reforma tributária, reforma política, limitação de poderes,


será que isto

não seria mais importante para a economia? Infelizmente o poder político acredita que não,
afinal, quem quer

limitar seu próprio poder. Quanto coisa, uma sociedade manipulada, surrupiada da educação.
Que as próximas gerações sejam mais éticas e abandonem soluções simplistas. Afinal,
o momento atual

político social demonstra: diante de todas as crises (éticas, sociais, políticas, econômicas) uma
hora ou outra as

revoluções são inevitáveis! Mas não se assuste! Assim o eterno devir.

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