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na planície,

os castelos
MARINA COLASANTI
Os castelos que visitou eram
as casas brasileiras.

Cada família e indivíduo tem uma maneira


distinta de se comunicar, se adequando ao
meio e ao grupo de falantes a qual se
direciona, portanto, é fluente na língua
portuguesa, SABE USAR E DOMINA A
LÍNGUA, sendo compreendido e
compreendendo diferentes maneiras de se
comunicar, gírias, (in)formalidades,
dialetos, regionalismos etc.
As diferentes
comunicações e suas
particularidades (da
língua):

1) Comunicação por bandeiras: dialetos


específicos de imigrantes, linguagem antiga;

2) Comunicação por espelhos: (Ctrl c + Ctrl v) formal,


ambientes formais, fala “policiada”, como é escrita;

3) Comunicãção por sinal de fumaça: fala espontânea,


em ambientes informais, com a família, por exemplo;

4) ou códigos de gang: Coloquialidade e gírias: em


comunidades específicas; com jovens;
Variação
linguística
simbologias e metaforas presentes no texto:
EXCESSOS DE ADJETIVOS E SUPERLATIVOS:

“(...) Rodeados de montanhas. Altas. Atlíssimas.


(...) Erguiam-se castelos. Altos. Altíssimos.”

Reino; Vale; Morros; Castelos; = Locais ou grupos de pessoas;

“Isolados, como parecia, a verdade entretanto é que nada acontecia num


castelo que em outro não soubesse. Uma longa rede de conversas
estendia-se por cima do vale ligando terreões, muros e cúpulas.
Conversas bem vistas, que cada castelo tecia a seu modo e a seu modo
interpretava.”
simbologias e metaforas presentes no texto:
Bandeiras e bandeirolas: se agitavam, se alternavam, aparecendo e
desaparecendo... (uma velha –intérprete- que compreendia e traduzia = um
dialeto antigo, porém, respondia na linguagem dos espelhos);

Espelhos: formalidade e adequação + cópia. ;;

Fumaça: Códigos de gang, mundo do crime;


Trombetas: Linguagem técnica, cinentífica ou militarizada;

Pipas: linguagem infantil, fonética em construção;

“Os significados cruzavam-se no alto variados e mutantes como pássaros. Sem


que por isso a verdade resultasse menos verdadeira.”
simbologias e metaforas presentes no texto:
“(...) Mas quando o cesto abaixou, em vez de enchê-lo de mercadorias, subiu
dentro dele, fanzendo-se içar até o alto. (...) Assim, um depois do outro, o viajante
visitou todos os castelos” (ofereceu seu conhecimento)= FINDA A NECESSIDADE
DE INTÉRPRETES.´´

“(...)Acima da harmonia colocava-se a clareza. A invenção, que nas antigas


linguagens era tudo, estava banida” (licença poética)

Nova linguagem = muito prática. “E até prazerosa. Por algum tempo”

Atritos e opiniões dividas = “provocando novos disparos linguísticos”

“Mas o viajante não parou. Nem teria tido paciência de esperar durante um dia
inteiro...”
Como o texto diz o que diz (recursos empregados) pelo autor
(antecipa fatos, cria expectativas, de que forma?
O texto cria uma certa expectativa após relatar os feitos do viajante,
primeiramente em se colocar no cesto para visitar castelo por castelo,
depois entender suas linguagens e então em ensinar uma única língua
para todos eles. Depois de sua missão, ela vai embora, orgulhoso.

Isso cria uma certa ânsia para saber o que aconteceria após isso, saber
se vai dar certo ou não. Até mesmo porque, o texto apresenta que isso
funcionou, mas não estava próximo de seu fim, logo, teria mais algum
fato.
Ao usar desses artifícios, o autor prende nossa atenção para saber como irá
se desenvolver a história após a apresentação desses fatos e ações, como os
demais castelos e seus habitantes irão administrar esse aprendizado. É
normal imaginarmos possibilidades conforme a leitura, mas podemos ser
surpreendidos pois nem sempre as história terminam de forma harmoniosa.

O autor apresenta as características de cada castelo antes do viajante


conhecer por si só cada um. Logo, não acompanhamos essa parte da história
junto com ele pois já nos foi apresentado o que ele veria.

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