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Como trabalhar
Equidade Racial
em sua Empresa
A discussão de equidade racial nas empresas foi iniciada pelas
multinacionais, com o desafio de reduzir a desigualdade racial.
Compreendendo que as organizações possuem responsabilidade
social com a sociedade, é de extrema importância que se tenha políticas
internas, adoção de práticas antirracistas e ações para promover e
equidade racial.
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Contexto histórico da discriminação
racial
no Brasil
A discriminação racial tem sua origem pela forma como aconteceu a
colonização do Brasil e no tempo que durou a escravidão. Atualmente
é possível sentir os efeitos culturais, socioeconômicos e dada a forma
como o negro inseriu-se na sociedade.
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Discriminação racial nas
organizações:
Apesar da complexidade do tema, é possível sentir os efeitos danosos
da história diante da desigualdade racial em diversos âmbitos da
sociedade, estando presente também no ambiente de trabalho.
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A cultura organizacional deve estar alinhada a valores antirracistas
e deve ser patrocinada pelo CEO e pela liderança da empresa. A
diversidade está relacionada a transformar as organizações para incluir
todas as pessoas, e não fazer com que a pessoa precise modificar o seu
modo de ser para se encaixar na organização, por exemplo, quando se
sugere que a aparência adequada para o trabalho é ligadas a fenótipos
branco (cabelo liso e afins).
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vação, pois a partir do momento que você tem uma equipe heterogênea
de colaboradores você terá visões diversificadas de pessoas com
histórias únicas.
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Traçar metas de recrutamento e
seleção
Um passo importante é avaliar a presença de grupos minoritários
no seu quadro de pessoas. Uma dica: Você pode analisar se seu
quadro de talentos está próximo da realidade brasileira. Se perceber
que alguns grupos estão subrepresentados, é interessante traçar
metas de recrutamento e seleção para esses grupos. Ex: aumentar
em 5% o número de pessoas pretas e/ou ter um número mínimo de
candidatas(os) de grupos minoritários para entrevistas.
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Entrevistas semi-estruturadas
Muitas recrutadoras e recrutadores preferem entrevistas não-
estruturadas, entretanto, conscientemente ou não, elas podem
colocar perguntas mais desafiadoras para algumas pessoas do que
para outras, o que vai gerar uma avaliação tendenciosa do processo.
Por isso, busque criar um roteiro semi-estruturado de entrevista, a
fim de diminuir os vieses inconscientes.
Avaliar as promoções
Uma ação importante que as lideranças podem fazer no seu setor é
avaliar suas últimas tomadas de decisão para promoções. Por exemplo:
Se você observar que nas últimas cinco vezes, foram promovidas
pessoas com o mesmo perfil, vale traçar estratégias para preparar
uma pessoa com um perfil diferente para ser promovida.
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que enfrentam pessoas de grupos minoritários. Entenda as situações
específicas e crie planos de carreira personalizados. Por exemplo:
Quais as práticas (ou requisitos) que podem prejudicar a promoção
destas pessoas?
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Acessibilidade
Uma ação de extrema relevância é avaliar se o ambiente organizacional
é acessível. Uma ação importante é mapear tudo o que poderia ser
um problema na aceitação e na integração das novas pessoas. Outras
perguntas que podem te guiar são: Há algo em seu ambiente de trabalho
que possa ofender alguém ou fazer com que se sinta desconfortável?
Ou que beneficie um grupo em detrimento de outro? Ao fazer do seu
ambiente de trabalho o mais acessível possível, você estará dando um
importante passo no caminho da inclusão.
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desafios que eles enfrentam. Dar espaço de fala, e respeitar seu
posicionamento é um caminho para que sintam-se seguro(as) o
suficiente para contribuir com seus conhecimentos e perspectivas.
Fomente a participação
Crie um espaço na agenda para discutir com a equipe/empresa
ideias sobre como melhorar a política e as práticas de Diversidade
e Inclusão. Você pode trazer tópicos pré-estabelecidos e/ou realizar
uma conversa levantando primeiramente as principais dificuldades do
grupo e depois construir ações em conjunto. Para facilitar a discussão
utilize plataformas de interação (como: www.edupulses.io).
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criminatórias na empresa). Ainda assim, não podemos negligenciar a
importância de proteger nossos talentos através de um sistema de
denúncias. Sendo assim, considere criar um sistema alternativo, no
qual as pessoas poderão conversar sobre diferentes problemas do
trabalho, tais como: dificuldades financeiras, requerimento de material
de escritório, férias, ausências, além de discriminação e assédio. Vale
ressaltar a importância da confidencialidade nesse processo. Quando
feita uma denúncia de assédio ou discriminação, uma estratégia que
está ganhando terreno é oferecer um processo de audiência formal e
também mediação informal. Fazer a liderança se sentir responsável
sem submetê-los à repreensão pública tende a ajudar.
Consideração
O processo de construir uma cultura de inclusão da diversidade é
longo. Por isso, não podemos esquecer que estamos perpetuando o
preconceito quando direcionamos o dever de combater a discriminação
somente às minorias. Devemos lembrar que defender a igualdade/
equidade é papel de todos(as). Por isso, as ações de diversidade e
inclusão devem ser executadas por todas as pessoas e não somente
pelas que pertencem a minorias.
Mapeamento de vulnerabilidades
As lideranças podem elaborar um mapa de vulnerabilidades junto às
equipes para identificar pontos críticos da execução do trabalho para
minorias e buscar ativamente formas de mitigá-las.
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Como a pesquisa de Diversidade e
Inclusão da Pulses pode ajudar.
Para analisar a percepção dos(as) colaboradores(as) sobre a diversidade
e inclusão na sua empresa, a Pulses desenvolveu a Pesquisa de
Diversidade e Inclusão, em parceria com a Nohs Somos. Através
dela, será possível aprofundar o olhar e conhecer a realidade da
sua empresa.
Conheça a Pesquisa de
Diversidade e Inclusão!
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Referências
ALMEIDA, Silvo. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte:
Letramento, 2018.
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