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Tre ACOH mena A buscada perfeicao: OT CCTM OR OnO nN ROMP TUES vpaHA-99eF BLEW CU eyned wo eys|uasne OLBOp! oO :OVYOISdaad Wd Vosnd V (esopeann0) qunteog BION eimeWy usc Sy Pts t= psnarpay onsgp Soames rant Soe} ISI 4 OOLVHD OLAOUA m0 9p onneg 2004 04g HUNGOISA ‘eIOLag OLLTaSNOD YONRIVI A IVAGVILST TAVEISWIAINA VE VUOLIGA oes Copyright © 20% para os antes ‘Trl os ditt reservadon.Preibida a reprodugin, mesmo pei por qualquer proceso mecinic, etronieo, sepecgriBeo ete, sem a suoriacao, por eet, dbs autres ‘Todos 0 direitos reservados desta edhe 2019 para Edom “Todas as inormayes dt obra ora publica, one as mares eistrads,ee logs a8 eagens e qalsquer ‘tres eonteidosutlizados, sie de responsabilidad dos autores isto textual e gramatieal Waa Delores Noehiade Nornlizagi lexual ede refrsneias: Marios Aparcedla Splon Almeida (CH 9-1000) Projeto gli’ diagramoc: Marcos Kazuposh Sass ‘Capa nage: fornecd pels organladora otngratuda por Beales Ady Fiorini Mosteschih ‘Capa arte inal Mares Says Sassi Fete Plsfais Display rem versio impress: 300 exeuplaes Dados laternacionais de Calalogagao-na-Publlengzo (1D) ‘Eder -UEN, Mating ~ PR Bas 1062 A busca da perfeigZo: 0 idedsio eugenista em pauta/ Maria Licia Boarii (organinadora), ~ Marin Eduern, 2019 supe Ist 9 1. Eugenia, 2 Higiene mental ~ Eugenia. , Sociedade cusénica. , Popularizagio da ‘eugenia. 5 Boa drigema ~ Fugenia, I, Boarin, Maria Licia. I Titulo, : cop aed. 509 ina Comceigh de Niaria (CHB 9-066) aitora ide & nau ce adem - Faitora da Universidade tstadual de Maringa ‘hv. Colma, 990 = Blac - Campus Universe ioo-900” Maringi-Parané- Foe: Ul 3on403, “mwceduemembreduamiuem SUMARIO PRERACIO Das diferentes formas de lidar com os indesejaveis Ana Maria Jac APRESENTAGAO, Vanderlei Sebastidi de Souza... CAPITULO “Eugenizar’: o substantivo que hd séculos tentamos conjugar Maria Lucia Boarini. capiruno 2 Antropolog Marcas Alexandre Gomes Nall .ecnssnsnnesnsinsnsinninnnannn a capiroLo 3 0 Correio Paulistano (1918- eugenia Melline Ortega Faggion e Simone Carlos de Souza, ” 129) € a popul carireLo 4 ransformar o Jeea em cid: 10 pradutivo ~ eugenia ¢ formagio da nacionalidade em Goiis Anderson de Brito Rodrigues, Divino de Jesus da Silva Rodrigues e Jaqueline Veloso Portela de Ar % caPtTULO 5 Produsir x infin mental e eugenia dnéia José Martins Zaniani c Lorena Maria da Silva 3 ir um pais: interfaces entre higiene CAPITULO 6 ‘Saiide e progresso’: cugenia, justica c os destinos da infancia Marina Maria Reltrame ue eaters eee EEE EP econ ee ee ee eee Cee] APRESENTAGRO Ahistéria da eugenia em perspectiva Vanderlei Sebastiao de Souza Os projetos de methoramento humano, baseados no conhecimento sobre hereditariedade ¢ nas teorias raciais, emergiram na Kuropa, especialmente na Gra- Bretanha, na segunda metade do século XIX, Inspirado nas teorias evalutivas e nos debates sobre o funcionamento dahereditariediade no homem, onaturalista britanico Francis Galton publicou, ma década de 1860, um conjunto de trabalhos nos quai pretendia provar que a inteligéncia e ay habilidades humanas no eram funcdes da educacio e do meio, mas sim da hereditariedade, Suas teses ganhariam consisténcia com a publicacao do Livro Hereditary Genius, no qual reafirmavaa tese, segundo a qual, as capacidades mentais eram transmitidas de pais para filhos, sem a interferéncia do meio. Anos depois, em 1883, coma publicagio do Livro Inquiries into human faculty and its development, 0 naturalista britanico denominaria esse campo do conhecimento de ‘eugenia’ a ciéncia responsdvel pelo aperfeicnamento hereditério humano e pela reservacio das caracteristicas raciais consideradas superiores (KEVLES, 1985). Na passage do século XIX para o XX, as idelas eupe fértil entre os homens de cientificas. is encontrariam terreno ‘éncia, no apenas porque reafirmavam concepgées imaginadas pela comunidade de naturalistas, médicos e bidlogos, mas também porque ansiavam em aplicar a ciéncia como uma ferramenta de controle social € aperfeigoamento biolégico do homem. Do mesmo modo, a ciéncia eugénica também seduriria as elites europeias, as autoridades piiblicas e administradores das principais nacies imperialistas da época, Além de lidar com os problemas sociais, gerados pelo desordenado processo de incustrializago e o avelerado ereseimento urbano das grandes cidades da Europa, as autoridades puiblicas também precisavam .gerenciaros problemas ocasionados pela cor easl ‘daimperialista aoscontinentesafticano i¢0, especialmente aqueles relacionados avs eruzamentos raciais, Vale embrar ue, desde 0 inicio do século XIX, as elites europeias temiam que o creseimento da Pobreza, da desordem social, da imoralidade pablica, além da miseigenagio racial, amencasse a sua seguranca ¢ © proprio desenvolvimento do progresso, do capital ¢ 1 Professor Adjunto do Departamento de Historia da Universidade Estadual do Genteo-Oeste’ Unicentro-PR. “meses anatecsnemam EEE EEE EEE e aimee eee A BUSCA DA PERPELGXO: 0 IDEAMIO EUGENISTA RDI PAUTA da civilizago. De outro lado, havia a percepedo de que esse contexto podria colocar as nagées europeias num processo de decadéncia social e degeneracae biolégtea, ameacando as caracteristicas hereditérias das elites ou daquilo que se considerava ‘como as “tagas superiores Nesse contexto, nas primeiras décadas do século XX, a cugenia encontrou adeptos e rapidamente se espalhou pela Europa, formando sociedades cientificas, congressos, periddlicos especializados, concursos, palestras ¢ um sem niimero de publicacdes. Além da Inglaterra e de outros paises da Europa, sobretudo Alemanha, Suécia, Noruegite Dina ‘uma ferramenta de construgio da modemnidade e de intervengao na vida social e na biologia humana (KEVILES, 1985; BLACK, 2003), Para estes paises, a eugenia prometia criar uma inovadora engenharia racional capa de produzir um nov homer, climinando as imperfeigdes hereditirias ¢ estimulando o desenvolvimento de suas area, os Estados Unidos também abragaram a eugenia como habilidades fisicas e mentais. Em poucos anos, asideias eugénicas foram disseminadas ¢ transformadas m I, alcangando entusiasias em diferentes lugares do mundo, inclusive na América Latina (ADAMS, 1990; STEPAN, mn amplo movimento cientitieo € soc 2005), Como simbolo de modernidade, conforme explica Nancy Stepan, a eugenia nfo apenas“... encorajou aadministracio cientificae racional da composicio heredititia da espécie humana [..J” como também introduziu ideias potencialmente explosivas gue incluiam a segregacio racial, as cirargias esterilizadoras, a eutanasia ¢ 0 racismo genético (STEPAN, 2005, p. 9} 4 aplicacdio da eugenia encontrou receptividade especialmente no complexo contexto que envolveu as duas guerras inundiais, impulsionadas pelo racismo e pelos ideals nacionalistas que inflamavam os animes das principais nagées europeias. Nesse periodo, os projetos de selecdo e melhoramento racial envolveram a criagio de ‘medidas que resultariam numa série de atentados contra ahumanidade, estimulande ‘a exclusio, perseguicdo ¢ violéncia contra minorias éticas, imigrantes, refugiados de guerra, doentes mentais, homossexuais ¢ individuos considerados “inferiores’ ‘ou ‘degenerados’ Projetos mais radicais foram implantados especialmente em paises como os Fstados Unidos ¢ Alemanha, que no apenas promoveram medidas extremas de segregaco racial como também criaram instituigdes de reclusdo compulsé | esterilizacio eugénica ¢ alé mesmo exterminio em massa. O exemplo mais emblemitico de exterminio humano, baseado em principios eugénicos, foi iso da Alemanha nazist sponsivel pelo holocausto que eliminou milhoes de ntracio, Tanto nos Estados Unides quanto na Alemanha, pessoas em campos de et projetos radicais de melhoramento humano foram apoiados por eugenistas, médicos e bidlogos renomados como Charles Davenport, Harry Laughlin Madison Grant, nos “sense APRESENTAGRO : Estados Unidos, e Eugen Fischer e Fritz Lenz, na Alemanha (KEVLIK 1988; KOHL, 1994). 1085; PROCTOR, De acordo com ahistoriografia, os paises do norte da Kuropa e os Estados Unidos assumiram uma cugenia mais ‘dura, baseada em concepgdes e teorias cientifieas © ideias deterministas © potencialmente violentas (KEVLES, 1985: BLACK, 2003 PROCTOR, 1988). De outro lado, o8 paises de lingua latina teriam desenvolvido ‘uum modelo de eugenia mais suave, sustentado especialmente pelo evolucionismo neolamarckisia, que apostava na heranea dos caracteres adquiridos. Para estes, mudangas ou reformas do meio social seriam fundamentais no processo de melhoramento das futuras geragdes, De acordo com a historiadora Naney Stepan, 08 movimentos eugénicos que se desenvolveram na América Latina teriam seguido essa tradigdo, afastando-se dos principios mais duros que nortearam a eugenia anglo-saxai (STEPAN, 2005). Em paises como o Brasil, Argentina e México, a eugenia teria assumido medidas mais suaves de intervenclo, adequando-se as tradigées Clentificas, as ideologias sociais e as realidades nacionais, No Brasil, por excmplo, a eugenia se confundia com as preocupacies com a higiene, o saneamento ¢ a satide piiblica, adaptando-se a agenda de reformas médieas e sanitirias em curso no pais nas primeiras décadas do século XX (STEPAN, 2004) De outro lado, embora concordem tom a perspectiva de Nancy Stepan sobre a as especificidades do movimento eugénico brasileiro, pesquisas mais recentes vem ‘ apontando que a eugenia no Brasil foi um movimento multifacetado que assumi # nlificas e ideologias soctais e politieas, resultando mum campo , issémico. Alguns trabalhos vém, inclusive, demonstrando o estreito i didlogo das prineipais liderancas do movimento engénico brasileiro com eugenistas, | geneticistas € médicos norte-americanos, alemies e de outros paises do norte da | Europa, o que teria reconfigurado as ideias e 05 projetos da cugenia brasileira em : diferentes sentidos (SOUZA, 2016; WEGNER; SOUZA, 2015). Ao invés de uma eugenia mais suave, ao estilo do evolucionismo neolamarckista, 0 que se tem percebido uma diversidade de usos e apropriagdes de ideias que vio além daquilo que Nancy Stepan denominou de ‘cugenia latina’ (SOUZA, 2006; SOUZA, 2016). O exemplo mais ‘emblemético é a forca que a genética mendeliana exerceu no Brasil, fosse no sentido de uma ‘eugenia negativa, conforme as apropriagies feitas por Renato Kehl, fosse Para compreender a miscigenacio racial em termos positivos, como foi o caso dos lusos feitos pelo eugenistae antropélogo Fxgard Roquette-Pinto (SOUZA, 2016), Além isso, ndo se pode esquecer que politicas rigorosas de segregacio racial, controle ‘matrimonial e esterilizagio cugénica foram livremente defendidas no Brasil. Emabora | 0 Fstado brasileiro tenha somente em parte aderido as medidas mais radieais, como A BUSCA DA PERFFICAD: O DEARIO EUCRNESTA Ew PALA {foi 0 caso das politicas de sclecio imigratéria, ¢ inegivel a existéncia de discursos mais rigorosos de methoramento racial entre os eugenistas brasileiros. ‘Nos tltimos anos, uma série de estudos de casos, sobretudo de monografias, dissertacdes de mestrado e teses de doutorado, vem contribuindo para o entendimento mais amplo e profundo do movimento eugénico brasileiro, Essas pesquisas tém demonstrado a diversidade de ideias € projetos produvidos pelos eugenistas nacionais, ressaltando as varindas formas de apropriagdo € usos que a eugenia recebett no Brasil. Fsse ¢ 0 exemplo do livro que agora apresento aos leitores, Organizado por Maria Liicia Boarini, o livro intitulado A busca da perfeiedo: o idedrio engenista em pauta vetine textos com diferentes perspectivas, objetos e abordagens sobre ahistéria da eugenia brasileira, Trala-se de uma coletinea de textos que analisa desde questes conceituais, filosdticas ¢ antropolégicas sobre os usos da eugenia até Aiscussdes sobre a popularizacdo desta na imprensa, as relagfies entre eugenia, raca c identidade nacional, a esterilizacio eugénica, as questoes juridicas e a aplicagao da eugenia, além de andtises sobre esta e satide piblica, higiene mental e in nei, No primero capitulo, Maria |.ucia Boarini aborda o carter filosétieo ¢ conceitual em torno das concepcdes relacionadas 0 aperfeicoamento fisico © mental do hhomem, 0 texto destaca que diferentes perspectivas engénicas foram desenvolvidas € cultivadas ao longo ca historia, desde as sociedades antigas até as modlernas, fosse pelo viés da moraticade social ¢ das variadas concepcdes sobre a natureza humana, fosse pela busea da boa satide, da tética ou do aperfefcoamento fisico. A autora demonstra que a racionalidade ¢ 0 pensamento eientifico moderne dialogaram com essas diferentes perspectivas eugénicas, mas ampliaratn s formas ¢ os mecanismos 108 € 0 ideals de formacao ca ‘hoa geracio: Na compreensio de Boarini, essa busca incessante pelo ‘melhoramento da espécie’ de intervencav sobre as priticas, 0s dis se mantém na modernidade a partir de novas linguagens e roupagens, alimentadas pelo desejo do conhecimento pleno, dominio e transtormacao do mumdo pela ciéncia, apesar dos novos e desafiadores obstaculos encontrados no camninho, Marcos Alexandre Gomes Nalli analisa, no segundo capitulo, a antropologia eugénica na obra de Renato Kehl, a principal lideranga do movimento eugénico brasileiro © um dos defensores de medidas euggenicas mais radicais, ao estilo da eugenia negativa. Assim como Boarini, Nalli também esté preocupade com os aspeclos conceituais que envolvei a definiglo das concepedes eugénieas, Nesse sentido, o texto aborda tanto os aspeetos epistemolégicos que fundamentavam as teorias euyénicas empregadas pelo eugenista brasileiro quanto a relagio entre ox rojetos eugénicos deste eas discusses nacionalistas, a questio racial ea viabilidade Se A BUSCA DA RERVEIGRO: 0 iDEARIO EUCENISTA EX PALTA. ‘matrimonial, na maternidade si e consciente e nahigiene e robustez infantil, Por sua vez, Marina Maria Beltrame analisa, no capitulo 6, 2s relagies entire eugenia,justiga e infancia, especialmente na prim ‘0 campo do direito ¢ o da justiga foram acionados como ferramentas fandamentais ‘io apenas para a formulagao de leis, normas ¢ projetos eugénicos como também para a criaglo de instituigées responséveis pela reclusio, identificagio, tratamento ou reediueacio de eriangas abandonadas ou ‘menores delinquent ra metade do século XX. Beltrame demonstra que ATusca de respaldo juridico para a implantacio de medidas eugénicas também 6 abordada no capitulo z, de autoria de Ana Carolina Becker Nisiide, A autora explica ‘que, especialmente a partir dos anos 1930, com 0 debate sobre a Constituigao de 1934, ‘os euugenistas passaram a recorrer aos mecanismos do Estado, ao direito ¢ As normas juridicas para legitimar e garantir a efetivacio de suas propostas de intervencao social, sobretudo aquelas que pretendiam intervir diretamente no espago privado ou familiar. O texto destaca que esse debate esteve colocado tanto nas discusses sobre educagiio eugénica e sexual, nas orientagdes matrimoniais e no debate sobre imigrago quanto nas discussdes sobre esterilizaco eugénica, um dos temas mais embleméticos, propostos por setores do movimento eugénico brasileiro. A relacio entre eugenia e os debates sobre superdotacio eo suposto cardter hereditirio das capacidades intelectuais € tratada no capitulo 8, de autoria de Roselania Francisconi Borges. Atenta as diseussdes sobre higiene mental langadas, pelos eugenistas brasileiros no inicio do século, baseadas nos idedrios da eurgenia e da psiquiatria oriundos dos Estados Unidos e de alguns paises da kuropa, a autora demonstra que o debate sobre higiene mental ¢ as preocupacdes com a inteligéncia c asatide psiquica encontrou terreno fértil entre os brasieiros, especialmente apés a criagio da Liga Brasileira de Hygiene Mental (LBHM) em 1923. Com os olhos voltados parao presente, o objetivo da autora é problematizaras politicas de educacao lancados no Brasil nas tltimas décadas, como o Programa de Altas Habilidades/Superdotacio. De acordo com @ texto, programas como este permitem refletir sobre rupturas ¢ persisténcias das politicas de controle, produgio € padronizacio de habilidades intelectuais, remetendo aos antigos programas de formagao de um homem ideal, Iangados pelos eugenistas na virada do século XIX para 0 XX, No tiltimo capitulo, Carina Furlaneto Frazatto e Marina Maria Beltrame analisam as discussies sobre esterilizacio eugéniva, medida polemica que encontrou adeptos e que repercuti com forea entre os eugenistas e psiquiatras brasileiros, especialmente nos anos 3930. Em didlogo com o debate sobre a esterilizagio de doentes mentais ¢ individuos considerados degenerados, praticado em paises como o Brasil, Alemanha 4 APRESENTAGAO e Estados Unidos, as autoras procuram compreender como essa tems repercutiu entre eugenistas, médicos ¢ psiquiatras brasileiros, 0 que estimulow uma ampla agenda de discussdes que circularam por periédicos especializados ou mesmo em Jornais e revista de grande circulacao. Vale destacar que, apesar da repercussao e dos. esforgos de um grupo de eugenistas, sobretudo aqueles associados & Liga Brasileira de Higiene Mental, a esterilizagao eugénica nio recebeu abrigo legal por parte do Estado brasileiro, diferentemente do que ocorreu em paises como os Estados Unidos, Alemanba, Dinamarca ¢ Suéeia, que produziram uma ampla legislacdo que legalizou essa pritica e estimulon a esterilizago de milhares de inwlividuos. Referéncias ADAMS, M. B. (org.). The wellborn cience: eugenies in Germany, France, Brazil e Russia, New York: Oxford University Press, 1990. BLACK. E. A guerra contra os fracas: a eugenia ¢ a campanha norte-americana para ccriar uma raya superior. Tradugao Tuca Magalhiies, Si Paulo: A Girafa Editor, 2003, KEVLES, D. In the name of eugenics: genetics and the uses of human heredity. Berkeley: University of California Press, 1085. 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