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26/07/2018

TUBERCULOSE

Profª Daniela Aquino


Disciplina: Infectologia

Descrição
 Doença infecciosa, atinge, principalmente, pulmão;
 Também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como
ossos, rins e meninges.

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Descrição
 Primo-infecção Tuberculosa: sem doença, significa que
os bacilos estão no corpo da pessoa, mas o SI os está
mantendo sob controle.
 Tuberculose primária: A tuberculose resultante da
progressão do complexo primário e que se desenvolve nos
primeiros cinco anos após a primo-infecção (Tb miliar).
 Tuberculose pós-primária: SI não pode mais manter os
bacilos “sob controle” e eles se multiplicam rapidamente
(reativação endógena).
 Uma nova exposição a bacilos mais virulentos e que resistem à
forte resposta imunológica desencadeada pelo hospedeiro
(reativação exógena).

Agente etiológico
 Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch):
 M. bovis;
 M. africanum;
 M. microti.
 Reservatório: principal é o homem. Pode haver em bois.
Primatas, aves e outros mamíferos (raramente).
 Modo de transmissão: Pessoa a pessoa, através do ar.
 Período de incubação: 4 a 12 semanas (em média).
 > novos casos ocorre 12 meses após a infecção inicial.
 Período de transmissibilidade: Enquanto o doente estiver
eliminando bacilos e não houver iniciado o tto.

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Complicações
 Distúrbio ventilatório obstrutivo e/ou restritivo;
 Infecções respiratórias de repetição;
 Formação de bronquiectasias;
 Hemoptise;
 Atelectasias;
 Empiemas (pus).

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Imunopatologia
 M. tuberculosis é fagocitada pelo macrófago;
 Resposta inflamatória é desencadeada;
 Formação de granulomas pelas céls inflamatórias (TNF-α);
 Necrose (caseosa);
 A bactéria se alimenta pelas células de Foam.
 Centro caseoso “duro” (calcificação) o bacilo não se replica;
 Centro caseoso “liquefeito” a bactéria rompe as células e se
replica, e o hospedeiro as expele.
 Latência da bactéria.

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Huynh, Joshi e Brown; 2011.

Granuloma tuberculoso. Brasil, 2002

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Epidemiologia

Elementos para o diagnóstico


 Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com uma pessoa com
tuberculose;
 Apresentar sintomas e sinais sugestivos de tuberculose pulmonar;
 Tosse seca ou produtiva por três semanas ou mais, febre
vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor torácica, dispnéia
e astenia;
 História de tratamento anterior para tuberculose;
 Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da TB doença
(Infecção pelo HIV, diabetes, câncer, etilismo).

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Diagnóstico
 Clínico: Baseado nos sintomas e história epidemiológica.
 Laboratorial: Exames bacteriológicos.
 Baciloscopia direta do escarro;
 Cultura de escarro ou outras secreções;
 Broncoscopia.
 Exame radiológico;
 Tomografia computadorizada do tórax;
 Prova tuberculínica (PPD);
 Exame anátomo-patológico (histológico e citológico)
 Exame bioquímico;
 Exame sorológico e de biomol.

Cultura de M. tuberculosis

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Raio-X do peito de um paciente com tuberculose


pulmonar avançada

A baciloscopia direta do escarro. Brasil, 2002.

.
Carvalho et al, 2008

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Tratamento
 Deve ser feito em regime ambulatorial, supervisionado, no serviço
de saúde mais próximo à residência do doente.
 Tratamento Diretamente Observado (TDO): promover
efetivo controle da tuberculose e aumento da adesão do paciente à
terapia.
 Drogas usadas:
 Isoniazida - H;
 Rifampicina - R;
 Pirazinamida - Z;
 Etambutol - E.

 Para crianças: utilizar as drogas em forma de xarope ou suspensão.

Reações adversas ao uso de drogas


anti-tuberculose

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Reações adversas ao uso de drogas


anti-tuberculose

Prevenção
 É necessário imunizar as crianças com a vacina BCG
(Bacille-Calmette-Guérin).

 A prevenção da tuberculose inclui evitar aglomerações,


especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos
de pessoas contaminadas.

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Conclusão
 TB é um problema de saúde prioritário no Brasil.
 Atinge todos os grupos etários (>economicamente ativos,15
– 54 anos de idade e do sexo masculino).
 TB primária: durante a primo-infecção, pode evoluir:
pulmão para gânglios – disseminação hematogênica.
 TB pós-primária: tem imunidade desenvolvida (infecção
natural e BCG) – reativação endógena x reinfecção exógena
 Diagnóstico fundamental: Baciloscopia direta do escarro.
 A BCG É relativamente ineficiente em sua capacidade de
proteger os adultos contra a forma pulmonar da TB
 A tuberculose tem cura.

Referências
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Doenças Infecciosas e Parasitárias – guia de bolso.
Brasília; 2010.
 COURA JR. Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias – volume 2. 1ªed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
 CARVALHO M et al.Vasculite leucocitoclástica cutânea associada à tuberculose
pulmonar. J Bras Pneumol.34(9):745-748; 2008.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Manual Técnico para o Controle da Tuberculose. 1ª ed.
Brasília – DF; 2002.
 HUYNH KK, JOSHI SA, BROWN EJ. A delicate dance: host response to
mycobacteria. Current Opinion in Immunology. 23: 464 – 472; 2011.

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