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Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Impresso por: Andrezza Kharla da Cunha Penha
Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 2 Data: quinta, 23 jul 2020, 15:13
Livro: Contexto do Novo Acordo Ortográfico
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23/07/2020 Contexto do Novo Acordo Ortográfico
Descrição
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Sumário
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Ao final deste módulo, você deverá dominar o contexto do novo acordo ortográfico, a presença da língua portuguesa
no mundo, as alterações no nosso dicionário e também um breve histórico do Acordo Ortográfico.
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Desde 1º de janeiro de 2009, estão em vigor no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem o objetivo primordial de unificar a ortografia nos
países que têm o português como língua oficial.
Ao fazê-lo, pretende garantir maior status à língua portuguesa no plano internacional, facilitando o intercâmbio cultural, comercial e jurídico-
institucional entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Assim, incrementando o prestígio internacional do português, habilita-o a ingressar no rol dos idiomas oficiais utilizados na Organização das Nações
Unidas (ONU).
Tais medidas, entretanto, não têm aplicabilidade imediata. O decreto legislativo assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um período de
transição para a aplicação das novas regras: de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015.
Nesse período, as duas grafias são reconhecidas como oficiais. No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2016, a ortografia oficial vigente será aquela
assentada nas bases do Acordo Ortográfico.
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Do ponto de vista do léxico da língua portuguesa, estima-se que o número de palavras cuja ortografia foi alterada com a celebração do Acordo,
segundo dados da Academia de Ciências de Lisboa, é de pouco mais de duas mil num universo de cerca de 110.000. Com isso, unifica-se a ortografia
de aproximadamente 98% do total de palavras da língua portuguesa.
No caso brasileiro, calcula-se que as modificações atingiram aproximadamente 0,5% das palavras. Já no caso do português de Portugal, a estimativa é
de que 1,6% dos vocábulos foi alterado com a entrada em vigor do novo Acordo.
Observamos que, nesse levantamento, não foram contabilizadas, à época, as alterações decorrentes das novas regras de uso do hífen, bem como
aquelas resultantes da supressão do trema.
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Pelo quadro abaixo, pode-se acompanhar, no tempo, como evoluiu o processo de unificação da ortografia da língua portuguesa.
1904
• eliminação dos fonemas gregos /th/ (theatro), /ph/ (philosofia), /ch/ (com
som de < k >, como em chimica), /rh/ (rheumatismo) e /y/ (lyrio);
• eliminação das consoantes dobradas, com exceção de < rr > e < ss >:
‘cabello’ (=cabelo); ‘communicar’ (=comunicar); ‘ecclesiastico’
(=eclesiástico); ‘sâbbado’ (=sábado).
1907
A partir de uma proposta do jornalista, professor, político e escritor Medeiros
e Albuquerque, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elabora projeto de
reformulação ortográfica com base nas propostas de Gonçalves Viana.
1911
Portugal oficializa, com pequenas modificações, o sistema de Gonçalves
Viana.
1915
A ABL aprova a proposta do professor, filólogo e poeta Silva Ramos, que
ajusta a reforma ortográfica brasileira aos padrões da reforma portuguesa
de 1911.
1919
A ABL volta atrás e revoga o projeto de 1907, ou seja, não há mais reforma.
1931
A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras assinam
acordo para unir as ortografias dos dois países.
1933
O governo brasileiro oficializa o acordo de 1931.
1934
A Constituição brasileira revoga o acordo de 1931 e estabelece a volta das
regras ortográficas de 1891, ou seja, ‘ortografia’ voltaria a ser grafada
‘orthographia’. Protestos generalizados, porém, fazem com que essa
ortografia seja considerada optativa.
1943
Convenção Luso-Brasileira retoma, com pequenas modificações, o acordo de
1931.
1945
As modificações introduzidas pelo novo Acordo, ao priorizarem a ortografia
lusitana, foram de tal monta que provocaram intensos protestos de parte
dos brasileiros, culminando com a revogação do Acordo em 1955,
restabelecendo-se o sistema ortográfico, instituído no Brasil em 1943.
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• supressão do acento circunflexo diferencial nas letras < e > e < o > da
sílaba tônica das palavras homógrafas, com exceção de ‘pôde’ em oposição
a ‘pode’: ‘almôço’ (=almoço), ‘êle’ (=ele), ‘enderêço’ (=endereço), ‘gôsto’
(=gosto);
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1975
As colônias portuguesas na África (São Tomé e Príncipe, Guiné-
Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique) tornam-se
independentes.
1986
São finalmente redigidas as Bases Analíticas da Ortografia
Simplificada de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em
1986.
1991
Surge outra versão do documento anterior (1986): o Acordo de
Ortografia Simplificado entre Brasil e Portugal para a Lusofonia,
conhecido como Acordo Ortográfico de 1995, aprovado oficialmente
em 1995 pelos dois principais países envolvidos (Brasil e Portugal).
1995
Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de 1991, que
passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
1998
Em Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificado ao Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, mas apenas Brasil, Portugal e
Cabo Verde o aprovaram.
2002
Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004
Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinado que basta a
ratificação por três membros para que o acordo entre em vigor.
2005
Cabo Verde ratifica o Acordo.
2006
São Tomé e Príncipe ratifica o documento, possibilitando a entrada
em vigor do Acordo.
2008
Portugal aprova o Acordo Ortográfico.
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Parabéns! Você chegou ao final do Módulo I de estudo do curso Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e responda aos Exercícios de Fixação. O resultado não
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz
a correção imediata das suas respostas!
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