Da linda e indefesa normalista Desgarrada da canção; da heroína Da história e de uma secretária Entre patrões e parangolés.
Estupro da senhora elegante
Reduzida aos mulambos, rasgada, Tendo as pernas afastadas e a alma Atochada num beco e sua escuridão.
Estupro da menina inocente, da meretriz
Pelo cliente e de uma mulher por vários Marginais. Estupro punido, perdoado, assitido, repulsivo E até desejado!
Estupro que se dá numa sala, na alcova,
Na família, na igreja ou numa mesa de biliard. Estupro em todas as classes, campos, terrenos(baldios), flancos, formas e posições!
Estupro de Sodoma, Lesbo, Nanking e em qualquer
Lugar. Hediondo para a vítima, prazeroso para o seu algoz. Excitante para alguns, revoltante para muitos outros. Estupro do qual nascemos, somos abortados, E que torna uma virgem, mulher.
Estupro do vento que esvoaça aquela saia!
Cometido por um boto, espírito santo, incubus E mandrová. Arma de guerra, lei da cela, bárbarie de vândalos E dragões contra uma donzela. Estupro em poemas, filmes, ocorrências, jornais, Intenções e cicatrizes.