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E-BOOK

JTC PROJETOS ESTRUTURAIS


A PRÁTICA LEVA A EXCELÊNCIA

SUMÁRIO

1. Informações do autor...................................................................................................3

2. Procedimentos para concepção de projetos estruturais..............................................4

2.1. Informações e estudos do projeto arquitetônico......................................................4

3. concepção dos elementos............................................................................................4

3.1.1. Lançamento dos pilares....................................................................................4

3.1.2. Lançamento das vigas.......................................................................................5

3.1.3. Lançamento das lajes........................................................................................6

3.1.4. Lançamento da escada......................................................................................7

4. Processamento e avaliações da análise efetuada pelo sistema...................................8

5. Concepção das fundações............................................................................................9

6. Dimensionamento e detalhamento............................................................................10

7. Emissão das plantas....................................................................................................10


A PRÁTICA LEVA A EXCELÊNCIA

1. Informações do autor

Jonat Tayron Calaça Silva é engenheiro civil, formado pelo Centro de Estudos Superiores de
Maceió – Alagoas (CESMAC), Especialista em Estruturas de Concreto e Fundações pelo UNIP,
Master em Concreto Protendido pelo INAEP, Professor de Pós-Graduação. Após sua formação,
trabalhou nas seguintes empresas: L. A. Falcão Bauer C.T.C.Q LTDA, Souza Neto Engenharia e
Planejamento, Tenco Shopping Center, Ceemeessee Engenharia Ltda, ConcretoMac e Sener
Engenharia, atuando em todo território nacional em obras de grande, médio e pequeno porte.
Atualmente trabalha com projetos estruturais em concreto armado, protendido, estruturas
metálicas e consultoria na execução de obras e é CEO na JTC Projetos Estruturais.

Redes sociais:

@jonatcalaca

JTC PROJETOS ESTRUTURAIS

Todos os direitos reservados à Jonat Tayron Calaça Silva – JTC PROJETOS ESTRUTURAIS
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2. Procedimentos para concepção de projetos estruturais:

2.1. Informações e estudos do projeto arquitetônico

Esta etapa é fundamental para elaboração do projeto estrutural. Com o projeto


arquitetônico como referência, tiramos várias informações para dar início a sua concepção
estrutural. Inicialmente, coletamos as seguintes características: vãos, pé-direito, altura de
vigas, balanços, localização (cidade), tipos de utilização da estrutura em cada ambiente como,
piscina, sala de musculação, ou seja, todas as características necessárias para elaboração de
um projeto estrutural eficiente.

Com essas informações retiradas do projeto arquitetônico, podemos montar uma


planta de fôrmas, para ser pré-aprovada ou aprovada pelos arquitetos e demonstrarmos as
concepções disponíveis, afim de atender os pré-requisitos do sistema estrutural que pode ser
elaborado para a obra especifica.

Convém ressaltar que não necessitamos de um software a mais em nosso escritório


para verificarmos os arquivos enviados pelo escritório de arquitetura ou construtor, pois
dentro do próprio TQS poderemos fazer essa leitura do projeto arquitetônico ou desenha-los.

3. Concepção dos elementos

3.1.1. Lançamento dos pilares

Para iniciarmos essa etapa, você deve inserir os pilares nas extremidades do projeto
arquitetônico e em locais onde as prumadas sejam continuas, que eles nasçam na fundação e
vão até o ático sem necessitar morrer, mudar seção, nascer em vigas, são soluções ideais.
Porém, sabemos que com as arquiteturas atuais não têm muito esse privilégio. Dessa forma,
você irá modelando pórticos mais eficientes com os pilares contínuos. Também, precisamos
que ter bastante atenção nos ambientes para que os pilares só passem nas projeções das
paredes. Não queremos um pilar no centro do quarto, não é mesmo?

Outro assunto interessante são as distancias para inserirmos nossos pilares. Aconselho
distancias entre 4 metros e 6 metros, desde que a arquitetura nos permita essa concepção,
lembrando, também, que quanto mais distante um do outro, mais altas serão as vigas.

Para inserirmos as dimensões iniciais dos pilares, existem formulações para pré-
dimensionamento, dos elementos estruturais, mas, atualmente utilizamos muito as
ferramentas computacionais que nos dão muita produtividade. Mesmo assim, temos que
inserir alguma dimensão no software. O pensamento inicial é atender às especificações
prescritas na tabela 13.1 da NBR 6118 – 14, porém em uma residência, com no máximo 2
(duas) lajes, cargas de utilização de 1,5 kN permanente, e 1,5 kN acidental e vãos de 4 metros,
utilizamos, inicialmente, pilares com as dimensões de 14 cm x 35 cm, atendendo às prescrições
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da tabela. Lembrando que temos todas as ferramentas necessárias para lançamento dos
pilares, conforme imagem abaixo:

Dica:

Diâmetro mínimo e taxa de armadura: Item 18.4.2.1 da NBR 6118 – 14.

‫ ٭‬Não pode ser inferior a 10 mm nem superior a 1/8 da menor seção transversal.

Pilar - Parede: Item 18.5 da NBR 6118 – 14.

‫ ٭‬No caso de pilares cuja sua maior dimensão da seção transversal exceda em cinco
vezes sua menor dimensão.

Pilar - Parede: Item 13.2.3 da NBR 6118 – 14.

‫ ٭‬Seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja sua forma
não pode apresentar seção menor que 19 cm, em casos especiais multiplicar os
esforços conforme tabela:

3.1.1. Lançamento das vigas

Para inserirmos as vigas é fundamental observar as alturas dos forros e das portas que
estão especificados no projeto arquitetônico, com tudo referente ao pré-dimensionamento,
utilizamos na pratica um valor de 10% do vão, ou seja, em uma distância entre pilares de 4
metros, iremos empregar uma altura de viga com 40 cm, porém não temos a certeza que essas
dimensões irão atender às solicitações. As dimensões limites encontrasse no item 13.2.2 da
NBR 6118 – 14.

Com esse lançamento inicial, iremos descobrir, realmente, se essas dimensões estão
atendendo com às ações que irão para as vigas, não atendendo, aumentamos as dimensões e
refazemos os cálculos até atender as solicitações com por exemplo: Deformações.
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Esse é um processo iterativo efetuados em todos os elementos estruturais de um


projeto. Vale ressaltar que o software TQS inclui o peso próprio dos elementos. Lembrando
que temos todas as ferramentas necessárias para lançamento das vigas, conforme imagem
abaixo:

Dica:

Espessura mínima de lajes maciças: Item 13.2.4.1 da NBR 6118 – 14.

‫ ٭‬7 cm para cobertura não em balanço;

‫ ٭‬8 cm para laje de piso não em balanço;

‫ ٭‬10 cm para laje em balaço;

‫ ٭‬10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor que 30 kN;

‫ ٭‬12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;

‫ ٭‬15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com no mínimo para lajes

de piso biapoiadas e para lajes de piso contínua;

‫ ٭‬16 cm para lajes lisa e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.

3.1.1. Lançamento das lajes

Com a concepção inicial das vigas que, conseguintemente, fizeram os fechamentos dos
vãos para lançamento das lajes. Por que a concepção inicial das vigas? Descrevemos pelo
motivo que, não temos a certeza que as mesmas irão atender às solicitações e referente aos
vãos para inserirmos as lajes; poderemos inserir mais vigas para ajustarmos os vãos e darmos
outras soluções para as lajes. Lembrando que também temos dimensões limites para as lajes
maciças que se encontram no item 13.2.4.1 da NBR 6118 – 14.

Recomendamos que os vãos, formados pelas vigas, fiquem com as dimensões de 2,50
m x 4,00 m, e no máximo 3,00 m x 4,00 m esses vãos para lajes treliçadas com altura das
treliças 8,00 cm, porém, não quer dizer que não consigamos vãos maiores com esse tipo de
concepção. Com referência as lajes maciças, podemos adotar vãos maiores e lançamento
inicial com 10,00 cm de altura. Esses valores iniciais das alturas das lajes, são impostos para
avaliarmos nossa concepção, por tanto verificar se as mesmas suportam os carregamentos
utilizados em uma residência e seus ambientes.
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Levamos ao conhecimento, que temos os carregamentos para inserirmos nas lajes,


conforme os ambientes que estão especificados no projeto arquitetônico. E, ainda, todas as
ferramentas necessárias para lançamento das lajes, conforme imagem abaixo:

Dica:

Utilizamos na maioria dos ambientes, as cargas de 1,5 kN permanente e 1,5 kN


acidental e em ambientes como banheiros que, na maioria das vezes, os revestimentos são
mais pesados, utilizamos 2,0 kN permanente. Não esqueçam de consultar a NBR 6120 – 19.
Nela, temos todas as informações necessárias sobre o assunto de cargas em estruturas.

3.1.1. Lançamento da escada

Temos um leque de modelos de escadas, mas os processos de lançamento de escadas,


normalmente, nascem apoiada em vigas do pavimento superior e chegam em seu patamar,
mas também nascem em lajes maciças e têm outras concepções. Ressaltamos que o principal
pré-requisito são os projetos arquitetônicos.

Lembrem que temos os carregamentos a serem inserirmos e essas informações estão


contidas nos projetos arquitetônicos e na NBR 6120 - 19.

Temos, ainda, todas as ferramentas necessárias para lançamento de escada, conforme


imagem abaixo:

Dica:

Em residências, a carga de revestimento e corrimão, que são cargas permanentes por


tanto verificamos no projeto arquitetônico suas especificações referentes aos materiais que
serão utilizados e carga acidental 2,0 kN.
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4. Processamento e avaliações da análise efetuada pelo sistema

Após toda concepção, lançamento dos elementos, suas cargas e considerações


finais, efetuaremos o processamento global (só esforços) da residência, para
analisarmos os efeitos causados pelas ações geradas provenientes dos carregamentos
que são, Permanente - (Peso próprio dos elementos, Revestimentos (paredes e piso),
Alvenarias, Cobertura (metálica ou madeira) e etc). Acidental – (Vento, Temperatura e
Utilização dos ambientes). Todas as combinações são geradas automaticamente pelo
software TQS.

Concluído processamento da estrutura, iremos, agora, avaliar os resultados


obtidos no pórtico espacial e nos pavimentos para observarmos se os estados limites
estão de acordo com as especificações da NBR 6118 – 14, como deslocamento vertical
(flechas), conforme item e tabela 13.3, aberturas de fissuras descrito na tabela 13.4 e
verificações da vibração excessiva na tabela 23.1. É imprescindível a verificação desses
itens, para que sua estrutura atenda aos pré-requisitos mínimos que a norma NBR
6118 – 14 preconiza, com isso seu projeto irá ter uma durabilidade maior e qualidade.

Após as verificações dos resultados, se alguns itens não estiverem atendidos,


que é um processo normal, como por exemplo a flecha em uma das lajes não está
dentro do limite estipulado pela norma NBR 6118 – 14, teremos que voltar no
pavimento, onde se encontra a laje e aumentaremos a espessura da mesma ou
mudaremos a concepção, reprocessaremos todo edifico, para que o mesmo obtenha
as características dessa nova laje e adicione as ações geradas para seu
dimensionamento e verificações.
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Esses são os itens principais para atendermos, mas lembrando: A


responsabilidade de se verificar e aprovar os resultados apresentados pelo software é
do engenheiro estrutural.

Dica:

Não iniciem o detalhamento de nenhum elemento estrutural até que suas


verificações e considerações estejam ok. Temos que verificar deformações, abertura
de fissuras, estabilidade e etc, após esse processo em todo edifício, poderá dar início
aos detalhamentos. Temos todas as ferramentas necessárias para analisar o pórtico e
grelhas, conforme imagem abaixo:

5. Concepção das fundações

No software TQS podemos dimensionar a superestrutura separada da


infraestrutura, mas nesse e-book iremos elaborar os projetos integrados. Após toda
analise e verificações, conforme os processos anteriores, iremos agora inserir as
fundações. Um item importante é o estudo do solo. Com ele, retiramos informações
para sabermos quais serão os tipos de fundações que iremos conceber, se rasa ou
profunda.

As fundações rasas são muito usuais em residências, com até 2 (dois) pavimentos, mas
tem casos que o solo não nos permite essa concepção.

Já as fundações profundas adotamos em casos que os solos não têm as características


de resistência suficiente para suportar as cargas que estão nos pilares.

O ponto interessante é que o software TQS, além de nos proporcionar essa liberdade
de elaborarmos os projetos de superestrutura separados da infraestrutura, ele nos
apresenta as cargas que estão chegando em cada pilar para inserirmos as fundações.

Podemos analisar, dimensionar e detalhar as fundações sejam rasas ou profundas


dentro do próprio software TQS, e se você não for o responsável pelas fundações,
podemos enviar a planta de carga para o responsável que é gerada dentro do próprio
software.
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Os procedimentos citados irão nos proporcionar uma produtividade enorme


durante a concepção das fundações. Esses recursos, que o software disponibiliza, têm
por objetivo agregar no seu dia-a-dia no seu escritório.

Lembrando que temos todas as ferramentas necessárias para lançamento das


fundações, conforme imagem abaixo:

6. Dimensionamento e detalhamento

Os dimensionamentos efetuados pelo software são elaborados conforme seus


critérios configuráveis e de acordo com as especificações das normas
regulamentadoras, porém, temos a possibilidade de modificar esses valores de acordo
com a nossa necessidade, mas lembrando que todo e qualquer resultado que o
software nos apresenta, é obrigação do engenheiro calculista aprova-lo.

Quanto aos detalhamentos dos elementos (armaduras), o software gera um


pré-detalhamento, conforme os critérios que, também, são configuráveis, lembrando
que esses detalhamentos têm especificações a serem compridas, com isso, deveremos
atende-las ou modifica-las conforme nossa necessidade, porém como já é sabido, o
engenheiro estrutural é responsável pelo mesmo.

Dica:

Os detalhamentos das armaduras, devem atender os itens 7.5.1 e 7.5.2 da NBR


6118 – 14 que diz: Item 7.5.1 - As barras devem ser dispostas dentro do componente
ou elemento estrutural, de modo a permitir a boa qualidade das operações de
lançamento e adensamento do concreto.

Item 7.5.2 - Para garantir um bom adensamento, é necessário prever, no


detalhamento da disposição das armaduras, espaço suficiente para entrada da agulha
do vibrador.

Acrescento que essas disposições devem atender a todos elementos que


permitam a passagem do agregado graúdo.

7. Emissão das plantas

Após concluirmos todos as etapas que foram citadas, chegamos no produto


final: as emissões das pranchas. Esse item é a conclusão do te todo o trabalho que
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tivemos durante o processo de concepção da nossa estrutura. Agora, iremos prepara


as plantas para envia-las a obra. Esse procedimento é gerenciado dentro do próprio
software TQS com todos os controles que necessitamos de revisões e etc.

As pranchas enviadas para a obra são:

Locação das fundações

Planta das fundações com seus detalhamentos de armaduras

Planta de pilares

Fôrma do pavimento térreo

Baldrame com seus detalhamentos de armaduras

Escada com seus detalhamentos de armaduras

Fôrma do pavimento superior

Vigas com seus detalhamentos de armaduras

Lajes com seus detalhamentos de armaduras

Fôrma do pavimento cobertura

Vigas com seus detalhamentos de armaduras

Lajes com seus detalhamentos de armaduras

Planta de cortes de toda estrutura

Dica:

Essas plantas podem ser enviadas em formatos A0 ou A1. Não colocamos em


formatos menores devido a maioria das obras terem muitos elementos, com isso
gerando várias plantas, porém, com esses formatos maiores, o manuseio dentro da
obra, às vezes, fica complicados devido ao vento, atrapalhando no momento de
abrirmos. Lembrando que temos todas as ferramentas necessárias para gerenciamento e
emissão das plantas, conforme imagem abaixo:

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