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DIREITOS QUE VOCÊ TEM

Estudante de Direito Julho/ 2020

O famoso “Não nos responsabilizamos


por objetos deixados no veículo”
Direito do Consumidor.

Não é raro ver em lojas, shoppings, e em


estabelecimentos de estacionamento, uma
sinalização indicando a cláusula de irres-
ponsabilidade/não indenizar: “não nos
responsabilizamos”. No artigo desta sema-
na analisaremos a extensão de tal indica-
ção, e como deve se portar o consumidor e
o empresário diante disso.

Súmula 130: A empresa res-


ponde, perante o cliente, pela
reparação de dano ou furto
de veículo ocorridos em seu
estacionamento.

A comanda é para controle de consumo do cliente, não da casa. A cobrança de multa sobre a perda de comanda é
considerada uma prática abusiva (e conseqüentemente ilegal) pelo Código de Defesa do Consumidor. ... Se o consu-
midor perder a comanda, ele não deve ser punido com o pagamento da multa, mas deve agir com boa-fé.

Lourival Santos
É muito comum sair a noite para se
divertir em bares, danceterias, casas
noturnas e nos depararmos, na en-
trada, com uma cobrança chamada
popularmente de “consumação mí-
nima”.

Mas afinal, o que é essa consumação


mínima?

É uma taxa mínima, estabelecida


unilateralmente pelos donos de ba-
res e casas noturnas, que os clientes
são obrigados a consumir ao entrar
no estabelecimento. Caso a pessoa
não queira ou não consiga consumir
o valor pago, não terá seu dinheiro
de volta, ou seja, não há escolha: ou
consome a sua cota ou irá pagar por
algo que não consumiu.

Embora seja uma prática muito co-


mum, essa cobrança é condenável
desde 1991, quando entrou em vigor
a Lei Federal nº 8.078/90 (Código
de Defesa do Consumidor – CDC).

A presente reportagem visa apontar


os impedimentos legais previstos no
Código de Defesa do Consumidor e
em algumas leis estaduais; pretende
também apresentar as alternativas
que nós, consumidores, temos a dis-
posição para não sermos mais víti-
ma dessa prática abusiva.

O CÓDIGO DE DEFESA DO CON-


SUMIDOR

O CDC estabeleceu no art. 39 algu-


mas práticas consideradas abusivas
e, portanto, proibidas.

Práticas abusivas, de acordo com


Rizzatto Nunes[1], “são ações e/ou
condutas que, uma vez existentes,
caracterizam-se como ilícitas, inde-
pendentemente de se encontrar ou
não algum consumidor lesado ou
que se sinta lesado. São ilícitas em
si, apenas por existirem de fato no
mundo fenomênico.”

A impossibilidade da cobrança de
consumação mínima se encontra no
art. 39, inciso I, segunda parte, que
assim preceitua:

“Art. 39. É vedado ao fornecedor de


produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas:

I - condicionar o fornecimento de
produto ou de serviço ao forneci-
mento de outro produto ou serviço,
bem como, sem justa causa, a limi-
Em todos os casos? Não, o pagamento é opcional. O cliente paga apenas se quiser. A nova lei considera a gorjeta
"não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como
serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados"
Ter um amigo é um tesouro sem preço, um gostar sem distância, de
alguém presente em nosso caminho, nas horas de dúvida, de ale-
gria, demais para ser perdido, importante para ser esquecido.

Lourival Santos

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