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Aspectos da Aviação Militar do Brasil
Em 13/01/1913, foi assinado contrato entre o Ministério da Guerra e um grupo de pilotos italianos para a criação de uma
escola de aviação. Esta escola tomou o nome de Escola Brasileira de Aviação, devendo ter suas instalações e
funcionamento no Campo dos Afonsos. Para isso, lá foram construídos os prédios e hangares necessários. Uma frota de
aviões foi comprada e a escola iniciou as suas atividades em 02/02/1914. Nesta escola foram matriculados oficiais do
exército e da marinha. Entretanto, as dificuldades impostas pela guerra impediramna de continuar funcionando. Em
1916, a marinha sentindo a necessidade de ter sua própria escola cria, a Escola de Aviação e Submersíveis na ilha das
Enxadas, na baia de Guanabara. Foram adquiridos 3 aerobotes Curtiss destinados a serem usados na instrução. Em 02
de abril de 1917 a escola é prestigiada com a visita do Presidente da República Wencelslau Braz acompanhado por
Santos Dumont. Na oportunidade, foram feitos dois vôos locais. O Ten Av Naval Antônio Augusto Schorcht voou com o
presidente e o Ten Av Naval Virginius De Lamare voou com Santos Dumont.O evento assinala a primeira vez que um
presidente da república voou num avião militar brasileiro. Também é digno de nota que essa foi à primeira vez que Santos
Dumont voou num avião pilotado por outro brasileiro.
Santos Dumont voa num Curtiss HS2 pilotado pelo ten Virginius Delamare
Santos Dumont visita a E Av Militar 14/12/1928
Em 10/06/1919 foi criada a Escola de Aviação Militar, funcionando no Campo dos Afonsos. Esta organização aproveitou,
na quase totalidade, as instalações da antiga Escola Brasileira de Aviação. Mais adiante, com o advento do Ministério da
Aeronáutica em 1941, ela se transformará na Escola de Aeronáutica. Atualmente esta escola funciona em Pirassununga
com o nome de Academia da Força Aérea. Os primeiros instrutores da antiga Escola de Aviação Militar foram oficiais
franceses e mais 3 oficiais brasileiros do exército. Em 1927 tornouse mais efetiva a atuação da presença de uma
Missão Militar Francesa no exército. Esta presença provocou reflexos na aviação. Os termos, "manche", "palonier",
"chandele", "retournement", são herança da missão francesa.Toda a instrução de vôo era calcada no modelo francês.
Após o curso de piloto, o oficial fazia um aperfeiçoamento, era o chamado "Brevet B".
Primeira Instrução de Pilotagem E Av Militar 10/07/1919
Dentro do exército é criada a Diretoria de Aviação Militar. A Aviação passava a ser a 5ª Arma do Exército.Em 1930
retorna à França a Missão Militar Francesa a qual deixou marcas indeléveis na arma de aviação bem como na instrução
do Exército Brasileiro. Até essa época todos os vôos de treinamento eram feitos praticamente em torno dos Afonsos.
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Sentindo a necessidade de aliar o treinamento de vôo com a integração do território nacional , o então major Eduardo
Gomes conseguiu permissão para que os aviões do Grupo Misto de Aviação sob o seu comando fossem lançados em
missões para o interior.
Curtiss Fledglig K 263
Eduardo Gomes
Estava criado o Correio Aéreo Militar. O primeiro vôo do CAM foi realizado no dia 12 de junho de 1931. O equipamento
utilizado foi um Curtiss Fledgling pilotado pelos tenentes Nelson Freire L Wanderley e Casimiro Montenegro. O avião de
matrícula K 263 pode ainda hoje ser visto no Museu Aeroespacial. O dia 12 de junho é comemorado todos os anos em
solenidade no Campo dos Afonsos em memória dos antigos pioneiros do CAM e, também, a Eduardo Gomes, seu
inspirador e criador. A semelhança do exército, a marinha também criou o Correio Aéreo Naval, no ano de 1934. Seu
primeiro vôo foi Rio, Santos, Florianópolis. No ano de 1936 as linhas foram estendidas até o extremo Sul do país com
pousos em São Francisco, Itajaí, Laguna, Jaguarão, Pelotas e Santa Vitória do Palmar. Logo ao início das operações
eram utilizados hidros, após, aviões terrestres. A base principal de operações era a Base Aérea do Galeão, que ficava e
ainda fica junto aos terrenos do agora Aeroporto Tom Jobim. Em 1941 quando da criação do Ministério da Aeronáutica,
foram unidos o Correio Aéreo Militar e o Correio Aéreo Naval. As Bases Aeronavais do Galeão, Santos e Florianópolis
foram incorporadas ao Ministério da Aeronáutica. As linhas do correio aéreo militar e naval foram unificadas sob o nome
de Correio Aéreo Nacional. Em poucos anos a malha dessas linhas aéreas já cobria praticamente todo o país chegando
à América do Sul, Central, do Norte e Europa. Na Amazônia foi criado o CAM AM ou correio aéreo da Amazônia com
hidros Catalina que prestaram inestimáveis serviços às populações ribeirinhas. Ao Correio Aéreo deve o país muito da
sua integração com o interior. Na década de 30, 40, e 50, eram muito difíceis às comunicações da capital com os
diferentes estados da federação. O avião foi o meio mais rápido de executar essa ligação e integração. Esse trabalho foi
realizado pela Aviação do Exército, Aviação Naval, e depois, pela Força Aérea Brasileira.
Dion de Assis Tavora Cel Av RR
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