Altera a aplicação do disposto no art. 1º, do Decreto n.
º 3.914, de 9 de dezembro de 1941 para ampliar a visão criminal e aumentar as imputações penais de forma proporcional pela perturbação da ordem, do sossego, da integridade e da paz ocasionado no ambiente social.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Considera-se crime a infração penal a que possa perturbar a
ordem, o sossego, a integridade e a paz pública e alheia sob todas as formas descritas neste código nas quais comina pena de reclusão ou detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa ou indenização; contravenção criminal, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão ou de multa ou de indenização, alternativa ou cumulativamente.
Parágrafo único: Integrar-se-á a este entendimento que as ações de investigação, de
policiamento, de auditoria e as ações de juízo devem em todas as suas formas e amplitudes elevar a moral, preservar a ordem, promover a justiça e consolidar a paz e a integridade pessoal, social e econômica sempre contra aqueles que violaram a lei.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Atento ao quesito “respeito pela integridade social” e não somente a
este como também a integridade física e das faculdades mentais de todas as pessoas as quais os direitos humanos defendem dignidade e integridade, venho através desta medida com igual humana característica, instigar e trazer para nossos sentidos a observação de que o crime não é somente uma ação isolada entre bandido e vítima, pois quando cometido o crime uma cruel extensão social e psicológica foge dos limites do ato criminoso. É imprescindível compreender que crime é tudo aquilo que perturba, destrói, corrompe e molesta o sossego, a ordem e a paz social e alheia. Olhando para esta realidade ignorada não podemos deixar de fazer jus numa imputação penal, a condenação pela perturbação social deixada pela ocorrência do fato criminoso em determinado local, pois o crime afeta a moral local, o efeito de ir e vir, o comportamento pessoal e o relacionamento dos demais residentes no entorno das vias de fato visto a construção de um ponto de insegurança para ser observado.
A problemática da criminalidade encarada desta forma (perturbação
de um estado íntegro de paz e ordem) visa solucionar a questão da extensão tanto da visão quanto da capacidade e da possibilidade de se cometer um crime, que com o atual entendimento e expressão da lei faz com que as pessoas entendam que seus hábitos e personalidades os distanciem da atividade criminosa e em contrapartida se neguem a compreender que as vias de fato andam habitualmente lado a lado com o hábito pessoal e social. Foge desta visão atual que as vias para o crime podem ser diversas como por uma ocasião, por uma intenção, pela atitude omissiva ou em determinadas situações por extremar suas condições sociais e pessoais forçando as pessoas ao cometimento de ilegalidades.
Ao contrário desta visão distanciada entre o crime e a pessoa de
bem, esta menção em lei sobre o entendimento do crime como perturbação do sossego, da ordem e da paz torna a possibilidade de um fato criminoso para dentro de nossos lares, de forma que este passa a ser encarado como fruto de uma falta de educação, obrigando assim, o exercício de um estado de consciência ativo de polícia pessoal sobre si mesmo, colaborando de forma habitual com o decoro enaltecedor e edificador da nobreza comportamental em nossos sentidos e amplitudes existenciais sejam elas pessoal, social, profissional e intelectual que são as bases construtoras de nossos costumes e culturas.
Enfim, compreender e imputar este entendimento é refinar as leis
para que os exercícios de suas penas protejam a integridade daqueles que foram vítimas e ao mesmo tempo proporcione em sua amplitude uma equidade de sentido entre a lei e a justiça, as quais de um lado devem ser ônus para a imoralidade e para os transtornos éticos, e para um outro lado ser a proteção e reparação de um estado de integridade da moral e da ética desejados como forma saudável e íntegra de viver e conviver.