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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Acadêmicos:
Rafael Rodrigues Echeverria- RA.: 3409025869
Erminio Max da Silva Couto- Ra.: 2410389007
Diogo Girardi- RA.: 1299175706
Erica José Lopes- RA.: 2407327095

Tecnologia da construção civil I

CAMPO GRANDE- MS
JUNHO- 2014
LISTA DE FIGURAS

Imagem 01- Armazenamento dos estribos .................................


Imagem 02- Ferragens para pilares............................................
Imagem 03- Pilares e vigas .......................................................
Imagem 04- Arranque do pilar.....................................................
Imagem 05- Vigamento armado....................................................
Imagem 06- Amarração dos estribos...............................................
Imagem 07- Estribos .....................................................................
Imagem 08- Caixaria, Pilar e vigas ...............................................
Imagem 09- Montagem das formas .............................................
Imagem 10- Formas mistas, Pilares e vigas .................................
Imagem 11- Instalações elétricas e hidráulicas..............................
Imagem 12- Entulho dos entalhos feitos nas paredes.....................
Imagem 13- Assentamento dos blocos ..........................................
Imagem 14- encunhamento, argamassa com aditivo.....................
Imagem 15- Chapisco com colante ..............................................
Imagem 16- Emboço .....................................................................
Imagem 17- Reboco finalizado .....................................................
Imagem 18- Blocos com furos .......................................................
Imagem 19- Alvenaria estrutural, blocos cimento...........................
1.0 OBJETIVO
Tem-se como objetivo deste trabalho analisar duas etapas da
construção civil (Armação/Caixarias e Alvenaria de Vedação) através de visitas
técnicas, aliadas a teoria proposta pelo curso de Engenharia Civil, para melhor
compreensão destas atividades na vida prática e complementação das aulas
teóricas ministradas em sala de aula.
2.0 INTRODUÇÃO
Aqui serão apresentadas abordagens teórico/práticas dos assuntos
propostos, como fotos da obra e projetos técnicos utilizados para o
desenvolvimento da edificação, assim como o dia dia destas atividades em um
canteiro de obras e técnicas para melhoria destas atividades.
3.0 DESENVOLVIMENTO

Como forma inicial deste trabalho, foram feitas visitas técnicas ao


Condomínio Residencial Bahrein, situado na Rua Padre João Cripa nº 3610
A obra em questão é um edifício vertical de 20 pavimentos, que
atualmente se encontra no 7º pavimento, com previsão de término para 2016.
Durante as visitas foi possível observar o desenvolvimento da armação e
caixaria do sétimo pavimento, assim como a Alvenaria de Vedação dos
pavimentos inferiores, gerenciados pelo mestre de obras Sr. Gerson Luiz de
Lima e supervisionadas pelo responsável técnico da obra, o arquiteto Sr. Luiz
Costa Neto.

4.0 ARMADURAS NA CONTRUÇÃO CIVIL

A armadura, segundo definição proposta por FUSCO (1975), “é o


componente estrutural de uma estrutura de concreto armado, formado pela
associação de diversas peças de aço”. As definições de armação encontradas
(FREIRE, 2001) se referem a um conjunto de operações, restritas basicamente
às atividades de preparação e posicionamento do aço na estrutura. O aço é
uma liga metálica de ferro e carbono, com um percentual de 0,03% a 2,00% de
participação do carbono, que lhe confere maior ductilidade, permitindo que não
se quebre quando é dobrado para a execução das armaduras.

4.1 EMPREGO DE ARMADURAS


Segundo LEONHARDT & MONNIG (1978) as armaduras do concreto
com barras, malhas ou telas de aço tem as seguintes funções:

Absorver os esforços de tração em peças estruturais solicitadas à flexão


e à tração, contribuindo para a capacidade resistente ou para a
estabilidade da estrutura;

Fazer com que as fissuras no concreto, sob a ação de cargas de


utilização, permaneçam na ordem de grandeza de capilares;
Limitar a abertura das fissuras devido a estados de tensão produzidos
por efeitos de coação, tais como o impedimento à deformação, no caso
de variação de temperatura de retração, de estruturas hiperestáticas,
etc.

Em peças comprimidas, aumentar a capacidade resistente do concreto à


compressão ou a segurança de peças comprimidas esbeltas contra a
flambagem.

4.2 ESPECIFICAÇÕES E CARACTERÍSTICAS


A norma que regulamenta e especifica a produção de barras e fios de
aço é a ABNT NBR 7480 – Barras e Fios de Aço destinados a Armaduras para
Concreto Armado. É importante que sejam feitas algumas observações:

• A diferença principal entre aço e ferro é a quantidade de carbono: na


composição química do ferro, o teor de carbono é maior ou igual a
2,04% e, no aço, este teor é menor do que 2,04%.

• As denominações CA 25, CA 50 e CA 60 dizem respeito a materiais que


possuem teor de carbono que varia de 0,08% até 0,50%, dependendo
do material, e portanto a denominação técnica correta é aço.

• As barras são produtos obtidos por laminação e os fios por trefilação. Os


fios são empregados até a bitola de 10,0 mm e as barras a partir da
bitola de 5,0 mm. NBR 7480:96

• Na designação desses fios e barras é usado o prefixo CA, que indica o


seu emprego no concreto armado.

• A escolha do tipo de aço se dá em função de condições econômicas e


de mercado, sendo que nas obras de construção de edifícios, o aço CA-
50 é a principal alternativa escolhida.

• As barras de bitola igual ou superior a 10 mm deverão apresentar


marcas de laminação, identificando o produto e a categoria do material.
As de bitola inferior a 10 mm e os fios serão identificados por cores,
(pintura do topo).

• Para projeto, devem ser usados os diâmetros e seções transversais


nominais indicadas na NBR 7480 (Barras e fios de aço destinados à
armadura para concreto armado).

• O módulo de elasticidade do aço pode ser admitido como sendo 210


GPa, na falta de valores fornecidos pelo fabricante, ou de ensaios
específicos.

• Pode-se assumir o valor de 7.850,0 kg/m³, para a massa específica do


aço de armadura passiva.
• O espaço livre entre as barras isoladas da armadura, tanto na direção
vertical quanto na horizontal, devem ser de pelo menos 2,0 cm e não
menor que o diâmetro das barras. No caso de barras de diâmetros
diferentes vale o diâmetro da barra mais grossa
• A ancoragem das armaduras ocorre de duas maneiras: por aderência ou
por meio de dispositivos mecânicos

4.3 CONFRONTANDO A TEORIA COM A PRÁTICA

Em um primeiro instante, é enviado o projeto estrutural para a empresa


fornecedora das ferragens, onde será feito um planilhamento dos componentes
necessários para construção dos pilares e vigas.

FOTO PLANILHAMENTO

Os pedidos sao feitos sempre para dois pavimentos, para evitar atrasos
por falta de material.
A ferragem chega na obra cortada e dobrada, ou seja, corte e dobra
terceirizados, ganhando tempo e evitando possíveis falhas já que no pátio de
obras não existem máquinas adequadas para o corte e dobra com precisão.

FOTO DO PLANILHAMENTO

Assim que adentram ao pátio do canteiro de obras, o material da


ferragem é estocado a uma distância considerável do chão evitando o contato
com o solo e uma possível oxidação decorrente da umidade (Figura 1).
Figura 1 - Armazenagem dos Estribos

Fonte: Diogo, 2014

Figura 2 - Ferragem para Pilares

Fonte: Diogo,2014

4.4 PILARES E VIGAS

O primeiro passo para a montagem do pilar é a fixação dos gabaritos de


eixo, onde se encontram os arranques vindos do fundação no caso de ser o
térreo ou do pilar nos próximos pavimentos.
A ferragem é içada através de uma mini-grua até o pavimento em que
será utilizada. Lá serão montados e fixados os estribos de acordo com o
projeto. (Figuras 3 - Pilares e Vigas)
As vigas menores serão montadas no canteiro de obras e
posteriormente içadas.As maiores, assim como os pilares, serão montados nos
seus lugares de destino.
Depois de vigas e pilares colocados e encaixados, é feito a conferência
dos pilares e vigas confrontando com o projeto de eixo e ajustando os que
saíram de plumo, para que fique tudo em conformidade.
A próxima etapa será a colocação das vigas treliçadas e das capas de
laje, também conforme projeto, para que seja feita a concretagem do
pavimento.

Figura 3 - Pilares e Vigas

Figura 3 - Diogo,2014
Figura 4 - Arranque do Pilar

Figura 4 - Diogo, 2014

Figura 5 - Vigamento Armado

Figura 5 - Diogo, 2014


Figura 6 - Amarração dos Estribos

Figura 6 - Diogo, 2014

Figura 7 - Estribos

Fonte: Diogo, 2014


5.0 CAIXARIAS E FORMAS

5.1 Generalidades das formas

Conhecidas dos construtores desde tempos antigos, as fôrmas para


estruturas de concreto vêm sofrendo paulatina renovação, com novas
tecnologias e materiais desenvolvidos em países em que a construção civil se
encontra mais industrializada. Em essência, são destinadas a sustentar o
concreto fresco até que o mesmo atinja condições de auto suporte.

Imagem 08 - Caixaria, pilar e vigas

Fonte: Erminio, 2014


5.2 Patologias na estrutura em função das fôrmas

As fôrmas podem ocasionar defeitos indesejáveis nos elementos da


estrutura de concreto, que podem afetar sua própria estrutura produzindo
vazios,alvéolos, ondulações, deformações, ou efeitos que podem afetar seu
aspecto,produzindo mudança de coloração nos concretos que têm que ficar
aparentes.
Podemos destacar alguns deles como:
*cavidades devidas às saliências ou ondulações das fôrmas
*dependendo da ondulação pode deixar aparente a ferragens da viga ou pilar,
que poderá ocasionar algum dano na estrutura futuramente.
*perdas de argamassa através das juntas da fôrma; etc

5.3 Tipos de formas disponíveis no mercado e suas vantagem de


desvantagens

5.3.1 Madeira serrada


O material tem como vantagens o seu baixo custo, facilidade de corte e
montagem e sua disponibilidade. Possui, como desvantagens, baixa
durabilidade, variabilidade (que exige cálculos muitas vezes
superdimensionados) e poucos fornecedores “profissionalizados”, além de ser
um recurso natural que precisa ser explorado de maneira sustentável.

5.3.2 Chapas de madeira revestidas


Surgidas na década de 60, unem a facilidade de corte da madeira com um alto
índice de reaproveitamento. Apresentam-se principalmente com revestimento
resinado, cuja reutilização chega a aproximadamente 8 vezes, e oferecem
aspecto superficial rugoso ao concreto; e com revestimento plastificado (filme
fenólico), que permite aproximadamente 18 reutilizações e deixa a superfície
do concreto lisa. São utilizadas em contato com o concreto em praticamente
todos os tipos de fôrmas, desde a mais simples, passando por fôrmas curvas
(moldadas com chapas de 4 e 6 mm) até fôrmas moduladas
5.3.3 Aço
Muito utilizado nas fôrmas que demandam alto índice de reaproveitamento,
tanto na forma de perfis (mais usual), que servem de estruturação e travamento
dos painéis, como na forma de chapas revestindo os painéis e proporcionando
aspecto liso e uniforme ao concreto. Devido ao seu alto custo é normalmente
fornecido por empresas de locação

5.3.4 Alumínio
Agrega as vantagens do aço com a leveza própria do alumínio; sua
desvantagem é o alto custo de aquisição e manutenção.

5.3.5 Plástico
Material bastante leve, resistente e reciclável. Cuidado especial deve ser
tomado em relação à estruturação dos painéis, devido à sua grande
deformabilidade ( muito usadas em lajes alveolares)

5.3.6 Papelão

Utilizado basicamente em pilares de seção circular com diâmetro de até 1,0 m,


aproximadamente. Sua principal vantagem é ser uma fôrma autoestruturada,
necessitando apenas de elementos de posicionamento e prumo. A
desvantagem é ser destruída no momento da desforma, restringindo-se a
apenas uma utilização

5.4 GENERALIDADES DO COMPESSADO.

A madeira extraída das toras das árvores são limitadas quanto às


dimensões, principalmente na largura das peças obtidas. No mercado, as
peças mais largas que se encontram facilmente são as tábuas de 30 cm de
largura. Essa dimensão impõe uma restrição quanto à montagem de painéis de
fôrmas.
Assim surgiu a madeira compensada, idealizada por um engenheiro
francês
No início do século XX, tornando-se um elemento de grande importância e
eficiente na construção civil. Foi a partir daí então, que o compensado começou
a ser industrialmente produzido. Esta produção se iniciou, de acordo com VAZ
(1987), na Alemanha e nos Estados Unidos, a partir de algumas espécies de
madeira de baixa densidade.

5.5 DESMOLDANTES PARA CHAPAS DE MADEIRA COMPENSSADA

Os desmoldantes são substâncias que formam uma fina camada oleosa


entre o concreto e as fôrmas, impedindo a aderência entre ambos, o que facilita
aremoção das fôrmas, sem danificar as superfícies e arestas do concreto. Os
desmoldantes são compostos por ácidos graxos e ésteres, alguns possuindo
hidrocarbonetos na sua composição.
A barreira química criada pelo desmoldante deve ser resistente à ua,reduzindo
a penetração de umidade nas chapas de madeira compensada,com
significativo aumento da durabilidade das fôrmas. Deve ser evitada a utilização
de óleos e graxas como desmoldante, estes além de não impedirem a
aderência entre as fôrmas e o concreto, deixam seus resíduos no concreto, o
que dificulta aaplicação dos revestimentos (reboco, pintura, cerâmica, etc.), e
no caso do concreto aparente deixa-o com uma aparência desagradável.
A aplicação dos desmoldantes sobre as fôrmas devem ser feitas com broxas
ou escovões de maneira uniforme. Após secar uma hora, pode-se iniciar a
concretagem. Sempre limpar e aplicar o desmoldante às fôrmas, antes de cada
reaproveitas mento.
Imagem 09 - montagem das formas

Fonte: Erminio, 2014

5.6 SISTEMA DE FORMA USADA NA OBRA: TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

As formas e caixarias ao confeccionadas de acordo com um projeto especifico.


O corte e feito no canteiro de obras pelos carpinteiros e içada nos pavimentos
onde serão montados.
O material utilizado na montagem das formas é o compensado plastificado, por
dar um melhor acabamento quando deformado, com aplicação de um
desmoldantes nas faces internas das chapas. Isso facilita a desfôrma e a
aplicação do reboco.
Este material das formas e reaproveitado pelo menos nos 10 andares
subsequentes , tornado o processo eficiente e diminuindo custos.
A aplicação do desmoldante acontece logo que se monta as fôrmas antes de
colocar a armadura, assim facilita a desmonta e não danifica os compessado
podendo aproveitar o máximo.
As fôrmas devem ter um travamento suficiente para impedir que o concreto nao
vaze pelo seus vaos e que nao haja deslocamentos.
Imagem 10 - Formas mistas, pilares vigas

Fonte: Erminio, 2014


6.0 ALVENARIA

Alvenarias são elementos da construção civil, resultantes da união de blocos


sólidos, justapostos, unidos com argamassa ou não, destinados a suportar,
principalmente, esforços de compressão.
Existem vários tipos e métodos construtivos envolvendo alvenaria, neste
trabalho vamos citar os comumente usados: Alvenaria de Vedação (tradicional
e racionalizada) e Alvenaria Estrutural.
As alvenarias podem ter simplesmente função de divisória e de delimitação,
sendo chamadas de alvenaria de vedação ou de divisão, bem como ter função
de estrutura, suportando carga de lajes, coberturas, caixas d’água, etc., sendo
chamada, então, de alvenaria estrutural.Ambas fornecem isolamento térmico e
isolamento acústico, estanqueidade à água, resistência ao fogo, resistência
mecânica, Flexibilidade e Versatilidade.

6.1 ALVENARIA DE VEDAÇAO

Pode ser descrita como a alvenaria que não é dimensionada pra resistir a
ações além do seu próprio peso. Seu objetivo é fechar a estrutura da obra
entre as colunas e vigas sem contribuir de forma direta para a estrutura do
projeto. Pode se subdividir em: Alvenaria de vedação racionalizada e alvenaria
de vedação tradicional (utilizada na obra do Condomínio Residencial Bahrein,
situado na Rua Padre João Cripa nº 3610 na qual foi realizada a visita técnica).

6.2 ALVENARIA DE VEDAÇAO TRADICIONAL:

Um dos métodos mais utilizados na construção civil é a alvenaria de vedação


tradicional,para sua execução, não ha necessidade de projeto de alvenaria e a
mão de obra pouco qualificada pode executar o serviço com facilidade.
As soluções construtivas são improvisadas durante a execução do serviço.
Imagem 11- Instalações elétricas e hidráulicas

Fonte: Rafael, 2014


Para a passagem de instalações e embutimento de caixas, os tijolos são
quebrados, gerando acumulo de entulho.
Imagem 12 - entulho dos retalhos feito na parede

Fonte: Rafael, 2014


As etapas de construção para alvenaria de vedação tradicional consiste
basicamente em:
Elevação de fiadas com amarrações através de entrelaçamentos dos
blocos (amarração direta) utilizando argamassa para assentamento dos
mesmos.

Imagem 13 - Assentamento dos blocos

Fonte: Google
Encunhamento ( fixação da parede com a viga) com argamassa especifica
(industrializada ou com aditivo expansor).

Imagem 14 - Encunhamento, argamassa com aditivo expansor

Fonte: Rafael, 2014

A primeira camada de revestimento é chamada de chapisco e nada mais é do


que uma camada rugosa / áspera para dar uma maior aderência ao emboço
que vem logo a seguir. Sem o chapisco, o emboço poderá não aderir e no
futuro se descolar do bloco causando retrabalho.Na obra visitada foi misturado
no chapisco um colante chamado bianco.

Imagem 15 - chapisco com colante

Fonte: Rafael, 2014

O emboço é uma massa grossa que deixa a superfície nivelada. Para isso, são
colocadas taliscas nas paredes que servirão de guias para fazer as mestras
que garantirá a uniformidade e a espessura do emboço. Tal espessura
geralmente fica em torno de 2-3cm podendo variar ainda mais. Se quisermos
aplicar cerâmica, pintura ou impermeabilização, devemos esperar 14 dias, 28
dias, 28 dias respectivamente.

I
Imagem 16 - Emboço

Fonte: Rafael, 2014

O reboco é uma massa fina que dará acabamento liso e uniforme.

Imagem 17- Reboco finalizado

Fonte: Rafael, 2014


6.3 ALVENARIA DE VEDAÇAO RACIONALIZADA

A racionalização construtiva pode ser entendida como a aplicação mais


eficiente dos recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construção
do edifício. Algumas das diretrizes de produção desenvolvidas inicialmente
para a alvenaria estrutural são estendidas à alvenaria de vedação. Quando se
pretende implantar conceitos de racionalização da construção, deve-se iniciar
pela estrutura da edificação. Em seguida, deve-se priorizar a alvenaria de
vedação. Isso porque o subsistema de vedação vertical interfere com os
demais subsistemas da edificação: revestimento, impermeabilização,
esquadrias, instalações elétricas e de comunicação, instalações
hidrossanitárias etc. Todos esses serviços somados representam uma parcela
considerável do custo de uma obra.
Em contraponto à alvenaria tradicional, a alvenaria dita racionalizada apresenta
as seguintes características:
• Utilização de blocos de melhor qualidade, preferencialmente com furos na
vertical para facilitar a passagem das instalações.
• Planejamento prévio
• Projeto da produção
• Treinamento da mão de obra
• Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a
quebra de blocos na execução
• Redução drástica do desperdício de materiais
• Melhoria nas condições de limpeza e organização do canteiro de obras.

Imagem 18 - blocos com furos

Fonte: Google
6.4 ALVENARIA ESTRUTURAL
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual os
elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os
próprios blocos de concreto. No sistema convencional de construção, as
paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber
o peso da obra.
Nada de vigas nem pilares. O nome desse método já diz tudo: são as
paredes que sustentam a casa. Com isso, a economia é certa. E a boa notícia
é que, usando aço e concreto em alguns pontos, a imaginação não tem limites.
A alvenaria estrutural é um processo construtivo que pode ser
empregado tanto em casas como em edifícios de múltiplos pavimentos. Há dois
tipos de alvenaria estrutural: não armada e armada. A primeira emprega como
estrutura-suporte paredes de alvenaria sem armação. Os reforços metálicos
são colocados apenas em cintas, vergas, contravergas, na amarração entre
paredes e nas juntas horizontais com a finalidade de evitar fissuras localizadas.

VANTAGENS DA ALVENARIA ESTRUTURAL

 Diminuição no tempo da construção;


 Economia no custo da obra;
 Menor gasto com revestimento;
 Flexibilidade e versatilidade da construção;
 Liberdade no layout;
 Resultados esteticamente modernos
 Fácil coordenação e controle;
 Técnica executiva simplificada;
 Menor diversidade de materiais e mão de obra;
 Eliminação de interferências;

Imagem 19 - Alvenaria estrutural, blocos de cimento

Fonte: google
A alvenaria estrutural, exige maior esforço quanto a :

- Elaboração e estudo do projeto;


- Cuidado com materiais;
- Treinamento e supervisão da mão de obra;
- Organização e planejamento na obra;

Cuidados na alvenaria estrutural:

- Os andaimes devem ter dimensões adequadas ao tamanhos dos cômodos a


fim de facilitar a movimentação dos operários;
- As instalações hidráulicas devem ficar acessíveis e nunca chumbadas dentro
das paredes;
- Na obra, em caso de chuva, as paredes que acabaram de ser assentadas
(levantadas) devem ser protegidas com lonas plásticas;
- Jamais faça reformas ou reparos sem antes estudar o projeto do local.
CONCLUSAO

Com o trabalho em questão tivemos a oportunidade de analisar os


métodos construtivos de uma edificação vertical e as etapas para a execução
de cada atividade.
Constatamos as complexidades que envolvem uma obra de grande
porte, desde a entrada do material no canteiro de obras até a execução de
projetos (estruturais, caixaria, eixos) e a necessidade de mão de obra
qualificada para a realização dos mesmos.
Foi possível confrontar a teoria com a realidade pratica e as exigências
necessárias para as técnicas de engenharia civil.
Bibliografia

IBDA- instituto brasileiro de desenvolvimento da


arquitetura(www.forumdaconstrucao.brcom.)
UFERSA- universidade federal rural do semi-arido(www2.ufersa.edu.br)
TÉCHNE- revista do engenheiro civil(http://techne.pini.com.br/)
PAULUZZI- blocos cerâmicos (http://www.pauluzzi.com.br/)
UFRJ-universidade federal do rio de
janeiro(http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006647.pdf)

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