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Fundamentos de
inúmeros tópicos fundamentais como: sinais,
Redes de
interfaces. Também são introduzidos os modelos
OSI, TCP/IP e híbrido. Isso proporcionará aos
atuais e/ou futuros profissionais de Tecnologia da
Computadores
Informação ou áreas afins aprimorar
seus conhecimentos na área de
comunicação de dados.
ISBN 978-85-506-0039-0
w w w. u n i s u l . b r
9 788550 600390
Universidade Sul de Santa Catarina
Fundamentos
de Redes de
Computadores
UnisulVirtual
Palhoça, 2016
Créditos
Fundamentos
de Redes de
Computadores
Livro didático
Designer instrucional
Marcelo Tavares de Souza Campos
UnisulVirtual
Palhoça, 2016
Copyright © Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por
UnisulVirtual 2016 qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Livro Didático
Diagramador(a)
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
C39
Cerutti, Fernando
Fundamentos de redes de computadores : livro didático / Fernando Cerutti,
Renê Oliveira ; design instrucional Marcelo Tavares de Souza Campos. – Palhoça:
UnisulVirtual, 2016.
196 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-506-0039-0
e-ISBN 978-85-506-0025-3
Introdução | 7
Capítulo 1
Introdução à comunicação de dados e redes de
computadores | 9
Capítulo 2
Camada física – sinais, multiplexação e banda em
um canal | 41
Capítulo 3
Redes de comutação de circuitos e de comutação
de pacotes | 83
Capítulo 4
Classificações das redes de computadores | 105
Capítulo 5
Dispositivos de redes de computadores | 143
Referências | 177
Glossário | 182
Desse modo, por meio deste estudo você conhecerá os mais variados
dispositivos e elementos que formam as redes de computadores, tais como:
cabos de par trançado, fibras ópticas, servidores e clientes de rede, placas
ethernet, comutadores, pontes, modems, roteadores e filtros de pacotes.
Bons estudos!
Introdução à comunicação de
dados e redes de computadores
Fernando Cerutti
Renê Oliveira (Revisão e ampliação)
Seção 1
A comunicação de dados
Essa comunicação diz respeito à interação entre sistemas de dados que
abrangem diversos recursos e estão espalhados em diferentes localizações. A
comunicação de dados trata da transmissão de sinais através de um meio físico,
de forma confiável e eficiente. Os tópicos mais importantes são a transmissão de
sinais, os meios de transmissão, modulação, multiplexação e arquitetura de redes.
Compartilhar recursos
Redes interligam computadores para o compartilhamento de recursos físicos ou
lógicos, mesmo em lugares geograficamente diferentes. Em virtude disso, esses
recursos podem ser definidos como unidades de entrada e saída, diretórios do
disco rígido, impressoras, bancos de dados, entre outros.
9
Capítulo 1
Fonte
Transmissor
(b) Example
10
Fundamentos de Redes de Computadores
Receptor
Destino
•• sinal (analógico/digital);
•• meio físico (fio de cobre, fibra óptica, ar);
•• protocolos (PPP, ADSL); e
•• dispositivos de rede (comutadores, roteadores).
Seção 2
Rede de computadores
A comunicação por meio das redes de computadores massificou-se quando os
computadores começaram a se espalhar pelo mundo, ao mesmo tempo em que
programas complexos multiusuários começaram a ser desenvolvidos, juntamente
com a internet. Os componentes que formam esse sistema de comunicação
podem ser encontrados hoje em qualquer loja, sendo esses elementos
procedentes de dezenas de fabricantes.
11
Capítulo 1
Assim, o uso das redes vem, a cada dia, tornando-se um recurso indispensável
em todos os locais em que existe um conjunto de sistemas computacionais. Com
a expansão e evolução da internet, abrangendo todos os ramos de atividade,
aumentou ainda mais a necessidade da ligação dos computadores em redes;
entretanto, é essencial conhecermos as vantagens e as desvantagens do uso das
mesmas. Vejamos o seguinte exemplo:
Bola fora
Dispositivo conectado
Podemos afirmar que dois dispositivos computacionais são conectados quando
podem trocar algum tipo de informação entre eles. Para tanto, utilizam-se de um
protocolo, que é um sistema de comunicação de dados que propicia que vários
dispositivos de uma rede interajam entre si, sendo a sua principal característica
a capacidade de permitir a comunicação entre computadores que diferem, entre
outras coisas, em seus sistemas operacionais, nas interfaces de rede, entre outros.
12
Fundamentos de Redes de Computadores
2.2 Recursos
Uma rede trata, basicamente, da tecnologia e da arquitetura utilizada para
conectar os dispositivos de comunicação. Os recursos que desejamos
compartilhar são vários, como, por exemplo, mensagens, arquivos, discos rígidos
e impressoras. Podemos desejar interatividade nessa comunicação, como na
telefonia, videoconferência e em comunidades existentes em redes sociais.
2.3 Diversidade
Uma rede pode ser composta por vários sistemas operacionais e por dispositivos
de diferentes fabricantes. Pode também ter vários tamanhos e abrangências, bem
como formatos físicos diferentes.
Aplicações Aplicações
Sistema Sistema
operativo operativo
Protocolo Protocolo
de rede de rede
Topologia
da rede
Dispositivo Dispositivo
de interface Meios de transmissão Meios de transmissão de interface
13
Capítulo 1
Seção 3
Histórico e padrões das redes
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Fundamentos de Redes de Computadores
O telégrafo
O eletromagneto, inventado em 1825 pelo britânico William Sturgeon, serviu de
base para toda a evolução em larga escala das comunicações eletrônicas. Tal
evolução foi iniciada com a invenção do telégrafo, em 1835, por Samuel Morse,
conforme ilustra a seguinte figura.
15
Capítulo 1
16
Fundamentos de Redes de Computadores
Processamento em lote
Na década de 1950, o processamento das informações era realizado sem
nenhuma forma de interação direta entre os usuários e a máquina, já que os
usuários submetiam suas tarefas (jobs), utilizando leitoras de cartões ou fitas
magnéticas.
tempo
C (WCET)
terminação
Worst-Case Execution Time
17
Capítulo 1
Dados de Entrada e
entrada Arquivo de
recolhidos validação
em cartões dos dados transação
Ordenar
arquivo de
transação usando
campo-chave
Arquivo de
transação
Preparação ordenado
Notificação Novo
arquivo-
de erro mestre
Processando (principal)
Time-sharing
Time-sharing, ou compartilhamento de tempo, refere-se ao sistema operacional
que se encarregava do escalonamento. Esse sistema permitiu que os usuários
ficassem mais distantes, nas salas de terminais. Essas salas poderiam, inclusive,
situar-se a muitos quilômetros de distância, conectadas ao computador através
de linhas dedicadas para transmissão.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Linha de
transmissão
Terminal de
execução Modem Modem Computador
em lote
Disco
rígido
Processamento distribuído
O sistema de processamento de dados distribuído (ver próxima figura) é uma
forma evolutiva do sistema de time-sharing. Quando um sistema computacional
possui recursos para processar seus dados e conectar-se com outro sistema
através de uma rede, a definição de time-sharing deve ser revisada. O Distributed
Data Processing System pode ser definido como um sistema computacional
1 “Solução” é uma palavra muito utilizada no jargão de TI, e, como tal, deve ser entendida.
Pode-se falar de “solução Microsoft para servidores web”. Na verdade, seria uma solução
para uma necessidade, e não para um problema.
19
Capítulo 1
COMPUTADOR DISCO
RÍGIDO
Tempo real não significa rapidez, mas apenas um ritmo de evolução próprio de certo
processo físico. Quando um sistema de controle ou monitoramento consegue
acompanhar o estado de um dado processo físico e, se necessário, atuar a tempo
sobre ele, então se trata de um sistema de tempo real.
• Todos os seres vivos são sistemas de tempo real relativamente aos seus
habitats naturais, os quais determinam o respectivo tempo real.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Cliente/servidor
Nesse tipo de comunicação, uma máquina solicita um serviço (cliente, como um
browser), e a máquina que presta o serviço (um web server, por exemplo) envia
uma resposta, que pode ser uma página web. A figura seguinte ilustra esse tipo
de comunicação.
Rede
Resposta
Processo do cliente Processo do servidor
Fonte: Tanembaum (2003).
Peer to peer
Peer to peer é outro tipo de comunicação, diferente do modelo cliente/
servidor, pois não é construída de forma hierárquica. Neste modelo não existe
cliente ou servidor, assim qualquer dispositivo computacional pode ser cliente
e, simultaneamente, servir às requisições de outras máquinas conforme
representado na próxima figura.
21
Capítulo 1
Como podemos observar na figura anterior, a comunicação P2P faz com que a
informação trafegue por inúmeros dispositivos e conexões, ponto a ponto, até
chegar ao destino.
Computação em nuvem
A computação em nuvem, ou cloud computing, começou a ganhar força em
2008, mas, conceitualmente, a concepção dessa denominação existe há muito
mais tempo. Também conhecida no Brasil como computação nas nuvens ou
computação em nuvem, a cloud computing se refere, essencialmente, à noção
de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais variadas
aplicações por meio da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em
computadores locais.
O termo pode ser usado para definir um novo tipo de utilitário, denominado
“software como serviço”, ou SaaS (Software as a Service). Exemplo dessa nova
abordagem pode ser o Google Docs, no qual os usuários utilizam ferramentas de
edição de texto sem precisar instalar qualquer aplicativo em seus computadores
ou dispositivos. Outro provedor bastante citado é o Salesforce.com, o qual vende
licenças de acesso à ferramenta de Customers Relationship Management (CRM).
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Fundamentos de Redes de Computadores
Nessa figura observamos na representação (a) a rede que vigorou no período que
remete a dezembro de 1969; e, ainda, na representação (b) a que remete a julho
de 1970; representação (c), que remete a março de 1971; representação (d), que
remete a abril de 1972; representação (e), que remete a setembro de 1972.
Todavia, vale observar que desde o início usuários da ARPANet também utilizam
a rede para colaboração. Essa colaboração abrangia desde compartilhamento
de arquivos e programas e troca de mensagens via correio eletrônico (e-mail)
até desenvolvimento conjunto e pesquisas usando computadores remotos
compartilhados.
23
Capítulo 1
24
Fundamentos de Redes de Computadores
Internet
A internet passou a ser uma rede pública de comunicação de dados, com
controle descentralizado e que utiliza um conjunto de protocolos TCP/IP como
base para a estrutura de comunicação e seus serviços de rede. Isso se deve
ao fato de que a arquitetura TCP/IP fornece não somente os protocolos que
habilitam a comunicação de dados entre redes, mas também define uma série de
aplicações que contribuem para a eficiência e sucesso da arquitetura.
25
Capítulo 1
World wide web ou simplesmente web, é um dos vários serviços que existem na
internet; permite a disseminação de todo o tipo de mídia. Essa disponibilidade de
informações acontece por meio do protocolo HTTP. As informações podem ser
acessadas por meio de navegadores web, como Google Chrome, Mozilla Firefox, etc.
Projeto internet2
O internet2 é um projeto experimental de pesquisa apoiado por muitas
organizações, particularmente instituições acadêmicas dos Estados Unidos. O
objetivo da pesquisa é o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam
criar redes de maior capacidade e desenvolver aplicações mais sofisticadas em
áreas como a telemedicina, laboratórios virtuais, entre outras.
Cabe destacar que a internet2 não irá substituir a atual internet, mas sim desenvolver
novas tecnologias que possam progressivamente vir a ser integradas na atual internet.
Uma das tecnologias desenvolvidas por este projeto é a nova versão do protocolo
IP, IPV6, que foi criada para substituir gradativamente o IPV4. Os atuais endereços IP
possuem 32 bits e os endereços da nova versão têm 128 bits.
3.3 Padrões
Nos últimos anos, vários organismos internacionais voltaram-se para a
padronização das normas de funcionamento dos dispositivos usados na troca de
informações. Protocolos, componentes de rede, interfaces e todas as tecnologias
utilizadas precisam de padrões para que consigam operar entre elas. A seguir,
vamos conhecer os principais organismos da área de redes de comunicação de
dados.
Organização da internet
O conjunto de protocolos, que é o motor propulsor da internet e denominado
oficialmente de TCP/IP Internet Protocol Suite, não possui proprietários, não
pertence a um fornecedor específico. Antes do TCP/IP, somente os órgãos
de padronização (ITU-T, por exemplo) e os fabricantes principais (IBM, Digital)
possuíam propostas para protocolos de rede.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Internet Society
O Internet Society (ISOC) mantém vários grupos responsáveis por funções
centrais no funcionamento e evolução da internet. Entre elas, se destacam o
IETF, IANA, W3C. Também é responsável por difundir o uso da internet pelo
mundo todo. A ISOC é formada por voluntários com competência reconhecida
pela comunidade científica mundial que, entre outras atribuições legais, são
responsáveis por indicar os membros da IAB.
27
Capítulo 1
28
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 4
Os componentes de uma rede
Uma rede de comunicação de dados possui vários componentes, o que pode
fazer dela um sistema computacional bastante complexo. Os componentes
podem ser divididos em dois grupos básicos: hardware e software.
29
Capítulo 1
• Sistemas intermediários,
Intermediate system ou IS (usado
pela ISO).
• Gateway (muito usado pela
comunidade IP/internet).
• Switch de camada 3.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Servidor proxy
& firewall Cliente
31
Capítulo 1
Cada projeto BSD mantém sua própria árvore de código fonte e seu próprio
kernel. Na prática, as divergências entre o código, ao tratarmos de usuário,
parecem ser ainda menores entre os projetos BSD que entre os vários Linux.
•• Novell Netware;
•• Windows;
•• Sistemas especializados em comutação e roteamento (p. ex.: IOS,
Junos).
b) Os protocolos:
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Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 5
Os protocolos de rede
Um protocolo de rede é uma norma de comunicação implementada através de
software. Define a forma e a ordem das mensagens e as ações realizadas para a
comunicação entre duas entidades.
Notamos na figura que cada camada possui funções especializadas e ela não
interfere nas funções das camadas acima ou abaixo.
33
Capítulo 1
1. OSI;
2. TCP/IP; e
3. Modelo híbrido.
5.1 OSI
O modelo OSI (RM-OSI ou Reference Model - Open Systems Interconnections)
é referência e foi criado para identificar as tarefas fundamentais que devem ser
implementadas para a comunicação de dados entre computadores. Este modelo
foi desenvolvido pela International Organization for Standardization (ISO) em 1974.
Camada Função
O quadro anterior traz uma síntese das principais funções das sete camadas do
modelo OSI, iniciando por sua camada de aplicação, detalhando até a camada
física. Camadas que são ilustradas pela próxima figura.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Transmissão Recepción
USUÁRIO
Dados Camadas Dados
Aplicação
Apresentação
Sessão
Transporte
Recepção
Enlace
Físico
ENLACE FÍSICO
Observamos nessa figura que o enlace físico (cabos, ar) por onde os sinais
trafegam fica abaixo da camada física, a qual apenas determina as características
da codificação (diferenças de intensidade dos pulsos luminosos, diferenças de
potencial elétrico) e outras especificações de conectividade.
5.2 TCP/IP
A arquitetura TCP/IP foi aquela que impulsionou a internet, numa evolução da
Arpanet. O TCP/IP foi escrito de forma a simplificar a comunicação e possibilitar
a interoperação de dispositivos e tecnologias totalmente diferentes. A arquitetura
do conjunto TCP/IP foi projetada com base no modelo das camadas do OSI,
porém com várias simplificações.
35
Capítulo 1
O modelo híbrido passou a ser usado pelos principais autores da área de redes
(Comer, Kurose, Tanembaum, Peterson). Em nosso estudo, adotaremos o modelo
híbrido como referência para as camadas, exceto quando for explicitamente
indicada outra pilha de protocolos.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Pilha de Protocolos
Modelo de Referência OSI
Camadas OSI
Aplicação Modelo Original,
7 (Browser) 4 camadas
Modelo PDU - Protocolo
6 Apresentação
Híbrido Dispositivos Data Unit Protocolos
Dados ou
5 Sessão TCP/IP 5 Aplicação Host (servidor/Cliente) 5 Segmentos Http, Pop3, Smtp, Ftp, Imap, Ssh, Telnet...
Datagrama
3 Rede 3 Transporte 3 Rede Router 3 (Pacote) Ip, Egp, Icmp, Pim, Ospf, Bgp...
Frame
2 Enlace 2 Rede 2 Enlace Switch, placa de rede (NC), Bridge... 2 (Quadro) Arp, Mac...
Física Acesso 1 1
1 (Voltagem) 1 Rede
1 Física Hub Bit (1 PDU) Não possui
Cabeamento
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Capítulo 1
Host 1 Host 2
Protocolo da camada 5
Camada 5 Camada 5
Meio físico
Encapsulação
Ao adicionar informações de controle da rede, ilustradas pela seguinte figura,
surgem os fluxos horizontais e verticais e o processo de encapsulação nas
camadas de uma arquitetura genérica. M = mensagem; H = cabeçalho; e T = Trailer.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Figura 1.20 – Os fluxos horizontais e verticais e o processo de encapsulação nas camadas de uma
arquitetura genérica
Camada
Protocolo da camada 5
Protocolo da camada 4
Protocolo da
camada 3
Protocolo da
camada 2
Análises dos cabeçalhos das camadas inferiores (enlace, rede) degradam menos.
Podemos imaginar o processo como a abertura de um envelope contido dentro
de outros envelopes. Os mais internos corresponderiam às camadas superiores,
e os externos às primeiras camadas. Fica mais fácil verificar as informações de
controle dos envelopes externos.
39
Capítulo 2
Seção 1
Camada física e sinais de rede de dados
As arquiteturas dos protocolos voltados às redes de dados apresentam divisões
em camadas. Neste estudo vamos adotar o modelo híbrido de arquitetura,
conforme mostra o seguinte quadro, que associa os modelos OSI e TCP/IP.
OSI TCP/IP
7. Aplicação
6. Apresentação Aplicação
5. Sessão
4. Transporte Transporte
3. Rede Internet
2. Enlace
Sub-rede
1. Física
41
Capítulo 2
Vamos agora ampliar nossa análise. Uma fibra óptica poderia ser uma aerovia por
onde trafegam os aviões, de qualquer velocidade. Os satélites, em suas órbitas,
poderiam ser comparados aos navios, uma vez que podem transportar muita
informação, mas são relativamente lentos devido à sua distância em relação à
superfície do planeta.
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Fundamentos de Redes de Computadores
Tempo
(a) Analógico
Amplitude
(volts)
Tempo
(b) Digital
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Capítulo 2
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Fundamentos de Redes de Computadores
Amplitude
(volts)
Tempo
(b) Digital
Fonte: Adaptado de Held (2001).
Podemos observar nessa figura que os sinais digitais têm valores discretos
(descontínuos) no tempo e em amplitude. Isso significa que um sinal digital só
é definido para determinados instantes de tempo, e que o conjunto de valores
que pode assumir é finito. Esses sinais têm uma amplitude fixa, mas a largura do
pulso e a frequência podem ser alteradas.
É importante observar que cada pulso é um elemento do sinal. Nos casos mais
simples, existe uma correspondência 1 para 1 entre os bits transportados e os
elementos dos sinais. A figura na sequência ilustra um exemplo de codificações
na qual existe correspondência 1-1 (NRZI) e 2-1 (Manchester).
45
Capítulo 2
Figura 2.4 – Elementos de sinal NRZI = 1 elemento =1 bit, Manchester = 2 elementos =1 bit
Por exemplo, caso tenhamos um modem com taxa de 2.400 bauds, significa
que ele pode amostrar 2.400 símbolos por segundo. Embora isso possa
parecer pouco, cada símbolo pode representar mais de um bit, dependendo da
modulação. Se nosso modem usa uma técnica chamada Quadrature Phase
Shift Keying (QPSK), dois bits são representados a cada alteração de fase.
1 Baud: Um baud é o número de símbolos (elementos) do sinal usados para representar um bit.
46
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 2
Largura de banda e atrasos em redes de dados
A largura de banda (bandwidth) e o atraso (tempo necessário para que uma
unidade de informação percorra a rede desde a origem até o destino) são os dois
conceitos considerados fundamentais para analisarmos o desempenho de uma
rede. A largura de banda de um enlace pode ser definida de duas formas. Vamos
analisar com atenção os seguintes contextos:
Sob essa óptica, uma interface fast ethernet – padrão Institute of Electrical
and Eletronics Engineers (IEEE) 802.3u – teria uma banda de 100 Mbps. Essa
quantidade geralmente não é alcançada na prática, devido aos problemas de
implementação das tecnologias. A palavra throughput, ou vazão, normalmente é
usada para definir o desempenho que um enlace fornece entre duas interfaces.
Por exemplo, um enlace de 10 Mbps poderia fornecer uma vazão de 4 Mbps, em
virtude das deficiências de implementação.
47
Capítulo 2
Em geral, qualquer forma de onda digital tem largura de banda infinita. Quando
tentamos transmitir essa onda como um sinal através de qualquer meio físico, o
sistema de transmissão irá limitar a largura de banda que pode ser transmitida.
2.1 Atraso
Atraso é o tempo necessário para que uma unidade de informação deixe a origem
e chegue ao destino, exemplo: 20 ms 2.
Cabe destacar que o atraso pode ser decomposto em vários tipos, dependendo
da localização do trajeto que esteja sendo analisado. Basicamente, existem cinco
tipos de atraso nas redes de dados: Propagação, Transmissão, Empacotamento,
Enfileiramento e Processamento. Quando somamos todos esses atrasos,
obtemos o “atraso total fim a fim”, que é o tempo despendido pela informação
entre dois nós da rede.
48
Fundamentos de Redes de Computadores
Portanto, ter uma conexão de 100 Mbps ou 1 Gbps não garante uma entrega
mais rápida para uma mesma distância. Um bit de dados sempre leva um mesmo
tempo para atravessar determinada distância. Em síntese, atraso é a quantidade
de tempo necessário para percorrer um caminho do ponto A para o ponto B.
Seção 3
Multiplexação em redes de dados
Multiplexação é uma técnica utilizada para permitir que mais de uma mensagem
ocupe o mesmo meio de transporte. A multiplexação é usada em redes de
computadores, linhas telefônicas e no envio de telegramas. A utilização desta
técnica tornou as redes mais baratas e contribuiu para que tecnologias como os
aparelhos de telefones e celulares se popularizarem.
49
Capítulo 2
Fonte 1
Fonte 2
Fonte 3
Fonte 4
Fonte 5
Fonte 6
50
Fundamentos de Redes de Computadores
Canal 1 (f1)
Fonte 1
Fonte 6
Canal 6 (f6)
Na figura verificamos que o canal principal é dividido por canais menores que
trabalham em frequências diferentes. Dessa forma, o canal principal é compartilhado
e transmissões podem ser feitas em canais distintos ao mesmo tempo.
51
Capítulo 2
Força
Força
Força
Força
Filtro
Fibra 1
Fibra 2 Demul-
Multiplexador
tiplexador
Fibra 3
Fibra compartilhada
Fibra 4
•• Flexibilidade de capacidade;
•• Transparência a sinais transmitidos;
•• Permissão de crescimento gradual da capacidade;
•• Atendimento de demanda inesperada.
Vale destacar que existem várias derivações da multiplexação por divisão no
comprimento de onda, basicamente em função da quantidade de canais virtuais
disponibilizados. Quanto maior a densidade de canais, maiores as taxas possíveis.
Na sequência apresentamos as principais técnicas WDM disponíveis no mercado.
Coarse WDM
Coarse WDM ou CWDM é a técnica WDM caracterizada por:
52
Fundamentos de Redes de Computadores
Dense WDM
Dense WDM ou DWDM é a técnica que tem como peculiaridades:
Wide WDM
Wide WDM ou WWDM é técnica DWD composta pelas seguintes especificidades:
Ultra-DWDM
Ultra-WDM ou U-DWDM é a técnica WDM que se destaca por:
53
Capítulo 2
Após estudarmos as diferentes formas como um canal físico pode ser dividido
em vários canais lógicos, visando ao melhor aproveitamento dos recursos
(imaginemos que, para cada canal da TV a cabo de nossa casa chegasse um
cabo diferente), vamos estudar como os sinais são codificados de forma a
trafegarem nos canais virtuais, chegando ao destino com um formato “legível”
pelas interfaces de destino.
54
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 4
Codificação de sinais
Os sinais se propagam através de um meio físico (enlaces, ou links). Os dados
binários que o nó de origem quer transmitir precisam, então, ser codificados
em sinais, de modo que os bits possam percorrer a distância até o destino. No
destino, os sinais precisam ser decodificados novamente em dados binários,
mediante técnicas específicas. Na prática, os sinais correspondem a duas
tensões diferentes nos fios de cobre ou potências com níveis diferentes, quando
o meio é a fibra óptica.
Técnica de Baudot
Em 1874, Jean-Maurice-Emile Baudot desenvolveu um conjunto de códigos
para representar os bits nos sistemas de telégrafos ou nos sinais de rádio. Um
teclado de 5 teclas foi desenvolvido para a codificação. Em 1901, Donald Murray
implementou algumas modificações e tornou o código um padrão mundial, o
International Telegraph Alphabet 1 (ITA1), posteriormente substituído pelo ITA2.
Caracteres como o Line Feed (LF) possuem um código de 5 bits igual a 00010.
Decimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
BCD 0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001
55
Capítulo 2
Dessa forma, o número 1.456 será representado pela sequência 0001 0100 0101
0110. Embora a técnica eletrônica para os cálculos seja bastante complexa,
fica fácil a conversão dos números em displays numéricos, por exemplo. Na
sequência vamos aprofundar nossos estudos a respeito da aplicação do BCD nas
codificações 4B5B e 8B10B.
4.2 Unicode
O Unicode é uma iniciativa para prover meios de padronizar os conjuntos
de caracteres, de forma multilingual, para que os processos computacionais
possam operar de forma unificada. Em 1991, o Unicode Consortium publicou a
primeira versão do Unicode (em 2006, a versão Unicode 5.0 foi lançada). A seguir
elencamos os exemplos de Unicode:
56
Fundamentos de Redes de Computadores
1. NRZ;
2. NRZI;
3. Manchester;
4. 4B5B;
5. 8B10B;
6. MLT3.
Codificação NRZ
NRZ significa: “Sem retorno ao zero”, ou “Non return to zero”. É a forma mais
simples de codificar sinais e, por isso, a mais utilizada. O mapeamento é feito
representando um bit um para os sinais de nível mais alto e um bit zero para os
sinais de nível mais baixo, conforme ilustra a próxima figura.
57
Capítulo 2
0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
Nível ocioso Codificação
NRZ
Fonte: Adaptado de Cerutti (2010).
0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
A utilização dessa codificação possibilita mensagens compactas, com um
mínimo
Nível de Codificação
transições entre os pulsos, e uma resistência alta aos
ocioso distúrbios
eletromagnéticos externos. As interfaces que utilizam essa codificação
NRZpossuem
baixas taxas de transmissão de bits por unidade de tempo. Os exemplos são as
interfaces RS-232 (taxas de 20 kbps, especificada pela norma EIA/TIA-232) e a
Controller Area Network (CAN, especificada pelas normas ISO 11898/11519).
Bit de início = 0 Bit de parada = 1
0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
A figura a seguir, mostra a codificação NRZ sendo utilizada para representar um
byte na interface RS-232, com um bit de start e um bit de stop.
Nível ocioso Nível ocioso
Figura 2.12 – Um byte em interface RS-232 codificado com NRZ
Vale observar que há um problema com a NRZ, que ocorre quando se tem uma
sequência longa de bits zero ou um. Isso acontece porque o sinal permanece
alto ou baixo no enlace por um período muito longo, o que leva a uma
dessincronização das interfaces. Assim, foram criadas muitas variantes da NRZ
para minimizar o problema das longas sequências de bits iguais, entre elas estão:
•• NRZ-L [Non-Return-to-Zero-Level];
•• NRZ-M [Non-Return-to-Zero-Mark];
•• NRZ-S [Non-Return-to-Zero-Space];
•• NRZ-C [Non-Return-to-Zero-Change Encoding];
•• NRZ-I [Non-Return-to-Zero-Inverted Encoding].
A variante mais utilizada é a NRZI, a qual veremos com mais detalhes a seguir.
58
Fundamentos de Redes de Computadores
Codificação NRZI
Essa codificação é denominada “sem retorno ao zero inversão no um” (non-
return-to-zero, invert-on-one). A figura que segue ilustra a codificação NRZI.
Tensão
positiva
Tensão
negativa
Com essa técnica, o problema de vários “uns” seguidos fica eliminado, mas ainda
existe com uma sequência de zeros. Usada em interfaces Fiber Distributed Data
Interface (FDDI) – definida pela norma ISO 9314-1/2/3, e Universal Serial Bus
(USB) – www.usb.org.
Manchester
Esta codificação é usada normalmente para transmitir em fios de cobre a taxas
de 10 Mbps. Para cada 0 e 1 transmitido através do meio físico, acontecem os
passos mostrados na figura a seguir.
59
Capítulo 2
Nível lógico
binário
Dado
codificado por
Manchester
Nessa figura notamos que a representação do bit tem uma transição de voltagem
no meio da codificação, sendo que para um bit 0, a primeira metade é alta, e a
segunda é baixa, e para um bit 1, a primeira metade é baixa e a segunda é alta.
Como sendo dessa codificação temos a transmissão de um byte 101111001. Vale
observar que a codificação Manchester sempre provoca uma alteração na tensão,
evitando a perda de sincronismo mesmo em longas sequências de zeros ou uns.
4B5B
Usada nas tecnologias Fast Ethernet, FDDI, Token Ring. Para cada conjunto de
nibbles – 4 bits do Binary Coded Decimal – (BCD) – é inserido um 5º bit que evita
longas sequências sem alteração do sinal. O conjunto de 5 bits é denominado
4B/5B Code-Groups. As opções de codificação foram feitas de forma que
nenhum código de 5-bits possui mais de dois zeros consecutivos.
8B10B
Na codificação 8B10B, os dados são analisados e convertidos para grupos
de códigos de 10 bits. O conjunto de 8 bits (octeto) de dados está em dois
conjuntos: o primeiro grupo contém os 3 bits mais significativos; e o segundo
grupo contém os 5 bits restantes.
60
Fundamentos de Redes de Computadores
MLT-3 Signals
Multi-Level 3 encoding (MLT-3) é uma técnica de sinalização eficiente e foi
introduzida pelo CDDI e adotada pelo 100BASE-TX (IEEE 802.3u em par trançado
UTP). Requer menos banda que a sinalização NRZI usada pelo FDDI e 100BASE-
FX. Isso ajuda bastante, porque o UTP cat % possui menos banda que a fibra
óptica.
Da mesma forma que a técnica NRZI, a técnica MLT-3 faz uma transição para
cada bit 1 e permanece a mesma para os bits 0. Entretanto, as transições são
feitas em 3 níveis de sinais. O sinal muda um nível por vez, como segue:
1. Low to middle;
2. Middle to high;
3. High to middle;
4. Middle to low.
Voltagem:
Alta
Média
Baixa
Na figura notamos que os níveis médio, alto e baixo podem ser representados
por [-, 0, +] ou [-1, 0, and 1]. A MLT-3 apresenta o mesmo problema da NRZI para
longas repetições de 0, o que pode gerar uma perda do tempo de bit no lado do
61
Capítulo 2
4.4 Modulação
Os sinais digitais devem ser modulados para transporte nos meios analógicos.
A situação mais comum nesse caso é usar a linha de telefonia para enviar dados
através de um Modem (Modulador/Demodulador). A modulação é a alteração do
sinal para marcar a troca do bit. O número de amostras do canal digital é medido
em bauds. Cada baud contém um símbolo. As técnicas mais frequentes são:
•• Modulação de amplitude;
•• Modulação de frequência;
•• Modulação de fase.
4.5 Amplitude
Amplitude é a maior das distâncias que uma onda atinge de sua posição
média. Quanto maior a energia da onda, maior a sua amplitude. A modulação
da amplitude Amplitude Shift Keying (ASK) consiste na modificação do nível
de amplitude da onda portadora em função do sinal digital de entrada a ser
transmitido, conforme observamos na seguinte figura.
Notamos que o sinal modulante assume um dos dois níveis discretos da fonte de
informação (nível lógico 0 ou 1). As principais características dessa modulação
são: facilidade de modulação e demodulação, pequena largura de faixa e
baixa imunidade a ruídos. Por possuir essas características, ela é indicada nas
situações em que exista pouco ruído para interferir na recepção do sinal ou
quando o custo baixo é essencial.
62
Fundamentos de Redes de Computadores
4.6 Frequência
A frequência é uma grandeza física que indica o número de ocorrências de um
evento (ciclos, voltas, oscilações etc.) em determinado intervalo de tempo. Dessa
forma, a frequência determina a quantidade de vezes que o sinal oscilou dentro
de um espaço de tempo.
4.7 Fase
Quando se fala da fase de um ponto da onda diz-se da característica desse ponto
em termos da sua amplitude local e da variação local dos valores da propriedade
periódica. A modulação de fase Phase Shift Keying (PSK) consiste na variação da
fase da onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. Na figura que
segue temos a ilustração da modulação PSK.
63
Capítulo 2
Notamos que, quando ocorre uma mudança de nível lógico do sinal a ser
transmitido, há uma mudança na fase da onda portadora para indicar a mudança
do nível lógico do sinal a ser transmitido. Essa modulação é a que apresenta
melhor imunidade a ruídos e um significativo aumento da velocidade de
transmissão.
Seção 5
Os meios de transmissão e os problemas dos
sinais nos meios físicos
Os sinais de dados, durante sua transmissão, são submetidos a diferentes
meios físicos, os quais podem trazer resistências e problemas aos bits durante
o percurso entre a fonte e o destino de dados. Vamos utilizar a analogia de uma
rodovia, em que os meios físicos são correspondentes às vias de transporte, por
onde trafegam nossos veículos (frames de camada 2).
64
Fundamentos de Redes de Computadores
Na figura cada par consiste de um fio usado para os sinais positivos e outro
para os negativos. Assim, qualquer ruído que ocorra em um dos fios do par
irá aparecer no outro também. Como eles estão com polaridades contrárias,
possuem 180 graus de deslocamento de fase, o que cancela o ruído na
extremidade receptora.
65
Capítulo 2
66
Fundamentos de Redes de Computadores
Sobre esse material de isolamento, há uma malha de cobre ou uma folha metálica
(shield), que funciona como o segundo fio no circuito e como uma blindagem
para o condutor interno. Essa segunda camada, ou blindagem, pode ajudar
a reduzir a quantidade de interferência externa. Cobrindo essa blindagem,
está o revestimento do cabo (jacket). Para que possamos melhor entender
esse processo apresentamos a seguinte tabela com as características das
transmissões dos meios guiados ponto a ponto.
67
Capítulo 2
Tipos de fibra
No universo das redes de computadores podemos listar dois tipos básicos de fibra:
Multimode (MMF) e Singlemode (SMF), os quais são ilustrados pela seguinte figura.
68
Fundamentos de Redes de Computadores
Tabela 2.2 – Comparação entre as fontes de luz para os cabos de fibra óptica
•• Imunidade a interferências;
a. Radio Frequency Interference (RFI);
69
Capítulo 2
70
Fundamentos de Redes de Computadores
5.2.1 Radiofrequência
Ondas terrestres
Essas ondas propagam-se limitadas pela altura da atmosfera, e seguem a
curvatura do globo, conforme mostra a seguinte figura.
Atmosfera
Antena
de Rádio Casa
Terra
As ondas de rádio são ondas terrestres que possuem frequências menores (VLF,
LF, MF). São omnidirecionais, ou seja, propagam-se em todas as direções a partir
da estação de transmissão.
Reflexão na ionosfera
A onda terrestre na Ionosfera possui alcance maior, contudo as frequências são
elevadas (HF, VHF, UHF...), as quais são ilustradas pela próxima figura.
71
Capítulo 2
Ionosfera
Antena
de Rádio
Terra Casa
Podemos perceber que na figura o sinal reflete na Ionosfera por ter uma
frequência elevada. Na tabela a seguir, temos as frequências existentes para cada
tipo de luz.
Raios-X 1017
UHF – Ultra High Frequencies 300 MHz (Mega = 106) UHF TV (Canais. 14-83)
(Frequências ultra-altas)
72
Fundamentos de Redes de Computadores
5.2.2 Micro-ondas
A transmissão por micro-ondas (Microwave transmission) comporta-se de forma
diferente da radiofrequência normal. A transmissão é direcional e necessita de
uma linha de visada (as estações devem ser visíveis de uma para outra), como
mostra a figura a seguir
Atmosfera
Antena
de Rádio Casa
50 Km
Terra
Fonte: Adaptado de Held (2001).
73
Capítulo 2
Repetidor
Transmissor
Receptor
Fonte: Adaptado de Held (2001).
Vantagens:
5.2.3 Laser
O uso de laser para transportar dados está bem difundido, pois possui grande
banda, é unidirecional e não está na faixa regulamentada. Todavia, o laser não se
propaga corretamente com chuva, neve, névoa ou fumaça. Uma grande aplicação
74
Fundamentos de Redes de Computadores
5.2.4 Infravermelho
A faixa do infravermelho é largamente usada para transmissão de dados em curta
distância. Os controles remotos dos equipamentos domésticos (TV, DVD, players
de toda espécie) utilizam ondas na frequência do infravermelho. É um método
barato e relativamente unidirecional. Não ultrapassa paredes sólidas, o que é uma
vantagem.
Entre as desvantagens está que vizinhos não podem trocar seu canal de futebol,
ou baixar o volume do seu MP3 player.
5.2.5 Satélite
Em geral, quando os comprimentos de onda ficam menores, o comportamento
das ondas se aproxima mais da luz e se afasta do comportamento das ondas de
rádio. Na sua concepção mais rudimentar, poderíamos ver um satélite artificial
como um repetidor de micro-ondas no céu. Vários transponders ficam ouvindo
uma faixa própria do espectro, amplificam o sinal que está chegando (uplink)
e retransmitem em outra frequência, para evitar interferência no sinal que está
chegando. A seguinte figura mostra transponders.
75
Capítulo 2
Podemos notar na figura que o sinal de descida (downlink) pode ser amplo,
cobrindo uma superfície ampla do planeta; ou estreito, cobrindo uma área de
apenas centenas de quilômetros de diâmetro.
GEO
São os satélites colocados em órbita sobre a linha do equador, em uma altitude
de 35.800 km, a qual corresponde a uma volta em torno da superfície do planeta
a cada 24 horas, permitindo que o satélite pareça estacionário quando observado
da Terra, conforme mostra a seguinte figura.
76
Fundamentos de Redes de Computadores
MEO
São os satélites de órbita média, situam-se entre 6.000 e 15.000 km de altitude.
É nessa classe que estão os satélites dos sistemas GPS, que identificam o
posicionamento de uma estação móvel na superfície do planeta com uma
precisão muito grande. Possuem uma latência (atraso) de 35 a 85 ms, e são
necessários 10 satélites para fazer a cobertura plena do globo.
LEO
São os satélites de baixa órbita terrestre. Como se movem muito rapidamente, são
necessários muitos deles (50 ou mais) para uma cobertura ampla. Por outro lado,
como estão próximos da superfície (até 5.000 km), o retardo é baixo (1 a 7 ms).
77
Capítulo 2
Atrasos
Nas redes de dados podem existir muitos fatores de atraso na chegada dos
sinais. Kurose e Ross (2013, p. 26) destacam quatro tipos principais de atrasos:
propagação, transmissão, fila e processamento. É possível acrescentar ainda
o atraso de “empacotamento”, o qual ocorre no momento da amostragem dos
sinais analógicos que serão então digitalizados.
Atenuação
O sinal, ao atravessar um meio, sofre de atenuação. Atenuação é a perda da força
do sinal emitido. Tanto os sinais analógicos quanto os sinais digitais sofrem com a
atenuação, seja pela transmissão por cabos ou pelo ar. Quanto maior a distância
que o sinal deve percorrer, maior será a atenuação. A atenuação pode ser tanta,
que em alguns casos o sinal, ao chegar ao destino, não é compreendido pelo
receptor.
Erro
Erros são introduzidos pelos demais problemas na transmissão do sinal, como
ruídos e dispersões. Normalmente são usadas técnicas de detecção, mas não
de correção. Em virtude de os dados para detectar um erro serem enviados em
conjunto com as informações, não é possível ter certeza que tais dados estejam
totalmente corretos no momento do recebimento. Por exemplo: o transmissor
envia uma sequência dados-verificação, representados por DV. O receptor vai
receber uma sequência D’V’. Perceba que o parâmetro de verificação V’ pode ser
diferente do V original.
78
Fundamentos de Redes de Computadores
Ruído
É uma adição não desejada aos sinais eletromagnéticos, ópticos e de voltagem.
Nenhum sinal elétrico é desprovido de ruído. O importante é manter a razão
sinal-ruído (S/R) a mais alta possível. A figura na sequência ilustra um ruído e a
conjunção com o sinal.
sinal
Tensão
ruído
Pode ser
Tensão
interpretado
como 1
Sinal
original
Dispersão
A dispersão acontece quando o sinal se espalha com o tempo. É causada pelos
tipos de meios envolvidos. Se acontecer com alguma intensidade, um bit pode
interferir no próximo bit e confundi-lo com os bits anteriores e posteriores. A
seguinte figura ilustra uma dispersão de sinal de dados.
79
Capítulo 2
Distorção
A distorção ocorre pelas influências diferenciadas do meio em cada frequência do
sinal sendo transmitido.
80
Fundamentos de Redes de Computadores
Nessa figura podemos constatar que quanto mais pacotes maior será o atraso na
transmissão dos dados.
81
Capítulo 3
Seção 1
Serviços orientados à conexão e sem conexão
de dados
O sistema postal
Nesse sistema de serviços sem conexão ou connectionless a origem da
mensagem nunca terá plena certeza de que o processo vai funcionar, uma vez
que quando enviamos uma carta fisicamente, precisamos estar seguros de que:
83
Capítulo 3
Vantagens Desvantagens
Podemos enviar quantas mensagens quiser, O serviço não é confiável.
sem esperar pelo aceite do destinatário.
Pela simplicidade, o serviço apresenta uma Mesmo que a mensagem seja entregue, não
eficiência razoável a um custo muito baixo. teremos certeza de que o destino foi correto
(tanto o endereço como o destinatário
podem não ser os desejados).
Considerando que caso a pessoa que recebeu a carta esteja a fim de responder
ou só confirmar o recebimento, ela terá de passar pela mesma expectativa,
executar as ações necessárias e esperar.
O sistema telefônico
Nesse sistema de serviços orientados à conexão, na origem da mensagem
(emissor) digita-se o endereço no terminal telefônico (celular, fixo, VOIP), e um
sistema de comutadores (switches) encontra o caminho até o destino (receptor).
Uma vez que o destino é encontrado, um alarme qualquer avisa ao destinatário
que alguém quer estabelecer uma conexão (se o terminal telefônico de destino
não estiver ocupado). O destinatário pode aceitar ou não a conexão. Existe,
portanto, uma troca de sinais iniciais (conexão), antes de se remeter a mensagem
(dados dos usuários). O quadro na sequência mostra algumas vantagens e
desvantagens do sistema telefônico.
Vantagens Desvantagens
O sistema apresenta um nível de Existe um custo de rede mais elevado, uma vez
confiabilidade alto. Só começamos a que é necessário trocar algumas informações antes
transmitir, se a conexão foi efetuada. de transmitir. Existe ainda um retardo inicial no
estabelecimento da conexão.
84
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 2
Chaveamento ou comutação de dados
Os comutadores são dispositivos especializados, usados para conectar duas ou
mais linhas de transmissão de dados. Assim, quando os dados chegam a uma
linha de entrada, o elemento de comutação deve escolher uma linha de saída
para encaminhá-los. Podemos dizer que um switch é um dispositivo usado para
conectar enlaces, a fim de formar uma rede maior.
É importante destacar que um circuito pode ser definido como um caminho entre
os pontos finais de uma comunicação. Existem duas formas básicas para troca
de informações em uma rede constituída por enlaces diferentes, sendo elas a
comutação de circuitos e a comutação de pacotes, esta que possui ramificações,
conforme ilustra a figura que segue.
85
Capítulo 3
PBX
Central
PBX
86
Fundamentos de Redes de Computadores
Tempo de Propagação
T
Estabelecimento
da Conexão
Tempo de
Transmissão
Mensagem
Transmissão
da Mensagem
Término
da Conexão
1 2 3 4
87
Capítulo 3
Dados
Informações de controle
(Cabeçalho do pacote)
Pacote
Figura 3.5 – As redes de comutação de pacotes podem ser comparadas ao serviço postal
2. Postagem
3. Classificar,
armazenar e
transmitir
88
Fundamentos de Redes de Computadores
Equipamento da Equipamento da
operadora de 134 442213 21 4 2 2 3331 operadora de
3 telecomunicações telecomunicações
Store-and-forward
Ao chegar a um comutador, o pacote vai esperar sua vez de ser transmitido.
Existem filas na entrada e na saída das interfaces. Esse pacote só vai deixar
a interface do switch quando toda a informação que o compõe já chegou à
interface de entrada. Essa técnica também tem um nome: “Store-and-Forward”
ou “armazena e retransmite”. A figura na sequência ilustra esse processo.
89
Capítulo 3
Com um hub, a banda disponível é compartilhada entre todas as estações. Quando um hub é
substituído por um switch, cada par de remetente e receptor pode transmitir com toda taxa
permitida pelos equipamentos. Por exemplo, um switch de 100 Mbps de 16 portas, onde oito
máquinas estejam transmitindo e recebendo pacotes umas das outras, todas podem
funcionar com 800 Mbps para transmitir e 800 Mbps para receber.
Os hubs podem ser usados em conjunto com os switch. Nem todos os usuários podem
precisar da capacidade máxima do canal de transmissão.
Os switches ethernet 10/100 suportam taxas de 10 ou 100 Mbps. Observação: Atualmente, com
o advento do gigabit ethernet, os switches podem suportar taxas de 10, 100 ou 1000 Mbps).
90
Fundamentos de Redes de Computadores
Cut-Through
Nesta técnica, os comutadores começam a repassar os frames tão logo o
endereço de destino seja identificado. O atraso é menor, porém os frames
malformados ou com erros podem ser repassados. No quadro a seguir podemos
verificar as vantagens e desvantagens das técnicas apresentadas.
91
Capítulo 3
DADO
Endereço do
remetente
4 –Transporte Segmento
3 – Rede Datagrama
2 – Enlace Frame
1 – Física bit
92
Fundamentos de Redes de Computadores
93
Capítulo 3
A próxima figura ilustra circuitos virtuais nas redes comutadas por pacotes.
94
Fundamentos de Redes de Computadores
Nessa figura notamos que nos circuitos virtuais há uma conexão, porém, para os
usuários finais, é como se houvesse um canal permanente, pois, uma vez que o
caminho esteja estabelecido, todos os pacotes seguem pelo mesmo trajeto.
Seção 3
Atrasos nas redes comutadas
Atrasos nas redes comutadas são popularmente chamados de “fim-a-fim” (desde
a origem até o destinatário da informação).
Transmissão
Propagação
Processamento Formação
nodal de filas
Fonte: Adaptado de Kurose e Ross (2009).
95
Capítulo 3
É importante destacar que os sinais de rede sem fio trafegam a uma velocidade
um pouco menor que a velocidade da luz no vácuo. Já os sinais de rede em
meios de cobre trafegam a uma velocidade no intervalo de 1,9 x 108 m/s a 2,4
x 108m/s, e os sinais de rede em fibra óptica trafegam a aproximadamente 2,0 x
108m/s. Genericamente, podemos dizer que os sinais percorrem os meios com uma
velocidade entre 2 e 3 x 108 m/s, independentemente do tipo de sinal e do meio.
A = C/T
Em que:
96
Fundamentos de Redes de Computadores
Fila de
espera Despacho
Chegadas ordenado Partidas
Servidor
Taxa de chegada
Tempo de serviço
Itens em espera Utilização
Tempo de espera
O tipo de atraso mostrado na figura denomina-se First In, First Out (FIFO).
Os demais frames somente serão processados após o processamento dos
antecessores. O tamanho da fila irá depender da taxa de chegada dos frames λ,
do tamanho de cada frame (no caso do ethernet, 1518 bytes) e da capacidade do
processamento.
97
Capítulo 3
3.1.4 Processamento
É o tempo necessário para a análise do cabeçalho do pacote e encaminhamento
para a fila de saída. São verificados também possíveis erros nos bits. O
procedimento mais comum na presença de erros é descartar o pacote.
rede
De acordo com Cerutti (2006), para transportar sinais analógicos, como voz
e vídeo, sobre as redes de pacotes baseadas em sistemas digitais, os sinais
analógicos devem passar pelos seguintes processos, nas extremidades fonte e
destino:
•• Codificação/decodificação da fonte;
•• Empacotamento/desempacotamento;
•• Codificação/decodificação do canal;
•• Modulação/demodulação do sinal.
98
Fundamentos de Redes de Computadores
A figura anterior ilustra como uma rede comutadora de pacotes transporta voz.
99
Capítulo 3
3.3 Empacotamento/desempacotamento
Uma vez digitalizada, a voz é transformada em um fluxo de bits e torna-se
uma forma de dados que a rede IP precisa transportar. Para isso, precisa ser
empacotada. Nas redes de voz tradicionais comutadas por circuitos, a rede
configura um circuito físico “fim-a-fim”, e transmite os sinais codificados.
Seção 4
Os cabeçalhos das Protocol Data Unit
Os cabeçalhos constituem uma porção das unidades de dados, responsáveis pelas
informações necessárias ao funcionamento da camada de protocolo. Podemos
dizer que constituem a parte de sinalização da rede, servindo como orientação
aos dispositivos que recebem os pacotes. Vamos imaginar o cabeçalho como o
endereçamento de um envelope, conforme ilustra a seguinte figura.
100
Fundamentos de Redes de Computadores
Nome da unidade
Camada
comutada
Protocolo de aplicação
7 Aplicação Aplicação APDU
Inteface
Protocolo de apresentação
6 Apresentação Apresentação PPDU
101
Capítulo 3
Bit: 0 4 8 14 16 19 31
Endereço de origem
Endereço de destino
Opções + preenchimento
Bit: 0 4 10 12 16 24 31
Endereço de origem
40 octetos
Endereço de destino
102
Fundamentos de Redes de Computadores
Figura 3.18 – Relação entre a taxa de transmissão (PPS ou pacotes por segundo) e o tamanho dos
pacotes
Na figura anterior podemos observar que quanto maior a quantidade de bits por
segundo maior é a quantidade de pacotes transmitidos, e também há aumento no
tamanho dos pacotes transmitidos.
103
Capítulo 4
Seção 1
Classificação das redes de computadores
Já na década de 1970 as redes de computadores apresentavam um
expressivo crescimento intercontinental tanto em espaços residenciais quanto
organizacionais, como destacam Metcalfe e Boggs 1 (1976):
Talvez uma das maiores dificuldades de classificarmos uma rede atualmente (em
termos clássicos como abrangência, tipo de acesso ao meio físico, topologia)
seja, justamente, a convergência de todos os serviços (camadas superiores,
principalmente aplicação) para funcionar sobre a camada de rede, onde o
Protocolo de Internet (IP) é o soberano. Paralelamente, todas as tecnologias
das camadas inferiores foram se adaptando para encapsular o protocolo IP,
dominante de todos os projetos de comunicação de dados, voz e vídeo dos
últimos tempos.
1 Robert M. Metcalfe and David R. Boggs, Xerox Palo Alto Research Center, Ethernet:
Distributed Packet Switching for Local Computer Networks, Association for Computing
Machinery, 1976. Texto original: Just as computer networks have grown across continents
and oceans to interconnect major computing facilities around the world, they are now
growing down corridors and between buildings to interconnect minicomputers in offices and
laboratories.
105
Capítulo 4
Figura 4.1 – Forças básicas e estruturas de sustentação das formas de comunicação atuais
Varejo Atacado
Presença e
disponibilidade
Pré-pago Pós-pago
Meios e
aprimoramentos
Listas de
contato
Ponto a Contextual
Multipartido
ponto e interativo
Dispositivos
Modo imediato
móveis e
e diferido
wireless
Voz Texto Dados Vídeo
Serviços e
Fixo Móvel Melhor Guaranteed dispositivos
esforço QoS
106
Fundamentos de Redes de Computadores
TCP UDP
IP
ATM
PPP
Ethernet SDH
107
Capítulo 4
b) Barramento
e) Árvore
h) Anel duplo
c) Estrela
i) linear
f) Malha irregular
Nó Enlace
(link)
d) Anel
108
Fundamentos de Redes de Computadores
Topologia em malha
A topologia em malha (mesh) é a usada normalmente em redes de longa distância
(WANs). Neste desenho, os nós não possuem conectividade total como na
topologia full mesh, mas existem algumas conexões adicionais entre os nós, as
quais permitem rotas alternativas em caso de congestionamento ou falha em
algum segmento da rede.
Topologia em árvore
Nesta topologia em árvore (tree), um nó está conectado a dois ou mais nós, os
quais, por sua vez, conectam-se a outros dois ou mais nós, formando uma
estrutura semelhante aos galhos e ramos de uma árvore invertida.
Topologia híbrida
Essa estrutura é uma combinação de dois ou mais desenhos como, por exemplo,
uma estrela conectada a um barramento.
Topologia em anel
O anel é um desenho lógico antigo, existindo em redes locais e de longa distância.
Essa topologia propicia um meio que não é propriamente de difusão, mas um
conjunto de enlaces ponto a ponto, no qual cada estação conecta-se a duas
outras, formando um círculo. A figura que segue ilustra a topologia em anel.
Cada bit que chega a uma interface é copiado para um buffer e, a seguir,
devolvido ao anel. Enquanto estiver no buffer da interface, o bit pode ser
analisado e alterado, se for necessário. A seguinte figura mostra como ocorre o
funcionamento na mencionada topologia.
109
Capítulo 4
DAS DAS
X
Falha
no link DAS DAS
‘looped’
a) Link defeituoso configurado b) Funcionamento
para um único loop lógico normal da rede
Fonte: Clark (2003).
110
Fundamentos de Redes de Computadores
Observamos na figura anterior que esse arranjo permite que o ponto de falha
fique isolado, enquanto o restante da rede continua funcionando normalmente.
Barramento
Neste tipo de desenho de barramento (BUS), todas as estações estão conectadas
a um mesmo cabo, formando um barramento ou BUS, conforme ilustra a figura
na sequência.
Esse barramento não forma uma conexão ponto a ponto. É bastante semelhante
ao conceito de arquitetura de barra em um sistema de computador, onde todas
as estações (nós) se ligam ao mesmo meio de transmissão.
111
Capítulo 4
Topologia em estrela
As redes com topologia em estrela se caracterizam pela existência de um
dispositivo central, no qual os demais se conectam. Classicamente as redes ATM
funcionam com esse projeto, conforme podemos observar na figura a seguir:
Concentrador/hub
Nós (hosts)
Esses pontos críticos são denominados Single Point Of Failure (SPOF) ou ponto
único de falha. Os SPOFs devem ser evitados porque representam um ponto o
qual, em evento de falha, prejudicam o desempenho, ou até mesmo interrompem
o funcionamento de toda estrutura a rede.
112
Fundamentos de Redes de Computadores
Topologia linear
Neste tipo de conexão, cada nó está conectado a outros dois nós, e a
comunicação entre eles deve ser repassada ponto a ponto até chegar ao destino.
Caso algum nó fique inoperante, a comunicação fica restrita aos dois segmentos
criados: o anterior ao nó que falhou e o posterior ao nó que falhou.
Seção 2
Classificação quanto à abrangência das redes
de computadores
A abrangência é a maneira mais comum de se classificarem as redes de
computadores. Tradicionalmente, sempre existiram as redes locais (Local Area
Network ou LAN), redes metropolitanas (Metropolitan Area Network ou MAN) e
as redes de longa distância (Wide Area Network ou WAN). Com a evolução das
tecnologias, novas classes foram surgindo (Personal e Campus Area Networks,
por exemplo), e as características de umas foram sendo adquiridas pelas outras,
o que levou a uma região “nebulosa”, na qual outros parâmetros precisaram ser
utilizados para se definirem as redes. A tabela a seguir apresenta os mencionados
tipos de redes e suas abrangências (cobertura).
até 10 m Sala
LAN
até 100 m Edifício
MAN
até 1 km Campus
Observamos nessa tabela que as redes LAN apresentam uma cobertura que varia
de 10 m a 1 km. As redes MAN uma abrangência entre 1 a 10 km, e por fim as
redes WAN, com uma cobertura que varia entre 10 a 10.000 km. A próxima figura
ilustra de forma sistematizada essa cobertura.
113
Capítulo 4
114
Fundamentos de Redes de Computadores
Segundo Radia Perlman (2000), uma LAN é referenciada mais pelas suas
características do que pelo conceito. Destacamos a seguir algumas das
características:
Logo que surgiram as redes LAN, o termo Local era pertinente, pois elas
realmente ocupavam espaços limitados, como uma sala ou um andar de um
prédio. Hoje, com os avanços nas tecnologias, essas redes ocupam vários
prédios, ou mesmo incorporam locais a grandes distâncias, embora não se
expandam ilimitadamente.
Ainda de acordo com Perlman (2000), existem basicamente três problemas nas LANs:
115
Capítulo 4
116
Fundamentos de Redes de Computadores
Number Topic
802.1 Overview and architecture of LANs
802.3 • Ethernet
O backbone é a parte central de uma rede, pela qual passa o tráfego mais
intenso. O backbone percorre as maiores distâncias de um segmento de
rede e possui redes menores conectadas a ele.
117
Capítulo 4
1. Hierarquia; e
2. Modularidade.
A seguinte figura ilustra como está estruturado backbone de determinada rede de
computadores.
118
Fundamentos de Redes de Computadores
Camada de acesso
Camada de distribuição
Núcleo
Camada de distribuição
Camada de acesso
119
Capítulo 4
Camada de
distribuição
Camada
de acesso
Nessa figura notamos que uma das características mais marcantes da camada de
distribuição é que ela determina onde começam as funções de camada 3 e onde
terminam as funções de camada 2. Essa camada roda protocolos de camada 2 e
protocolos de camada 3.
120
Fundamentos de Redes de Computadores
121
Capítulo 4
As redes MAN são vistas como uma solução para o crescimento das
organizações que percebem como inadequados os serviços ponto a ponto das
WANs. Os serviços de Frame relay e ATM, embora propiciem banda adequada,
confiabilidade e segurança, possuem custos elevados. Os meios compartilhados
de alta velocidade dos padrões das LANs podem ser estendidos em áreas
metropolitanas.
122
Fundamentos de Redes de Computadores
123
Capítulo 4
Frame Relay Frame Relay até 44,736 Mbps Um novo e flexível burro
de carga, filho do ISDN
124
Fundamentos de Redes de Computadores
T1 – 1,544 Mbps;
T3 – 44,736 Mbps;
E1 – 2,048 Mbps;
E3 – 34,368 Mbps.
Outras larguras de banda estão disponíveis, sendo que os meios usados para
transmissão geralmente são o fio de cobre de par trançado e a fibra óptica. O uso
é extremamente difundido; o custo é moderado.
Os anéis SDH são formados por canais ópticos ponto a ponto – com diferentes
comprimentos de onda ou lambdas – conectados através de conectores de
passagem digitais ou por multiplexadores. Esses anéis utilizam o conceito de
uma fibra em operação e outra em espera (standby). Quando o circuito principal
apresenta uma falha, o outro entra em operação. O resultado é um circuito de alta
125
Capítulo 4
capacidade de transmissão que varia entre 155 Mbps (OC-3) a 10 Gbps (OC-192).
A tabela a seguir apresenta hierarquias digitais de multiplexação.
126
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 3
Classificação quanto à tecnologia e velocidade
das redes de computadores
As redes de computadores podem ser classificadas também quanto à taxa de
transmissão de suas interfaces. Dessa forma, existem dois grandes grupos:
baixa e alta velocidade. Arbitrariamente, determinou-se que o limite de 100 Mbps
definiria a qual grupo determinada rede pertence.
127
Capítulo 4
100Mbits /sec
16Mbits /sec
10Mbits /sec
Podemos observar na figura anterior a evolução das velocidades nas redes locais,
com o passar do tempo a velocidade acabou aumentando muito. A velocidade irá
aumentar cada vez mais durante os anos futuros.
128
Fundamentos de Redes de Computadores
Figura 4.18 – As três subcamadas definidas pelo ITU-T para a camada óptica
Normas de nível
superior
Canal óptico
Camada óptica
Multiplexação óptica
Notamos nessa figura que uma camada óptica deve definir um sistema de
transporte pelo uso de uma camada óptica. A tendência atual é a redução do
número de camadas de protocolos, uma vez que essa abordagem permite um
tratamento mais rápido das informações necessárias para transportar os pacotes.
129
Capítulo 4
Nó
Estação
Domínio Domínio
óptico eletrônico
Fibra óptica
Entrada
Transmissor Receptor
130
Fundamentos de Redes de Computadores
Como podemos observar na figura anterior, os elementos que fazem parte das
redes ópticas têm certos objetivos, tais como, transmissão, amplificação do sinal,
demultiplexação e conversão.
Por sua vez, essa evolução permitiu o aprovisionamento de serviços com várias
quebras de paradigmas na camada de rede. A próxima figura ilustra a evolução
das redes ópticas e seus componentes.
131
Capítulo 4
132
Fundamentos de Redes de Computadores
tem deixado os preços cada vez mais acessíveis, com reduções de cerca de 20%
ao ano.
133
Capítulo 4
134
Fundamentos de Redes de Computadores
A Cisco (2015) estima que os dados vão saltar de 3,8 bilhões (2015) para 5,1
bilhões em 2018. O tráfego global de dados móveis atingiu mais de 52 milhões
de terabytes (TB) em 2015, o aumento foi de 59% em comparação com 2014.
O rápido crescimento deverá continuar até 2018, quando o volume de dados
móveis deverá atingir a marca de 173 milhões de TB.
Essas três abordagens podem ser visualizadas por meio da próxima figura.
Basicamente, a posição da rede é que determina uma ou outra técnica. A seguir,
veremos mais detalhes de cada tipo.
135
Capítulo 4
Figura 4.25 – As três abordagens atuais para subsistemas de armazenamento: DAS, NAS e SAN
136
Fundamentos de Redes de Computadores
137
Capítulo 4
138
Fundamentos de Redes de Computadores
139
Capítulo 4
140
Fundamentos de Redes de Computadores
Canal único
Banda base
Frequência
Múltiplos canais
A B N
Banda larga
Frequência
Fonte: Held (2001).
141
Capítulo 5
Dispositivos de redes de
computadores
Fernando Cerutti
Renê Oliveira (Revisão e ampliação)
Seção 1
Hubs, repetidores e transceivers
São muitos tipos, nomes e funções de dispositivos envolvidos nas comunicações
entre computadores que compõem uma rede, os quais podem estar associados
a uma camada dos modelos de referência. Contudo, hoje há um modismo que
levou ao mau uso da denominação de switch. Devido a esse mau uso, quase
todos os dispositivos atuais são denominados switch, embora sejam híbridos de
bridges e routers, ou um superconjunto desses dois tipos.
Sistema
Operacional
(Software)
Sistema
Operacional
(Software)
PC
PC
Cabo Cabo Placa de rede
Placa de rede
Switch
Fonte: Adaptado de Held (2001).
143
Capítulo 5
Nessa figura observamos que o switch está numa disposição em que pode
ser substituído por uma bridge, ou hub. Percebemos que a sequência lógica
da conectividade tem uma espécie de simetria quando analisamos o caminho
entre a origem e o destino da informação, ou seja, se o sistema operacional do
lado direito da figura está enviando informações para o sistema operacional do
lado esquerdo, informações essas divididas em pacotes, que passam pelo PC,
pela interface de rede, pelo cabo, até chegar ao switch. Ao chegarem ao switch
começa o percurso inverso: cabo, placa de rede, PC e sistema de destino.
144
Fundamentos de Redes de Computadores
2 Verde 2
4 Azul 4
6 Laranja 6
8 Marrom 8
145
Capítulo 5
2 Verde 6
3 Laranja e branco 1
4 Azul 5
5 Azul e branco 4
6 Laranja 2
7 Marrom e branco 8
8 Marrom 7
Repetidor
146
Fundamentos de Redes de Computadores
Em um switch, conforme mostra a figura que segue, cada porta cria um segmento
único, cada segmento é chamado de “domínio de colisão”, porque frames
enviados para qualquer dispositivo naquele segmento podem colidir com outros
frames do segmento.
147
Capítulo 5
Os modems são placas que foram bastante utilizadas para enlaces até as operadoras
de Telecom, bem como nos primeiros provedores de acesso à internet, os quais
operavam com “linhas discadas”, também chamadas de “dial-up”.
A seguinte figura ilustra três tipos de transceivers para interfaces Attachment Unit
Interface (AUI), com saídas RJ 45, BNC e conectores de fibra óptica modelo ST.
1 Os modems são placas que foram bastante utilizadas para enlaces até as operadoras de
Telecom, bem como nos primeiros provedores de acesso à internet, os quais operavam com
“linhas discadas”, também chamadas de “dial-up”.
148
Fundamentos de Redes de Computadores
149
Capítulo 5
Figura 5.10 – SFP para par trançado (UTP) com conector RJ-45
Nesta figura temos junto ao transceiver SFP, em visão lateral, um palito de fósforo
a fim de que possamos ter a dimensão de seu tamanho. Já a próxima figura
apresenta um transceiver SFP, por meio de uma visão frontal do conector.
150
Fundamentos de Redes de Computadores
151
Capítulo 5
A tabela a seguir apresenta alguns dos nomes dos transceivers SFPs mais usados
na atualidade, os SX e LX, utilizados para comprimentos de onda menores e,
consequentemente, distância também menores (SX), e para comprimentos de
onda e distâncias maiores.
Essa tabela demonstra cada tipo de transceiver óptico e sua utilização de acordo
com os comprimentos de onda, o tipo de fibra SMF/MMF, relacionando-os com
as distâncias máximas atingidas pelos dispositivos.
152
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 2
Modems
Os modems são responsáveis pela codificação dos sinais digitais de dados em
linhas de transmissão originalmente analógicas. Hoje, existem também modems
digitais, como os utilizados nos enlaces Asymmetric Digital Subscriber Line (ADSL).
153
Capítulo 5
1 2 3 4 5 6
Infomação Entrada Sinal Sinal Entrega Entrega de
requerida de dados transmitido recebido dados informação
m g (t) s (t) r (t) g’ (t) m’
154
Fundamentos de Redes de Computadores
Os serviços DSL proveem linhas dedicadas e ponto a ponto, sendo que a maior
parte das implementações atuais são de ADSL. O assimétrico do nome da
155
Capítulo 5
Pelo fato de estar sempre disponível (não precisa de discagem), o ADSL atende
à demanda do perfil de usuário doméstico, o qual, normalmente, usa mais
downloads na rede que uploads. Hoje, existem variantes do próprio ADSL,
conforme observamos na tabela a seguir.
Data da
Taxas
Nome padrão Nome popular Taxas download aprovação
Upload do padrão
ANSI T1.413-1998 ADSL 8 Mbit/s 1.0 Mbit/s 1998
–2
ITU G.992.2 ADSL Lite (G.Lite) 1.5 Mbit/s 0.5 Mbit/s 1999-07
Nessa tabela temos uma variação de aprovação de padrão de ADSL que tem
início em 1998, com o padrão ANSI T1.413-1998-2, e a última aprovação com o
padrão ITU-T G.9701, em 2014.
156
Fundamentos de Redes de Computadores
Capacidades da tecnologia
Um circuito ADSL conecta um modem ADSL em cada extremidade de um canal
de telefonia de par trançado e multiplexa esse canal em 3 frequências separadas:
1 canal de downstream de alta velocidade, um de upstream de média velocidade
e um canal para voz, onde trafega o serviço de telefonia. A figura que segue
mostra essa multiplexação FDM.
POTS
Frequency
Fonte: Hw-server (2016)
Nessa figura temos uma multiplexação FDM no circuito de telefonia para criação
dos canais virtuais do ADSL.
Seção 3
Network Interface Cards
Os NICs (placas de rede) são dispositivos que possuem várias nomenclaturas:
adaptadores, placas de rede, cartão de rede, hardware de rede. Tão
variadas quanto os nomes, são as configurações e funcionalidades de cada
implementação. Obviamente, isso possibilita uma gama de preços também muito
variada. Esses dispositivos operam nas camadas 1 e 2 do modelo OSI.
157
Capítulo 5
Porta
RJ-45
PCI
Tampa de
acesso remoto
CPU
Barramento
Memória (Entradas/Saídas)
158
Fundamentos de Redes de Computadores
Várias outras funções estão a cargo desse dispositivo de duas interfaces, como,
por exemplo:
Rede
Interface de interface
barramento de link
Adaptador
159
Capítulo 5
Seção 4
Bridges e switches
Segundo Perlman (2000), é possível denominar de switch aos seguintes
dispositivos:
160
Fundamentos de Redes de Computadores
4.2 Bridges
Os bridges, são ilustrados pela figura a seguir.
A C
Quadro 5.2 – As bridges mantêm tabelas das máquinas que podem ser alcançadas em cada porta
Computer 1 A
Computer 2 A
Computer 3 B
Computer 4 B
Computer 5 C
Computer 6 C
Fonte: Panko (2008).
161
Capítulo 5
Domínio de colisão
PC 5 PC 6
PC 1 PC 2 PC 3 PC 4
Nessa figura notamos que cada porta do bridge cria um domínio de colisão.
4.3 Cut-through
Os cut-through ou store and forward são métodos de repasse dos pacotes
de uma das duas tecnologias mais utilizadas normalmente por fabricantes de
switches. Os dois métodos possuem vantagens e também pontos fracos.
162
Fundamentos de Redes de Computadores
163
Capítulo 5
Seção 5
Roteadores
Um roteador 3 possui a função de receber um pacote (PDU de camada 3) em uma
interface, verificar a existência de erros, e, se tudo parecer correto, o endereço de
destino deve ser comparado com a tabela de roteamento. Tal tabela irá designar
em qual interface o pacote será encaminhado para atingir a rede de destino.
164
Fundamentos de Redes de Computadores
•• Mini-comp Honeywell
DDP-516, Interface Message Processor (1969).
•• A primeira comunicação entre os IMPs foram as
3 primeiras letras da palavra “login”. A maquina
SRI travou depois do ‘g’.
•• Os IMPs comutaram pacotes durante 20 anos
Leonard-Kleinrock e o IMP 1 na ARPANet.
RFÇ 1 Hot Software 7 April 1969
terminal terminal
Request connection
UCLA --> over link 25
SRI
I OS I III III I OS I
Gateway: Representa a passagem dos dados de uma rede para chegar a outra
rede.
165
Capítulo 5
166
Fundamentos de Redes de Computadores
ROM Armazena o
programa de Boot
RAM 4Bytes rom monitor
Memória de Trabalho,
IOS, Buffers e running-
config.
167
Capítulo 5
5.3 As interfaces
Conexões na placa-mãe ou em módulos de interface separados, através dos
quais os pacotes entram e saem de um roteador. Podemos distinguir as interfaces
em dois grupos, sendo eles de configuração, ilustrado pela seguinte figura, e de
comutação.
168
Fundamentos de Redes de Computadores
Seção 6
Hosts
Um host deve ser considerado como um nó terminal de uma rede de
computadores. Vários nomes são usados, dependendo do contexto ou dos
padrões adotados:
Do ponto de vista do host, a rede pode ser considerada como uma grande nuvem,
à qual ele está conectado, possibilitando que ele se comunique com outros hosts
conectados à nuvem. A figura anterior ilustra uma conexão do ponto de vista do
host.
Vale ressaltar que as interfaces dos hosts são endereçadas, ou seja, possuem
identificadores numéricos, em dois níveis: na camada 3 recebem um número de
32 bits (endereço IP), determinado pelo administrador da rede local, e, na camada
2, recebem um endereço físico, de 48 bits, determinado pelo fabricante da NIC.
Alguns protocolos, como o ARP, ajudam na tradução de um endereço para o outro.
169
Capítulo 5
Operating System
(Linux, Solaris, Windows, etc.)
Physical Hardware
(CPU, Memory, Disks, Network, etc.)
170
Fundamentos de Redes de Computadores
6.2 Motivação
A complexidade de Tecnologia da Informação (TI) está causando problemas de
negócios e aumento de custos às empresas:
171
Capítulo 5
6.3 Consolidação
O processo de consolidação em TI aumenta a habilidade das empresas para
responder a mudanças nos negócios, gera maior controle sobre recursos,
aumenta a produtividade das equipes, aumenta a segurança e melhora os níveis
de serviço. De acordo com o Índice Brasscom de Convergência Digital (IBCD)
(2015):
•• Trinta e cinco por cento dos CEOs reportam “controle dos custos”
como a maior prioridade no gerenciamento de TI7.
•• Seis por cento dos CEOs citam os benefícios da redução de custos
como o maior benefício nos modelos de negócios inovadores.
172
Fundamentos de Redes de Computadores
Virtualization Layer
(Virtual Machine Monitor / Hypervisor)
Physical Hardware
(CPU, Memory, Disks, Network, etc.)
173
Capítulo 5
Esses recursos são alocados através do VMM e da máquina virtual, por não
possuir qualquer conhecimento da existência do servidor do host ou camada
de virtualização. Ela simplesmente “vê” o hardware virtual exposto pelo VMM
como se fosse real hardware. Alguns dos hardwares virtuais são emulados, ou
simulados pela camada de virtualização exposta através do VMM em uma
maneira muito controlada.
Virtualization Layer
(Virtual Machine Monitor / Hypervisor)
Operating System
(Linux, Solaris, Windows, etc.)
Physical Hardware
(CPU, Memory, Disks, Network, etc.)
174
Para concluir o estudo
175
Estudou que as redes podem ser classificadas quanto à velocidade, denominadas
de alta-velocidade (high speed) aquelas com taxas iguais ou maiores que
100 Mbps. Estudou, ainda, comparativamente, as funcionalidades dos vários
dispositivos que são necessários para conectar as máquinas em uma ou várias
redes, associando cada um deles aos protocolos de camadas específicas do
modelo OSI.
Para finalizar, espero que os conteúdos aqui abordados tenham contribuído para
sua compreensão quanto à complexa realidade que envolve os Fundamentos de
Redes de Computadores, e assim ter cumprido com a mediação entre teoria e a
prática nesta temática. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto, desse modo
sugiro aprofundar seus estudos em outras fontes de conhecimento.
Sucesso!
177
BERGMANN, P. G. Introduction to the theory of relativity. Dover Publications,
1976.
______. SOC: system on a chip. NPU: Network processing units. Disponível em:
<http://www.bccresearch.com>. Acesso em: 20 mar. 2009.
CAPUTO, R. Cisco packetized voice and data integration. New York: McGraw-
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CHOWDHURY, D.D. High speed LAN technology handbook. New York: Springer
Publishing Company, 2000.
178
______. GBICs com conectores SP. Disponível em: <www.cisco.com>.
______. SFP para par trançado (UTP) com conector RJ-45. Disponível em:
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______. Cisco 1805 Cable Router. Disponível em: <www.cisco.com>. Acesso em:
2010.
CLARK, M.P. Data networks, IP and the internet: protocols, design and
operation. New Jersey: John Wiley & Sons, 2003.
DIXIT, S. IP over WDM: building the next-generation optical internet. New Jersey:
John Wiley & Sons, 2003.
DOYLE, J.; CARROLL, J. Routing TCP/IP. 2. ed. Indianópolis: Cisco Press, 2005. v. I.
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ELECFANS. Disponível em: <http://www.elecfans.com/
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180
KASIM, A. Delivering carrier ethernet extending ethernet beyond the lan. New
York: McGraw-Hill Osborne Media, 2007.
KUROSE, J.F.; ROSS, K.W. Computer networking. 5. ed. New Jersey: Pearson
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______. Local and metropolitan area networks. 6. ed. New Jersey: Prentice Hall,
2001.
181
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DAS, NAS e SAN. Disponível em: <http://www.storagesearch.com>. Acesso em:
15 fev. 2010.
USA. United States patent and trademark office (PTO or USPTO). Disponível
em: <http://www.uspto.gov/patft/index.html>. Acesso em: 12 dez. 2009.
VELDE, T.V.de. Value added services for next generation networks. [s/l]:
Auerbach Publications, 2007.
Glossário
Addressing Endereçamento
Adjustable partitions Partições ajustáveis. São espaços bem definidos nos discos
rígidos, como c:/ ou d:/ no Windows
Application Aplicação
182
Apps Aplicações
Arrivals Chegadas.
Atmosphere Atmosfera
Branches Ligações
Bus Barramento
183
Center conductor O fio condutor central, o qual em conjunto com a malha metálica
é responsável pala transmissão dos sinais
Channel Canal
Cladding Casca
Copper Cobre
Core Núcleo
Departures Partidas
184
Destination machine Máquina de destino
Double attached station Estação de conexão dupla (nos anéis ópticos primário e
secundário)
Dual queue dual bus Fila dupla, barramento duplo (as redes metropolitanas em seu
(early metropolitan area principio)
networks)
Example Exemplo
185
Fiber-optic cable Cabo de fibra óptica
Fiber spectrum Espectro (de comprimentos de onda) utilizado pelo sinal na fibra
Forward Repassar
Header Cabeçalho
Home Residência
186
Interface data unit Unidade de dados de interface
Isochronous LANs (for Redes locais isócronas, o tempo de atraso entre os pacotes não
real time applications) varia, (para aplicações de tempo real)
Local Area Network Rede de abrangência local, a qual não precisa de um gateway
para que suas máquinas comuniquem-se entre si
Location Localização
187
Lower & upper Van Cinturões de radiação de Van Allen. Elipses de partículas
Allen Belt carregadas (plasma) que se encontram em torno do globo
terrestre, mantidas pela gravidade do planeta. São dois cinturões,
o inferior (lower) e o superior (upper)
Memory Memória
Mesh Malha
Noise Ruído
188
Normal dual contra- Anéis de fibra duplos, com circulação do sinal em sentidos
rotating fibre rings contrários
Number Número
Physical Físico
189
Physical medium Meio físico. Exemplo: cabo de par trançado.
Point of presence (POP) Ponto de presença, onde o provedor de serviços possui uma
estrutura capaz de levar o sinal até o dispositivo do usuário final
(Customer Premise).
Power Potência
Preparation Preparação
Private Privado.
Process file to produce Processamento do arquivo para produzir novo arquivo principal
new master file and (primário) e as saídas
outputs
Processing Processamento
Propagation Propagação
Public Público
Queueing Enfileiramento
190
Receiver Receptor
Resilient packet ring Anel de pacotes que mantém suas funcionalidades com
condições bastante adversas
Retail Varejo
Ring Anel
Screened twisted pair Par trançado recoberto com capa de blindagem para todos os
pares
Server Servidor
Server machine Máquina servidora, onde estão disponíveis serviços como Web
ou email
191
Spech Fala humana
Specrum on the shared Espectro (de comprimentos de onda) utilizado pelos sinais em
fiber uma fibra compartilhada
Star Estrela
Store Armazena
Submission Submissão
Switch Comutador
System Sistema
192
Text Texto
Token bus (Was briefly Anel “de fichas” (foi usado por pouco tempo em fábricas de
used in manufacturing manufaturas)
plants)
Token Ring (IBM’s entry “Anel de fichas” (Entrada da IBM no mundo das redes locais)
into the LAN World)
Topic Tópico
Topology Topologia
Transmiter Transmissor
Transmission Transmissão
Transmitter Transmissor
Tree Árvore
Upper limit of AM radio Limite superior das frequências atingidas pelas rádios AM
Upper limit of FM radio Limite superior das freqüências atingidas pelas rádios FM
Utilization Utilização
193
Virtual machine monitor/ Supervisor/monitor de máquina virtuais. Em última instancia, é
Hypervisor: o próprio software de virtualização como o zVM-IBM, Hyper-V –
Microsoft, Xen ou VMWare
Voice Voz
Wide area network Rede de longa distância, interconecta duas ou mais redes locais
através do uso dos roteadores
194
Sobre os professores conteudistas
Renê Oliveira
195
Computadores, Redes de Computadores, Lógica Booleana, Tecnologias de
Redes de Computadores e Administração de Redes nos cursos de Sistemas de
Informação, Ciência da Computação, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento
de Sistemas e Tecnologia em Redes de Computadores. É professor na Unidade
de Aprendizagem de Project Manager Professional nos cursos de pós-graduação
em Gerência de Projetos de TI e Gestão de Segurança da Informação. Tem
experiência na área de Engenharia de Computação, com ênfase em simulações,
Redes de Computadores, Redes Veiculares e Sistemas de Telecomunicações.
Fundamentos de Redes de Computadores
O livro Fundamentos de Redes de Computadores
possibilitará aos estudantes desenvolver Universidade do Sul de Santa Catarina
competências e habilidades inerentes aos
sistemas de comunicação de dados. Nesse
sentido, o conteúdo apresentado engloba
aspectos da transmissão de sinais e seus meios
de transmissão. Além de expor aos estudantes
Fundamentos de
inúmeros tópicos fundamentais como: sinais,
Redes de
interfaces. Também são introduzidos os modelos
OSI, TCP/IP e híbrido. Isso proporcionará aos
atuais e/ou futuros profissionais de Tecnologia da
Computadores
Informação ou áreas afins aprimorar
seus conhecimentos na área de
comunicação de dados.
ISBN 978-85-506-0039-0
w w w. u n i s u l . b r
9 788550 600390