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A PERCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

COMO LE/L3 POR SURDOS DO ICEPSA EM ESCOLAS NÃO BILÍNGUES

Rosiane dos Santos Langer (UFPA)1

Orientador: Jorge Adriano Pires Silva (UFPA)

RESUMO: A presente pesquisa, em andamento, tem como objetivo analisar a


percepção de ensino-aprendizagem da língua inglesa como língua estrangeira (LE/L3)
por surdos participantes do Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante dos
Surdos de Altamira (ICEPSA) no estado do Pará, tendo como intermediação nesse
aprendizado a Língua Brasileira de Sinais (L1) e o Português (L2), levando em
consideração a importância e aplicabilidade destas – numa perspectiva de linguística
contrastiva – na visão dos participantes deste estudo. Para tanto, embasamo-nos,
especialmente, em estudos linguísticos das línguas de sinais (QUADROS &
KARNOPP, 2004) e em trabalhos na grande área da linguística aplicada, especialmente
no que tange o ensino do inglês para surdos brasileiros (BRITO, 2010; LIMA, 2011;
SOUSA, 2015; SILVA, 2019). Para averiguar tal processo, foi feita uma pesquisa de
cunho qualitativo, que selecionou como corpus estudos publicados no âmbito do ensino
de inglês como LE para alunos não ouvintes, assim como aplicação de questionários,
entrevista e uma aula experimental (intervenção) juntos aos participantes surdos
frequentadores do Icepsa (que será realizada no segundo estágio da pesquisa). Com este
estudo e seus resultados parcialmente analisados, verifica-se a importância de analisar
as percepções de surdos egressos de escolas não bilíngues acerca do ensino de inglês
(LE), proporcionando-lhes o lugar de fala devido, como participantes ativos no processo
de aprendizagem. Os dados bibliográficos, revelam também que, apesar de todo o
contexto de lei favorável do ponto de vista inclusivo; ao garantir, por exemplo,
intérpretes de Libras em escolas nas quais haja surdos matriculados, a modalidade
regular de ensino (não bilíngue) acaba por se tornar um “meio-termo” quando o assunto
é formação acadêmico-escolar de estudantes surdos. Tais constatações serão
confrontadas com as percepções de surdos egressos de escolas públicas não bilíngues e
que sejam participantes da associação de surdos de Altamira-PA: O Icepsa. Neste

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Licenciatura em Língua Inglesa/ rosianelanger10@hotmail.com

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estudo, compreendemos a necessidade da particularização curricular quando se trata do
ensino de uma língua oral estrangeira a pessoas surdas, desenvolvendo as habilidades de
escrita e leitura permeadas por uma aprendizagem que se paute na língua de sinais.
Dessa maneira, os agentes educacionais necessitam de formação que lhes garanta a
possibilidade de pensar o ensino de inglês com um “olhar visual” em salas mistas
frequentadas por educandos surdos e ouvintes. Chega-se à conclusão parcial, através do
referencial teórico no bojo dos autores que discutem sobre o ensino-aprendizagem de
inglês como LE/L3, da importância e necessidade de um processo educacional pensado
não a partir de um único prisma, mas à luz da perspectiva ouvinte e surda em conjunto e
parceria no contexto de escola regular não bilíngue, levando o surdo a compreender o
contexto da aula de inglês, motivando-o e contribuindo para o seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem; Surdos. Inglês; Icepsa.

Eixo 4. Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira

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