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BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUMÁRIO
Estatuto Orgânico do Serviço Nacional
Conselho de Ministros
Penitenciário
Decreto n.º 63/2013:
CAPÍTULO I
Aprova o Estatuto Orgânico do Serviço Nacional Penitenciário,
abreviadamente designado SERNAP. Disposições Gerais
4. O Serviço de Cooperação é dirigido por um Director u) Garantir o funcionamento regular da Comissão Técnica
Nacional nomeado pelo Ministro que superintende a área de Tratamento do Preventivo e Condenado;
penitenciária, sob proposta do Director-Geral do SERNAP. v) Assegurar a realização das actividades desportivas,
culturais e recreativas;
ARTIGO 17 w) Assegurar a implementação dos acordos de parcerias
(Serviço de Reabilitação e Reinserção Social) com entidades públicas e privadas na área desportiva,
cultural e recreativa;
1. O Serviço de Reabilitação e Reinserção Social é um órgão do x) Garantir a coordenação e harmonização dos planos
SERNAP, a quem incumbe garantir a Reabilitação e Reinserção e programas das necessidades de formação para área
Social dos condenados em regime de privação e não privação desportiva, cultural e recreativa;
de liberdade. y) Garantir a implementação de programas de educação
2. São funções, em especial do Serviço de Reabilitação cívica e patriótica nos Estabelecimentos Penitenciários;
e Reinserção Social: z) Garantir o cumprimento das normas para a visita
a) Garantir o processo de reabilitação e reinserção social de artistas e desportistas nos Estabelecimentos
dos condenados em regime de privação e não privação Penitenciários;
da liberdade; aa) Garantir a realização de eventos desportivos, com
b) Garantir a implementação do Plano Reabilitativo a participação dos condenados dos Estabelecimentos
dos condenados em regime de privação da liberdade; Penitenciários e com a sociedade civil.
c) Assegurar a implementação do Roteiro do Recluso bb) Assegurar o arquivo sobre os pareceres técnico-
nos Estabelecimentos Penitenciários; -científicos elaborados pela Comissão Técnica
d) Garantir o cumprimento do período de quarentena de Tratamento do Preventivo e do Condenado;
para o preventivo e condenado que ingressam cc) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho
no Estabelecimento Penitenciário; do pessoal afecto ao Serviço, bem como a aplicação
e) Garantir a realização do diagnóstico e o preenchimento dos regulamentos e orientações relativas à gestão
5!(S%+F!(5#(T5#*"%)+!1;,(5,(+,*5#*!5,8 e administração de pessoal;
f) Garantir a implementação do Plano de Tratamento dd) Garantir a harmonização dos planos e programas
Individualizado e diferenciado do condenado; 5!&(*#+#&&%5!5#&(5#(.,$ !1;,(-!$!(6$#!(#&-#+4)+!8
g) Garantir a elaboração do relatório mensal sobre ee) Garantir a elaboração e implementação do Manual
a evolução do Plano Individual de Tratamento de Procedimentos do Tratamento do preventivo
do condenado; e do condenado.
h) Garantir o registo da evolução do condenado nas 3. O Serviço de Reabilitação e Reinserção Social estrutura-se
actividades reabilitativas, transferências e outros em Departamentos e Repartições.
processos no Plano de Atendimento Individual 4. O Serviço de Reabilitação e Reinserção Social é dirigido por
do condenado no Portfólio; um Director Nacional, nomeado pelo Ministro que superintende
i) Garantir a aplicação de medidas avaliativas e outros a área penitenciária, sob proposta do Director-Geral do SERNAP.
instrumentos a fim de aferir a eficácia do Plano
de Atendimento Individual do Condenado; ARTIGO 18
j) Assegurar a selecção e constituição de brigadas
!"#$%&'()"(*+,-%./,&0'1
de trabalho de condenados em coordenação e articu-
lação com o Serviço das Operações Penitenciárias 1. O Serviço de Planificação é um órgão do SERNAP
e Departamento de Inteligência; responsável pela coordenação e elaboração de propostas
k) Garantir a implementação de contratos de trabalho de actividades e monitoria, no âmbito das políticas e estratégias
de mão-de-obra de condenados; do sector.
l) Garantir e desenvolver programas e actividades no campo 9:(/;,(.7*1D#&'(# (#&-#+%!3(5,(/#$0%1,(5#(@3!*%)+!1;,A
da educação vocacional;
m) Assegurar o desenvolvimento de parcerias com entidades a) Garantir a elaboração da proposta do orçamento
públicas e privadas na área da educação vocacional; de despesas do funcionamento e investimento
n) Garantir o desenvolvimento de métodos e técnicas do SERNAP;
de tratamento penitenciário individualizado de acordo b) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho
com a natureza criminógena, necessidades educativas do pessoal afecto ao Serviço, bem como a aplicação
especiais, de foro psicológico, entre outras; dos regulamentos e orientações relativas à gestão
o) Garantir a realização das actividades espirituais nos Esta- e administração de pessoal;
belecimentos Penitenciários; c) Garantir em colaboração com o Serviço de Administração
p) Garantir o desenvolvimento de parcerias público privadas
e Finanças a elaboração do Plano Económico e Social
com vista a reinserção social do condenado;
e programas de actividades do SERNAP;
q) Promover debates com os parceiros de forma a prevenir
a reincidência criminal; d) Garantir a coordenação, dinamização e orientação
r) Assegurar e monitorar a efectivação de visitas íntimas de metodologias de elaboração de programas de curto
nos Estabelecimentos Penitenciários; e médio prazo do SERNAP com base nos instrumentos
s) Garantir a articulação com as famílias, Sociedade Civil, orientadores do SERNAP;
parceiros económicos e outros intervenientes com vista e) Garantir a coordenação e monitoria do processo de elabo-
à reintegração social do Condenado; ração dos balanços periódicos dos órgãos centrais
tB(?&&#N7$!$(!(.7*5! #*"!1;,("G+*%+,L+%#*"4)+!(5!(#0,371;,( e locais do SERNAP, sobre a execução dos programas
do tratamento individual do condenado com o propósito e planos de actividades de curto, médio e longo prazo;
de formular a proposta de liberdade condicional fB(M!$!*"%$(!(-!$"%+%-!1;,(*!(#3!H,$!1;,(5,(+#*6$%,()&+!3(
e constituição de brigadas de trabalho; do Sector de Administração da Justiça;
994 I SÉRIE — NÚMERO 98
e moderação fazendo observar as leis e os regulamentos; adequadas no provimento dos serviços médicos, de
r) Garantir a concepção e elaboração do Código de Ética enfermagem e farmacêuticos e de assistência médica
dos Funcionários do SERNAP; e medicamentosa nos Estabelecimentos Penitenciários;
s) Assegurar que a conduta dos funcionários do SERNAP i) Garantir a observância e o cumprimento estrito da ética
se conforme com o respeito ao Código de Ética e deontologia de saúde no trato de preventivos e conde-
5!(-$,)&&;,(#(!,&(-$%*+4-%,&( ,$!%&8 nados e de outros utentes do Serviço de Cuidados
t) Garantir e preservar nos funcionários do SERNAP a honra Sanitários do SERNAP;
#(!(5%N*%5!5#(5!(-$,)&&;,8 j) Garantir, conceber e desenvolver programas de triagem
u) Garantir aos funcionários do SERNAP a informação sanitária no processo de ingresso de preventivos
sobre as consequências e os riscos da sua pretensão, e condenados nos Estabelecimentos Penitenciários;
de forma clara e inequívoca; kB( M!$!*"%$'( +,*+#H#$( #( 5#&#*0,30#$( )+F!&( G5%+!&( I7#(
v) Garantir que os funcionários do SERNAP não se contenham o estado de saúde à entrada de preventivos
#*0,30! (# (!+",&(#(!+"%0%5!5#&(5#(+,*R%",&(5#(%*"#L e condenados nos Estabelecimentos Penitenciários;
resse; l) Garantir que no momento da transferência dos preventivos
e condenados se façam acompanhar da respectiva
wB( M!$!*"%$( !( ,H&#$0W*+%!( 5,( &%N%3,( -$,)&&%,*!3( -#3,&(
informação clínica;
funcionários do SERNAP aos diversos níveis sobre
m) Garantir a assistência médica – odontológica a nível
as informações de que tenham conhecimento devido primário para os preventivos e condenados com ênfase
!,(#O#$+4+%,(-$,)&&%,*!38 nas actividades de prevenção e promoção da saúde nos
x) Garantir que o tratamento entre funcionários do SERNAP Estabelecimentos Penitenciários;
e entre estes, com terceiros seja respeitável, zelando nB(M!$!*"%$(!(%5#*"%)+!1;,(5!(-$#0!3<*+%!(5!(5,#*1!( #*"!3'(
pela boa convivência; %*0!3%5#E'(5#)+%<*+%!'(#("XO%+,L5#-#*5<*+%!(5!*5,(3F#&(
yB(M!$!*"%$(I7#(,&(.7*+%,*6$%,&(!P! (5#(.,$ !(!(5%N*%)+!$( acompanhamento, encaminhamento e viabilizando
!( .7*1;,( I7#( #O#$+# '( "!*",( *,( W H%",( -$,)&&%,*!3( o tratamento nas Unidades Sanitárias ou Hospitais
quanto privado; Psiquiátricos locais;
z) Garantir o trato com urbanidade ao superior hierárquico, o) Garantir a promoção das acções educativas, para
colega e os privados de liberdade e entidades terceiras. os preventivos, condenados e funcionários, com vista
3. O Serviço de Assuntos Jurídicos estrutura-se em a conhecer as medidas e atitudes de prevenção dos
Departamentos. problemas de saúde e mudança de estilo de vida;
4. O Serviço de Assuntos Jurídicos é dirigido por um Director p) Garantir a observância e o acompanhamento dos horários
Nacional nomeado, pelo Ministro que superintende a área de banho de sol e actividades desportivas, culturais
penitenciária, sob proposta do Director-Geral do SERNAP. e de arte, nos Estabelecimentos Penitenciários;
q) Assegurar a observância e o acompanhamento
ARTIGO 21 da qualidade da dieta alimentar disponibilizada
(Serviço de Cuidados Sanitários) aos preventivos e condenados de acordo com
as quilocalorias estabelecidas e seu estado de saúde,
1. O Serviço de Cuidados Sanitários é um órgão do SERNAP
responsável pela prevenção, tratamento e reabi-litação dos nos Estabelecimentos Penitenciários;
preventivos e condenados nos Estabelecimentos Penitenciários. r) Garantir a observância e o cumprimento das instruções
2. São funções, em especial do Serviço de Cuidados Sanitários: das autoridades da saúde da respectiva área de juris-
5%1;,'( 5!&( *#+#&&%5!5#&( 5#( -$,)3!O%!( #( "$!"! #*",(
a) Garantir a direcção e supervisão das Unidades Sanitárias
dos preventivos e condenados nos Estabelecimentos
dos Estabelecimentos Penitenciários;
b) Garantir a saúde física, psíquica e social dos preventivos Penitenciários;
e condenados nos Estabelecimentos Penitenciários, em s) Garantir a emissão de informações e pareceres de natureza
coordenação e articulação com as instituições de saúde sanitária que lhe forem solicitados;
de natureza pública e privada; t) Garantir a elaboração de cronograma de actividades
c) Assegurar a realização do diagnóstico da situação com vista a implementação do Plano de Acção para
de saúde e do estado higiénico sanitário em todos a Promoção de Higiene e Saneamento do Meio nos
os Estabelecimentos Penitenciários; Estabelecimentos Penitenciários;
d) Garantir a observância das acções preventivas, u) Garantir, conceber e desenvolver estratégia de um
saneamento básico e situação da saúde no meio sistema de vigilância epidemiológica que permita uma
penitenciário e desenvolver estratégia de intervenção actuação atempada e oportuna em casos de ameaça da
sanitária das incidências higiénicas e epidemiológicas; eclosão de qualquer problema de saúde.
e) Garantir, conceber e desenvolver estratégias de abordagem 3. O Serviço de Cuidados Sanitários estrutura-se em Depar-
da problemática de higiene epidemiológica e assistência tamentos.
médica nos Estabelecimentos Penitenciários; 4. O Serviço de Cuidados Sanitários é dirigido por um
f) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho Director Nacional nomeado, pelo Ministro que superintende
do pessoal afecto ao Serviço, bem como a aplicação a área penitenciária, sob proposta do Director Geral do SERNAP.
dos regulamentos e orientações relativas à gestão
e administração de pessoal; ARTIGO 22
g) Garantir, conceber e desenvolver programas de formação
(Departamento de Inteligência Penitenciária)
técnico-profissional do pessoal médico, técnico-
-médio e básico, em coordenação e articulação com as 1. O Departamento de Inteligência Penitenciária é um órgão
instituições competentes púbicas e privadas da saúde; do SERNAP, na dependência directa do Director-Geral
h) Garantir, conceber e desenvolver programas e planos do SERNAP, que assegura as actividades de inteligência
que assegurem a política e linhas de actuação e contra-inteligência nos Estabelecimentos Penitenciários através
996 I SÉRIE — NÚMERO 98
da recolha, análise e tratamento de informações penitenciárias. -Geral do SERNAP, que garante a implementação da política
2. São funções, em especial, do Departamento de Inteligência de desenvolvimento dos Recursos Humanos do SERNAP.
Penitenciária: 2. São funções, em especial, do Departamento de Recursos
aB(M!$!*"%$(!(5%$#+1;,'(-3!*%)+!1;,'(,$N!*%E!1;,(#(+,*"$,3,( Humanos e Formação:
do trabalho de inteligência e contra-inteligência nos a) Garantir a gestão dos recursos humanos do SERNAP;
Estabelecimentos Penitenciários; b) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho
b) Garantir a articulação e coordenação com os Estabe- do pessoal afecto ao Departamento;
lecimentos Penitenciários das acções operativas c) Assegurar a execução dos planos, programas e projectos
no âmbito da Inteligência e de Contra-Inteligência de gestão de pessoal em função do diagnóstico
Penitenciária, efectuado em conformidade com as atribuições do
c) Assegurar a recolha, análise e tratamento de informações SERNAP e dos indicadores e gestão dos recursos
penitenciárias; humanos;
d) Assegurar a realização de avaliações sistemáticas d) Garantir a execução dos planos e programas de formação,
e periódicas do desempenho do pessoal afecto capacitação e promoção de pessoal;
ao Departamento de Inteligência Penitenciária; e) Assegurar a coordenação e acompanhamento das
e) Assegurar a elaboração de propostas e monitorar propostas de afectação, enquadramento e de reafectação
o processo de recrutamento, formação e capacitação de recursos humanos aos diferentes níveis de Serviço;
5#(-#&&,!3(# ( !"G$%!(#&-#+4)+!8 f) Garantir a interpretação e aplicação do Estatuto Geral
f) Garantir a investigação, prevenção e neutralização dos Funcionários e Agentes do Estado, bem como
de actividades delitivas ou factos que atentem contra dos regulamentos normativos aplicáveis ao pessoal
a ordem e segurança e estabilidade dos Estabelecimentos do SERNAP;
Penitenciários; g) Assegurar a manutenção e o funcionamento do sistema
g) Garantir a recolha oportuna e permanente de informações estatístico relativo a gestão e administração do pessoal
relevantes dentro e fora dos Estabelecimentos # (!$"%+73!1;,(+, (,(/#$0%1,(5#(@3!*%)+!1;,8
Penitenciários que concorram para prevenção h) Assegurar a elaboração de estudos e relatórios sobre os
e combate a actividades delitivas e outras conexões recursos humanose e do balanço económico e social;
contra a ordem, segurança e tranquilidade Públicas; i) Assegurar a sistematização de dados em função de
h) Assegurar a realização de estudos e análise das principais indicadores de gestão de recursos humanos, e propor
tendências da população penitenciária, causas a adopção de políticas e estratégias que visem o
e condições que põem em perigo a estabilidade melhoramento dos níveis do funcionamento do
e o funcionamento normal dos Estabelecimentos Serviço;
Penitenciários; j) Garantir a aplicação de técnicas de recrutamento
i) Garantir a recolha permanente de informações sobre e selecção de recursos humanos;
funcionários vinculados com reclusos que após o k) Assegurar a aplicação de metodologias e regras
cumprimento da pena ou em liberdade condicional de organização dos processos individuais dos funcio-
continuam a praticar actos criminais; nários;
j) Garantir o levantamento sistemático da situação operativa l) Assegurar o funcionamento e manter actualizado o e-SIP
nos Estabelecimentos Penitenciários; do SERNAP de acordo com as orientações e normas
k) Garantir, organizar e desenvolver processos investigativos 5#)*%5!&(-#3,&(X$N;,&(+, -#"#*"#&8
contra todas acções delitivas e condutas impróprias que m) Garantir a elaboração e gestão do Quadro de Pessoal
violem as normas de funcionamento do SERNAP; do SERNAP;
l) Assegurar a emissão de pareceres, para soluções n) Garantir a implementação e controlo da Política
de actos que atentem contra a ordem e segurança nos de formação e desenvolvimento de recursos humanos
Estabelecimentos Penitenciários; do SERNAP;
m) Garantir o controlo e a observação permanente o) Assegurar o cumprimento dos actos administrativos
de preventivos e condenados que pelos seus antecedentes de gestão dos recursos humanos do SERNAP;
criminais e características pessoais sejam potenciais p) Garantir a realização de avaliações sistemáticas
líderes na promoção de factos que concorram para e periódicas de desempenho dos recursos humanos,
alterações a ordem, segurança e disciplina nos bem como a aplicação dos regulamentos e instruções
Estabelecimentos Penitenciários; relativas à gestão e administração de pessoal ao nível
n) Emitir informações e pareceres pertinentes ao Director- dos Estabelecimentos Penitenciários;
-Geral do SERNAP.
q) Assegurar o acompanhamento e a aplicação dos instru-
3. O Departamento de Inteligência Penitenciária estrutura-se
em Repartições. mentos de apreciação do mérito no desempenho
V:(J(C#-!$"! #*",(5#(T*"#3%N<*+%!(@#*%"#*+%6$%!(G(+F#)!5,(-,$( de funções e avaliar e promover as correspondentes
um Chefe de Departamento Autónomo nomeado pelo Ministro adequações;
que superintende a área penitenciária, sob proposta do Director- rB(M!$!*"%$(!()&+!3%E!1;,(#(+,*"$,3,(5!&(!+"%0%5!5#&(5!(=&+,3!(
Geral do SERNAP. Prática e de Sargentos da Guarda Penitenciária;
s) Garantir o cumprimento dos programas e curriculas
ARTIGO 23 da Escola Pratica e de Sargentos da Guarda Penitenciária;
(Departamento de Recursos Humanos e Formação) t) Garantir a coordenação das actividades no âmbito
da implementação das estratégias de prevenção
1. O Departamento de Recursos Humanos e Formação
é um órgão do SERNAP, na dependência directa do Director- e combate do HIV e SIDA, do género e pessoa
-,$"!5,$!(5#(5#)+%<*+%!8
6 DE DEZEMBRO DE 2013 997
u) Controlar a assiduidade dos Directores Nacionais relevante para o desenvolvimento do sector industrial,
e Chefes de Departamento Autónomos. comercial e agro-pecuário;
3. O Departamento de Recursos Humanos e Formação u) Garantir a elaboração dos planos, programas e projectos
estrutura-se em Repartições. relativos a actividade laboral dos condenados, nas áreas
4. O Departamento de Recursos Humanos e Formação da produção agro-pecuária e piscícola;
G(+F#)!5,(-,$(7 (KF#.#(5#(C#-!$"! #*",(?7"X*, ,(*, #!5,( v) Assegurar o controlo e combate de pragas, doenças,
pelo Ministro que superintende a área penitenciária, sob proposta epidemias e banhos carracicidas;
do Director-Geral do SERNAP. w) Assegurar a construção e a manutenção de sistema
de armazenamento de água e irrigação dos campos
ARTIGO 24 de cultivo;
x) Garantir a emissão de pareceres sobre questões relativas
(Departamento de Actividades Económicas) as actividades Agro Pecuária e Piscicultura que lhe
1. O Departamento de Actividades Económicas é um órgão sejam solicitados;
do SERNAP, que garante a implementação de política do desen- y) Assegurar a participação do SERNAP em empreendimentos
volvimento da actividade industrial, agro-pecuária, piscícola públicos ou privados que representem mais-valia para
e de comercialização dos bens produzidos pelo SERNAP. as actividades do SERNAP no âmbito agro-pecuário
2. São funções, em especial, do Departamento de Actividades e piscicultura;
Económicas: zB(M!$!*"%$(!(#3!H,$!1;,(5#(#&"75,&(-!$!(5#)*%1;,(5#(6$#!&(
adequadas para produção agrícola e animal de acordo
a) Garantir a Direcção do Departamento de Actividades com as condições agro ecológicas;
Económicas; aa) Assegurar o cumprimento das épocas agrícolas de acordo
b) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho com as culturas recomendadas;
do pessoal afecto ao Departamento; bb) Assegurar o cumprimento do plano de maneio animal
c) Garantir e estabelecer o mecanismo de consulta com e o fornecimento de sementes e insumos agrícolas;
as associações empresariais agrárias e industriais; cc) Garantir a implementação do programa de construção
d) Garantir o enquadramento dos brigadistas em actividades de tanques para o desenvolvimento da aquacultura;
produtivas nas diferentes áreas; dd) Garantir a elaboração do plano de povoamento e maneio
e) Assegurar a emissão de pareceres sobre questões relativas da piscicultura;
às actividades económicas que lhe sejam solicitados; ee) Garantir a elaboração das estratégias e formulação
f) Assegurar a celebração de parcerias públicas ou privadas dos planos e orçamentos correspondentes, ao controlo
entre o SERNAP e entidades especializadas no exer- e coordenação da sua execução;
cício de determinadas actividades económicas; ff) Garantir a animação, controlo de vendedores, distribuição
g) Assegurar a utilização, conservação e manutenção física dos produtos, serviço de pós-venda, actividades
dos equipamentos as áreas; técnicas-comerciais, estabelecimento de projectos
h) Assegurar a produção, processamento, armazenamento, e orçamentos, facturação e cobranças;
gg) Garantir o estabelecimento das directrizes das cotas
transporte e comercialização dos bens produzidos nos
e metas de produção;
Estabelecimentos Penitenciários;
hh) Garantir a elaboração do cronograma de produção com
i) Assegurar a prestação de contas trimestrais através de vista a minimizar o desperdício e aumentar os lucros;
relatórios e da adequada documentação dos resultados ii) Garantir a qualidade dos bens produzidos;
obtidos no âmbito das actividades económicas; jj) Garantir o conhecimento dos produtos e serviços
j) Garantir a concepção e elaboração de projectos e analisar do SERNAP através de publicidade, promoções,
a viabilidade económica da cadeia de valores; relações públicas e patrocínios, entre outras;
k) Garantir o desenho de pacotes ou módulos para kk) Assegurar a interacção personalizada dos clientes com
a formação e treinamento das brigadas de trabalho pessoal de produção e de vendas;
e respectivos planos de negócios; ll) Garantir a especialização da produção para responder
l) Garantir e propor o estabelecimento de novos projectos as políticas do Governo nos estabelecimentos
e parceria com as instituições de ensino técnico penitenciários;
-$,)&&%,*!38 mm) Garantir a distribuição e venda dos produtos produzidos
m) Garantir a construção e apetrechamento de unidades nos estabelecimentos penitenciários;
fabris de processamento; nn) Garantir, conceber e desenvolver a elaboração
n) Assegurar a aquisição da matéria-prima para o abaste- de estudos de mercado com vista a sua execução
cimento das indústrias; e exploração.
o) Garantir a elaboração de planos, programas e projectos 3. O Departamento de Actividades Económicas estrutura-se
nas áreas da produção industrial e comercial; em Repartições.
p) Garantir a aquisição, conservação e manutenção dos V:(J(C#-!$"! #*",(5#(?+"%0%5!5#&(=+,*X %+!&(G(+F#)!5,(-,$(
equipamentos para o desenvolvimento das actividades um Chefe de Departamento Autónomo nomeado pelo Ministro
industriais; que superintende a área penitenciária, sob proposta do Director-
q) Garantir a construção, apetrechamento e manutenção -Geral do SERNAP.
de silos; ARTIGO 25
r) Garantir a análise e evolução do sector comercial agrário
e agro-industrial; (Departamento de Gestão de Sistema Penitenciário)
s) Garantir a articulação com outras instituições, para 1. Departamento de Gestão de Sistema Penitenciário, é um
o desenvolvimento do sector industrial, comercial órgão do SERNAP, que garante a operacionalidade do Sistema
e agro-pecuário, nos Estabelecimentos Penitenciários; de Gestão de Informação Penitenciário e das infra-estruturas
t) Assegurar a recolha, analise e divulgação da informação de suporte, com elevados níveis de desempenho, bem como
998 I SÉRIE — NÚMERO 98
desenvolver e apoiar a implementação de outras soluções afecto ao Gabinete e providenciar para que o mesmo
%*.,$ 6"%+!&(-$, ,",$!&(5!(#)+%<*+%!(#(#)+6+%!(*!(,$N!*%E!1;,: se mantenha em devida ordem;
2. São funções, em especial, do Departamento de Gestão do g) Prestar assessoria em outras tarefas de natureza técnica
Sistema Penitenciário: e de confiança que lhe forem determinadas pelo
a) Assegurar a avaliação sistemática do desempenho dirigente;
do pessoal afecto ao Departamento, bem como h) Executar outras tarefas legalmente cometidas.
a aplicação dos regulamentos e orientações relativas U:( J( M!H%*#"#( 5,( C%$#+",$LM#$!3( G( +F#)!5,( -,$( 7 ( KF#.#(
à gestão e administração de pessoal; de Departamento Autónomo nomeado pelo Ministro que
bB(M!$!*"%$(!(-3!*%)+!1;,'(+,,$5#*!1;,'(N#&";,(#(&7-#$0%&;,( superintende a área penitenciária, sob proposta do Director-Geral
dos processos de desenvolvimento e manutenção do SERNAP.
de sistemas de comunicação de dados;
SECÇÃO II
c) Garantir o desenvolvimento e manutenção da rede local
+, (#(&# (),'(%*.$!L#&"$7"7$!(+, -7"!+%,*!3'(&#$0%1,( Colectivos
de atendimento de informática e demais actividades ARTIGO 27
de Tecnologia da Informação e Comunicação
do SERNAP; (Colectivos da Direcção)
d) Garantir a execução e coordenação de política de segurança No SERNAP funcionam os seguintes colectivos:
de Tecnologia de Informação e Comunicação no âmbito
a) Conselho Coordenador;
do SERNAP;
b) Conselho Consultivo;
e) Garantir a definição e adopção de metodologia
c) Conselho de Ética e Disciplina;
de desenvolvimento de sistemas de novas Tecnologias
d) Conselho Operativo.
de Informação e da Comunicação adequados
as necessidades do SERNAP; ARTIGO 28
f) Assegurar o reforço de práticas de gestão integrada
de informação e engenharia de processos tendo em vista (Conselho Coordenador)
-!5$D#&(5#(#)+6+%!'(#)+%<*+%!'(&!"%&.!1;,(#(I7!3%5!5#8 1. O Conselho Coordenador é um órgão de consulta
g) Garantir a coordenação, supervisão, e avaliação na do Director-Geral do SERNAP, que aprecia e aprova o plano
elaboração e execução dos planos, programas, de actividades do SERNAP, coordena e controla as acções
projectos e as contratações estratégicas de Tecnologia dos serviços, competindo-lhe:
da Informação e Comunicação do SERNAP; a) Apreciar e aprovar as matérias submetidas, incluindo
hB(M!$!*"%$(!(-3!*%)+!1;,(#(% -3# #*"!1;,(5#(#&"$!"GN%!&'( a política e estratégia de desenvolvimento dos serviços
soluções de Tecnologia da Informação e da Comu- penitenciários nos vários domínios;
nicação, de acordo com as directrizes definidas b) Submeter a homologação do Ministro que superintende
pelo SERNAP; a área penitenciária, o plano e o relatório das activi-
i) Garantir que os produtos e serviços relativos à Tecnologia dades anuais.
da Informação e da Comunicação sejam conduzidos 2. São membros do Conselho Coordenador:
de acordo com a legislação pertinente.
a) Director-Geral do SERNAP, que o preside;
3. O Departamento de Gestão de Sistema Penitenciário
b) Directores Nacionais;
estrutura-se em Repartições.
c) Directores dos Estabelecimentos Penitenciários regionais,
4. O Departamento de Gestão de Sistema Penitenciário
provinciais, especiais, distritais e centros abertos;
G(+F#)!5,(-,$(7 (KF#.#(5#(C#-!$"! #*",(?7"X*, ,(*, #!5,(
d) Chefes de Departamentos Autónomos e Centrais;
pelo Ministro que superintende a área penitenciária, sob proposta
e) Directores dos Estabelecimentos de Ensino.
do Director-Geral do SERNAP.
3. O Conselho Coordenador reúne-se por convocação
ARTIGO 26 do Director-Geral do SERNAP ordinariamente uma vez por
ano e, extraordinariamente, sempre que matérias urgentes assim
(Gabinete do Director-Geral)
,(P7&"%)I7# :
1. O Gabinete do Director-Geral, monitora a implementação 4. Dependendo da natureza e importância das matérias a tratar
das decisões do Director-Geral e dos colectivos do SERNAP, no Conselho Coordenador, a cerimónia de abertura pode ser
-$#&"!(!&&%&"<*+%!(# ("!$#.!&(5#(*!"7$#E!("G+*%+!(#(5#(+,*)!*1!( presidida por dirigentes superiores do Governo Central.
que lhe forem determinadas pelo dirigente.
5. O Director-Geral do SERNAP pode convidar, de acordo com
2. São funções, em especial do Gabinete do Director-Geral:
a matéria em apreciação, a participar no Conselho Coordenador,
a) Monitorar a implementação das decisões do Director- J)+%!%&(5,(I7!5$,(+, (.7*1D#&(5#(M7!$5!(@#*%"#*+%6$%!'("G+*%+,&(
-Geral e dos colectivos do SERNAP;
e individualidades que se reputem convenientes e necessários.
b) Emitir parecer sobre assuntos da sua competência a serem
submetidos a decisão do dirigente; ARTIGO 29
c) Transmitir, acompanhar e controlar a execução das
orientações, instruções e decisões definidas pelo (Conselho Consultivo)
dirigente, actuando em sua representação pessoal 1. O Conselho Consultivo é um órgão de consulta ao qual
quando para isso mandatado; compete:
d) Receber, expedir, reproduzir, fazer circular, arquivo
e segurança dos documentos; a) Analisar, apreciar e pronunciar-se sobre a situação
e) Coordenar o apoio logístico e protocolar ao Director- operativa nos estabelecimentos penitenciários bem
-Geral do SERNAP; ainda do cumprimento das penas em regime de
f) Supervisionar a utilização e manutenção do equipamento liberdade;
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ARTIGO 36 CAPÍTULO VI
(Atribuições) Estrutura de nível Provincial
Cabe ao Conselho de Ética e Disciplina: SECÇÃO I
a) Emitir parecer, em acta, sobre todos os processos Estabelecimentos Penitenciários Regionais
disciplinares que lhe sejam submetidos pelo ARTIGO 39
Director-Geral do SERNAP, dos Estabelecimentos
Penitenciários Regionais, Provinciais e de Ensino; (Função)
b) Apreciar e emitir parecer sobre efeitos disciplinares 1. O Estabelecimento Penitenciário Regional abrange a área
das sentenças condenatórias e absolutórias proferidas N#,N$6)+!(5#(06$%!&(-$,04*+%!&(#(5#&"%*!L&#(!($#+37&,&(+,*5#*!5,&(
pelos tribunais contra o pessoal do SERNAP com a pena de prisão de maior.
funções de Guarda Penitenciária; 2. O Estabelecimento Penitenciário Regional pode abranger
c) Propor ao Director-Geral do SERNAP a revogação, diversos regimes de execução e são compostos por várias secções
&7H&"%"7%1;,(#( ,5%)+!1;,(5!&(5#+%&D#&(5,&(5%$%N#*"#&( especializadas em função dos regimes.
a qualquer nível da Guarda Penitenciária, quando
sejam ilegais ou injustas e requerer, quando seja caso ARTIGO 40
disso, procedimento disciplinar ou criminal contra os (Direcção)
autores;
d) Elaborar propostas de instruções e circulares relativas O Estabelecimento Penitenciário Regional é dirigido por um
à matéria de justiça e disciplina na Guarda Penitenciária; Director Regional nomeado pelo Ministro que superintende a
e) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas área penitenciária, sob proposta do Director-Geral do SERNAP.
superiormente.
ARTIGO 41
f) Pronunciar-se sobre as propostas de promoção por mérito;
g) Pronunciar-se sobre as propostas de atribuição (Estrutura)
de distinções, prémios e condecorações.
1. Os Estabelecimentos Penitenciários Regionais organizam-se
CAPÍTULO V em Departamentos e Repartições.
2. A estrutura do Estabelecimento Penitenciário Regional
Conselho de Ética e Disciplina dos Estabelecimentos Peni- consta do Regulamento Interno.
tenciários
ARTIGO 42
ARTIGO 37
(Colectivos)
(Atribuições)
1. Nos Estabelecimentos Penitenciários Regionais funcionam
São atribuições dos Conselhos de Ética e Disciplina dos os seguintes colectivos de natureza consultiva:
Estabelecimentos Penitenciários: a) Conselho de Direcção;
a) Pronunciar-se, em acta, sobre todos os processos, b) Conselho Operativo;
recursos e revisões que estejam submetidos pelos c) Conselho de Ética e Disciplina.
Directores dos Estabelecimentos Penitenciários; 2. A composição, competências e funcionamento dos colec-
b) Propor ao Director Estabelecimento Penitenciário tivos dos Estabelecimentos Penitenciários Regionais consta
Regional e Provincial a revogação, substituição ou de Regulamento Interno.
,5%)+!1;,(5!&(5#+%&D#&(5,&(5%$%N#*"#&(5,(/=>2?@(
com funções de Guarda Penitenciária na Província, SECÇÃO II
quando sejam ilegais e requerer, quando seja caso Estabelecimentos Penitenciários Provinciais
disso, procedimento disciplinar ou criminal contra ARTIGO 43
os autores;
c) Desempenhar as demais tarefas que lhes sejam atribuídas (Função)
superiormente. 1. O Estabelecimento Penitenciário Provincial abrange a área
N#,N$6)+!(5!(@$,04*+%!(# (I7#(&#(&%"7!(#(5#&"%*!(&#(!($#+37&,&(
ARTIGO 38
condenados em penas de prisão de curta e média duração.
(Composição) 2. Excepcionalmente, o Estabelecimento Penitenciário
Provincial pode acolher reclusos preventivos em secção própria
Os Conselhos de Ética e Disciplina dos Estabelecimentos e possuir secções especializadas para internamento de mulheres
Penitenciários aos níveis Regional e Provincial integram ou de jovens até 21 anos de idade.
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técnicos superiores do Quadro Técnico Comum designados pelo ARTIGO 44
Director-Geral do SERNAP, sob proposta do respectivo Director,
(Direcção)
observando a seguinte composição:
a) Um Primeiro Adjunto do Comissário da Guarda Peni- 1. Os Estabelecimentos Penitenciários Provinciais são
tenciária, que o preside; dirigidos por um Director Provincial, nomeado pelo Ministro
b) Um Superintendente Chefe da Guarda Penitenciária, que superintende a área penitenciária, sob proposta do Director-
Secretário-Relator; -Geral do SERNAP.
c) Um Adjunto do Superintendente da Guarda Penitenciária, 2. O Director do Estabelecimento Penitenciário Provincial
1.º Vogal; é o órgão máximo de direcção, controlo e fiscalização das
d) Um Inspector Chefe da Guarda Penitenciária, 2.º Vogal; actividades do SERNAP ao nível Provincial.
e) Um Técnico Superior do Quadro Técnico Comum, 3.º 3. No plano territorial e de natureza funcional o Director
Vogal , do Estabelecimento Penitenciário Provincial coordena e articula
f) Um Sargento Principal da Guarda Penitenciária. as suas actividades com o Director Provincial da Justiça.
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SECÇÃO III
CAPÍTULO VIII