Você está na página 1de 1

ESTUDO DE CASO 100% - SETAC 02

Jorbênio – Será que confiança é uma questão de idade ou experiência? A minha


dentista era loira, bonita e vaidosa. Tinha 26 anos e conquistava a vizinhança do
trabalho ao dar demonstrações públicas de carinho com bichos. Adotou um cão de
rua sem patas e, aos sábados, organizava um bazar de roupas e acessórios usados
"em prol dos animais sem teto" em uma galeria na região sul de Curitiba, onde
mantinha sua clínica. O dinheiro era arrecadado para uma ONG criada por ela. Na
tarde de terça-feira, nós que somos vizinhos de comércio ficamos chocados com a
prisão dela em flagrante. Ela guardava armas, munição e cerca de 16 quilos de
drogas, incluindo maconha e crack, em casa e na clínica. Nunca vi uma atitude dela
que levantasse desconfiança. Realmente acho que a questão não é a idade ou a
experiência. Eu trabalho na Câmara de Campo Largo, na região metropolitana de
Curitiba, onde houve um caso de desvio de dinheiro público. Havia uma servidora
cujo marido desenvolveu um câncer, morreu, e dez meses depois foi ela quem
faleceu. O fato é que ela é suspeita de ter desviado R$ 250 mil das contas da
Câmara antes de morrer, há um mês. Quem poderia imaginar? Ainda não temos
como comprovar, mas o que sabemos é que o dinheiro foi para a conta dela e, em
seguida, para outras contas. Por enquanto, há duas hipóteses. Ou a servidora teria
desviado este dinheiro para bancar algum tratamento médico em razão de sua
doença, ou para os filhos menores, de 7, 9 e 17 anos, principalmente pelo fato dela
ser viúva e o marido ter morrido recentemente também em função do câncer.

Você também pode gostar