Você está na página 1de 2

Pascal (linguagem de programação)

É uma linguagem de programação estruturada que recebeu este nome em homenagem ao matemático Blaise Pascal. Foi criada em 1970 pelo suíço Niklaus
Wirth, tendo em mente encorajar o uso de código estruturado.

O próprio Niklaus Wirth diz que Pascal foi criada simultaneamente para ensinar programação estruturada e para ser utilizada em sua fábrica de software.

Simultaneamente, a linguagem reflete a liberação pessoal de Wirth das restrições impostas pelo após seu envolvimento com a especificação de ALGOL 68, e

sua sugestão para essa especificação, o ALGOL W.

A linguagem é extremamente bem estruturada e muito adequada para ensino de linguagens de programação. É provavelmente uma das linguagens mais bem

resolvidas entre as linguagens estruturadas, e certamente um dos exemplos de como uma linguagem especificada por uma pessoa pode ser bem melhor do

que uma linguagem especificada por um comitê.

Pascal originou uma enorme gama de dialetos, podendo também ser considerada uma família de linguagens de programação. Grande parte de seu sucesso

se deve a criação, na década de 80, da linguagem Turbo Pascal, inicialmente disponível para computadores baseados na na arquitetura 8086 (com versões

para 8080 no seu início).

Pascal é normalmente uma das linguagens de escolha para ensinar programação, junto com Scheme, C e Fortran.

Comercialmente, a linguagem foi sucedida pela criação da linguagem Object Pascal, atualmente utilizada nas IDEs Borland Delphi, Kylix e Lazarus.

Academicamente, seus sucessores são as linguagens subsequentes de Niklaus Wirth: Modula-2 e Oberon

A partir da versão 2005, o Delphi passou a se referir a sua linguagem de programação como Delphi Language.

Assim como a Linguagem C, que é padronizado pela ANSI (Ansi C), o Pascal possui padrões pela ISO, como o Pascal Standard e o Advanced Pascal.

Implementações

O primeiro compilador Pascal foi desenvolvido em Zurique para a família de computadores CDC 6000, sendo lançado em 1970. Também em 1970 foi
desenvolvido o primeiro compilador Pascal norte americano, na Universidade de Illinois por Donald B. Gillies, que gerava código de máquina nativo para o
mini-computador PDP-11.

Pensando-se em propagar rapidamente o uso da linguagem, foi criado, em Zurique, um "kit de conversão" que incluia um compilador que gerava código

intermediário, e um simulador para ele. Esse kit foi batizado de p-System, e foi utilizado, entre outras coisas, para criar um sistema operacional para mini-

computadores chamado UCSD p-System, desenvolvido pelo Instituto de Sistemas de Informação da Universidade da Califórnia em San Diego. Segundo o

próprio Niklaus Wirth, o p-System e o UCSD foram instrumentais na popularização do Pascal.

Nos anos 80, Anders Hejlsberg desenvolveu o compilador Blue Label Pascal o Nascom-2. Depois, ele foi trabalhar na Borland e reescreveu seu compilador

transformando-o no Turbo Pascal para a plataforma IBM PC (e também CP/M 80), que era vendido a US$ 49,95, muito mais barato do que o Blue Label. Uma

característica muito importante é que o Turbo Pascal é uma linguagem compilada, que gera código de máquina real para a arquitetura Intel 8088, tornando-a

muito mais rápida do que as linguagens interpretadas.

Por ser mais barato, o Turbo Pascal passou a ter uma grande influência na comunidade Pascal, que começou a se concentrar na plataforma IBM PC no fim

dos anos 80. Muitos usuários de PC da época migraram para o Turbo Pascal, em busca de uma linguagem estruturada que não fosse interpretada, para

substituir, por exemplo, o BASIC. Pode se afirmar que o sucesso comercial de Turbo Pascal foi definitivo para a ampla divulgação da linguagem Pascal entre

os usuários de micro-computador.

Outra variante era o Super Pascal, que adicionava labels não numéricas, o comando return e expressões como nomes de tipos.

Durante os anos 90, compiladores que podiam ser modificados para trabalhar com arquiteturas diferentes tiveram grande destaque, incluindo nessa lista o

Pascal.
O próximo grande passo para a linguagem, foi a implementação da orientação a objeto(OO ou OOP em inglês) na sua estrutura, começando com a versão 5.5

do Turbo Pascal. Mais tarde, ao projetar o Delphi, querendo funcionalidades mais elaboradas da orientação a objeto, a Borland utilizou o conceito Object

Pascal criado pela Apple, utilizando-o como base para uma nova linguagem, que nas versões iniciais era chamado de Object Pascal foi rebatizado como

Delphi Programming Language nas versões posteriores. As maiores diferenças em relação às implementações OO das versões mais antigas foram a adição

do conceito de objetos por referência, construtores, destrutores e propriedades, entre outros. coelho

Padrões

Em 1983, a linguagem foi padronizada, internacionalmente pelo padrão ISO/IEC 7185, nos Estados Unidos pelo ANSI/IEEE770X3.97-1983, entre outros

padrões regionais. Em 1990, um padrão ampliado do Pascal foi criado como ISO/IEC 10206.

O padrão ISO 7185 foi criado como uma classificação dos escritos de Wirth, detalhada em seu User Manual and Report [Jensen and Wirth], mas contém

adições como o as "Conformant Array Parameters", que são vetores com índice inicial 1, ao invés do índice inicial 0. Esse padrão foi seguido para

compiladores utilizados em computadores de grande porte (mainframes e mini-computadores), mas não na plataforma IBM PC. Nessa, a maioria dos usuários

utiliza os padrões do Turbo Pascal e Delphi da Borland, fazendo com que seja importante saber se uma determinada versão utiliza o padrão oficial do Pascal

ou é um dialeto das versões da Borland.

Sintaxe

A linguagem Pascal foi criada para incentivar a programação modular e estruturada, facilitando a criação de procedimentos com baixo acoplamento e alta

coesão. Um programa em Pascal é composto de constantes e variáveis globais, procedimentos e funções re-entrantes e um programa principal.

Procedimentos não retornam valores, funções sim. Tanto em procedimentos quanto em funções os parâmetros podem ser passados por nome ou por valor. É

possível passar vetores e matrizes com o tamanho, mas não a quantidade de dimensões, especificado no tempo de execução.

Procedimentos e funções podem conter, dentro de seu escopo, novos procedimentos e funções. Dentro de qualquer parte do programa também podem ser

criados blocos com os comandos BEGIN e END, que também possuem seu próprio escopo. Nas versões originais, as variáveis só podiam ser declaradas em

posições específicas e não ao decorrer do programa, o que limitava a regra de escopo.

O conjunto de procedimentos e funções pré-definidos é fixo e inclui as funções read, readln, write e writeln, para realizar E/S.

Você também pode gostar