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Livro - Fundamentos Da Informatica PDF
Livro - Fundamentos Da Informatica PDF
Curitiba
2018
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael.
FAEL
Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo
Coodernação Editorial Raquel Andrade Lorenz
Revisão Diógenes Cogo Furlan
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Capa Evelyn Caroline dos Santos Betim
Imagem da Capa Shutterstock.com/Vladystock
Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim
Sumário
Apresentação | 5
2. Microcomputador | 27
Referências | 255
Apresentação
– 6 –
1
História dos
computadores
– 8 –
História dos computadores
– 9 –
Fundamentos da Informática
– 10 –
História dos computadores
– 11 –
Fundamentos da Informática
Saiba mais
Pascal é o nome de uma popular linguagem de programação,
batizada assim em homenagem ao físico e matemático.
– 12 –
História dos computadores
Saiba mais
CPU (Unidade Central de Processamento, na sigla em inglês)
é o componente do computador que processa os dados. É
considerado o “cérebro” do computador.
– 13 –
Fundamentos da Informática
– 14 –
História dos computadores
– 15 –
Fundamentos da Informática
– 16 –
História dos computadores
– 17 –
Fundamentos da Informática
– 18 –
História dos computadores
– 19 –
Fundamentos da Informática
– 20 –
História dos computadores
– 21 –
Fundamentos da Informática
– 22 –
História dos computadores
– 23 –
Fundamentos da Informática
– 24 –
História dos computadores
Conclusão
A história da computação remonta a 3.000 anos antes de Cristo, quando
os babilônios criaram o ábaco para fazer contas, passa pela invenção da
primeira calculadora, em 1623, e recebe uma longa lista de contribuições
de astrônomos, físicos, matemáticos e engenheiros ao longo dos séculos, até
chegar ao microchip, base da tecnologia implantada nos computadores do
século XXI.
Ao conhecer a história dos computadores, nos damos conta de como
tantos cientistas, culturas e indústrias diferentes trabalharam com afinco para
se livrar da tediosa tarefa de fazer cálculos e operações repetitivas manualmente,
mudando completamente o modo de ser e pensar da humanidade.
As quatro gerações de computadores – válvula, transistor, circuitos
integrados e integração em larga escala com microchips – foram marcadas por
grandes invenções que revolucionaram a tecnologia então em uso e ampliaram
o conhecimento sobre como as coisas funcionam. Por exemplo, um dos
conceitos mais importantes para os profissionais da área de informática é
entender a diferença entre dados analógicos e digitais.
A partir do momento em que a tecnologia migrou dos centros acadêmi-
cos para o mundo corporativo, o cenário mudou de forma acelerada. De lá
para cá, três grandes ondas tecnológicas, chamadas de plataformas, marcam a
história. A primeira plataforma é quando os mainframes, volumosos e pesados
– 25 –
Fundamentos da Informática
– 26 –
2
Microcomputador
– 28 –
Microcomputador
– 29 –
Fundamentos da Informática
2.1.3 Software
Ao se estudar hardware é comum surgir uma analogia direta com a
palavra “software”, que é empregada para se fazer referência aos programas
que são executados pelo computador. Essa analogia é mais do que justa,
pois um computador só é útil se for utilizado para realizar uma determinada
tarefa, e isso só é possível por meio das instruções de software. Em
contrapartida, um aplicativo é desenvolvido exclusivamente para comandar
o funcionamento do hardware. Simples assim: um não existe sem o outro. O
software que garante o funcionamento básico de um computador é o sistema
operacional, e para se realizar uma tarefa específica, como a edição de um
texto, utiliza-se um aplicativo.
Conclusão
Na área da computação, assim como em diversas outras disciplinas das
ciências exatas, a descoberta de novos componentes e o desenvolvimento
de novos métodos abrem possibilidades que vão além de uma simples
evolução. No caso específico dos computadores, houve uma evolução (ou
revolução) de antigas máquinas de calcular. As gerações estão intimamente
ligadas às descobertas ou ao desenvolvimento de novos componentes, e a
obsolescência é algo espantoso: o que ontem era inovador e caro, hoje não
passa de lixo tecnológico.
Saindo dos laboratórios acadêmicos e do universo bélico para os lares
do cidadão comum, os computadores passaram por diversas adequações.
A grande variedade de atividades que fazem parte da rotina de uma pessoa
carece de equipamentos que vão além de um teclado e de um monitor. A
– 30 –
Microcomputador
– 31 –
3
Componentes básicos
do computador
– 34 –
Componentes básicos do computador
– 35 –
Fundamentos da Informática
– 36 –
Componentes básicos do computador
– 37 –
Fundamentos da Informática
3.3.3 Registradores
Os registradores são pequenas memórias internas dentro do
processador, que servem para auxiliá-lo durante as operações, armazenando
temporariamente dados que estão sendo utilizados. Se não fossem os
registradores, o processador teria muito mais trabalho, pois precisaria
acessar a memória principal, que está fora dele.
Existem registradores de uso genérico e outros com funções específicas,
mas ambos são maneiras mais rápidas para acessar informações que estão
sendo processadas, embora tenham menor capacidade de armazenamento
que a memória principal.
Exemplos de registradores genéricos são AX e BX, usados para armazenar
números binários. Um exemplo de registrador específico é o IP (Instruction
Pointer), que indica o ponto de referência na memória principal (RAM) que
contém a próxima instrução a ser executada.
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Componentes básicos do computador
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Fundamentos da Informática
Conclusão
O computador digital consiste em um sistema interconectado de proces-
sadores, memórias e dispositivos de entrada/saída, e esse modelo é baseado na
arquitetura concebida pelo matemático John von Neumann em 1945.
O processador (CPU) é considerado o cérebro do computador, respon-
sável por todos os cálculos e operações matemáticas solicitadas pelo usuário
e seus programas. Existem diferentes arquiteturas de processamento (RISC e
CISC), que permitem a execução de um número menor ou maior de instru-
ções, mas cada qual com vantagens e desvantagens.
A memória é um componente que tem como função o armazenamento
temporário de dados, funcionando como um repositório para programas do
usuário e para o próprio processador.
Os dispositivos que permitem inserir dados (entrada) e visualizar resulta-
dos processados (saída) são chamados de periféricos e possibilitam ao usuário
interagir com o computador.
– 40 –
4
Hardware interno
do computador
4.1 Processadores
Para melhor entender o funcionamento de um processador, é importante
resgatar o conceito de processamento de dados, que consiste em: trabalhar
um dado de entrada (input) para gerar uma saída (output). O processador
recebe dados de entrada e, para criar uma saída, norteia-se por dois princípios
básicos: tomada de decisão e manipulação/armazenamento desses dados.
Assim, o processador é o principal responsável pelas ações realizadas pelo
microcomputador.
Em sua forma física, trata-se de um circuito integrado (microchip), ou
seja, uma série de componentes eletrônicos interconectados. Esse microchip
recebe os dados de entrada através de pulsos elétricos enviados aos seus pinos
de conexão e, por meio de milhares de transistores, realiza as operações que
lhe são programadas. Veja na figura 1 um processador.
Figura 1: Processador.
Shutterstock.com/Pokomeda
Sugestão de Leitura
BISPO, C. A. F.; CASTANHEIRA, L. B.; SOUZA FILHO,
O. M. Introdução à lógica matemática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
4.2.1 Instruções
Se, inicialmente, os computadores eram programados por meio da
combinação livre de portas lógicas e entrada de dados, processadores mais
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
4.2.4 Pipelining
Arquiteturas de processamento antigas realizavam operações de uma
forma simplificada: leitura da instrução da memória, tratamento passo
a passo e então leitura da próxima instrução. Já o conceito de pipelining
permite que o microprocessador leia uma instrução e, antes mesmo de
terminar o seu tratamento passo a passo, realize a leitura da próxima
instrução. Arquiteturas de microprocessadores atuais aplicam esse conceito,
aumentando significativamente a velocidade, porém tornando o processo
complexo e difícil de ser controlado.
4.2.5 Clock
Um processador não realiza qualquer tarefa no momento em que recebe
estímulo elétrico por meio de seus conectores. Se assim fosse, o processamento
seria desordenado, gerando resultados inesperados. Aqui entra o conceito de
clock (relógio): envio de pulsos elétricos regulares ao processador, indicando
que está na hora do processador realizar a próxima operação. Esses pulsos
acontecem de acordo com uma frequência específica, medida em hertz, a
qual define a velocidade de realização das operações. Lembrando: 1 hertz =
1 ciclo por segundo e, assim como as outras unidades de medida, também
possui seus múltiplos (kilo, mega, giga, ...). Em analogia, um processador
que possui clock de 500 MHz (quinhentos mega-hertz) trabalha a uma
velocidade de quinhentos milhões de ciclos por segundo. Uma operação
pode demandar mais de um ciclo, o que significa que a frequência não é o
único fator que define a velocidade de um processador, ainda que seja um
dos principais fatores.
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
por Ted Hoff. Ainda quando os computadores pessoais não eram uma
realidade, em 1971, Hoff criou um microprocessador de 4 bits para a Intel,
que serviria como base para a construção do que estaria por vir: gerações e
gerações de microprocessadores.
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
– 50 –
Hardware interno do computador
4.4 Barramentos
Para que as partes internas e externas de um microcomputador interajam,
ou seja, para que se tenha emissão e recepção de dados, é necessário estabelecer
comunicação entre elas. A comunicação é feita por meio dos barramentos.
Diante disso, pode-se afirmar que um barramento é uma via de comunicação.
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
Exemplo
Tome-se como base um microprocessador Pentium III de 500
MHz. Sabendo-se que a arquitetura deste processador é de
64 bits, então significa que ele tem capacidade para acessar
a memória com 64 bits por vez (ciclo). Se seu clock é de
500 MHz, então significa que poderá realizar 500 milhões de
ciclos por segundo. Desta maneira pode-se calcular a taxa de
transferência de dados entre este processador e a memória RAM:
64 ∙ 500.000.000 = 32.000.000.000 bits por segundo =
32 Gbps (trinta e dois gigabits por segundo) = 4 GB/s (quatro
gigabytes por segundo)
4.4.1.6 Bridges
Diante da diferença de velocidade e arquitetura entre o barramento
local e os diversos barramentos de expansão, surge uma dificuldade: como
fazer a integração desses elementos? Com a evolução dos barramentos de
expansão (abordados posteriormente neste capítulo), emerge também uma
solução para esta integração: a bridge (do inglês, ponte). Seu funcionamento
completo será explicado no capítulo 6, que trata da atividade da placa mãe e
dos chipsets.
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Fundamentos da Informática
4.4.1.7 Interrupções
Outra questão também relacionada à comunicação da CPU com os
periféricos é o momento em que ocorre esta comunicação. O processador e a
memória trabalham continuamente para processar os dados. Mas e quando esses
dados chegam do meio externo? Por exemplo: a CPU sabe que deve trabalhar
com um dado enviado via teclado, ou seja, uma tecla que foi pressionada, mas
como ela sabe de fato quando vai ocorrer esse pressionamento?
A forma mais simples de tratar essa questão seria fazer com que a CPU ficasse
o tempo todo em ação cíclica, verificando se houve alguma alteração de estado no
teclado. E o mesmo deveria ser feito para todos os outros periféricos. Essa ideia é
simples, existe, e é conhecida como polling loops (repetições de pesquisa), porém
impraticável: compromete o desempenho do sistema como um todo.
Para que o processador possa realizar suas tarefas de forma contínua, sem
esperar por eventos de dispositivos externos, trabalha-se com o conceito de
interrupção, ou ainda melhor: requisições de interrupção. As IRQs (Interrupt
Requests) são sinais enviados do periférico ao processador, solicitando que ele
pare o que esteja fazendo para tratar o dado recebido. É evidente que existem
circuitos específicos para tratamento de interrupções, ordenados, para que
todos os periféricos conectados ao PC sejam atendidos pelo processador.
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
transferência, flexibilidade
e redução de custo.
Tão importante
quanto o projeto de
um novo barramento
é o aprimoramento do
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
Exemplo
Por exemplo: um equipamento com largura de 8 bytes, ao qual
se diz ter uma taxa de transferência de 2 MT/s, irá transmitir
16 MB/s (2 ∙ 8 = 16), enquanto um equipamento de mesma
velocidade em transfer (2 MT/s), se tiver largura 16 bytes no
canal, terá efetivamente uma taxa de transferência de 32 MB/s
(2 ∙ 16 = 32).
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
do Intel Core i7, que possui 8 MB de cache L3 (além de 32KB cache L1 por
núcleo e 1 MB de cache L2).
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Fundamentos da Informática
Shutterstock.com
De acordo com a velocidade, os módulos DIMM são classificados em
dois grupos: SDR (Single Data Rate – Taxa de Dados Única) e DDR (Double
Data Rate – Taxa de Dados Dupla). Fabricado com diversas variações,
os módulos DIMM SDR equipavam os primeiros computadores com
processadores Intel Pentium 100 MHz, com taxa de transferência de dados de
800 MB/s enquanto os Intel Pentium 200 MHz trabalhavam com módulos
DDR de 1600 MB/s (daí o uso do termo double – duplo). Atendendo às
necessidades dos microprocessadores, o padrão DDR sofreu alterações,
evoluindo para DDR-2, DDR-3 e o recém lançado DDR-4.
O quadro 1 apresenta um comparativo entre os módulos SDR e DDR.
Quadro 1 – Comparativo entre módulos SDR e DDR.
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
chamada. Por outro lado, memórias ROM também permitem acesso aleatório,
mas jamais são chamadas de RAM.
Os módulos de memória são de somente leitura por parte do computador,
mas em algum momento eles precisam ser gravados. Um módulo que sai com
dados previamente gravados de fábrica, ou seja, quando os bits são definidos
no momento da criação do próprio chip do módulo, é chamado ROM de
Máscara. O nome deriva do processo de fabricação, onde é criado um fotolito
(máscara) que define onde os bits serão gravados.
Esses módulos são utilizados primordialmente em micro controladores
e para armazenamento de firmware de equipamentos em geral (veja a seção
6.3.1.1). Além das ROMs de máscara, existem outros tipos de memória
que serão somente lidas pelo microcomputador durante seu funcionamento
normal, mas que precisam ser gravadas ou terem seus dados atualizados fora
da fábrica. Para atender essas necessidades, foram criados alguns tipos de
memórias chamadas programáveis.
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Hardware interno do computador
Shutterstock.com/Chris Hellyar
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Fundamentos da Informática
Nome /
Ano Comprimento da fita Capacidade
Tipo
60 metros 1,3 GB (2,6 GB comprimidos)
DDS-1 1989
90 metros 2 GB (4GB comprimidos)
DDS-2 1993 120 metros 4 GB (8 GB comprimidos)
DDS-3 1996 125 metros 12 GB (24 GB comprimidos)
DDS-4 /
1999 150 metros 20 GB (40 GB comprimidos)
DAT 40
DAT 72 2003 170 metros 36 GB (72 GB comprimidos)
DAT 160 2007 154 metros 80 GB (160 GB comprimidos)
DAT 320 2009 153 metros 160 GB (320 GB comprimidos)
Fonte: o próprio autor.
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
Empilhamento
das cabeças
16 1
15 2
14 3 Cabeça 0
13 4
12 5
Cabeça 1
11 6
10 7 Cabeça 2
9 8
Cabeça 3
Cabeça 4
Trilha
Cabeça 5
Setor
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
3.5"
5.25"
8"
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
lentes
0.6 mm
1.2 mm 1.1 mm
0.6 mm
espelho
Fonte: Evandro Zatti
polarizador
1.6 micron
0.74 micron
0.32 micron
detector
canhão laser distância entre orifícios (track pitch)
fotoelétrico
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Hardware interno do computador
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Fundamentos da Informática
Saiba Mais
Por questões de controle de distribuição de conteúdo, a indústria
cinematográfica exigiu que os discos de DVD-Video fossem fabricados
com um código indicando em qual área poderiam ser reproduzidos.
Da mesma forma, os aparelhos de DVD deveriam respeitar esta
regionalização. Os códigos de região variam entre 0 e 8, sendo que no
Brasil os filmes são distribuídos como região 4 (México, América Central
e do Sul; Caribe; Austrália; Nova Zelândia; Oceania). DVDs de vídeo
distribuídos com região 0 ou ALL podem ser vistos em qualquer aparelho.
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Hardware interno do computador
Capacidade
Tipo Tamanho
Camada Simples Camada Dupla
Standard 12 cm 25 GB 50 GB
Mini 8 cm 7,8 GB 15,6 GB
Fonte: o próprio autor.
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Fundamentos da Informática
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Hardware interno do computador
apresentam diferentes slots para inserção dos padrões mais comuns de cartões
de memória.
Figura 13 – Cartões de memória flash e leitor multi
Shutterstock.com/Serg64
4.5.5.2 Pen-drives
Os USB flash drives, chamados popularmente de pen-drives, são também
variações de módulos de memória EEPROM, que trazem consigo interface USB
integrada, ou seja, não é necessário um leitor específico. Basta conectar o pen-
drive em uma porta USB do PC para que ele possa ser lido/gravado. A velocidade
de operação (taxa de transferência) de um pen-drive varia tanto pelo tipo de
módulo de memória empregado em sua fabricação quanto pelo padrão de versão
USB que ele utiliza em sua interface: USB 1.1, USB 2.0 ou USB 3.0.
– 81 –
Fundamentos da Informática
MLC (Multi Level Cell – Célula de Vários Níveis), mais lentos e similares à
tecnologia empregada nos pen-drives; ou SLC (Single Level Cell – Célula de
Único Nível), muito mais rápidos. Os do outro grupo (baseados em DRAM)
utilizam os mesmos módulos de memória DRAM de PCs para armazena-
mento. Uma vez que esse tipo de memória é volátil, os SSDs baseados em
DRAM possuem fontes extras de alimentação (bateria) para garantir a persis-
tência dos dados no caso de serem desligados.
A grande vantagem dos SSDs é a velocidade com que operam, partindo
de 100 MB/s chegando a atingir até 600 MB/s dependendo do modelo,
enquanto um HD trabalha na velocidade média de 150 MB/s.
4.5.6.1 Disquetes
As interfaces de floppy são as de funcionamento mais simples. Presentes
desde os primeiros drives de disquete, elas têm a missão de converter os
dados que recebem em informações de localização (setores) de uma única
cabeça de leitura/gravação. Esta função é realizada basicamente por um
único microprocessador.
– 82 –
Hardware interno do computador
conector SATA.
– 83 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
O processador é considerado o cérebro do computador. Ele é responsável
por executar as instruções que garantem o funcionamento da máquina,
que vão desde cálculos à transferência de dados. Tudo acontece através de
pulsos elétricos transmitidos para seu interior através dos pinos de encaixe.
Operando através da presença e ausência de eletricidade, o sistema binário de
numeração é a base de seu funcionamento.
Os barramentos são as vias que possibilitam o tráfego de dados dentro do
computador e para fora dele. A velocidade desse tráfego depende da largura do
barramento e da sua frequência de operação. O barramento local, responsável
pela comunicação entre o processador e a memória, trabalha em alta velocidade,
enquanto os barramentos de expansão, que permitem a comunicação com
equipamentos externos, trabalham em velocidades bem menores.
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Hardware interno do computador
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5
Dispositivos de
Entrada e Saída
5.1 Teclado
Atualmente o teclado é o dispositivo mais comum de entrada
de dados para o computador, quando se trata da manipulação de
informação textual ou de números. Um teclado de computador
possui teclas que representam letras, números, símbolos especiais e
outras funções, sendo que a disposição física é baseada em antigas
máquinas de escrever.
O funcionamento básico do mecanismo de um teclado é
sempre o mesmo: o pressionamento da tecla aciona um comutador
que irá alterar o fluxo da corrente elétrica, naquele ponto,
Fundamentos da Informática
identificando para um circuito qual tecla foi pressionada. O circuito, por sua
vez, irá converter esse simples dado do tipo liga/desliga em uma sequência
binária que informe ao computador qual símbolo foi digitado. Esta sequência
é então enviada ao computador, por meio de uma porta ou barramento
específico, fazendo ou não uso de cabos.
A primeira forma de se classificar um teclado é, então, pelo tipo de
comutador utilizado nas teclas, os quais são apresentados a seguir.
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Dispositivos de Entrada e Saída
Saiba Mais
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
5.2.1 Mouse
O mouse foi um dispositivo revolucionário no mundo dos computadores
pessoais, bem como os sistemas de interface gráfica. Com o surgimento das
interfaces gráficas e do mouse, a interação entre humano e computador ficou
consideravelmente mais amigável e prática: tudo ao alcance de um clique.
Bastaria movimentar o aparelho sobre uma superfície que o movimento era
reproduzido por um ponteiro na tela, e então escolher a opção desejada. A
ideia surgiu nos laboratórios da Xerox no final da década de 70 do século XX,
mas a empresa desdenhou o aparelho, que começou a se popularizar no início
dos anos 80 desse século, em sistemas de computadores da Apple e em IBM-
PCs com sistema operacional Microsoft Windows®.
A primeira versão comercial do mouse, conhecido como mecânico,
utilizava uma esfera de borracha em sua parte inferior e rolamentos internos
para seu funcionamento. Ao se deslizar o aparelho sobre uma superfície
plana, a esfera girava, fazendo girar também os rolamentos a ela conectados,
cujos movimentos eram lidos por LEDs (Light Emitting Diodes – Diodos
Emissores de Luz) infravermelhos e então enviados ao computador por meio
de circuitos eletrônicos. A figura 4 esclarece esse funcionamento.
Figura 4 – Interior de um mouse mecânico.
1
2
4
5
– 92 –
Dispositivos de Entrada e Saída
feixe de luz
pe
camera
es
mouse
superfície
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Fundamentos da Informática
5.2.2 Trackball
Uma espécie de variação de mouse mecânico é o trackball, em
que, ao invés de se movimentar o mouse sobre uma superfície plana,
movimenta-se diretamente a esfera, agora
na parte superior do equipamento, que
permanece fixo à superfície. O trackball
é bastante utilizado em equipamentos
médicos que envolvem imagens,
como aparelhos de ultrassonografia.
Shutterstock.com/Olga
5.2.3 TouchPads
Marca registrada da
Synaptics Corporation, os
touchpads são equipamentos
com superfícies que detectam
Shutterstock.com/goldyg
a capacitância elétrica dos
dedos, dessa forma, detec-
tando seu posicionamento.
São amplamente utilizados em
computadores portáteis, onde
a característica do uso nem
sempre permite uma superfície
plana próxima para uso de um mouse.
5.2.4 TrackPoint
Dentre as várias tenta-
tivas de oferecer dispositivos
Shutterstock.com/David
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
– 99 –
Fundamentos da Informática
Yellow
Red Green
RGB White
Magenta Cyan
Blue
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
CÁTODO
FEIXE DE
ELÉTRONS
CANHÃO DE
ELÉTRONS
REVESTIMENTO
CONDUTOR
MÁSCARA
DE SOMBRA
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Dispositivos de Entrada e Saída
Cristal
Líquido
verde
Retroiluminação
(luz branca)
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Fundamentos da Informática
5.3.3.5 Conexões
Os primeiros monitores CGA utilizavam conectores de 9 pinos, chamados
D-shell, para serem acoplados às interfaces de vídeo. Com a introdução do
padrão VGA, passou-se a utilizar os conectores D-shell de 15 pinos, sendo
que este tipo de conector é até hoje mencionado como conector VGA. Ambos
os conectores referem-se à transmissão analógica dos sinais para o monitor.
Monitores flat trouxeram consigo o aumento do uso de cabos e conectores
para transmissão digital. O primeiro padrão de conexão digital para uso em
monitores foi o DVI (Digital Visual Interface – Interface Visual Digital).
Concebido para transmitir sinais digitais, também permite, em algumas
variantes, a transmissão de sinal analógico, oferecendo compatibilidade
com o conector VGA. Por último, e mais utilizado atualmente, é a interface
HDMI (High Definition Multimedia Interface – Interface Multimídia de
– 106 –
Dispositivos de Entrada e Saída
Alta Definição). Este último tipo transmite sinais digitais de áudio e vídeo,
com diferentes especificações de velocidade, que vão desde 25 MHz até 340
MHz. Veja na figura 14 essas conexões.
Figura 14 – Conexões d e vídeo para monitores de PCs.
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
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Fundamentos da Informática
5.4 Impressoras
O seção 5.3 falou dos teletipos, que apresentavam imagens em papel
antes mesmo da existência dos monitores. Os teletipos eram o que se pode
chamar de avós das impressoras. A impressora é o periférico responsável
por transferir a informação digital para o papel ou outro meio físico. Elas
podem ser dividas em dois grandes grupos: as impressoras 2D, ou seja,
aquelas que fazem a transferência do conteúdo para o papel (ou outro
material de única face), através da disposição de tinta (ou outra técnica de
impressão) em sua superfície; e as impressoras 3D, utilizadas para confecção
de moldes volumétricos.
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Dispositivos de Entrada e Saída
Fita
Martelo
Movimento do
mecanismo
de impressão
Total de 96
hastes de caracteres
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Fundamentos da Informática
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Dispositivos de Entrada e Saída
Blue Green
blacK
Magenta Yellow
Red
Composição CMYK
5.4.1.3 Impressão 3D
Enquanto as impressoras 2D aplicam pigmentação sobre uma superfície,
as impressoras 3D aplicam material sintético formando diversas “superfícies”,
ou seja: camadas. Dessa forma, é possível construir objetos que foram
projetados/desenhados digitalmente em três dimensões.
Os primeiros modelos de equipamentos com este objetivo surgiram no
início dos anos 80 do século XX, porém o termo “impressão 3D” surgiu
em 1995, no MIT (Massachusetts Institute of Technology – Instituto de
Tecnologia de Massachusetts), quando da criação do primeiro equipamento a
trabalhar com pó na formação das camadas e dos objetos.
Existem atualmente várias técnicas para criação das camadas
volumétricas, que vão desde polímeros plásticos, como o ABS (Acrylonitrile
Butadiene Styrene – Acrilonitrila Butadieno Estireno), até resinas líquidas e
ligas metálicas. A figura 19 apresenta o princípio da impressão 3D.
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Fundamentos da Informática
Shutterstock.com/Giovanni Cancemi
5.4.2 Tipos de impressoras
Assim como a evolução dos monitores de vídeo, as impressoras mais
rudimentares permitiam apenas a impressão dos caracteres que estavam
forjados na cabeça dos martelos e, portanto, são conhecidas como orientadas
a caractere. Posteriormente, as impressões por matriz de pontos permitiram a
formação de imagens, chegando aos resultados de alta definição disponíveis.
A seguir, os tipos mais comuns de impressoras encontradas tanto no mundo
corporativo quanto para uso doméstico.
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Dispositivos de Entrada e Saída
Shutterstock.com/rawcaptured
5.4.2.2 Impressoras matriciais
Da mesma forma que, para os monitores, surgiu a necessidade
de apresentar conteúdo gráfico (fotos, diagramas, ...) além de apenas
caracteres, o mesmo processo aconteceu com as impressoras. A
transferência de imagens para o papel sugeria seguir a mesma ideia dos
monitores: imagens compostas por pontos dispostos em forma de matriz.
Desse conceito surgem as impressoras matriciais (dot matrix – matriz
de pontos).
Ao invés de caracteres previamente forjados para serem martelados,
criou-se um cabeçote de impressão contendo uma matriz de agulhas. Essas
agulhas, impulsionadas contra a fita de nylon e o papel, formam então a
imagem. A impressão acontece por linhas: o cilindro posiciona verticalmente
a área do papel que será impressa e um cabeçote percorre horizontalmente toda
a linha, pressionando as agulhas. Terminada a impressão da linha, novamente
o cilindro atua, girando e avançando verticalmente o papel, permitindo a
impressão da nova linha.
– 115 –
Fundamentos da Informática
Shutterstock.com/burnel1
Cabeça de
impressão
– 116 –
Dispositivos de Entrada e Saída
Shutterstock.com/luchschen
Bico de impressão
– 117 –
Fundamentos da Informática
2. Carga do tambor
Shutterstock.com/Maksym Dykha
1. Limpeza
4. Transferência de toner
Papel
Eliminador de estática
– 118 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 119 –
Fundamentos da Informática
5.5.1 Scanners
O termo scanner, que em uma tradução livre aplicada ao contexto
poderia significar “explorador, examinador, varredor”, indica justamente
sua função: explorar uma imagem analógica, segmento por segmento, para
levá-la ao meio digital. E, por conta disto, o termo no Brasil é adequado
como escâner e traduzido como digitalizador. Ainda que este termo bastante
genérico pudesse ser empregado para equipamentos que levassem ao meio
digital não só imagens, mas também sons ou outros elementos de qualquer
natureza analógica, ele é aplicado especificamente para o aparelho que
digitaliza imagens.
Os scanners utilizados com computadores pessoais são uma evolução
de antigos aparelhos de telefotografia e fax. Os primeiros equipamentos com
esse objetivo datam o início do século XX e utilizavam eletromagnetismo
na captura da imagem. Logo depois, passou-se a empregar fotocélulas no
processo, sendo que atualmente existem diversos tipos de sensores de luz para
a captura.
– 120 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 121 –
Fundamentos da Informática
– 122 –
Dispositivos de Entrada e Saída
Original
Vidro
Lâmpada Espelho
Lente
Caminho da luz
Sensor CCD
Coletor de dados
– 123 –
Fundamentos da Informática
5.5.2.1 Compressão
O armazenamento das imagens digitais em tamanhos e velocidades
maiores foi possível ao longo do tempo graças a técnicas de compressão.
Considere uma foto de 5 megapixels: se esta foto for armazenada sem
compressão, ela irá representar um arquivo digital de aproximadamente 15
MB (3 bytes por pixel no padrão RGB). Na época em que as máquinas de 5
megapixel surgiram, os cartões de memória SD (classe 2) atingiam velocidades
de 2 MB/s. Isto significa que uma imagem sem compressão levaria quase
8 segundos para ser armazenada neste cartão. Fato: para que fosse viável
a comercialização, somente com o uso de compressão. Uma imagem de 5
megapixel comprimida em formato JPG com qualidade média-alta fica com
tamanho aproximado de 1,5 MB, o que permite que ela seja armazenada em
um cartão SD antigo em menos de um segundo.
Evidentemente os cartões de memória evoluíram. Hoje os cartões
SD classe 10 atingem velocidades de até 10 MB/s. Cartões Compact
Flash Ultra (encontrados nas máquinas profissionais) chegam a gravar em
velocidades superiores a 150 MB/s. Com este tipo de cartão é possível o
armazenamento de até 10 imagens de 5 megapixels por segundo no modo
RAW (sem compressão).
– 124 –
Dispositivos de Entrada e Saída
5.5.2.2 Conexões
Uma vez que o cartão de memória pode ser removido para ser lido em
outros equipamentos, muitas câmeras nem fornecem conexões externas para
obtenção das imagens. Porém, a maioria dos fabricantes incorpora algum tipo
de conexão em seus modelos, tornando a câmera uma espécie de pen-drive,
que realiza leitura e gravação de dados nos cartões, comunicando-se com o
computador. Alguns equipamentos utilizam cabos e conectores específicos
para estabelecer a comunicação, porém o padrão de conexão mais utilizado
atualmente é o USB, variando apenas o tamanho da conexão embutida na
máquina: mini ou micro USB.
5.6 Áudio
Desde os bips de alerta emitidos por um pequeno falante interno, pas-
sando pela execução de músicas em alta definição e chegando aos complexos
elementos sonoros de ambientação em um jogo digital, a emissão de som
é mais uma das diversas funções realizadas em um microcomputador. Esta
seção apresenta os elementos básicos para estudo do som e compreensão das
placas e interfaces de áudio presentes em um computador pessoal.
– 125 –
Fundamentos da Informática
5.6.1.1 Agentes
São três fatores distintos que produzem a sensação de som: deve haver o
agente produtor ou emissor das vibrações, como a campainha – ao ser tocada,
ela fará vibrar as moléculas de ar mais próximas; essas moléculas formam o
agente transmissor, pois chocam-se umas com as outras, fazendo com que o
som se propague na forma de ondas; as moléculas vibram na direção em que
o som se propaga e, por isso, essas ondas são chamadas longitudinais, assim,
elas chegam ao ouvido do agente receptor.
– 126 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 127 –
Fundamentos da Informática
– 128 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 129 –
Fundamentos da Informática
– 130 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 131 –
Fundamentos da Informática
físicas, o gerador de tons está longe de ser considerado um sistema de sons, dando
lugar a placas e chips dedicados, chamados de placas de som.
– 132 –
Dispositivos de Entrada e Saída
5.6.2.4 Padronização
Pela mesma dificuldade encontrada com padronização nas placas
de vídeo antes da criação do consórcio VESA (veja capítulo 5), uma das
principais desenvolvedoras de jogos para PCs (A Sierra), resolveu investir para
incentivar uma padronização: além do Yamaha OPL2 também foi incluso o
Roland MT-32. Estava instituído o padrão que seria adotado por diversos
fabricantes a partir de então.
Em sua função mais básica, uma placa de som pode tanto capturar
quanto reproduzir som digital. Tanto a captura quanto a reprodução nos
modelos iniciais da década de 90 do século XX, seguiam as especificações de
som dos CDs de áudio: 44,1 KHz a 16 bits.
Em 1997, a Intel resolve criar um padrão de codec (codificador/
decodificador) para execução de som digital, contemplando vários canais e
sampling rate de 48 KHz: o Audio Codec ‘97, mais conhecido como AC ’97.
Esse padrão seria adotado a partir de então pela maioria dos fabricantes de
placas mãe que incorporavam funções de placa de som (on board).
Atualmente, fabricantes renomados, como a Asus e a MSI, incorporam
chipset AC’97 em suas placas mãe, permitindo a execução de áudio em até 8
canais (configuração 7.1). A Creative Labs continua comercializando diversos
modelos de placas de som internas e também modelos externos com conexão
USB. Outros fabricantes possuem também modelos com drivers próprios ou
que seguem os principais padrões.
– 133 –
Fundamentos da Informática
Central
Sub 00 22
0
Microfone 0
30
Entrada de linha
Central + Subwoofer
0
0
110
135
Surround 0
Surround
Traseiro 150 Traseiro
(Esquerdo) (Direito)
Conclusão
O computador precisa receber dados para processar e gerar informações
de saída. O usuário o alimenta com dados através dos dispositivos de entrada.
O teclado é a forma mais básica de interação com o PC, porém dispositivos
apontadores e de reconhecimento de voz há muito estão presentes para
complementar essa tarefa.
– 134 –
Dispositivos de Entrada e Saída
– 135 –
6
Placa mãe e integração
dos componentes de
Hardware
6.1.1 Chipset
Evidentemente essa versatilidade tem limite: assim como carros
fabricados sobre uma mesma plataforma podem compartilhar peças, nem
sempre é possível aproveitar peças em diferentes plataformas. No caso dos
microcomputadores, é necessário que essas peças sejam compatíveis com o
chipset da placa mãe. O chipset (conjunto de chips) é responsável por permitir
que as partes interajam. Nas placas mães mais antigas, os chipsets eram
espalhados pela placa. Atualmente uma placa mãe é dividida em dois chipset:
north bridge (ponte norte) e south bridge (ponte sul). Também conhecido
em sistemas Intel como MCH (Memory Controller Hub – Concentrador
Controlador de Memória), o chipset northbridge (ponte norte) é responsável
por gerenciar a comunicação entre a
Figura 1 – Chipsets.
CPU, memória RAM e barramentos de
CPU alta velocidade (AGP e PCI Express);
o chipset southbridge (ponte sul), por
sua vez, é responsável por controlar os
barramentos PCI e ISA (já obsoletos),
Northbridge
os controladores de HD (ATA/IDE e
AGP RAM
– 138 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.1.2 Soquete
Outro componente, que também define a escolha e classificação de uma
placa mãe, é o socket (soquete). É um encaixe plástico onde o processador
é acoplado. O número que acompanha o modelo do soquete normalmente
indica a quantidade de pinos para o qual ele foi projetado. Por exemplo: uma
placa com soquete Intel® LGA 1155 aceita microprocessadores com 1155
pinos. Existem dois tipos de encaixe em soquetes: PGA (Pin Grid Array –
Matriz de Grade para Pinos), em que o soquete possui furos para encaixe
dos pinos do processador; e LGA (Land Grid Array – Matriz de Grades para
Superfície), no qual o soquete possui pinos para encaixe do processador, que
por sua vez possui os contatos planos em superfície.
– 139 –
Fundamentos da Informática
ria das placas mãe atuais oferecem recursos onboard (LAN, Audio, etc.),
a conexão para esses recursos é feita através de um painel único de tama-
nho padrão, chamado de I/O Connectors Panel (Painel de Conectores de
Entrada e Saída).
6.1.7 Fixação
A placa mãe precisa ser fixada ao gabinete (detalhes na seção 6.4). Para
tanto, as placas recebem perfuração em pontos específicos de sua superfície,
seguindo padrões que são atendidos pelos gabinetes.
6.1.8 Alimentação
A placa mãe e os componentes a ela acoplados precisam ser alimentados,
ou seja, receber corrente elétrica. Atualmente o padrão utilizado em fontes e
gabinetes para intera-
Figura 2 – Componentes de uma placa mãe ção com a placa mãe
CONECTORES
SOQUETE DO SLOTS DE
PROCESSADOR MEMÓRIA DDR é o ATX (Advanced
DE RESFRIADORES
CONECTOR DE
ALIMENTAÇÃO ATX
Technology eXtended
CHIPSET
PONTE NORTE BATERIA CONECTORES
– Tecnologia Avan-
(com dissipador) DA CMOS SERIAL ATA
çada Estendida). Há
CHIPSET
CONECTOR
PONTE SUL também o encaixe
(com dissipador)
PS/2 para a bateria (ou
CONECTORES
DO GABINETE
pilha) que mantém
PORTAS
CONECTORES
as informações da
USB 3.0
USB CMOS (Comple-
PORTAS
E-SATA
SLOTs PCI EXPRESS
mentary Metal-Oxide
PORTA
PORTAS
USB 2.0
Semiconductor –
LAN CONECTORES
DE AUDIO 7.1
SLOT PCI Semicondutor Metal-
– 140 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 141 –
Fundamentos da Informática
Evolução do socket
3, não chegou a ser
Socket 6 usado, pois foi projetado
Intel® 486. 235 para processadores
[?] 486 em uma época
em que os Pentium
dominavam as vendas.
Além dos
processadores Intel
Pentium, aceitava
Socket 7 Intel® os similares da
321
[1994] Pentium. concorrente AMD:
K6. Operava com
voltagens entre
2,5 e 3,3 volts.
– 142 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 143 –
Fundamentos da Informática
AMD®
Socket 754 Athlon 64;
754
[2003] AMD®
Sempron.
AMD®
Socket 940 Athlon 64;
940
[2003] AMD®
Opteron.
AMD®
Athlon 64;
Socket 939 Athlon
939
[2004] 64 X2;
Athlon
64 FX.
Intel®
Pentium
4; Intel®
Socket T Celeron;
Primeiro soquete
ou LGA 775 Intel® 775
do tipo LGA.
[2004] Pentium XE;
Intel® Core 2
Duo; Intel®
Core 2 Quad.
– 144 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 145 –
Fundamentos da Informática
6.3 BIOS
Se a placa mãe é o componente que integra as partes de um computador,
do processador aos periféricos, pode-se dizer que o BIOS é responsável por
comandar ou permitir esta integração. O BIOS (Basic Input/Output System
– Sistema Básico de Entrada/Saída) é um pequeno programa, armazenado
em memória permanente, que controla as funções básicas de hardware de
um PC. Esta seção aborda essas funções, explicando o seu funcionamento
e necessidade.
6.3.1.1 Firmware
Pequenos programas como o BIOS são normalmente encapsulados em
memórias ROM ou programáveis. Esses programas, que estão intimamente
ligados com o hardware, são chamados de firmware. Mas um firmware não
– 146 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.3.1.2 Inicialização
No momento em que o PC é ligado, o processador busca instruções para
serem executadas em um endereço absoluto da memória, em que se encontra
o BIOS. A partir daí, o BIOS faz com que o processador execute instruções
específicas conforme o tipo de inicialização:
22 Partida a frio (cold boot): se o PC está sendo inicializado porque
recebeu energia, ou seja, porque acabou de ser ligado.
22 Partida a quente (warm boot): se o PC está sendo inicializado por
uma reinicialização sem interrupção de fornecimento de energia
(reinicialização pelo sistema operacional, por exemplo).
Saiba Mais
A tradução literal para a palavra boot é “pontapé”, fazendo alu-
são à expressão “pontapé inicial”, e a tradução mais amplamente
adotada para o termo é “inicialização”. Porém a combinação
com as palavras cold ou warm resultou no termo composto que
utiliza a palavra “partida”.
– 147 –
Fundamentos da Informática
6.3.1.5 Armazenamento
O BIOS possui uma área de persistência de dados, seja para
armazenamento de informações como data e hora do sistema até dados
pertinentes ao hardware instalado. Nessa área também residem os detalhes
físicos dos disquetes e discos rígidos (barramento, cilindros, cabeças). A
maioria desses dados é configurável pelo usuário, e a configuração será
melhor detalhada mais adiante neste capítulo. Os dados são armazenados
utilizando tecnologia CMOS, mantidos por uma pequena bateria de lítio.
O uso massivo dessa tecnologia neste tipo de aplicação fez com que a
– 148 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 149 –
Fundamentos da Informática
– 150 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.3.2.7 Overclocking
Realizar overclocking em um dispositivo significa permitir que este
equipamento trabalhe com frequência superior àquela para qual ele foi
– 151 –
Fundamentos da Informática
– 152 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.4.1 Gabinete
Este é um assunto que poderia ser desconsiderado se em alguns sistemas
não houvesse a necessidade ou a perspectiva de expansão por parte dos
usuários. Notebooks, por exemplo, oferecem possibilidades de atualização de
hardware extremamente restritas, que se limitam praticamente à memória e ao
HD, e que são realizadas através de algumas aberturas específicas previstas na
fabricação da sua carcaça. O mesmo acontece em PCs desktop com sistemas
fechados, como os Apple Mac, cujo projeto não permite adição de novas
placas, senão alguma customização realizada na própria loja antes mesmo de se
retirar o produto. Diante disso, esta seção é dedicada aos consumidores de PCs
desktop chamados “montados”, compostos por peças de diferentes fabricantes.
Os gabinetes não se limitam a acomodar os componentes de um PC. Eles
também possuem diversos componentes que dão subsídio ao funcionamento
do conjunto. A figura 3 apresenta um gabinete com seus componentes
e, na sequência, esta seção explica cada um deles, juntamente com outros
itens relevantes.
Figura 3 – Componentes de um gabinete.
FONTE DE TAMPA SUPERIOR
ALIMENTAÇÃO MOLDURA
ENTRADA FRONTAL
DO PLUGUE
DE ENERGIA
ORIFÍCIOS DOS
RESFRIADORES BAIAS PARA
(COOLERS) DRIVES DE 5.25"
CONEXÕES DE
PERIFÉRICOS
ENTRADA/SAÍDA
BAIAS PARA
DRIVES DE 3.5"
Shutterstock.com.br
ORIFÍCIOS PARA
VENTILAÇÃO
CONECTORES DE
LEDs, SWITCHES
BAIAS DE E SPEAKER
SLOTS DE
EXPANSÃO
– 153 –
Fundamentos da Informática
6.4.1.1 Tamanho
O primeiro fator a ser considerado na aquisição de um gabinete é o
seu tamanho, que está diretamente relacionado à quantidade e ao tamanho
das peças que podem ser acomodadas dentro dele. É importante destacar
que gabinetes com dimensões inadequadas, mesmo que comportem
as peças necessárias, podem prejudicar o fluxo de ventilação, causando
superaquecimento dos componentes.
Tamanhos reduzidos dificultam o acesso para encaixe dos componentes,
da mesma forma que tamanhos maiores podem tornar insuficientes os
comprimentos dos cabos de conexão entre eles.
6.4.1.2 Baias
As baias são lugares físicos destinados à acomodação de componentes
fechados (que não placas livres), como HDs, leitores de DVDs, entre outros.
Elas podem acomodar tanto componentes exclusivamente de uso interno,
que não necessitem interação com o usuário (como é o caso dos HDs),
quanto componentes com os quais o usuário interage fisicamente (como
leitor de DVDs). As baias com acesso externo normalmente estão localizadas
na parte frontal do gabinete, chamado painel frontal. Internas ou externas,
as baias possuem dimensões físicas que atendem a padrões de fabricação dos
componentes: 5,25”, 3,5”, dentre outras medidas.
– 154 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.4.1.5 Resfriamento
Todo componente eletrônico irradia calor, em maior ou menor intensi-
dade. O conjunto de peças acomodadas pelo gabinete pode gerar tanto calor
ao ponto de prejudicar o seu funcionamento. Dessa forma, é muito impor-
tante que o conjunto tenha um sistema de resfriamento.
Um cooler (resfriador) prevê duas etapas. O processo inicia com o uso
do dissipador, uma peça metálica, normalmente de alumínio ou cobre, que é
acoplada a um componente para conduzir o calor irradiado para onde ele possa
ser liberado mais facilmente pelo ar. Na sua forma mais simples, é uma peça
metálica única com base sólida que se subdivide em várias placas finas. Se não
há fluxo de ar suficiente para remover o calor liberado pelos componentes ou
até mesmo conduzido pelo dissipador, torna-se necessário o uso de um ventila-
dor (fan), que é a segunda etapa do resfriamento. Tecnicamente o dissipador é
chamado de cooler passivo, enquanto o ventilador é chamado de cooler ativo. A
figura 4 apresenta um sistema de resfriamento dissipador e ventilador.
Figura 4 – Sistema de resfriamento (cooler).
Shutterstock.com/luchschen
– 155 –
Fundamentos da Informática
6.4.2 Fonte
Normalmente comercializada juntamente com o gabinete, a fonte de
um PC é um item que merece atenção especial, pois é ela que irá forne-
cer energia para todos os componentes, desde a complexa placa mãe até o
– 156 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 157 –
Fundamentos da Informática
– 158 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.4.2.4 Potência
As fontes são vendidas em potências nominais: 250 W, 300 W, etc. Essa
é a potência máxima que a fonte pode ter em suas saídas. Para calcular a
potência consumida pelo PC, basta somar as potências máximas individuais
de cada componente.
Para saber a potência necessária na alimentação de um componente,
utiliza-se a fórmula: P = V ∙ I, em que P é a potência, V é a voltagem e I é a
corrente exigida pelo(s) componente(s).
Exemplo
Tomando-se como base um gravador de CD que tenha os
consumos 1,8 A ∙ 5 V (para a placa eletrônica) e 400 mA ∙ 12
V (para os motores), sendo que 400 mA equivalem a 0,4 A,
tem-se: (1,8 ∙ 5) + (0,4 ∙ 12) = 13,8 W. Portanto, esse gravador
irá consumir 13,8 W.
– 159 –
Fundamentos da Informática
6.5.1.1 Modem
Apesar de ser utilizado atualmente como um substantivo, modem é uma
sigla, que significa modulador/demodulador (MODulator/DEModulator),
indicando a principal característica deste equipamento que é modular e
demodular um sinal, ou seja, converter o sinal de uma forma física para
outra e vice-versa. Daí a grafia da palavra, quando no plural, terminanda
em “ms” ao invés de “ns”. No caso dos primeiros modems, a proposta era
a conversão de sinais analógicos de telefonia para dados digitais, mas com
a evolução, atualmente a modulação/demodulação não se limita a linhas
analógicas de telefonia.
Os primeiros modems para utilização em computadores pessoais datam
da década de 80 e, com algum aperfeiçoamento, são utilizados até hoje.
O equipamento transforma as sequências binárias em ruídos para serem
transmitidos dentro da faixa de frequência de operação das linhas telefônicas
de voz (por volta de 1 KHz). Os primeiros modelos trabalhavam com
velocidades de transferência de 300 bps, sendo que atualmente os modelos
mais rápidos operam na faixa de 56 Kbps. Esta é a velocidade nominal, mas
dependendo do conteúdo, a transferência pode atingir maiores velocidades
utilizando-se de técnicas de compressão de dados.
Ao deixar a esfera militar e adentrar o meio civil, no princípio a utilização
de modems ia pouco além da transmissão de dados entre sede e filiais de
– 160 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.5.1.2 DSL
O termo DSL (Digital Subscriber Line – Linha Digital para Assinante)
não tem relação técnica com a tecnologia que é empregada. É atualmente
uma das soluções de acesso à internet mais utilizadas, e tem como principal
característica o uso da linha telefônica comum operando em frequência
diferente da faixa de voz, permitindo que se converse ao telefone ao mesmo
tempo em que dados são transmitidos.
No Brasil, uma variação da DSL é utilizada: a ADSL (Assymmetric Digital
Subscriber Line – Linha Assimétrica Digital para Assinante). Assimétrica
porque ela permite que a velocidade de transmissão para download (dados
vindo da internet para o PC) seja diferente da velocidade de upload (dados
enviados do PC para a internet). Conexões DSL pressupõem uso de modems
específicos (diferentes dos modems citados na seção anterior), que podem
transmitir em velocidades superiores a 100Mbps. Linhas de transmissão de
dados operando em velocidades maiores são conhecidas como banda larga, e
este é o caso da DSL.
6.5.1.3 Cabo
Aproveitando-se da estrutura utilizada em TVs por assinatura, as
operadoras passaram também a oferecer internet banda larga através dos
cabos coaxiais que compreendem a rede de transmissão de imagens. O cable
modem (modem de cabo), amplamente utilizado como solução de banda
larga no Brasil e no mundo, apresenta opções similares aos DSL, porém a
modulação/demodulação é completamente diversa desta última, dada a
diferença do meio empregado para transmissão. A velocidade de transmissão
de dados por cabo é similar às oferecidas nas soluções DSL.
– 161 –
Fundamentos da Informática
6.5.1.4 Rádio
Algumas operadoras oferecem transmissão de dados via rádio, normalmente
para soluções corporativas que necessitem estabelecer comunicação em
distâncias médias entre suas sedes. Em algumas cidades também são ofertadas
ao consumidor final como solução para acesso a internet.
– 162 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
Servidor
Hub/
Switch
Estação de trabalho
Estação de trabalho
(desktop)
Estação de trabalho
(notebook)
– 163 –
Fundamentos da Informática
Sugestão de Leitura
Para saber mais sobre as especificações do modelo OSI, bem
como outras informações não abordadas nesta obra, leia:
TANENBAUM, A. S., Redes de Computadores. 4. Ed. Rio
de Janeiro: Campus, 2003.
6.5.2.3 Identificação
Os computadores que operam em uma mesma rede precisam ser
identificados. Da mesma forma que as pessoas se chamam pelo nome, os
computadores também precisam receber identificação para serem únicos.
Existem algumas formas de identificar um PC:
22 Por nome: na instalação do sistema operacional, se este permitir a
identificação por nomes (como é o caso do Windows), é fornecido
ao computador uma sequência de caracteres pela qual ele será iden-
tificado. Por exemplo: PC-JOÃO.
22 Por endereço físico: atendendo a protocolos, a interface de rede
recebe um endereço MAC (Media Access Control – Controle de
Acesso ao Meio). O endereço MAC é composto de uma sequência
de 6 bytes, normalmente notados em hexadecimal. Por exemplo:
FF-5E-48-37-2B-FA.
22 Por endereço lógico: também seguindo protocolo, a interface de
rede está vinculada a um endereço. No caso, o endereçamento uti-
lizado atualmente segue o protocolo TCP/IP (Transmission Con-
trol Protocol – Protocolo de Controle de Transmissão / Internet
Protocol – Protocolo de Internet), e portanto a interface recebe
um endereço IP. O endereço IP é composto de uma sequência de 4
bytes, notados em decimal. Por exemplo: 192.168.255.255.
– 164 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.5.2.5 A internet
Denomina-se internet o conjunto de computadores interligados
mundialmente em rede. Inicialmente as informações eram dispostas em
servidores de BBS (Bulletin Board System – Sistema de Quadro de Avisos),
organizadas e acessíveis através de aplicativos utilizando o protocolo
Gopher. Com a criação da World Wide Web, em 1991, e o desenvolvimento
do navegador (browser) pelo fundador da Netscape, Marc Andreesen, a
internet deslanchou para se tornar a grande rede mundial de computadores.
Desde então é mais fácil acessar o conteúdo através de uma interface gráfica
e hipertexto.
– 165 –
Fundamentos da Informática
Shutterstock.com/Ivaschenko
Roman
6.5.3.2 Cabeamento
O padrão Ethernet também especifica o tipo de cabo que é utilizado.
Originalmente os adaptadores trabalhavam com cabo coaxial. Um
único cabo percorria toda a rede, passando de adaptador em adaptador.
Atualmente as interfaces fazem uso do cabo chamado ethernet par
trançado, onde uma extremidade é conectada à placa de rede e a outra é
conectada a um concentrador ou switch (abordados nesta seção). O cabo
par trançado normalmente é comercializado na cor azul, conforme ilustra
a figura 10.
Figura 10 – Cabo ethernet par trançado com conector RJ-45.
6.5.3.3 Hub
O hub (concentrador) é o equipamento responsável por permitir
a interligação de vários computadores, através das portas em que são
– 166 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
Shutterstock.com/Zsolt Biczo
Os hubs foram gradativamente sendo substituídos pelos switches.
6.5.3.4 Switch
O switch (comutador) tem forma física parecida com o hub, porém
seu funcionamento difere basicamente sob dois aspectos: o switch
trabalha com maior largura de banda e também possui melhor controle
das colisões de pacotes na transferência de dados. A figura 12 apresenta
um switch.
Figura 12 – Switch ethernet 8 portas.
– 167 –
Fundamentos da Informática
6.5.3.5 Roteador
O roteador, por sua vez, tem forma física parecida com o switch, porém
implementa uma função crucial para as redes locais que acessam internet:
permite que os equipamentos interconectados trabalhem em diferentes
faixas de IP, levando os dados de uma faixa para outra (roteando). São esses
equipamentos que permitem a conexão entre mais de uma LAN. Dessa
maneira, computadores de uma rede local conseguem “enxergar” a internet.
Veja um roteador na figura 13.
Figura 13 – Roteador ethernet 4 portas.
Shutterstock.com
– 168 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
6.6 Especificando um PC
Pense naquele membro da família, já com certa idade, que em um
domingo qualquer olha para você e diz: “Meu filho, estou querendo comprar
um computador. Você que é jovem, pode me dar umas dicas?”. Esta seção
destina-se a auxiliar com os principais elementos que ajudam a resolver esta
questão, focando em soluções para uso doméstico ou por profissionais liberais.
– 169 –
Fundamentos da Informática
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Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
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Fundamentos da Informática
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Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 173 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
Tão importante quanto o processador que incorpora um PC é a placa
mãe sobre a qual ele está acoplado. Ao passo que o processador evolui em
velocidade e conjunto de instruções, a placa mãe precisa acompanhá-lo,
estabelecendo toda a comunicação física entre ele e os demais componentes,
como memória (através da ponte norte) e periféricos (pela ponte sul). Cada
ponte é controlada por um conjunto de chips, chamado de chipset, elemento
importante na escolha do dispositivo.
Escondido por trás do sistema operacional, o BIOS é um ou mais
programas que controlam o funcionamento básico do hardware: quais
componentes estão disponíveis no sistema, quais suas características técnicas,
se estão funcionando ou não. Alguns BIOS são tão completos que oferecem
opções avançadas e configurações automáticas para todos os componentes
– 174 –
Placa mãe e integração dos componentes de Hardware
– 175 –
7
Sistemas de numeração
– 178 –
Sistemas de numeração
0 ٠
1 ٩
2 ٨
3 ٧
4 ٦
5 ٥
6 ٤
7 ٣
8 ٢
9 ١
– 179 –
Fundamentos da Informática
Exemplo
O número 1982 no sistema decimal é composto por
1 milhar, 9 centenas, 8 dezenas e 2 unidades.
1000 + 900 + 80 + 2 = 1982
Esse número pode ser decomposto
também da seguinte maneira:
1982 = 1000 + 900 + 80 + 2
= 1 · 1000 + 9x 100 + 8x 10 + 2x 1
= 1 · 103 + 9x 102 + 8x 101 + 2x 100
– 180 –
Sistemas de numeração
Exemplo
O número 1100, no sistema binário, é assim composto:
1100 = 1x23 + 1x22 + 0x21 + 0x20
O número 10011, no sistema binário, de acordo
Com a lei de formação, é assim composto:
10011 = 1x24 + 0x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
– 181 –
Fundamentos da Informática
Bits Denominação
4 Nibble
8 Byte
16 Word
Uma outra maneira de explicar o sistema binário, para facilitar o enten-
dimento, é apresentada por Bill Gates (Gates, 1995). Imagine um quarto
com uma única lâmpada de 250 watts. Agora suponha que, ao invés de uma,
o quarto tenha oito lâmpadas de menor intensidade (de 1 a 128 watts), con-
forme apresentado na Figura 1.
Figura 1 Lâmpadas de intensidades diferentes, com seus interruptores.
– 182 –
Sistemas de numeração
– 183 –
Fundamentos da Informática
“Para encurtar ainda mais a notação, você pode registrar cada “desligado”
com 0 e cada “ligado”com 1. O que significa que, em vez de escrever “ligado,
desligado, desligado, desligado, ligado, desligado, desligado, ligado”, vale
dizer, ligue a primeira, a quarta e a oitava das oito lâmpadas e deixe as outras
desligadas, você escreve a mesma informação como 1, 0, 0, 0, 1, 0, 0,1 ou
10001001, um número binário. No caso, é 137.” (Gates, 1995)
A ideia de ligar e desligar interruptores é que está por trás do sistema
binário. A princípio pode até parecer complicado mas, no sistema decimal,
essa mesma ideia é utilizada, regida pela lei de formação.
Exemplo
O número 735 no sistema octal, de acordo com a
lei de formação, é composto da seguinte forma:
735 = 7x82 + 3x81 + 5x80
– 184 –
Sistemas de numeração
– 185 –
Fundamentos da Informática
Exemplos
43610 = 043610 = 0043610 = 00043610
– 186 –
Sistemas de numeração
Exemplos
(11011)2:
b = 2 (base do número)
n = 5 – 1 = 4 (quantidade de algarismos – 1)
1x24 + 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
16 + 8 + 0 + 2 + 1 = (27)10
(3D9)16 :
b = 16 (base do número)
n = 3 – 1 = 2 (quantidade de algarismos – 1)
3x162 + Dx161 + 9x160
3x256 + 13x16 + 9x1
768 + 208 + 9 = (985)10
– 187 –
Fundamentos da Informática
Exemplo
(125)10 : ( ? )2 15 ÷ 2 = 7 e resto = 1
125 ÷ 2 = 62 e resto = 1
7 ÷ 2 = 3 e resto = 1
62 ÷ 2 = 31 e resto = 0
3 ÷ 2 = 1 e resto = 1
– 188 –
Sistemas de numeração
125 2
1 62 2
(125)10 = (1111101)2 1 1
Fonte:
7.10 Conversão entre base 2 e 16
A conversão entre os sistemas binário e hexadecimal pode ser feita
diretamente, sem a necessidade de operações aritméticas. Isso ocorre
porque existe uma estreita relação entre esses dois sistemas posicionais de
representação. Afinal, o número 16 (base do sistema hexadecimal) pode ser
expresso como 24 (repare o dois do sistema binário na base). Ou seja, os
números hexadecimais podem ser vistos como uma representação compacta
dos números binários. A conversão da base 2 para a base 16 é realizada da
seguinte forma:
1. segmenta-se o número em partes de 4 (quatro é a potência de 24)
algarismos, da direita para a esquerda;
2. cada segmento é convertido diretamente para o seu equivalente em
hexadecimal (Tabela 1).
– 189 –
Fundamentos da Informática
Exemplo
(1010011011)2
0010 1001 1011
2 9 B
(54B)16
5 4 B
(1010011011)2
001 010 011 011
1 2 3 3
– 190 –
Sistemas de numeração
(543)8
5 4 3
(543)8
5 4 3
1 6 3
– 191 –
Fundamentos da Informática
(1F4B)16
1 F 4 B
1 7 5 1 3
em que:
b = base do número (exemplo: base 2, 8, 10 ou 16)
n = quantidade de algarismos da parte inteira –1
an = algarismos de acordo com sua posição
m = quantidade de algarismos da parte fracionária
– 192 –
Sistemas de numeração
Exemplos
– 193 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
O ser humano sempre teve a necessidade de quantificar coisas, e para
isso criou os sistemas numéricos. Com as representações numéricas, torna-se
possível realizar de forma trivial tarefas antes complexas. Entre as várias
representações, destacam-se a decimal (com dez símbolos), a binária (com
dois símbolos) – amplamente utilizada nos computadores, a octal (com
oito símbolos) e a hexadecimal (com 16 símbolos). A lei de formação rege
todas essas representações, e graças a isso é possível converter os números
de uma base para outra. Basicamente, a lei de formação atribui pesos para
as posições de cada algarismo de um número (ideia de sistema posicional).
Os números fracionários também podem se representados seguindo essa
mesma lógica.
– 194 –
8
A informática
e o software
– 196 –
A informática e o software
– 197 –
Fundamentos da Informática
– 198 –
A informática e o software
respeito à comunicação que se deve ter com o público-alvo. Para tanto, alguns
cuidados precisam ser tomados:
22 Conhecer o assunto a ser abordado;
22 Selecionar a informação que se deve passar ao público;
22 Considerar somente os pontos importantes a serem tratados;
22 Planejar a apresentação antes da elaboração dos slides;
22 Organizar as ideias com começo, meio e fim;
22 Observar o tempo disponível para a apresentação e distribuir os
slides dentro desse tempo;
22 Conhecer o público-alvo, pois é para ele que a apresentação
deve ser preparada;
22 Cuidar das cores utilizadas, tanto na combinação quanto na sua
tonalidade;
22 Adotar uma identidade visual para facilitar a compreensão e a loca-
lização de informações relevantes;
22 Adequar a quantidade e o tamanho do texto utilizados no slide, que
não devem ser excessivos.
8.2.5 Internet
A internet é uma rede global de computadores, interligados por
equipamentos e protocolos de comunicação. É baseada na troca de informações
entre computadores, o que possibilita aos usuários transferir arquivos, conversar
eletronicamente por meio de mensagens escritas ou faladas, compartilhar equipa-
mentos e softwares.
Com o surgimento da internet, o comportamento das empresas e das
pessoas mudou. Novas aplicações e soluções foram criadas; isso possibilitou
novas oportunidades de trabalho e entretenimento.
O compartilhamento favorecido de ideias e informações entre pessoas e
empresas, em qualquer parte do mundo, força o pensamento global, possibi-
litando às atitudes locais serem facilmente compartilhadas.
– 199 –
Fundamentos da Informática
8.2.6 Comunicação
A comunicação entre computadores é feita por meio de um protocolo
de comunicação. Protocolo é o nome dado ao conjunto de regras que os
equipamentos envolvidos no processo devem seguir para que a ligação entre
os mesmos permaneça estável e funcional. Portanto, os computadores só
entendem se falarem a mesma língua (o protocolo).
O protocolo mais comum utilizado nas redes de computadores – estru-
turas físicas (equipamentos) e lógicas (programas, protocolos) que permitem
que dois ou mais computadores possam compartilhar informações – é o
TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Cada computador
ligado à rede possui um endereço, chamado Endereço IP, que deve ser único.
O Endereço IP é formado por quatro conjuntos de números que vão de
0 a 255, separados por três pontos e variando a quantidade de dígitos, como:
255.255.255.1, 1.1.1.255 ou 17.15.1.203. Dois computadores não podem
ter, ao mesmo tempo, o endereço IP igual. Para garantir isso, há um sistema
de atribuição automática para o endereçamento.
Quando um computador se conecta a uma rede TCP/IP, o mesmo recebe
o endereço IP de um servidor, que é um computador central, localizado na
empresa ou no provedor que provê o acesso à internet, que também é um
tipo de rede de computadores. Este servidor não vai atribuir um endereço IP
repetido a nenhum outro computador que se conectar, enquanto aquele ainda
permanecer conectado na rede. Após a saída (desconexão) do computador, o
endereço IP pode ser atribuído a qualquer outro equipamento.
– 200 –
A informática e o software
– 201 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
O que é software? Software é um conjunto de instruções a serem
executadas pelos dispositivos eletrônicos para manipulação e interação de
– 202 –
A informática e o software
– 203 –
9
Classificação de
software
– 206 –
Classificação de software
Saiba mais
Antes de formar uma opinião acerca de software livre, é bom
entender mais a fundo os conceitos em torno dele.
Boas referências sobre o assunto podem ser encontradas nos
sites da Free Software Foundation (www.fsf.org), do Projeto
GNU (www.gnu.org) e da Open Source Iniciative (www.
opensource.org).
– 207 –
Fundamentos da Informática
O software livre pode ser encarado sob dois aspectos: Open Source e
Livre Comercial.
– 208 –
Classificação de software
Lembre-se: nem sempre um software gratuito é livre, e nem
todo software livre deixa completamente de ser comercial.
– 209 –
Fundamentos da Informática
uma aura de segredo. É o cliente quem decide se vai querer pagar ou não para
degustar as iguarias.
Assim, voltando ao software, o que é fornecido tem um preço que é
definido de acordo com a utilidade do software para determinada pessoa que
pague o valor sugerido, mesmo que outros discordem completamente desse
ponto de vista (Molinari, 2007).
Saiba mais
Alguns softwares se utilizam de licenças um tanto quanto
diferentes, como a Postcardware e a StampwareCardware, nos
quais o desenvolvedor exige o feedback por parte dos usuários
da ferramenta por meio de postais ou cartas para só então liberar
o registro do software.
– 210 –
Classificação de software
Reflita
Em sua maioria, os softwares proprietários são conhecidos
como Software Box, ou “softwares de caixinha”. É como
comprar um produto pronto na prateleira. O usuário tem pouco
ou nenhum poder de manipulá-lo, alterar suas configurações ou
personalizá-lo para necessidades específicas.
– 211 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
Existem dois tipos básicos de software no mercado: o livre e o proprietário.
O software livre caracteriza-se por ter seu código fonte aberto (open source),
que é a linguagem em que ele foi programado. Isso dá aos usuários liberdade
para utilizar, copiar, distribuir, estudar, aperfeiçoar, modificar e redistribuir
um software. Porém, essa liberdade não vem necessariamente acompanhada
de gratuidade. Os programas chamados de livre comercial vêm sempre
atrelados a “pacotes” de outros programas ou hardware, agregando valor que
permite a cobrança.
Software gratuito não quer dizer software livre. Sem exibir o código fonte,
os produtos gratuitos trabalham com versões freeware e adware, permitindo
seu uso sem custo por determinado tempo ou com patrocínio de anunciantes.
Já o software proprietário concede uma licença de uso apenas, sem abrir
o código fonte. São os chamados “softwares de caixinha”, pois já vêm prontos
e impedem o usuário de fazer qualquer modificação ou personalização, exceto
por questões de usabilidade. Por serem produtos prontos, normalmente
oferecem versões shareware, demo e trial, que permitem “degustar” o produto
antes de decidir a compra.
Entidades como a Free Software Foundation (FSF) e a Open Source
Iniciative (OSI) contribuem para as discussões e soluções a respeito da
melhor forma de compartilhar o conhecimento e beneficiar usuários em
todo o mundo.
– 212 –
10
Sistemas operacionais,
redes de computadores
e banco de dados
– 214 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 215 –
Fundamentos da Informática
permanece até que termine de executar ou que necessite realizar uma operação
de entrada/saída. Os sistemas preemptivos vão atendendo todas as tarefas ao
mesmo tempo, alternadamente, e por partes. Para tanto, incorporam dois
novos conceitos: troca de contexto e quantum.
Para o sistema atender simultaneamente as diversas tarefas que estão em
fila para execução, ele o faz por partes, ou seja executa um pouco de uma,
para, executa um pouco da outra, para, e assim sucessivamente. A fração de
tempo que o processo fica em execução é chamada de quantum. A troca de
contexto acontece toda vez que um processo é deixado de lado para dar lugar
a outro: o processo atual precisa ser removido da memória, dando lugar ao
próximo, e em momento futuro volta a ocupar a memória para execução de
mais uma fração.
Dentre os diversos algoritmos de escalonamento empregados nos
escalonadores, destacam-se: FCFS (First Come First Served – o primeiro a
chegar é o primeiro a ser servido), Round Robin, Prioridades, SJF (Shortest
Job First – tarefa mais curta por primeiro), FSS (Fair Share Scheduling –
escalonamento por fração justa).
– 216 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 217 –
Fundamentos da Informática
– 218 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
Sugestão de Leitura
Para saber mais sobre o funcionamento dos sistemas operacio-
nais, recomenda-se a leitura da obra:
TANENBAUM, A. S., Sistemas Operacionais Modernos.
3. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
– 219 –
Fundamentos da Informática
10.2.2 Linux
Antes de falar propriamente do Linux, faz-se necessário entender a sua
origem: o Unix. O Unix é um sistema operacional que foi criado na década
de 70 do século XX para ser utilizado em minicomputadores, a fim de os
permitir realizar mais de uma tarefa simultaneamente. Ele foi idealizado por
Ken Thompson, um pesquisador do MIT, que na época trabalhava para a
Bell Laboratories.
Mais tarde, o projeto ganhou a adesão de outro pesquisador: Dennis
Ritchie. Thompson e Ritchie publicaram um artigo sobre o sistema, que fez
com que diversas universidades se interessassem e pedissem uma cópia do
Unix. A partir daí surgiram diversas outras versões paralelas ao sistema, que
normalmente eram incompatíveis. Essa falta de padronização inibiu o sucesso
comercial do Unix. Nos anos 90 do século XX houve algumas tentativas de
padronização, mas sem sucesso.
Em 1987, Andrew Tanenbaum criou sua própria versão do Unix: o
Minix, versão que, com o uso massificado da internet, passou a ser cultuada
– 220 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 221 –
Fundamentos da Informática
– 222 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 223 –
Fundamentos da Informática
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Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 225 –
Fundamentos da Informática
– 226 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
c. cabo de fibra óptica: são cabos que transmitem dados por meio de
feixes de luz e que podem chegar a grandes distâncias. Seu revestimento
é feito de uma mistura de vidro, plástico e outros componentes.
– 227 –
Fundamentos da Informática
Saiba mais
Outro meio físico de comunicação é o ar -- as chamadas redes
wireless (sem fio) utilizam ondas de rádio digital, satélites e
espectro de difusão para transmitir dados a grandes distâncias
e em grandes velocidades. Já o que se chama de wi-fi é um
padrão de rede sem fio para curta distância, utilizado em resi-
dências, escritórios, restaurantes etc.
Fonte: Shutterstock.com/alexRem
– 228 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
Fonte: Shutterstock.com/alarich
Saiba mais
Na comunicação entre esses dispositivos, temos quatro tipos
de envio de dados: anycast, em que a informação é enviada
e distribuída ao receptor mais próximo definido pelo roteador;
broadcast,em que a informação é transmitida a muitos receptores
ao mesmo tempo; multicast, em que a informação é enviada a
vários receptores simultaneamente, utilizando a melhor estratégia
de roteamento; e unicast, em que a transmissão da informação é
feita a um único receptor (Wikipedia, [s. d.]).
– 229 –
Fundamentos da Informática
– 230 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
Departamento
Empregado
– 231 –
Fundamentos da Informática
Empregado
Num Empregado Nome Empr Salário Departamento
012 M. Santos 1020 012
087 J. Furquin 980 027
028 S. Silva 789 011
093 P. Ferreira 852 013
029 T. Melo 825 009
098 R. Silva 1520 014
073 F. Prates 980 026
Departamento
Num Departamento Nome Departamento Ramal
31 Pessoal 142
35 Financeiro 143
38 Técnico 144
– 232 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
Estacionamento
+ Endereço: String
+ Qtd vagas: int
Funcionário
+ Matrícula: int
- Data de admissão: Date
Cliente
+ Consultar vagas (): String
+ Cadastra veídulo (): String + Nome: String
+ emiti ticket(): String
+ Mamter tab de Pre (): String + CPF: int
+ Gerar Relatorio (): String
Veículo
+ Tipo: String
+ Placa: int
– 233 –
Fundamentos da Informática
– 234 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
Saiba mais
Hoje, no mercado, temos muitos SGBDs de grande poder de
armazenamento e segurança, como MySQL, PostgreSQL,
Oracle, SQL Server e outros.
– 235 –
Fundamentos da Informática
Conclusão
Os sistemas operacionais são programas responsáveis por oferecer aos
aplicativos um acesso facilitado e controlado ao hardware. Ao se salvar um
documento, em um editor de texto, é o sistema operacional que detém o
controle de onde este arquivo será armazenado, com que nível de permissão/
acesso, dentre outras características que envolvem uma comunicação mais
próxima do hardware.
Uma rede é um conjunto de computadores e outros dispositivos
interligados entre si, mesmo que distantes geograficamente, visando ao
compartilhamento de recursos e de informações.
As redes são classificadas de acordo com a distância entre os computadores
conectados a ela e recebem a denominação de redes locais (LAN – Local Area
Network), redes metropolitanas (MAN – Metropolitan Area Network) e redes
geograficamente distribuídas (WAN – Wide Area Network).
– 236 –
Sistemas operacionais, redes de computadores e banco de dados
– 237 –
11
Sistemas de informação:
conceito, componentes
e tipologia
– 240 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
Ambiente
Feedback
– 241 –
Fundamentos da Informática
Funções
Componentes Dados Sistemas de informação
gerenciais
Administração Empregados, cargos, Folha de pagamento,
Pessoas
de RH qualificação, etc. plano de carreira, etc.
Contas a pagar, contas Contabilidade,
Administração
Dinheiro a receber, orça- custos, orçamento,
Financeira
mento, custos, etc. contas a pagar, etc.
Itens, fornecedores,
Administração Controle de estoques,
Materiais estoques, ordens
de Materiais controle de compras, etc.
de compra, etc.
Controle de
Administração Programas, roteiros sistemas, controle de
Sistemas
de Sistemas de operação, etc. operação, controle de
manutenção, etc.
Maladireta,
Administração Pesquisas, demandas,
Mercado reclamações,
de Marketing concorrentes, etc.
pesquisas, previsões, etc.
Administração Faturamento, estatísticas,
Clientes Clientes, vendas, etc.
de Vendas controle de metas, etc.
Fonte: adaptado de Moreira ([s.d.])
11.3.1 Organizações
As necessidades de gestão dos diversos aspectos que fazem parte da opera-
ção diária de organizações de qualquer natureza (Governo, empresas privadas,
organizações não-governamentais etc.) modelam os sistemas de informação
(SI). São essas demandas e problemas, internos e externos, que determinam
o que precisa ser feito.
– 242 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
11.3.2 Pessoas
Em sistemas baseados em computador, as pessoas são o elemento mais
importante, pois são elas que gerenciam, programam e executam os proces-
sos, administrando todo o SI.
11.3.3 Tecnologias
A tecnologia é o meio utilizado para transformar dados em informa-
ções úteis. De maneira rudimentar, há sistemas manuais, com auxílio de
caneta e papel, mas bastante limitados à manipulação de uma quantidade
pequena de dados.
Com tecnologias mais sofisticadas, a sistematização de informações evo-
luiu para o uso do computador como ferramenta. Os sistemas computadori-
zados são compostos por hardware, software, banco de dados, comunicação
de dados ou redes de dados, pessoas e procedimentos (Stair; Reynolds, 2002).
22 Hardware: é o equipamento físico (computador) usado para
executar as atividades de entrada, processamento e saída em um
sistema de informação. Os dispositivos de entrada podem ser
teclado, mouse, câmera, microfone e vários outros. Os dispositivos
de processamento envolvem unidade central de processamento,
memória e armazenagem. Já os dispositivos de saída podem ser
monitor e impressoras.
22 Software: é um conjunto de instruções que faz o computador
funcionar. Consiste em programas que permitem ao computador
processar dados e executar tarefas exigidas pelos sistemas
de informação.
22 Banco de dados: é um sistema de armazenamento e organização de
dados que são utilizados no processamento (conforme já descrito
no capítulo 10).
22 Redes de dados: permitem a ligação de diferentes hardwares e são
usadas para conectar e transferir dados de um ponto a outro. Uma
rede permite a ligação de dois ou mais hardwares independentemente
do local em que estejam (conforme já descrito no capítulo 10).
– 243 –
Fundamentos da Informática
– 244 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
– 245 –
mação pode ser dividida em quatro níveis: crítica, mínima, potencial e exces-
siva (Jakobiak, 1995).
22 Informação crítica: vital para a organização, exigida para decidir
que ações devem ser tomadas para alcançar os objetivos prioritá-
rios, fatores críticos de sucesso.
22 Informação mínima: essencial para uma boa gestão da organização
porque permite a execução de boas ações.
22 Informação potencial: possibilita antecipar e desenvolver vantagens
competitivas.
22 Informação excessiva: informação inútil para o desenvolvimento
da organização.
Define-se gestão da informação como a aplicação de princípios
administrativos para aquisição, organização, controle, transmissão e uso da
informação para o funcionamento das organizações (Tarapanoff, [s.d.]). A
gestão da informação preocupase com a qualidade, com o uso e a segurança
da informação no desempenho organizacional.
Dentro de uma organização, cada área tem diferentes interesses, neces-
sidades e características, o que exige a adoção de diferentes tipos de sistemas
para gerenciar as informações.
Exemplos de SPT: controle de estoque, ven-
das, contas a receber, folha de pagamento, etc.
– 247 –
Fundamentos da Informática
– 248 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
– 249 –
Fundamentos da Informática
– 250 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
Conclusão
Dados, por si só, não levam à compreensão de um determinado fato
ou situação. Somente quando processados – reunidos, analisados, transfor-
mados – é que podem gerar informação, ou seja, um conjunto com algum
significado e que aumenta o conhecimento a respeito de algo. Um sistema
são elementos interligados com a função de produzir ou obter determinados
objetivos ou resultados específicos.
Os sistemas de informação (SI) dependem de equipamentos, pessoas,
meios de comunicação e uma série de normas e processos a fim de transfor-
mar dados brutos em informação útil, que possa servir à tomada de decisões
– 251 –
Fundamentos da Informática
– 252 –
Sistemas de informação: conceito, componentes e tipologia
– 253 –
Referências
.
Fundamentos da Informática
– 256 –
Referências
– 257 –
Fundamentos da Informática
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LAUDON, K. Kenneth. C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação
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– 258 –
Referências
– 259 –
Fundamentos da Informática
– 260 –
Estamos rodeados de computadores embutidos em equipamentos que utili-
zamos em nosso dia a dia. Um carro pode ter mais de dez deles, no telefone
celular, um computador extremamente poderoso, e mesmo em geladeiras e
micro-ondas. Mas como é que os computadores funcionam? O que é preciso
saber sobre estas maquininhas para que tragam bem-estar a nossa sociedade.
Neste livro estamos apresentando respostas básicas para estas perguntas.
Depois de conhecer como o equipamento do computador funciona e quais os
recursos que temos disponíveis para que o computador rode aplicações uteis
para os usuários, vamos mostrar quais são as diversas áreas nas empresas
onde o uso do computador e seus aplicativos podem colaborar. Isto permite
uma organização dos dados de tal forma que elas consigam buscar informa-
ções importantes para decidir sobre o futuro de uma forma segura e confiável.
Espero que goste deste primeiro contato com a computação e que consiga
responder aquelas perguntinhas que seu tio, primo, vizinho irão fazer agora
que você está fazendo uma faculdade na área de computação. Depois você
me conta... Sucesso e boa leitura!
ISBN 978-85-53370-29-0
9 7885 53 3 7029 0