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Informática
Curitiba
2014
fael
Diretor-Geral Marcelo Antônio Aguilar
Diretor Acadêmico Francisco Sardo
Coordenadora do Núcleo Vívian de Camargo Bastos
de Educação a Distância
Projeto Gráfico e Capa Sandro Niemicz
Fotos da Capa Shutterstock.com/kentoh
Diagramação Katia Cristina Santos Mendes
Revisão Mariela Castro
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2 História da computação | 23
6 A informação e o software | 83
7 Sistema operacional | 93
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Mariela Castro
Jornalista, blogueira, especializada em mídias sociais e novas
tecnologias de comunicação
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A cada dia que passa, mais dados são gerados e maior é a necessidade de
processá‑los a fim de gerar informação. Já parou para pensar sobre a quantidade
de dados que você gera diariamente? Quando utilizamos algum equipamento
elétrico, informamos o consumo à companhia de energia elétrica. O uso do
telefone, seja fixo ou móvel, é informado à companhia telefônica que abate
créditos. Quando passamos acima do limite de velocidade por um radar
eletrônico, novos dados são gerados para a aplicação da multa. Toda vez em
que usamos um cartão de débito/crédito também são gerados dados. Esses são
só alguns exemplos diários, existem inúmeros outros.
A computação é peça fundamental para o funcionamento da sociedade
nos moldes como a conhecemos hoje, contudo não é peça essencial, uma vez
que durante muito tempo vivemos sem ela. Por toda essa importância, serão
apresentados, neste capítulo, tópicos relevantes sobre as possibilidades de atuação
do profissional na area de computação, começando pela formação acadêmica.
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Saiba mais
22 Núcleo Fundamentos da Computação: compreende as matérias
que envolvem a parte científica e as técnicas fundamentais à
formação sólida de computação (SBC, 1999).
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Saiba mais
Nos Estados Unidos, não existe diferença entre Engenharia da
Computação e Ciência da Computação como há no Brasil.
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distingue uma das outras por características próprias e são opções para os
egressos do curso superior em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento
de Sistemas.
a) Administrador de banco de dados
É também conhecido pela sigla DBA, do inglês DataBase
Administrator. Esse profissional é responsável pelo projeto,
manutenção e refinamento de bancos de dados corporativos. É o
profissional responsável pelos dados e informações da empresa.
b) Administrador de redes
É responsável pela instalação, configuração e manutenção de todos
os serviços de rede de computadores implementados. Inclui‑se,
também, pesquisa de soluções de tecnologia, apoio à area de
desenvolvimento de aplicações, configuração e manutenção do
nível de segurança da rede.
c) Analista de sistemas
É responsável pelo levantamento das necessidades do cliente e pela
elaboração de um modelo conceitual do sistema a ser desenvolvido.
É o projetista de sistemas. Fazendo‑se analogia com engenharia civil,
esse profissional projeta a “planta” dos sistemas, indicando detalhes
técnicos e algoritmos.
d) Auditor de sistemas
É o profissional encarregado em auditar sistemas e redes corporativas,
identificar fraudes e outros tipos de irregularidade, além de analisar
políticas de uso e de segurança.
e) Programador Web
É o profissional responsável pelo desenvolvimento de aplicações
para Web, em termos de implementação de software. Sua principal
atividade é o desenvolvimento de aplicações para internet e intranets,
além de sítios de comércio eletrônico, por exemplo.
f ) Webmaster
É o responsável pela estrutura, projeto e gerência de aplicações Web,
desde equipes envolvidas com essas aplicações até a infraestrutura.
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Esse projeto de lei, mesmo com pouco tempo, é tido como polêmica e, diante
disso, a SBC se posicionou por meio de uma correspondência para o Senado
Federal. Veja o conteúdo completo do fato exposto pela SBC (2008, [s. p.]):
atenta aos recentes acontecimentos a respeito do Projeto de Lei
607/2007, que trata da Regulamentação da Profissão, a SBC enviou
correspondência para a Senadora Patrícia Saboya, Presidente da
Comissão de Assuntos Sociais, solicitando Audiência Pública.
Em sua correspondência, a SBC justificou o pedido de Audiên cia
Pública devido à existência de opiniões diversas e muito divergentes e
que, nessa audiência, os diversos pontos de vista, tanto da SBC quanto
de outras organizações sociais, poderão ser apresentados e debatidos
amplamente, possibilitando um melhor encaminhamento do assunto
por parte dos Senadores.
Em resposta, a assessoria da Senadora informou que essa reconheceu
a polêmica em torno do assunto e marcará a Audiência Pública em
momento oportuno.
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Conclusão
Neste capítulo, você viu que a formação acadêmica em computação tem
currículos com características próprias e propósitos diferentes. Inicialmente
foram apresentadas as diferentes classificações de IES no Brasil. A única com
obrigatoriedade de pesquisa é a universidade. Sobre os cursos superiores
de computação, existem os cursos atividade‑fim (bacharelado em Ciência
da Computação e Engenharia da Computação), que devem ter mais
profundidade nas matérias dos núcleos fundamentos da computação e
tecnologia da computação. Bacharelado em Sistemas de Informação é um
curso superior atividade‑meio de computação, com maior profundidade no
núcleo sistemas de informação. Também vimos que os cursos tecnológicos
são de menor duração que visam à formação voltada para desenvolvimento,
aplicação e difusão de tecnologias específicas.
Como exemplos de principais campos de atuação para egressos do curso
superior em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas podemos
citar: administrador de banco de dados, administrador de redes, analista de
sistemas, auditor de sistemas, programador Web, webmaster.
Expusemos brevemente sobre a Sociedade Brasileira de Computação
(SBC) e sua importante atuação e seu posicionamento sobre a regulamentação
da profissão no Brasil. A regulamentação é um tema polêmico e que provoca
acalorados debates há muitos anos. Por fim, foi apresentado o panorama
atual, do ponto de vista legal, sobre os projetos de lei.
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arames paralelos, servia para fazer cálculos rudimentares e é tão antigo que
há muita divergência sobre sua origem: Babilônia ou Mesopotâmia mais ou
menos 3.000 anos antes de Cristo, Egito em 500 a.C. ou China no século
II, já em uma versão mais próxima do que conhecemos hoje, popularizado
pelo soroban japonês, até hoje utilizado. A história é fértil em exemplos de
ferramentas que foram desenvolvidas para registrar e lidar com dados, até
chegar à sofisticação da tecnologia de ponta dos computadores atuais.
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Saiba mais
Pascal é o nome de uma popular linguagem de programação,
batizada assim em homenagem ao físico e matemático.
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Saiba mais
CPU (Unidade Central de Processamento, na sigla em inglês)
é o componente do computador que processa os dados. É
considerado o “cérebro” do computador.
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Conclusão
A história da computação remonta a 3.000 anos antes de Cristo, quando
os babilônios criaram o ábaco para fazer contas, passa pela invenção da
primeira calculadora, em 1623, e recebe uma longa lista de contribuições
de astrônomos, físicos, matemáticos e engenheiros ao longo dos séculos, até
chegar ao microchip, base da tecnologia implantada nos computadores do
século XXI.
Ao conhecer a história dos computadores, nos damos conta de como
tantos cientistas, culturas e indústrias diferentes trabalharam com afinco para
se livrar da tediosa tarefa de fazer cálculos e operações repetitivas manualmente,
mudando completamente o modo de ser e pensar da humanidade.
As quatro gerações de computadores – válvula, transistor, circuitos
integrados e integração em larga escala com microchips – foram marcadas por
grandes invenções que revolucionaram a tecnologia então em uso e ampliaram
o conhecimento sobre como as coisas funcionam. Por exemplo, um dos
conceitos mais importantes para os profissionais da área de informática é
entender a diferença entre dados analógicos e digitais.
A partir do momento em que a tecnologia migrou dos centros acadêmi‑
cos para o mundo corporativo, o cenário mudou de forma acelerada. De lá
para cá, três grandes ondas tecnológicas, chamadas de plataformas, marcam a
história. A primeira plataforma é quando os mainframes, volumosos e pesados
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3.4.3 Registradores
Os registradores são pequenas memórias internas dentro do
processador, que servem para auxiliá-lo durante as operações, armazenando
temporariamente dados que estão sendo utilizados. Se não fossem os
registradores, o processador teria muito mais trabalho, pois precisaria
acessar a memória principal, que está fora dele.
Existem registradores de uso genérico e outros com funções específicas,
mas ambos são maneiras mais rápidas para acessar informações que estão
sendo processadas, embora tenham menor capacidade de armazenamento
que a memória principal.
Exemplos de registradores genéricos são AX e BX, usados para armazenar
números binários. Um exemplo de registrador específico é o IP (Instruction
Pointer), que indica o ponto de referência na memória principal (RAM) que
contém a próxima instrução a ser executada.
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Conclusão
O computador digital consiste em um sistema interconectado de proces‑
sadores, memórias e dispositivos de entrada/saída, e esse modelo é baseado na
arquitetura concebida pelo matemático John von Neumann em 1945.
O processador (CPU) é considerado o cérebro do computador, respon‑
sável por todos os cálculos e operações matemáticas solicitadas pelo usuário
e seus programas. Existem diferentes arquiteturas de processamento (RISC e
CISC), que permitem a execução de um número menor ou maior de instru‑
ções, mas cada qual com vantagens e desvantagens.
A memória é um componente que tem como função o armazenamento
temporário de dados, funcionando como um repositório para programas do
usuário e para o próprio processador.
Os dispositivos que permitem inserir dados (entrada) e visualizar resulta‑
dos processados (saída) são chamados de periféricos e possibilitam ao usuário
interagir com o computador.
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0 ٠
1 ٩
2 ٨
3 ٧
4 ٦
5 ٥
6 ٤
7 ٣
8 ٢
9 ١
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Exemplo
O número 1982 no sistema decimal é composto por
1 milhar, 9 centenas, 8 dezenas e 2 unidades.
1000 + 900 + 80 + 2 = 1982
Esse número pode ser decomposto
também da seguinte maneira:
1982 = 1000 + 900 + 80 + 2
= 1 · 1000 + 9x 100 + 8x 10 + 2x 1
= 1 · 103 + 9x 102 + 8x 101 + 2x 100
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Exemplo
O número 1001, no sistema binário, é assim composto:
1001= 1x23 + 0x22 + 0x21 + 1x20
O número 11011, no sistema binário, de acordo
com a lei de formação, é assim composto:
11011 = 1x24 + 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
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Bits Denominação
4 Nibble
8 Byte
16 Word
Uma outra maneira de explicar o sistema binário, para facilitar o enten‑
dimento, é apresentada por Bill Gates (Gates, 1995). Imagine um quarto
com uma única lâmpada de 250 watts. Agora suponha que, ao invés de uma,
o quarto tenha oito lâmpadas de menor intensidade (de 1 a 128 watts), con‑
forme apresentado na Figura 1.
Figura 1 Lâmpadas de intensidades diferentes, com seus interruptores.
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“Para encurtar ainda mais a notação, você pode registrar cada “desligado”
com 0 e cada “ligado”com 1. O que significa que, em vez de escrever “ligado,
desligado, desligado, desligado, ligado, desligado, desligado, ligado”, vale
dizer, ligue a primeira, a quarta e a oitava das oito lâmpadas e deixe as outras
desligadas, você escreve a mesma informação como 1, 0, 0, 0, 1, 0, 0,1 ou
10001001, um número binário. No caso, é 137.” (Gates, 1995)
A ideia de ligar e desligar interruptores é que está por trás do sistema
binário. A princípio pode até parecer complicado mas, no sistema decimal,
essa mesma ideia é utilizada, regida pela lei de formação.
Exemplo
O número 735 no sistema octal, de acordo com a
lei de formação, é composto da seguinte forma:
735 = 7x82 + 3x81 + 5x80
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Exemplos
43610 = 043610 = 0043610 = 00043610
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Exemplos
(11011)2:
b = 2 (base do número)
n = 5 – 1 = 4 (quantidade de algarismos – 1)
1x24 + 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
16 + 8 + 0 + 2 + 1 = (27)10
(3D9)16 :
b = 16 (base do número)
n = 3 – 1 = 2 (quantidade de algarismos – 1)
3x162 + Dx161 + 9x160
3x162 + 13x161 + 9x160
768 + 208 + 9 = (985)10
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Exemplo
(125)10 : ( ? )2 15 ÷ 2 = 7 e resto = 1
125 ÷ 2 = 62 e resto = 1
7 ÷ 2 = 3 e resto = 1
62 ÷ 2 = 31 e resto = 0
3 ÷ 2 = 1 e resto = 1
– 62 –
125 2
1 62 2
(125)10 = (1111101)2 1 1
Fonte:
4.9 Conversão entre base 2 e 16
A conversão entre os sistemas binário e hexadecimal pode ser feita
diretamente, sem a necessidade de operações aritméticas. Isso ocorre
porque existe uma estreita relação entre esses dois sistemas posicionais de
representação. Afinal, o número 16 (base do sistema hexadecimal) pode ser
expresso como 24 (repare o dois do sistema binário na base). Ou seja, os
números hexadecimais podem ser vistos como uma representação compacta
dos números binários. A conversão da base 2 para a base 16 é realizada da
seguinte forma:
1. segmenta-se o número em partes de 4 (quatro é a potência de 24)
algarismos, da direita para a esquerda;
2. cada segmento é convertido diretamente para o seu equivalente em
hexadecimal (Tabela 1).
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Exemplo
(1010011011)2
0010 1001 1011
2 9 B
(54B)16
5 4 B
(1010011011)2
001 010 011 011
1 2 3 3
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(543)8
5 4 3
(543)8
5 4 3
1 6 3
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(1F4B)16
1 F 4 B
1 7 5 1 3
em que:
b = base do número (exemplo: base 2, 8, 10 ou 16)
n = quantidade de algarismos da parte inteira –1
an = algarismos de acordo com sua posição
m = quantidade de algarismos da parte fracionária
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Exemplos
0 1
7,42710 = 111,012
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Conclusão
O ser humano sempre teve a necessidade de quantificar coisas, e para
isso criou os sistemas numéricos. Com as representações numéricas, torna‑se
possível realizar de forma trivial tarefas antes complexas. Entre as várias
representações, destacam‑se a decimal (com dez símbolos), a binária (com
dois símbolos) – amplamente utilizada nos computadores, a octal (com
oito símbolos) e a hexadecimal (com 16 símbolos). A lei de formação rege
todas essas representações, e graças a isso é possível converter os números
de uma base para outra. Basicamente, a lei de formação atribui pesos para
as posições de cada algarismo de um número (ideia de sistema posicional).
Os números fracionários também podem se representados seguindo essa
mesma lógica.
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5.2.1 Complemento de 1
Outra maneira de representar números binários é o complemento
de 1. Para encontrar o valor simétrico de um número binário na notação
complemento de 1, basta inverter todos os bits que o compõem, ou seja, onde
for 0 substitui por 1, e onde for 1 substitui por 0. Por exemplo:
22 0001 = 1, invertem‑se todos os bits e tem‑se 1110 = –1;
22 0101 = 5, invertem‑se todos os bits e tem‑se 1010 = –5.
Essa notação também descreve um intervalo de representação simétrico.
Ela tem a mesma desvantagem de apresentar dois valores diferentes para o
zero. A figura dois, a seguir, apresenta os valores em complemento de 1 e o seu
correspondente em decimal.
Figura 2 Correspondência entre números binários e decimais
representados em complemento de 1.
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5.2.2 Complemento de 2
A necessidade de encontrar uma representação em que figurasse apenas
um valor neutro para o zero levou à criação da notação complemento de 2.
Para se chegar à representação em complemento de 2, faz se o complemento
de 1 (ou seja, invertem se todos os bits do número) e soma se um ao resultado.
Por exemplo:
22 0001 = 1, invertem se todos os bits e tem se o complemento de 1
= 1110, soma se 1 ao resultado e obtém se 1111 = -1;
22 0101 = 5, invertem se todos os bits e tem se o complemento de 1
= 1010, soma se 1 ao resultado e obtém se 1011 = -5.
Apesar da vantagem de ter apenas um valor para o zero, essa notação não
descreve um intervalo de representação simétrico (Figura 3).
Figura 3 Correspondência entre números binários e decimais
representados em complemento de 2.
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0 0 1 1
+0 +1 +0 +1
=0 =1 =1 = 10
= 0 (e “vai um”)
Em computação, assim como na matemática, cada “entrada” é chamada
de operando. Assim, numa soma, por exemplo, 3+5, + é o operador e 3 e 5
são os operandos.
Se um carry ocorre no bit mais significativo, é gerada uma nova posição
à esquerda do último bit, semelhante à aritmética decimal. A Figura 4 ilustra
uma simples adição, e a Figura 5, uma adição em que ocorre carry no bit
mais significativo.
Figura 4 Operação de adição com carries ocorrendo antes
do bit mais significativo.
(vai um) 1 1
6= 0 1 1 0
+7= 0 1 1 1
13 = 1 1 0 1
Figura 5 Operação de adição com carry ocorrendo
no bit mais significativo.
(vai um) 1 1 1
10 = 0 1 0 1 0
+7= 0 0 1 1 1
17 = 1 0 0 0 1
– 73 –
Saiba mais
Overflow ocorre quando somamos dois operandos positivos e
obtemos um resultado negativo, ou vice‑versa (CASTRO, 2005).
(vai um) 1 1 1 1 1 1
15 = 0 0 0 0 1 1 1 1
–6 = 1 1 1 1 1 0 1 0
9= 1* 0 0 0 0 1 0 0 1
(*carry descartado).
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0 0 1 1
-0 -1 -0 -1
=0 =1 =1 =0
tomou “emprestado”
do dígito seguinte
* * *
14 = 1 1 1 0
–7 = 0 1 1 1
7= 0 1 1 1
O * indica um “empréstimo” ao vizinho.
Quando temos 0 menos 1, precisamos pedir emprestado do elemento
vizinho. Esse empréstimo vem valendo 2 (dois), pelo fato de ser um número
binário (10). Então, no caso da coluna 0 – 1 = 1, a operação realizada na
verdade foi 2 – 1 = 1. Esse processo se repete e o elemento que cedeu o
empréstimo que antes tinha o valor 1 passa a valer 0. Os asteriscos marcam
os elementos que emprestaram para seus vizinhos. Quando acontecer de o
número que emprestará não poder emprestar para ninguém, o pedido passa
para o próximo elemento, e esse zero recebe o valor de 1.
A maneira mais eficiente de se implementar a subtração é utilizando
a notação binária com complemento de dois. Assim, ao invés de
implementarmos a subtração, fazemos o complemento de dois no subtraendo
e somamos os dois valores. Um exemplo dessa característica da subtração de
números binários é a mostrada na figura oito.
– 75 –
7 = 00111 (minuendo)
2 = 00010 (subtraendo)
7 – 2 => 00111 – 00010 => 00111 + (11101 + 00001) = > 00111 + 11110 => 100101
calculando o complemento de 2
complemento de 2 do subtraendo
0 0 1 1
x0 x1 x0 x1
=0 =0 =0 =1
A Figura 9 mostra um exemplo de como multiplicar dois números.
1 0 1 1 Multiplicando
X 1 0 1 0 Multiplicador
0 0 0 0
+ 1 0 1 1
+ 0 0 0 0
+ 1 0 1 1
1 1 0 1 1 1 0
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1 1 0 1 0
– 1 0 1 1
0 1 0
– 1 0
0 0
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números fracionários com sinal positivo ou negativo, e leva esse nome porque é
possível alterar a posição do ponto decimal (a vírgula que separa a parte inteira
da fração) no número. Uma das vantagens dessa notação é que ela permite
representar uma faixa bem mais ampla de valores do que a do ponto fixo,
mas também é menos precisa, consome muito mais espaço na memória do
computador e exige maior capacidade de processamento da CPU.
Na notação em ponto flutuante, um número é dividido em três partes: a
mantissa, o expoente e a base. A mantissa expressa o valor do número, a base
indica em qual sistema de numeração ele é representado (binário, decimal,
etc.) e o expoente define a posição do ponto decimal. O sinal define se é
positivo ou negativo.
Em geral, números de ponto flutuante são representados em linguagens
de programação como números de 32 bits organizados da seguinte maneira: 1
bit para o sinal (0 para positivo ou 1 para negativo), 8 bits para o expoente e 23
bits para a mantissa. Essa representação chama-se precisão simples (Figura 11).
Quando há necessidade de grande precisão, é preciso trabalhar com
números bastante grandes ou muito pequenos. Para esses casos, usa-se a
precisão dupla ou estendida, em que os números são representados por uma
sequência de 64 bits (8 bytes), com 1 bit para o sinal, 11 bits para o expoente
e 52 bits para a mantissa.
Quanto maior o número de bits do expoente, maior será a faixa de
valores a representar, e quanto maior o número de bits para a mantissa, maior
será a precisão.
Figura 11 Representação em ponto flutuante.
– 78 –
– 79 –
5.7.2 Multiplicação
Se uma das mantissas que fazem parte da operação for igual a zero, o resul‑
tado será zero. Por outro lado, se não houver zeros, o procedimento deve ser:
22 some os expoentes (não há necessidade de igualá-los);
22 multiplique as mantissas;
22 normalize o resultado.
5.7.3 Divisão
No caso de uma operação de divisão, o procedimento varia se uma das
mantissas que fazem parte do cálculo for zero.
Em caso afirmativo:
22 se o divisor for zero, é impossível realizar a operação, e dispara o
que se chama de exceção de divisão por zero;
22 se o dividendo (o número pelo qual se divide) for zero, o resultado
será igual a zero.
Em caso negativo:
22 subtraia os expoentes (não há necessidade de igualá-los);
22 divida as mantissas;
22 normalize o resultado.
Em 1985, foi estabelecido um conjunto de regras para representação de
números binários com ponto flutuante e como executar operações aritméticas
com eles. Batizado de IEEE 754, esse padrão é o que existe hoje na maioria
dos computadores. Antes dessa norma, cada fabricante de computadores
adotava seu próprio modelo, dificultando o trabalho dos programadores.
Algumas dessas regras (Viana, 2005) estabelecem que:
22 a base de representação é sempre dois (binária);
22 as operações devem ser executadas em precisão estendida com uso
de dígitos de guarda e expoente deslocado;
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Conclusão
As operações aritméticas com números binários são a base da lógica de
operação dos computadores digitais atuais e obedecem aos mesmos princípios
das operações em outros sistemas de numeração.
Mais complexa, a aritmética de ponto flutuante é utilizada para trabalhar
com números fracionários muitos extensos – muitas vezes tão grandes que
sequer é possível visualizá-los. A conversão de um número muito extenso para
um de mais fácil compreensão, próximo a 1, recebe o nome de normalização
– 81 –
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– 86 –
respeito à comunicação que se deve ter com o público-alvo. Para tanto, alguns
cuidados precisam ser tomados:
22 Conhecer o assunto a ser abordado;
22 Selecionar a informação que se deve passar ao público;
22 Considerar somente os pontos importantes a serem tratados;
22 Planejar a apresentação antes da elaboração dos slides;
22 Organizar as ideias com começo, meio e fim;
22 Observar o tempo disponível para a apresentação e distribuir os
slides dentro desse tempo;
22 Conhecer o público-alvo, pois é para ele que a apresentação deve ser
preparada;
22 Cuidar das cores utilizadas, tanto na combinação quanto na sua
tonalidade;
22 Adotar uma identidade visual para facilitar a compreensão e a loca‑
lização de informações relevantes;
22 Adequar a quantidade e o tamanho do texto utilizados no slide, que
não devem ser excessivos.
6.2.5 Internet
A internet é uma rede global de computadores, interligados por
equipamentos e protocolos de comunicação. É baseada na troca de informações
entre computadores, o que possibilita aos usuários transferir arquivos, conversar
eletronicamente por meio de mensagens escritas ou faladas, compartilhar equipa-
mentos e softwares.
Com o surgimento da internet, o comportamento das empresas e das
pessoas mudou. Novas aplicações e soluções foram criadas; isso possibilitou
novas oportunidades de trabalho e entretenimento.
O compartilhamento favorecido de ideias e informações entre pessoas e
empresas, em qualquer parte do mundo, força o pensamento global, possibi‑
litando às atitudes locais serem facilmente compartilhadas.
– 87 –
6.2.6 Comunicação
A comunicação entre computadores é feita por meio de um protocolo
de comunicação. Protocolo é o nome dado ao conjunto de regras que os
equipamentos envolvidos no processo devem seguir para que a ligação entre
os mesmos permaneça estável e funcional. Portanto, os computadores só
entendem se falarem a mesma língua (o protocolo).
O protocolo mais comum utilizado nas redes de computadores – estru‑
turas físicas (equipamentos) e lógicas (programas, protocolos) que permitem
que dois ou mais computadores possam compartilhar informações – é o
TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Cada computador
ligado à rede possui um endereço, chamado Endereço IP, que deve ser único.
O Endereço IP é formado por quatro conjuntos de números que vão de
0 a 255, separados por três pontos e variando a quantidade de dígitos, como:
255.255.255.1, 1.1.1.255 ou 17.15.1.203. Dois computadores não podem
ter, ao mesmo tempo, o endereço IP igual. Para garantir isso, há um sistema
de atribuição automática para o endereçamento.
Quando um computador se conecta a uma rede TCP/IP, o mesmo recebe
o endereço IP de um servidor, que é um computador central, localizado na
empresa ou no provedor que provê o acesso à internet, que também é um
tipo de rede de computadores. Este servidor não vai atribuir um endereço IP
repetido a nenhum outro computador que se conectar, enquanto aquele ainda
permanecer conectado na rede. Após a saída (desconexão) do computador, o
endereço IP pode ser atribuído a qualquer outro equipamento.
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Conclusão
O que é software? Software é um conjunto de instruções a serem
executadas pelos dispositivos eletrônicos para manipulação e interação de
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– 92 –
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7.3 Inicialização do SO
Quando se liga o computador, um conjunto de instruções armazenadas
na memória ROM, Read Only Memory (Memória Somente de Leitura), é
executado. Essas instruções examinam o hardware do sistema para verificar
se o mesmo está funcionando corretamente. Esse procedimento, conhecido
como POST, Power-On Self Test (Autoteste de Inicialização), verifica a CPU,
a Memória RAM – Read Aleatory Memory (Memória aleatória de Leitura)
–, a BIOS – Basic Input-Output System (Sistema Básico de Entrada-saída)
–, procura erros e armazena o resultado em uma memória específica. Ao
terminar o POST, o software carregado na ROM ativa as unidades de disco
rígido do computador. Quando os discos são ativados é encontrado o trecho
inicial do sistema operacional, conhecido como Bootstrap Loader (Sistema de
Inicialização).
O Bootstrap Loader é um software que tem a única função de carre‑
gar o SO na memória RAM, permitindo assim sua inicialização. O Boots-
trap Loader configura os drivers, programas responsáveis pelo gerenciamento
dos dispositivos instalados no computador, e controla a memória RAM, as
informações do usuário e os aplicativos instalados na máquina. Ele também
estabelece as estruturas usadas para a comunicação entre os subsistemas e
aplicativos do computador, entregando então o controle do computador ao
sistema operacional.
Depois dos procedimentos iniciais, o Sistema Operacional executará as
seguintes tarefas:
22 Gerência do processador;
22 Gerência da memória;
22 Gerência dos periféricos;
22 Gerência dos dispositivos de armazenamento;
– 95 –
7.4.1 Windows
Com o crescimento da informática nas empresas e no uso pessoal,
tornou-se necessário facilitar a vida dos usuários, já que os sistemas
operacionais baseados em linha de comando exigiam um conhecimento
técnico maior. Para isso foi criada uma interface gráfica amigável, na qual os
usuários utilizam imagens denominadas ícones e menus.
– 96 –
7.4.2 Linux
O Linux é um sistema operacional Open Source. Seu código fonte
é aberto, ou seja, qualquer pessoa interessada em modificar a estrutura
do mesmo pode fazer sem nenhuma restrição. Essa característica teve um
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Conclusão
O Sistema Operacional (SO) é um software de gerenciamento dos vários
componentes de um computador e a interface entre esses componentes e o
usuário. São vários os tipos de SO, dependendo do modo como gerenciam
as tarefas e os usuários que utilizam o computador. A inicialização do SO
mostra o funcionamento básico dos processos de verificação das partes físicas
do computador e dos softwares instalados e disponíveis para uso e as tarefas
que este executa após a inicialização (boot).
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– 102 –
Saiba mais
Antes de formar uma opinião acerca de software livre, é bom
entender mais a fundo os conceitos em torno dele.
Boas referências sobre o assunto podem ser encontradas nos
sites da Free Software Foundation (www.fsf.org), do Projeto
GNU (www.gnu.org) e da Open Source Iniciative (www.
opensource.org).
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O software livre pode ser encarado sob dois aspectos: Open Source e
Livre Comercial.
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Lembre-se: nem sempre um software gratuito é livre, e nem
todo software livre deixa completamente de ser comercial.
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uma aura de segredo. É o cliente quem decide se vai querer pagar ou não para
degustar as iguarias.
Assim, voltando ao software, o que é fornecido tem um preço que é
definido de acordo com a utilidade do software para determinada pessoa que
pague o valor sugerido, mesmo que outros discordem completamente desse
ponto de vista (Molinari, 2007).
Saiba mais
Alguns softwares se utilizam de licenças um tanto quanto
diferentes, como a Postcardware e a StampwareCardware, nos
quais o desenvolvedor exige o feedback por parte dos usuários
da ferramenta por meio de postais ou cartas para só então liberar
o registro do software.
– 106 –
Reflita
Em sua maioria, os softwares proprietários são conhecidos
como Software Box, ou “softwares de caixinha”. É como
comprar um produto pronto na prateleira. O usuário tem pouco
ou nenhum poder de manipulá-lo, alterar suas configurações ou
personalizá-lo para necessidades específicas.
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Conclusão
Existem dois tipos básicos de software no mercado: o livre e o proprietário.
O software livre caracteriza-se por ter seu código fonte aberto (open source),
que é a linguagem em que ele foi programado. Isso dá aos usuários liberdade
para utilizar, copiar, distribuir, estudar, aperfeiçoar, modificar e redistribuir
um software. Porém, essa liberdade não vem necessariamente acompanhada
de gratuidade. Os programas chamados de livre comercial vêm sempre
atrelados a “pacotes” de outros programas ou hardware, agregando valor que
permite a cobrança.
Software gratuito não quer dizer software livre. Sem exibir o código fonte,
os produtos gratuitos trabalham com versões freeware e adware, permitindo
seu uso sem custo por determinado tempo ou com patrocínio de anunciantes.
Já o software proprietário concede uma licença de uso apenas, sem abrir
o código fonte. São os chamados “softwares de caixinha”, pois já vêm prontos
e impedem o usuário de fazer qualquer modificação ou personalização, exceto
por questões de usabilidade. Por serem produtos prontos, normalmente
oferecem versões shareware, demo e trial, que permitem “degustar” o produto
antes de decidir a compra.
Entidades como a Free Software Foundation (FSF) e a Open Source
Iniciative (OSI) contribuem para as discussões e soluções a respeito da
melhor forma de compartilhar o conhecimento e beneficiar usuários em
todo o mundo.
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– 112 –
c. cabo de fibra óptica: são cabos que transmitem dados por meio de
feixes de luz e que podem chegar a grandes distâncias. Seu revestimento
é feito de uma mistura de vidro, plástico e outros componentes.
Saiba mais
Outro meio físico de comunicação é o ar -- as chamadas redes
wireless (sem fio) utilizam ondas de rádio digital, satélites e
espectro de difusão para transmitir dados a grandes distâncias
e em grandes velocidades. Já o que se chama de wi-fi é um
padrão de rede sem fio para curta distância, utilizado em resi‑
dências, escritórios, restaurantes etc.
– 113 –
Fonte: Shutterstock.com/alexRem
Fonte: Shutterstock.com/alarich
– 114 –
Saiba mais
Na comunicação entre esses dispositivos, temos quatro tipos
de envio de dados: anycast, em que a informação é enviada
e distribuída ao receptor mais próximo definido pelo roteador;
broadcast,em que a informação é transmitida a muitos receptores
ao mesmo tempo; multicast, em que a informação é enviada a
vários receptores simultaneamente, utilizando a melhor estratégia
de roteamento; e unicast, em que a transmissão da informação é
feita a um único receptor (Wikipedia, [s. d.]).
– 115 –
Departamento
Empregado
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Estacionamento
+ Endereço: String
+ Qtd vagas: int
Funcionário
+ Matrícula: int
- Data de admissão: Date
Cliente
+ Consultar vagas (): String
+ Cadastra veídulo (): String + Nome: String
+ emiti ticket(): String
+ Mamter tab de Pre (): String + CPF: int
+ Gerar Relatorio (): String
Veículo
+ Tipo: String
+ Placa: int
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– 119 –
Saiba mais
Hoje, no mercado, temos muitos SGBDs de grande poder de
armazenamento e segurança, como MySQL, PostgreSQL,
Oracle, SQL Server e outros.
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Conclusão
Uma rede é um conjunto de computadores e outros dispositivos
interligados entre si, mesmo que distantes geograficamente, visando ao
compartilhamento de recursos e de informações.
As redes são classificadas de acordo com a distância entre os computadores
conectados a ela e recebem a denominação de redes locais (LAN – Local Area
Network), redes metropolitanas (MAN – Metropolitan Area Network) e redes
geograficamente distribuídas (WAN – Wide Area Network).
Para estabelecer a conexão entre os computadores de uma rede, podem
ser utilizadas as ligações em barramento, anel, ou estrela, com o suporte
de um sistema físico que se utiliza de cabos coaxiais, trançados ou de fibra
– 121 –
– 122 –
Internet: navegação e
busca de conteúdo
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10.2 Conexão
Para se conectar à internet, são necessários alguns procedimentos. Os
usuários domésticos e mesmo as organizações precisam de um provedor de
acesso, normalmente empresas que prestam esse tipo de serviço.
– 125 –
10.2.1xDSL
Digital Subscriber Line (DSL ou ainda xDSL) é uma tecnologia de
transmissão digital de dados, que utiliza a rede de telefonia para realizar a
interconexão entre computadores e está presente na maioria das residências.
Sua velocidade de transmissão varia de 128 kilobits por segundo (kbps) até
52 Megabits por segundo (Mbps).
10.2.2 Cabo
Este tipo de conexão entre computadores utiliza as redes de transmissão
de TV a cabo convencionais para a transmissão de dados em velocidades
que variam de 70 Kbps a 150 Mbps, fazendo uso da porção de banda não
utilizada pela TV a cabo.
– 126 –
10.2.3 Wi-fi
Wi-fi é uma tecnologia de comunicação que não faz uso de cabos ou
fios. Para ter acesso a uma rede wi-fi é necessário estar próximo da área de
abrangência de um ponto de acesso, que é o equipamento que faz a conexão
entre os computadores. Para utilizar, deve-se possuir um dispositivo de
transmissão junto ao computador ou equipamentos móveis, como notebooks,
tablets e smartphones. Normalmente as redes wi-fi são protegidas por senhas e
tornaram-se muito comuns não só em residências mas também em empresas
e lugares públicos como lojas, restaurantes e museus.
10.2.4 WAP
Wireless Application Protocol (WAP) é um protocolo para aplicações
que utilizam comunicações de dados digitais sem fio (internet móvel).
É um padrão internacional e foi desenvolvido para permitir a navegação
na internet com alguns recursos específicos para serviços móveis como
smartphones e tablets.
10.2.5 3G e 4G
3G é um padrão de comunicação de terceira geração de telefonia móvel
(celular). As redes 3G permitem telefonia móvel de longo alcance e acesso à inter‑
net em alta velocidade, já que as redes wi-fi ou WLAN têm uma ampla largura de
banda, mas são de curto alcance. Além disso, tanto wi-fi quanto WLAN foram
originalmente desenvolvidas para redes de dados, e também não se preocupam
com o consumo de energia, aspecto fundamental quando se usa aparelhos com
pouca autonomia.
Já o conceito 4G vai além de telefonia móvel, pois é mais do que uma
evolução dos padrões da telefonia celular existente. As novas tecnologias para
redes de banda larga móvel (sem fio) permitem o acesso a dados em dispositivos
que operam com IP. Atualmente há duas tecnologias que são mais exploradas
na indústria: WiMAX e LTE (Long Term Evolution); as duas necessitam de
orientações de uso de acordo com marcos regulatórios definidos pelos governos
e padronizações nas indústrias de hardware.
Os grandes atrativos do 4G são a convergência de uma grande variedade
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– 128 –
Saiba mais
Um comparativo sobre os navegadores pode ser encontrado
no site especializado em tecnologia TechTudo: http://www.
techtudo.com.br/artigos/noticia/2011/03/comparativo-entre-o‑
-internet-explorer-9-e-seus-concorrentes.html. (em 19/03/2013)
10.4 Sites
Website ou simplesmente site (pronuncia-se “saite” e significa “local,
posição”, em inglês) é um conjunto de páginas da internet. Quando a internet
(World Wide Web) foi criada, ela recebeu esse nome porque se assemelhava
a uma teia (web, em inglês). Cada nó dessa teia é um local (virtual) com
conteúdos, daí o nome website (local na teia).
Cada site possui um endereço eletrônico chamado de domínio. As
páginas são escritas em uma linguagem chamada HTML, também podendo
conter partes escritas em outras linguagens como java, php, asp, entre outras
linguagens e aplicações.
A página pode conter textos, fotos, áudio e vídeo dispostos de tal
forma que possam ser lidos como se fosse uma página de jornal ou revista.
O conteúdo dessas páginas varia de acordo com a mensagem que se quer
– 129 –
10.4.1 URLs
URL (Uniform Resource Locator, ou Localização-padrão de Recursos) é o
“endereço” que especifica a localização na internet das páginas ou conteúdos
que se quer acessar. Os primeiros caracteres do endereço especificam o
protocolo, ou o tipo de transação de informação que se dará.
As URLs são guiadas por protocolos, uma espécie de conjunto de
regras que governa a comunicação e a transferência de dados entre sistemas
computacionais. Um dos protocolos mais comuns é HTTP (HyperText
Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertextos)que orienta a
comunicação entre o usuário e o servidor da web. Em outras palavras, é o
que interpreta a pergunta ou demanda do usuário e lhe devolve uma resposta
(um conteúdo de site, por exemplo). Essa linguagem baseada em regras
estabelecidas é entendida por todos os computadores. Por exemplo, http://
www.microsoft.com é a página da Microsoft.
Os sites onde são utilizadas senhas, números de cartão de crédito e
outras informações sigilosas (bancos, compras online, email) encontram-se
em outra categoria, com o protocolo HTTPS (HyperText Transfer Protocol
Secure). É uma camada adicional de segurança em que a informação só circula
criptografada, de forma segura, para evitar que seja visualizada por terceiros.
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– 133 –
O site precisa estar “no ar” em tempo integral, bem como os processos
aliados a ele (compra por um sistema criptografado, logística de entrega,
pós-venda etc).
É a área de gestão de negócios da empresa, junto com a de Tecnologia
de Informação (TI), que deve se responsabilizar pelo planejamento de
como garantir essa disponibilidade. Um dos pontos desse planejamento é a
contingência, ou seja, um plano alternativo para garantir que tudo funcione
a contento caso haja algum problema na operação, para que as soluções
baseadas em internet não sejam interrompidas. Fazendo uma analogia, é
como se um executivo fosse fazer uma apresentação e, além de tê-la em seu
computador pessoal (notebook), também a carregasse em um pen-drive e a
tivesse também guardado em um site de armazenamento na internet. Assim,
se um dos processos falhar, ainda assim ele será capaz de acessar os dados para
sua apresentação.
Outro ponto importante quando se tem alto grau de informatização em
um negócio baseado na web é a redundância-- criar caminhos distintos para
realizar uma mesma coisa. De modo análogo, uma empresa de logística que
presta serviços de transporte a uma indústria, por exemplo, tem mais de um
caminhão para garantir que, se um falhar, outro o substitua, assegurando o
cumprimento do prazo de entrega de produtos.
O princípio da integridade diz respeito à qualidade das informações,
isto é, no momento em que os processos organizacionais migram para o
ambiente web, é fundamental precaver-se para garantir que as informações
que estarão no sistema sejam verdadeiras. Quando ocorre uma alteração não
autorizada em um documento, ele perde sua integridade. Por exemplo, se
durante o acesso ao cadastro de um cliente no sistema de vendas da empresa
o CPF desse cliente é apagado, e depois o cadastro dele aparece com outro
CPF quando acessado pelo setor financeiro, significa que há um erro, que a
informação não está íntegra (completa, correta e confiável).
O comércio eletrônico ou virtual é uma alternativa cada vez mais popu‑
lar de comércio e tende a aprimorar seus processos de preço, qualidade,
prazos de entrega e satisfação do cliente. No entanto, certamente ainda não
ultrapassará o volume de vendas do comércio tradicional (em lojas físicas) em
um futuro próximo.
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– 135 –
Alguns números sobre internet:
• 65% dos usuários no mundo acessam a
internet a partir de seus celulares
• 84% dos internautas brasileiros participam
de pelo menos uma rede social
• a navegação em sites de busca é a principal atividade
online para 88% dos internautas brasileiros
Acessar sites de busca a partir de celulares é uma prática cada vez mais
comum, segundo o GlobalWebIndex. Em 2013, 65% dos usuários (ou cerca
de 944 milhões de pessoas em todo o mundo) usaram seus smartphones para
essas pesquisas, número 19% superior ao do ano anterior.
Por que é importante para uma empresa figurar nos resultados mostra‑
dos por esses sites de busca?
22 Porque, para quem tem um computador conectado à internet,
pesquisar nos sites de busca é a maneira mais fácil, rápida e eficaz
de encontrar informações, produtos e serviços;
22 Porque cerca de 88% dos internautas utilizam os sites de busca para
encontrar o que procuram;
22 Porque aparecer nos resultados das buscas é a forma de divulgação
online mais eficiente e econômica para um site de negócios. O site
poderá ser visitado por clientes potenciais justamente no momento
que eles estão procurando por aquele produto e/ou serviço, e mais
dispostos a adquiri-lo.
– 136 –
A relevância tem a ver com o conteúdo do site, que pode ser preparado
pensando em alguns fatores – e evitando outros que o “derrubam” nas pesquisas.
Para melhorar o posicionamento, há cinco providências (MOZ, [s.d.]):
22 utilização das palavras-chave no título;
22 utilização das palavras-chave no corpo (texto) da página;
22 relação do texto com as palavras-chave;
22 utilização das palavras-chave dentro de elementos <h1> (negrito);
22 palavras-chave presentes no domínio (endereço da internet)
22 utilização de metatags – linhas de código HTML ou “etiquetas”
que, entre outras coisas, descrevem o conteúdo de um site para
os buscadores.
Outros cinco pontos devem ser evitados (MOZ [s.d.]):
22 bloquear o servidor constantemente para o acesso dos robôs dos
sistemas de busca;
22 ter páginas internas com conteúdo duplicado ou muito similar ao
da página inicial (home page);
22 oferecer links que apontam para sites de baixa qualidade ou de
spam (propaganda indesejada);
22 título ou metatags duplicados nas páginas;
Também é possível determinar a posição no ranking com auxílio de
links patrocinados, que é uma espécie de anúncio no site de busca. Os links
patrocinados garantem que um site vai aparecer na primeira página da pes‑
quisa sobre o tema que interessa ao seu negócio, com clara indicação de que
é um anúncio e não fruto do algoritmo do buscador baseado em indicadores
como relevância e popularidade.
Conclusão
A internet é uma ferramenta indispensável no mundo contemporâneo
e figura como fonte de informações e pesquisa, entretenimento e educação.
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Ambiente
Feedback
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Funções
Componentes Dados Sistemas de informação
gerenciais
Administração Empregados, cargos, Folha de pagamento,
Pessoas
de RH qualificação, etc. plano de carreira, etc.
Contas a pagar, contas Contabilidade,
Administração
Dinheiro a receber, orça- custos, orçamento,
Financeira
mento, custos, etc. contas a pagar, etc.
Itens, fornecedores,
Administração Controle de estoques,
Materiais estoques, ordens
de Materiais controle de compras, etc.
de compra, etc.
Controle de
Administração Programas, roteiros sistemas, controle de
Sistemas
de Sistemas de operação, etc. operação, controle de
manutenção, etc.
Maladireta,
Administração Pesquisas, demandas,
Mercado reclamações,
de Marketing concorrentes, etc.
pesquisas, previsões, etc.
Administração Faturamento, estatísticas,
Clientes Clientes, vendas, etc.
de Vendas controle de metas, etc.
Fonte: adaptado de Moreira ([s.d.])
11.3.1 Organizações
As necessidades de gestão dos diversos aspectos que fazem parte da opera‑
ção diária de organizações de qualquer natureza (Governo, empresas privadas,
organizações não-governamentais etc.) modelam os sistemas de informação
(SI). São essas demandas e problemas, internos e externos, que determinam
o que precisa ser feito.
– 142 –
11.3.2 Pessoas
Em sistemas baseados em computador, as pessoas são o elemento mais
importante, pois são elas que gerenciam, programam e executam os proces‑
sos, administrando todo o SI.
11.3.3 Tecnologias
A tecnologia é o meio utilizado para transformar dados em informa‑
ções úteis. De maneira rudimentar, há sistemas manuais, com auxílio de
caneta e papel, mas bastante limitados à manipulação de uma quantidade
pequena de dados.
Com tecnologias mais sofisticadas, a sistematização de informações evo‑
luiu para o uso do computador como ferramenta. Os sistemas computadori‑
zados são compostos por hardware, software, banco de dados, comunicação
de dados ou redes de dados, pessoas e procedimentos (Stair; Reynolds, 2002).
22 Hardware: é o equipamento físico (computador) usado para
executar as atividades de entrada, processamento e saída em um
sistema de informação. Os dispositivos de entrada podem ser
teclado, mouse, câmera, microfone e vários outros. Os dispositivos
de processamento envolvem unidade central de processamento,
memória e armazenagem. Já os dispositivos de saída podem ser
monitor e impressoras.
22 Software: é um conjunto de instruções que faz o computador
funcionar. Consiste em programas que permitem ao computador
processar dados e executar tarefas exigidas pelos sistemas
de informação.
22 Banco de dados: é um sistema de armazenamento e organização de
dados que são utilizados no processamento (conforme já descrito
no capítulo 9).
22 Redes de dados: permitem a ligação de diferentes hardwares e são
usadas para conectar e transferir dados de um ponto a outro. Uma
rede permite a ligação de dois ou mais hardwares independentemente
do local em que estejam (conforme já descrito no capítulo 9).
– 143 –
Conclusão
Dados, por si só, não levam à compreensão de um determinado fato
ou situação. Somente quando processados – reunidos, analisados, transfor‑
mados – é que podem gerar informação, ou seja, um conjunto com algum
significado e que aumenta o conhecimento a respeito de algo. Um sistema
são elementos interligados com a função de produzir ou obter determinados
objetivos ou resultados específicos.
Os sistemas de informação (SI) dependem de equipamentos, pessoas,
meios de comunicação e uma série de normas e processos a fim de transfor‑
mar dados brutos em informação útil, que possa servir à tomada de decisões
nas empresas. Esses sistemas coletam dados (entrada), manipulam e arma‑
zenam (processo) e disseminam (saída) informações, fornecendo ainda um
mecanismo de feedback.
Três elementos compõem a estrutura de um SI: organizações (estrutu‑
radas e hierárquicas), pessoas (administradores dos SI) e tecnologias (meio
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Sistemas de
informação: tipologia
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Exemplos de SPT: controle de estoque, ven-
das, contas a receber, folha de pagamento, etc.
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seu conhecimento sobre a base da experiência prática. Seu papel nas organiza‑
ções é alimentar a pesquisa, buscar novos conhecimentos e propor inovações.
Atuam como agentes de mudança, ao fazer uso das mais recentes tecnologias
e estar antenados com novidades do mercado. Os STC servem como ferra‑
mentas para que esses profissionais desenvolvam novos projetos, produtos e
processos. Exemplos de STC são simuladores de realidade virtual e AutoCAD
(software para projetos arquitetônicos).
Todos esses sistemas são interdependentes e constituem um amplo dia‑
grama de colaboração. Por exemplo, os SPT fornecem informações para vários
outros sistemas de níveis mais elevados, que por sua vez também atuam como
fonte para sistemas que atendem níveis hierárquicos superiores (Figura 4).
Figura 4 Modelo de relação entre os sistemas.
– 153 –
Conclusão
A competição acirrada no mercado exige das empresas decisões consis‑
tentes e ações precisas nas áreas de produção, planejamento, desenvolvimento
de produtos e novos negócios, controle de operações e processos gerenciais.
O uso de variados sistemas de informação proporciona essa organização e essa
visão macro a respeito de todos os aspectos do negócio.
A adoção dessas ferramentas requer profissionais com um novo perfil,
com atitude voltada a inovação, planejamento e gerenciamento da infraestru‑
tura de informações.
Os sistemas organizacionais cuidam da gestão da informação, que pode
ser classificada em crítica (para tomada de boas decisões), mínima (para exe‑
cução de boas ações), potencial (para obtenção de vantagens competitivas) e
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