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A avaliação do desempenho das redes de energia elétrica em condições de regime permanente senoidal é de
grande importância tanto na operação em tempo real do sistema quanto no planejamento de sua operação
e expansão. Entre as informações a serem determinadas para uma condição definida de carga e geração se
destacam as seguintes:
• o carregamento das linhas de transmissão e transformadores;
• o carregamento dos geradores;
• a magnitude da tensão nas barras;
• as perdas de transmissão;
• o carregamento dos equipamentos de compensação de reativos (síncronos e estáticos)..
A partir destas informações, é possível definir propostas de alterações a serem implementadas no sistema,
com objetivo de tornar a sua operação mais segura e econômica. Entre as alterações possíveis na operação
do sistema se destacam:
• ajuste no despacho dos geradores;
• ajustes nos dispositivos de controle de tensão (injeções de potência reativa, posição dos taps dos
transformadores e status dos bancos de capacitores e reatores);
• ajustes no intercâmbio com os sistemas vizinhos;
• mudanças na topologia (ligar ou desligar alguma linha de transmissão ou transformador).
Por outro lado, entre as alterações possíveis no planejamento da expansão do sistema se destacam:
• instalação de novas plantas de geração;
• instalação de novas linhas de transmissão e transformadores;
• instalação de dispositivos de controle do fluxo de potência (FACTS1);
• interconexão com outros sistemas.
O problema do fluxo de carga (load flow em inglês) ou fluxo de potência (power flow em inglês) consiste na
obtenção das condições de operação (magnitude e ângulo de fase dos fasores tensão nodal, a partir dos quais
podem ser determinados os fluxos de potência ativa e reativa) em regime permanente de uma rede de energia
elétrica com topologia e níveis de geração e consumo conhecidos.
Na formulação básica do problema do fluxo de carga em sistemas elétricos são associadas quatro variáveis
a cada barra da rede (que representa um nó do circuito elétrico equivalente):
Vk – magnitude do fasor tensão nodal da barra k;
θ k – ângulo de fase do fasor tensão nodal da barra k;
Pk – injeção líquida (geração menos carga) de potência ativa da barra k;
Qk – injeção líquida de potência reativa da barra k.
Por outro lado, aos ramos da rede (cujas barras extremas são k e m) associam-se as seguintes variáveis:
I km – fasor da corrente que sai da barra k em direção à barra m;
Pkm – fluxo de potência ativa que sai da barra k em direção à barra m;
Qkm – fluxo de potência reativa que sai da barra k em direção à barra m.
No fluxo de carga convencional, definem-se três tipos de barras, em função das variáveis que são
conhecidas (dados do problema) e incógnitas, conforme mostra a Tabela III.1.
1
Flexible AC Transmission System.
De forma geral, as barras de carga aparecem em maior número e representam as subestações de energia
elétrica nas quais estão conectadas as cargas do sistema elétrico; em segundo lugar, as barras de tensão
controlada representam as instalações que possuem geradores que podem realizar o controle da sua tensão
terminal (por intermédio do seu controle de excitação) e também as barras cuja tensão pode ser controlada
por intermédio do ajuste do tap de algum transformador. A barra de referência é única e imprescindível na
formulação do problema em função de dois fatores:
• necessidade matemática de estipular um ângulo de referência (geralmente igualado a zero);
• para fechar o balanço de potência da rede pois as perdas de transmissão não são conhecidas a priori,
ou seja, não é possível definir todas as injeções de potência do sistema antes de conhecer as perdas
que são função dos fluxos de potência na rede.
Exemplo III.1 – Considere o sistema elétrico composto por duas barras e uma linha de transmissão ilustrado
na Figura III.1. Para este sistema, são conhecidos o fasor tensão na Barra 1 (utilizada como referência
angular pois θ1 = 0 ), V 1 , e a demanda de potência da Barra 2 (que constitui uma barra de carga), S 2 .
Deseja-se determinar o fasor tensão na Barra 2, V 2 , e a injeção líquida de potência da Barra 1, S 1 .
V 1 = 1 0 pu V 2 = V2 θ 2
Z LT = (0,01 + j 0,1) pu
1 I 12 2
S1 S 2 = (0,8 + j 0,4) pu
Figura III.1 – Sistema elétrico de potência.
Solução Exemplo III.1: Embora o sistema elétrico da Figura III.1 seja extremamente simples, a
determinação do fasor tensão da Barra 2 não é imediata. De acordo com os tipos de barra definidos na Tabela
III.1, a Barra 1 é a referência, pois seu fasor tensão é conhecido, e a Barra 2 uma barra de carga, pois sua a
injeção de potência é conhecida.
Da análise do circuito elétrico, observa-se que a tensão na Barra 2 está vinculada com a corrente I 12 que
percorre a linha de transmissão pois:
V 2 = V 1 − Z LT I 12
e, por outro lado, a corrente que circula na linha de transmissão I 12 é função da tensão da Barra 2 pois a
grandeza conhecida nesta barra é a potência demandada, assim
*
S2
I 12 =
V 2
Substituindo a expressão da corrente I 12 na expressão da tensão na Barra 2 tem-se:
I 12
* * *
S2 ×V 2 * * S2 *
V 2 = V 1 − Z LT ⇒
V 2 V 2 = V 1V 2 − Z LT
V2
V 2 V 2
* *
V22 = V 1V 2 − Z LT S 2
(V2 cosθ 2 )2 = (V22 + 0,048)2 = V24 + 2 × 0,048V22 + 0,0482 = V24 + 0,096V22 + 0,002304
+ (V2 sen θ 2 )2 = (− 0,076)2 = 0,005776
( V2 cosθ 2 ) (V2 senθ 2 )
2 2
= (V2 cos θ 2 ) 2
+ (V2 sen θ 2 )
2
= V2 + 0,096V2 + 0,002304 + 0,005776
4 2
=1
[ ]
V22 (cos θ 2 ) + (sen θ 2 ) = V24 + 0,096V22 + 0,00808 V24 + (0,096 − 1)V22 + 0,00808 = 0
2 2
⇒
V24 − 0,904V22 + 0,00808 = 0
As soluções da equação biquadrada são dadas por:
0,904 ± 0,904 2 − 4 × 1 × 0,00808
V22 = ≈ 0,4520 ± 0,4430
2 ×1
V2 = ± 0,4520 ± 0,4430
Têm-se, assim, 4 soluções para o sistema de equações: V2 = {+ 0,9460; − 0,9460; + 0,0949; − 0,0949}
Os valores negativos não têm significado, pois V2 representa o módulo da tensão. Como o sistema elétrico
não pode operar com valores muito baixos para a tensão (0,0949 pu, por exemplo) a única solução válida é
dada por V2 = 0,9460 pu .
Após a determinação do fasor V 2 , a injeção de potência da Barra 1 pode ser obtida diretamente:
*
S 2 0,8 + j 0,4
*
I 12
= = = 0,8089 − j 0,4894 = 0,9455 − 31,18 pu
V 2 0,9460 − 4,61
*
(
S 1 = V 1 I 12 = 1 0 0,9455 − 31,18 )
*
2
Desta forma, aparece a soma dos quadrados de um cosseno e um seno de mesmo argumento que é igual a 1 e que
permite eliminar o ângulo de fase. Lembrar que cos 2 α + sen 2 α = 1 .
3
Observar que como o sistema possui perdas, o valor da injeção da Barra 1 é diferente do valor demandado na Barra 2.
Solução alternativa Exemplo III.1: A partir das equações da corrente I 12 e da tensão V 2 é possível
construir um procedimento iterativo rudimentar para determinar o valor da tensão na Barra 2. O
procedimento compreende os seguintes passos:
0
i. Fazer ν = 0 e estipular um valor inicial para V 2 , por exemplo: V 2 = V 1 = 1 0 pu .
*
ν ν S2
ii. Em função do valor atual de V 2 , calcular o valor da corrente I 12 : I 12 = ν
V 2
ν ν −1 ν
iii. Se I 12 ≈ I 12 , então o processo convergiu e a solução é dada por V 2 = V 2 . Caso contrário prosseguir.
ν
iv. Calcular o novo valor para V 2 , em função do valor calculado anteriormente:
ν +1 ν
V 2 = V 1 − Z LT I 12
v. Fazer ν = ν + 1 e retornar para o Passo (ii).
Aplicando este procedimento para o problema são obtidos os resultados mostrados na Tabela III.2.
0 1 0 0,8944 − 26,57
Os resultados mostrados na Tabela III.2, foram obtidos executando-se a seguinte rotina em MATLAB4.
% disponivel em: http://slhaffner.phpnet.us/sistemas_de_energia_1/exemplo_VI_1.m
clear all
saida=fopen('saida.txt','w');
v1=1+0i;
z=0.01+0.1i;
v2=1+0i;
for k=1:10,
i12=conj((0.8+0.4i)/v2);
y=[k abs(v2) angle(v2)*180/pi abs(i12) angle(i12)*180/pi];
fprintf(saida,'%2.0f %6.4f %6.2f %6.4f %6.2f\n',y);
v2=v1-z*i12;
end
fclose(saida);
Para sistemas elétricos de maior dimensão, a solução analítica se torna impraticável, restando apenas os
métodos numéricos.
Exercício III.1 – Refazer o Exemplo III.1 considerando que a carga na Barra 2 é do tipo:
a) Impedância constante, sendo Z 2 = (1 + j 0,5 ) pu ;
b) Corrente constante, sendo I 2 = ( 0,8 − j 0, 4 ) pu .
4
MATLAB é marca registrada pertencente à The MathWorks, Inc.
Como conseqüência da imposição da Primeira Lei de Kirchhoff para uma barra qualquer do sistema elétrico
da Figura III.2 tem-se que a potência líquida (geração menos carga) injetada nesta barra é igual à soma dos
fluxos de potência que deixam esta barra, ou seja, têm-se duas equações:
Pk = ∑ P (V ,V
m∈Ω k
km k θ θ
m, k , m ) (III.1)
sendo:
k = 1,2, ⋯ , NB – índice de todas as barras do sistema, sendo NB o número de barras do sistema;
Ωk – conjunto de barras vizinhas da barra k;
Vk , Vm – magnitude dos fasores das tensões terminais do ramo k-m;
θ k ,θ m – ângulo de fase dos fasores das tensões terminais do ramo k-m;
Pkm , Qkm – fluxo de potência ativa e reativa no ramo k-m;
Qksh – componente da injeção de potência reativa devido ao elemento em derivação (shunt)
(
da barra k Qksh = bkshVk2 . )
1 2
Pk 2 + jQ k 2
Pk 1 + jQ k 1
Pkm + jQ km
k m
jQ ksh
Pk + jQ k
Nas expressões (III.1) e (III.2), os fluxos de potência ativa e reativa nos ramos (linhas de transmissão,
transformadores em fase, defasadores puros e defasadores), obedecem às seguintes expressões gerais5:
Pkm = (a kmVk ) g km − (a kmVk )Vm [g km cos(θ km + ϕ km ) + bkm sen (θ km + ϕ km )]
2
(III.3)
Tabela III.3 – Parâmetros para os diferentes equipamentos nas expressões gerais dos fluxos.
Equipamento a km ϕ km sh
bkm
Linha de transmissão 1 0
Transformador em fase 0 0
Transformador defasador puro 1 0
Transformador defasador 0
Assim, o problema do fluxo de carga consiste em resolver o sistema de equações (III.1) e (III.2) tendo como
dados e incógnitas as variáveis descritas na Tabela III.1.
5
Para mais detalhes, vide Capítulo II, Seção II.7.
Para a barra k do sistema elétrico da Figura III.2, a injeção líquida de corrente pode ser obtida aplicando-se a
Primeira Lei de Kirchhoff,
∑I
sh
Ik + Ik = km para k = 1,2,⋯ , NB (III.5)
m∈Ω k
onde
sh
( )
I k = jbksh 0 − V k = − jbksh V k (III.6)
e
sh *
( *
)
Qksh = Im V k I k = Im V k − jbksh V k = Im V k jbksh V k = Im jbkshVk2 = bkshVk2
*
[ ]
são a injeção de corrente e de potência reativa correspondentes ao elemento em derivação da barra k.
Linha de transmissão: (
I km = Y km + jbkm
sh
) ( )
V k + − Y km V m
I mk = (− Y )V + (Y + jb )V
km k km
sh
km m
Transformador em fase: I km = (a Y )V + (− a Y )V
2
km k km m
= (− a Y )V + (Y )V
km km
I mk km km k km m
Defasador puro: I km = (Y )V + (− e
km Y )V k
− jϕ km
km m
I mk = (− e Y )V + (Y )V
jϕ km
km k km m
I mk = (− a km e
jϕ km
Y km )V + (Y
k km + jbkm
sh
Vm ) (III.8)
Exemplo III.2 – Para o circuito de 4 barras e 5 ramos (3 linhas e 2 transformadores) da Figura III.3,
determinar as expressões das injeções de corrente obtidas com a aplicação da Primeira Lei de Kirchhoff.
1 2 3 4
V1 Y 12 V2 I2 Y 23 V3 1: a34 V4
sh
jb12 jb12sh sh
jb23 sh
jb23 Y 34
I3
Y 13
I1 I4
jb3sh
jb13sh jb13sh
1 : e jϕ14
Y 14
Figura III.3 – Sistema exemplo de 4 barras.
Solução Exemplo III.2: Considerando as expressões (III.7) e (III.8), as injeções de corrente nas barras do
sistema da Figura III.3 são dadas por:
I 12 I 13 I 14
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
I 1 = Y 12 + jb12 V 1 + − Y 12 V 2 + Y 13 + jb13 V 1 + − Y 13 V 3 + Y 14 V 1 + − e − jϕ14 Y 14 V 4
sh sh
I 21 I 23
( ) ( ) ( ) ( )
I 2 = − Y 12 V 1 + Y 12 + jb12 V 2 + Y 23 + jb23 V 2 + − Y 23 V 3
sh sh
sh
I3 I 31 I 32 I 34
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
I 3 + − jb3 V 3 = − Y 13 V 1 + Y 13 + jb13 V 3 + − Y 23 V 2 + Y 23 + jb23 V 3 + a34 Y 34 V 3 + − a34 Y 34 V 4
sh sh sh 2
I 41 I 43
( ) ( ) ( ) ( )
jϕ14
I 4 = − e Y 14 V 1 + Y 14 V 4 + − a34 Y 34 V 3 + Y 34 V 4
I2 = (− Y )V + (Y + Y + jb + jb )V + (− Y )V
12 1 12 23
sh
12
sh
23 2 23 3
I3 = (− Y )V + (− Y )V + (Y + Y + a Y + jb + jb + jb )V + (− a
13 1 23 2 13 23
2
34 34
sh
13
sh
23
sh
3 3 34 Y 34 )V 4
I4 = (− e Y )V + (− a Y )V + (Y + Y )V
jϕ14
14 1 34 34 3 14 34 4
Exemplo III.3 (alternativo, sem transformador defasador) – Para o circuito de 4 barras e 5 ramos (3
linhas e 2 transformadores) da Figura III.4, determinar as expressões das injeções de corrente obtidas com a
aplicação da Primeira Lei de Kirchhoff.
1 2 3 4
V1 Y 12 V2 I2 Y 23 V3 1 : a 34 V4
sh
jb12 jb12sh sh
jb 23 sh
jb23 Y 34
I3
Y 13
I1 I4
jb3sh
jb13sh jb13sh
a41 : 1
Y 41
Figura III.4 – Sistema exemplo de 4 barras (alternativo).
Solução Exemplo III.3: Considerando as expressões (III.7) e (III.8), as injeções de corrente nas barras do
sistema da Figura III.3 são dadas por:
I 12 I 13 I 14
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
I 1 = Y 12 + jb12 V 1 + − Y 12 V 2 + Y 13 + jb13 V 1 + − Y 13 V 3 + − a41 Y 41 V 4 + Y 41 V 1
sh sh
I 21 I 23
( ) ( ) ( ) ( )
I 2 = − Y 12 V 1 + Y 12 + jb12 V 2 + Y 23 + jb23 V 2 + − Y 23 V 3
sh sh
sh
I3 I 31 I 32 I 34
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
I 3 + − jb3 V 3 = − Y 13 V 1 + Y 13 + jb13 V 3 + − Y 23 V 2 + Y 23 + jb23 V 3 + a34 Y 34 V 3 + − a34 Y 34 V 4
sh sh sh 2
I 41 I 43
( ) ( ) ( ) ( )
I 4 = a41 Y 41 V 4 + − a 41 Y 41 V 1 + − a34 Y 34 V 3 + Y 34 V 4
2
I2 = (− Y )V + (Y + Y + jb + jb )V + (− Y )V
12 1 12 23
sh
12
sh
23 2 23 3
I3 = (− Y )V + (− Y )V + (Y + Y + a Y + jb + jb + jb )V + (− a
13 1 23 2 13 23
2
34 34
sh
13
sh
23
sh
3 3 34 Y 34 )V 4
I4 = (− a Y )V + (− a Y )V + (a Y + Y )V
41 41 1 34 34 3
2
41 41 34 4
I k − jbksh V k = ∑ [(a
m∈Ω k
2
km Y km + jbkm
sh
) (
V k + − a km e − jϕ km Y km V m ) ]
Isolando-se I k , chega-se a:
I k = jbksh +
m∈Ω k
2
akm ∑(
Y km + jbkm
sh
)V
k + ∑ (− a
m∈Ω k
km e
− jϕ km
Y km V m ) (III.9)
I = YV (III.10)
sendo:
I – vetor das injeções de corrente, cujas componentes são os fasores Ik ,
k = 1,2,⋯ , NB ;
V – vetor das tensões nodais, cujas componentes são os fasores V k = Vk θ k ,
k = 1,2,⋯ , NB ;
Y = G + jB – matriz admitância nodal, cujos elementos são:
Ykm = −akm e − jϕ km Y km
Ymk = −akm e − jϕ mk Y km = −akm e jϕ km Y km
Ykk = jbksh + ∑ ( jb
m∈Ω k
sh
km + akm
2
Y km )
As principais características da matriz admitância, que relaciona as injeções líquidas de corrente com as
tensões nodais são as seguintes:
• é uma matriz quadrada de ordem NB;
• é uma matriz esparsa para redes de grande porte ( Ykm = 0 sempre que não existir ligação entre os nós
k e m);
• é uma matriz simétrica se a rede for constituída apenas por linhas de transmissão e transformadores
em fase, pois para uma linha de transmissão Ykm = Ymk = −Y km e para um transformador em fase
Ykm = Ymk = − akm Y km . A presença de defasadores torna a matriz assimétrica pois Ykm = −e − jϕ km Y km e
Ymk = −e jϕ km Y km (vide Exemplo III.2).
Ik = ∑ (G
m∈K
km + jBkm )Vm θ m
Sk = Vk ∑V (G
m∈K
m km − jBkm )(cosθ km + j sen θ km ) (III.11)
Qk = Vk ∑V (G
m∈K
m km sen km θ − Bkm cosθ km ) (III.13)
Exercício III.3 – Para o sistema de 4 barras da Figura III.2, escrever as expressões das injeções de potência
de cada barra, considerando que a Barra 1 é a referência (Vθ), a Barra 3 é de tensão controlada (PV) e as
demais são barras de carga (PQ). Considerar a matriz admitância conhecida e dada por:
Exemplo III.4 (Provão 1998) – Questão relativa às matérias de Formação profissional Específica (Ênfase
Eletrotécnica).
Exercício III.4 – Sabendo que os dados do circuito de 4 barras e 4 ramos (3 linhas e 1 transformador
defasador com relação não nominal) da Figura III.4 estão em grandezas normalizadas (pu), determinar o
solicitado:
1 2 3 4
I4
j 0,01 j 0,01 10%
− j 0,5
I1
0,05 + j 0,12
I3
j 0,02 j 0, 02
a) as expressões das injeções de corrente obtidas com a aplicação da Primeira Lei de Kirchhoff;
b) a matriz admitância a partir das equações anteriores;
c) a matriz admitância a partir das expressões da Seção III.3;
d) sabendo que os fasores tensão das barras são dados por V 1 = 1 0 , V 2 = 0,95 − 5 , V 3 = 0,97 − 5
e V 4 = 1,0 5 , determinar as injeções de corrente nas barras;
e) para as mesmas tensões do item anterior, determinar as injeções de potência nas barras e as perdas
totais na rede de transmissão.
Exercício III.5 (alternativo, sem transformador defasador) – Sabendo que os dados do circuito de 4
barras e 4 ramos (3 linhas e 1 transformador com relação não nominal) da Figura III.4 estão em grandezas
normalizadas (pu), determinar o solicitado:
1 2 3 4
I4
j 0,01 j 0,01 10%
− j 0,5
I1
0,05 + j 0,12
I3
j 0,02 j 0, 02
a) as expressões das injeções de corrente obtidas com a aplicação da Primeira Lei de Kirchhoff;
b) a matriz admitância a partir das equações anteriores;
c) a matriz admitância a partir das expressões da Seção III.3;
d) sabendo que os fasores tensão das barras são dados por V 1 = 1 0 , V 2 = 0,95 − 5 , V 3 = 0,97 − 5
e V 4 = 1,0 5 , determinar as injeções de corrente nas barras;
e) para as mesmas tensões do item anterior, determinar as injeções de potência nas barras e as perdas
totais na rede de transmissão.