Uma experiência realizada por Oersted em 1820 revelou a possibilidade de se obter campo

magnético a partir de corrente elétrica. Em 1831, Faraday descobriu que, reciprocamente,

campo magnético pode produzir campo elétrico, fenômeno que se denomina indução
eletromagnética.

Tal conhecimento permitiu vários avanços tecnológicos, como os grandes geradores de

eletricidade (nas usinas hidrelétricas, por exemplo) e os grandes motores elétricos com
aplicações na indústria e no transporte (em ônibus, locomotivas, trens, metros etc.).

São de importância vital para a siderurgia, os fornos de indução, com os quais obtemos a
temperatura de fusão de vários metais.

E não podemos esquecer das telecomunicações: o fenômeno da indução eletromagnética se

aplica a aparelhos de telefonia e de radiodifusão. (AS FACES DA FÍSICA, p. 655).

Como demonstrado na citação anterior, a partir do conhecimento da indução eletromagnética

percebeu-se que havia esse recurso e que poderia utilizá-lo em várias áreas.

Se não houvesse a utilização das ondas eletromagnéticas para o transporte de informações,

essas ondas estariam somente se propagando cada vez mais.

Com o conhecimento de indução das ondas eletromagnéticas foi possível converter um campo
elétrico variável em um campo eletromagnético (ondas eletromagnéticos) e “injetar” nesse as
informações que se deseje transmitir. Um sinal de áudio modula a onda eletromagnética e
através da onda ele se propaga. Ao receber a onda eletromagnética, o “radinho de nossa casa”
só considera o sinal de áudio. Ou seja, com esse conhecimento, o homem tornou-se capaz de
produzi-la como também de fazer-la “dar uma carona” às informações que ele deseja passar.

Da mesma forma acontece com os canais de TV (nacionais e internacionais), com a telefonia

internacional etc. Na informática há a utilização dessas ondas em redes domésticas, uma
utilização mais simples.

O infravermelho também é uma onda eletromagnética. Os olhos do homem podem perceber

uma certa freqüência de ondas eletromagnéticas como visíveis (as cores), já o infravermelho não
o é visível. E, assim como as outras ondas eletromagnéticas passaram a ser utilizadas, o
infravermelho passou a ser utilizado como forma de transmitir informação. Celulares e
calculadoras com infravermelho, entre outros, são exemplos desse uso.