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Capítulo 24:

24: Campo Elétrico: Cargas Distribuídas


Gilmar Eugenio Marques
Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Física,
Física, São Carlos, Brasil

- Início (< 1800): Mecânica Newtoniana: contacto era a idéia predominante!


Fôrça - Ação entre dois corpos. Implica sempre em Ação – Reação
- Só existe fôrça elétrica em Q1 se Q2 estiver presente e vice-versa.
vice versa

Q1 Q2
F21 F12

- Ação à distância. A carga Q1 (puntiforme ou distribuída) cria no


Faraday: (~ 1820): espaço circunvizinho, um vetor CAMPO ELÉTRICO, E(r) .
- Qualquer carga q0 “pequena” que for colocada num ponto r deste
espaço, sentirá uma fôrça elétrica, F = q0 E(r). q0 carga de pova
- Fôrça sobre q0 será na direção tangente à uma Linha de Fôrça.

  Q1 
Q1
    E (r )  k  2 r
r q0
F ( r )  q0 E ( r ) |r |
  q 0 Q1 
E(r) F (r )  k  2 r
|r |
Sem
melhança
as entre campos
s elétrico
o e gravittacional
Dois Monopolos
com sinais e com
módulos iguais


P

Monopolo

P Dipolo Elétrico:
Dois Monopolos
com sinais diferentes
e módulos iguais

Dois monopolos com


Linhas de Fôrça sinais e módulos
diferentes
Definição de Campo Elétrico:
(Cargas Puntiformes) q0
r F(r)
Q1  
  F (r )
E ( r )  lim
q0  0 q0 Campo de Carga
Lei de Coulomb Puntiforme
Q1
  q 0 Q1    Q1 
F (r )  k  2 r E (r )  k  2 r
|r | |r |

Campo de Cargas Distribuídas Tipos de Distribuições

  dQ  dQ   ( x, y, z )dV Volumétrica
dE ( r )  k  2 r
|r |
dQ   ( x, y )dA Superficial

dQ   ( x)dx Linear
Princípio da Superposição para várias cargas puntiformes
Q3  
r3 E1
Qi , i  1..,, n  Qi  1
Q2
 Ei  k  2 ri k
 | ri | 4 0
E2 ri , i  1 .., n
Q1 
  E3
E 
Princípio da Superposição para Cargas Distribuídas
Ei
i  1, n
  dQ 
dE ( r )  k  2 r
' |r |
dV  dx dy dz ' ' '
r  ( x' , y' , z' ) 2
| r |  (x ''  x ' ) 2  ( y ''  y ' ) 2  (z ''  z ' ) 2
  ''
r r  (x '' , y '' , z '' )
dQ   dV
 dx' dy ' dz '
Cubo
de Volume
'  '' Ex  k 
( x ''  x ' )2  ( y ''  y ' )2  ( z ''  z ' )2
V para uma
distribuição r r V



Integrais idênticas para as outras componentes y e z
''como  E  ( Ex , E y , Ez )
que definem o Campo Total no ponto fixo r
Exemplo 1) : Campo de Dipolo Elétrico  Q
(ao longo do Eixo-z) E z  k Cargas
z Puntiformes
( z  0 )2
2
 Q z
z 0  E zt  E z  E z
P 2 E z 
z
Q z
z 0
Ez k |Q| z 0 2 z 0 2 
2 E  2 (1  )  (1  ) 
t
z
z  2z 2z 
z0
k |Q| z0 z0 
Expansão Binomial E  2 (1  )  (1  ) 
t
z
x  1 z  z z 
Definição de Dipolo
(1  x) m  1  mx  m ( m2 1) x 2 z0 | Q |
Elétrico: Vector Axial,
Isto é, fixo no sistema.
E  2k 3
t
z
z0  z Define um eixo.
z
P
E  2k 3
z z z  t
(1  0 ) 2  1  0  6[ 0 ]2
2z z 2z P  | P | z 0 | Q | z
z  z0
z
  - 1) Expandir Campo para região z ~ 0 ?
P  z0Q z
z 2 z z 2
(1  )  1   6[ ]
2 z0 z0 2 z0 - 2) Plote E zt ( z ) para todas as regiões!
Exemplo 2) : Campo de carga distribuída uniformemente ao longo de uma reta.

dq dq
dE  k s in  dE z  k cos 
y y
 2
2
 tan( )
z ( estudando
as simetrias )
 Ey  0 dE z  k 
zdy
3
dy
 sec2 ( )d [z  y ]
2 2 2

z dE 
dy reta finita (eixo)
Ez  k  z 
dEy
  [z2  y2 ]
1 L
2 2
3 dy
z  [z  y ]
2 2 2   [z 2
3
 y2 ] 2
z L
2

Ez dEz 

  2
z sec 2  d 
y
Iz  
dy
3
 Iz   z 3 [1  tan 2  ]
3
[z  y ]
2 2 2 2
 
 2

 
 
d
2 2
1 1
d = dy
dy dq d
Iz  2
z  sec 
 Iz  2
z  co s  d 
 
2 2
y 1  2
y z  y  z [1 ( )2 ]
2 2 2 Iz  sen  2 2
2
 reta finita (eixo)

sen  z z2 z 
1
2
2
sen m  2 sen m

 z z
2k 
m

z2  y2  z2 1 tan2   2k 
cos  
z Ez  Ez  sen m
 z2  y2  z2 sec2  z z
dq
k dq
2 dE z  k 2
co s 
r
z
cos 
r Exemplo 3) : Campo de z Rd
carga linear distribuída dE z  k
uniformemente num r3
anel ( Sobre o eixo do anel)
z R 2

d
Ez  k
r3  0
d

2 R  z
Ez  k
(z  R )
2 2 32

dq   ds E z  k 2 R 
z
dq   Rd  Q  2 R (z  R )
2 2 32

Angulo Planar
 Q
ds  k ; z> > R
d 
2
Definição Geral
Ez   z
R k Qz
; R >>z
ds  Rd   S  R  d   2 R  R 3
Exemplo 4) : Campo de carga linear distribuída uniformemente num setor de anel. Plano do anel

dq
 m  60
0 d E x  k 2 co s 
r
m r d
Ex   k co s 
 m r 2

Ey  0 ds  rd   m
Ex  k
r 
 m
co s  d 


 
m
Ex  k sin 
r m

(  2 m r ) sin  m
Ex  k
dqq   rd r2 m
 Q  0
0  E x k
r2

     Ex 0
Q   r 2m 
m
 2Q
 Ex k
 2  r2
Exemplo 5) : Campo de um disco com carga superficial uniformemente distribuída. Eixo do Disco

Usando o Campo de um anel como elemento de integração


z dq
Q z
Ez  k 2 2 3 
dE z  k
(z  r ) 2 (z  r )
2 2 32

Q  2 r  R 2 rdr
E z  k  z  0 (z  r )
2 2 32

R
(z  r ) 2 2  12

Ez  k z 
 12 0
dS  2 rdr
 z 
E z  2 k  1  2 2 12 
 (z  R ) 
 
2k  2 R  Plano de cargas

Ez  
0

dq  2 rdr   z 0 Centro do Disco


Q   R 2  20
Materiais Isolantes: Outros aspectos elétricos
- Isolantes ou dielétricos: Materiais onde os elétrons estão fortemente ligados aos núcleos dos átomos

“Cargas
Ca gas negativas
egat vas “ligadas”
gadas aos núcleos
úc eos “Núcleos
Núcleos positivos Fíxos
Fíxos”

- Elétrons ligados não produzem corrente elétrica (movimento de cargas) sob ação de um
Campo Elétrico, mas podem formar dipolos elétricos microscópicos induzidos (Materiais não-polares)
ou orientar dipolos próprios intrínsicos (Materiais polares).

Materiais Polares: Possuem distribuição de Materiais não-Polares: Possuem distribuição de


cargas elétricas assimétricas que formam cargas elétricas simétricas. Sob campo elétrico, formam


dipolos
p intrínsicos,, naturalmente. Sob campo
p elétrico,, dipolos induzidos, devido a assimetria da núvem eletrônica
podem se orientar com o campo. 
causada pelo campo. E 0
E E 0 Centro de cargas (tipo centro de
massa) positivas e negativas são idênticos
 + 
P   P
P  e E
-

0 H  1s
 e= Susceptibilidade Elétrica
1 1 1
H 2++ O- - s p4
8 O  1s 2
8 16 2 22
 
Torque e Energia Potencial de um Dipolo Elétrico em um Campo Elétrico uniforme.

P  Qd
  
d 
+ F  QE
  Fi  0  c.m.: MRU
E i

- 
F  Q

  TORQUE
QE
  r  F       
d d
Efeito do campo elétrico é de “orientar” o   QEsen  QEsen
dipolo.
p Em ggeral,, existe inércia,, e o dipolo
p ficará 2 2
oscilando com relação a direção do campo. Neste
  
caso, definimos polarização, como o valor médio
do dipolo local na direção do campo.
  QdEsen    P  E
Energia Potencial   A escolha dos limites esta relacionada com as
 F .dr posições onde teremos energia potencial zero.
dU   dW dW   Quando   0 o torque é zero, assim
  d neste ponto podemos definir energia
potencial zero. Para   90 temos máximo
Torque.

U    PEsen d   PE cos 
0
U (0)  U (90)  U     d 
2 2
 
U   P.E
Blindagem do interior de metais por indução superficial de cargas:
O material isolado é neutro.
• O campo elétrico na superficie de um metal isolado só pode ser
perpendicular. Se tiver uma componente tangente a superfície, gera corrente
de elétrons na superfície do metal : Assim para se manter a condição estática,
ou seja, o de equilíbrio eletrostático, o campo tem que ser também zero dentro
do metal.
Blindagem do interior metálico pela produção de “cargas
superficiais”
O campo para um metal t l carregado
d tem
t ttambém
bé que ser perpendicular.
di l A fforma
não-simétrica do material produz distribuições de cargas superficiais não-uniformes.
Onde tem mais carga por unidade de área, o campo perpendicular tem maior valor.
Isso ocorre nas regiões
g p
pontiagudas,
g ,ppois a área diminui e a densidade superficial
p de
carga aumenta.

Q
Q

S
LINHAS DE CAMPO GERADAS POR DUAS CARGAS NÃO UNIFORMES

15
Calcule o campo elétrico de um fio infinito, com
densidade linear de carga   +100 nC/m, a uma
distância d=10 cm.
cm

2k
i 0
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ey  sin
y 10
k ~10 d =10 cm
0
10 9  0  90 (finito)
2 *10 *100 *10
Ey 
0.1
sin 90  2 *10 4 N / C .  0  90 (infinito)
Ey
Filtros em Chaminés
Este é um valor típico
usado para o controle
de fumaça
ç em
chaminés
Típicos valores de Campos Elétricos (SI)
• 1 cm de distância de uma carga negativa, q =1 nC=10-9:

– E= kq /r2
~ 1010 *10-9/ 10-4
r .E
q
– E=105 N /C
[k][q]/[l2] = N.m2/C2 C / m2 = N/C

• Eletricidade em atmosfera +++++ •E


normal E~ 100 N/C para 100 km
---------
de altura na ionosfera
Earth

Átomo
de Hidrogênio
• Campo de um próton na localização do elétron

- no átomo-H. Obs: O raio da órbita do elétron é
•r 0.5*10-10 m.
+• E = kq /r2 ~ 1010 *1.6*10-19/ (0.5 *10-10 )2
E= 4*1011 N /C
1 N / C = 1 Volt/metro
Molécula de água (H2O) tem momento de dipolo elétrico permanente
p = 6.2 x 10-30 Cm . Sabendo que a carga envolvida é q=10e, calcule a
distância d entre os centros de carga positivas e negativas?
distância,

d = p / 10e = 6.2 x 10 -30 C m / 10*1.6 x 10 -19 C  d = 3.9 x 10 -12 m

Um valor muito pequeno mas ainda responsável pela


condutividade além do alto p
poder de solubilidade da
água.
Como visto antes, quando um dipolo está em um
campo
p elétrico uniforme,, existe as interações:
ç

Torque Energia potencial


    
  P E U   P.E

Esse efeito de rotação é que faz um forno de


Micro-ondas aquecer alimentos que contenha água
ou outros produtos polares
Aplicações Modernas
Fornos Micro-Ondas

Impressoras Jatos-de-Tinta,
Impressoras Laser, Máquinas Xerox.
Outras aplicações semelhantes, tubos de
TV, Osciloscópios
O il ó i de d Laboratórios.
b ói
Aplicações Modernas Filtros em Chaminés

Aplicações Históricas
1909

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