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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E


TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO
GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA
FLORESTA NÚCLEO PEDAGÓGICO DE
MARCELÂNDIA
CURSO DE DIREITO

Acadêmica:
ADRIANA ESPÍNDOLA BENÍCIO

Curso:
BACHARELADO EM DIREITO

Disciplina:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III

Professor:
Thameya Lourenço Barbosa Silva
Marcelândia, MT
2019
ADRIANA ESPÍNDOLA BENÍCIO

TÍTULO

Resumo Fase Postulatória

Atividades apresentadas ao Curso de


Direito Campus de Alta Floresta da
Universidade do Estado de Mato
Grosso como exigência parcial para
obtenção de nota extra na disciplina
Direito Processual Civil III.
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA

Atividade EaD em forma de questões-problema. Aula do dia 16/02 – Direito Civil IV –


Teoria dos Contratos (4 créditos EaD)

Prof. Me. Luan Christ Rodrigues

OBS:

a) A resolução das questões-problema é obrigatória e valerá como presença do dia 16/02.


b) A atividade pode ser entregue tanto eletronicamente, para o e-mail do professor
(luan@rodrigues-advogado.adv.br), quanto presencialmente, até a aula de segunda-
feira (18/02).
c) Em virtude do melhor aproveitamento do(a) aluno(a), sugere-se que a realização da
atividade seja feita com consulta tão somente ao Código Civil e/ou a Constituição
Federal.

1) Explique o que é o princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva.


RESPOSTA: Trata-se de prerrogativa pela os contratantes podem modificar ou resolver o
contrato caso ocorra excessiva onerosidade a uma das partes, devendo, entretanto, observar a
imprevisibilidade ao caso extraordinário.
Tal revisão ou resolução contratual se torna possível pela aplicação da cláusula “rebus
sic stantibus”, que prevê implicitamente no art. 478 do CC/02 a resolução para os contratos
bilaterais e no art. 480 a revisão para contratos unilaterais.
Vale ressaltar, que embora o art. 478 preveja apenas resolução, o art. 317 possibilita que
o juiz corrija, a pedido da parte, de modo que assegure o valor real da prestação.

2) Qual é a diferença entre a boa-fé subjetiva e a boa-fé objetiva?


RESPOSTA: A boa-fé subjetiva refere-se ao estado psicológico da pessoa. Trata-se da crença
intuitiva do agente.
A boa-fé objetiva consiste no dever de conduta contratual ativa, a ambos contratados,
obrigando-os à colaboração mútua, considerando o interesse do outro. Consiste ainda na
lealdade e probidade exigida no comportamento dos contratantes,

3) Explique, resumidamente, como é formado um contrato.


RESPOSTA: A formação do contrato passa pela fase preliminar na qual não existe
formalização e se caracteriza por conversas e ajustes iniciais, estudos e sondagens. Nessa fase,
não há vinculação ao negócio, salvo se ficar comprovada a intenção de má-fé, conduzindo o
contraente a perder outro negócio ou realizar despesas.
Na fase da proposta existe formalização e traduz a vontade de contratar, mas exige o
aceite da outra parte. Não há prazo para aceitação entre presentes e, portanto, não havendo
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Fone: (66) 3521-5927 e-mail: direito.afl@unemat.br
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resposta imediata, não haverá vínculo. Já nas propostas entre ausentes, há de se observar os
prazos estabelecidos.
Por fim, a fase da aceitação representa a concordância à proposta e entende-se concluído
o contrato.
A aceitação poderá ser expressa ou tácita. Será expressa quando houver declaração do
aceitante, manifestando sua anuência. Será tácita, quando sua conduta revelar o consentimento.

Nas questões a seguir, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.

Questão 4

Quanto aos princípios contratuais:

Compõe um dos requisitos do princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva


ocorrer um fato extraordinário e imprevisível. ( )

O Código Civil de 1916 não definiu expressamente a revisão contratual. ( )

No Código Civil brasileiro, os contratos bilaterais somente são passíveis de resolução, não
sendo possível a revisão contratual em qualquer hipótese, tanto em decorrência da redação do
art. 478 CC/02, quanto pela disposição contida no art. 317 do mesmo diploma. ( )

Os contratos unilaterais são passíveis de revisão contratual. ( )

a) F/ F/ V/ V
b) V/ V/ F/ V
c) F/ F/ F/ V
d) V/ V/ V/V
e) F/ V/ V/ V

Questão 5

Quanto aos princípios contratuais:

O princípio da boa-fé exige que as partes se comportem de forma correta, com honestidade e
lealdade, não só durante a negociação preliminar, como também durante a formação e o
cumprimento contratual. ( )

A probidade, prevista no art. 422 do Código Civil, nada mais é do que um dos aspectos do
princípio da boa-fé. ( )

A boa-fé subjetiva refere-se ao aspecto psicológico, isto é, a íntima convicção das partes no
contrato. ( )

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A boa-fé objetiva trata da vertente ética da boa-fé, ou seja, expressada na conduta das partes
nas suas relações contratuais. ( )

a) F/ V/ F/ V
b) V/ F/ V/ V
c) F/ F/ F/ V
d) V/ F/ V/ F
e) V/ V/ V/ V

Questão 6

Quanto aos princípios contratuais:

Empresa X distribuía sementes a pequenos agricultores gaúchos sob a promessa de lhes


comprar a produção futura. Isso ocorreu de forma continuada e por diversas vezes, o que gerou
uma expectativa quanto à celebração do contrato de compra e venda da produção. Até que certa
feita a empresa distribuiu as sementes e não adquiriu o que foi produzido. Os agricultores,
então, ingressaram com demandas indenizatórias, alegando a quebra da boa-fé, mesmo não
havendo qualquer contrato escrito, obtendo pleno êxito. Em tela, está-se a falar de boa-fé
objetiva pré-contratual. ( )

Nos termos da Súmula 308 do STJ: “A hipoteca firmada entre a construtora e o agente
financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia
perante os adquirentes do imóvel”. Trata-se, aqui, de um exemplo de aplicação da boa-fé
objetiva na fase contratual. ( )

Conforme enunciado n. 26 do JEC do TJSP: “O cancelamento de inscrição em órgãos


restritivos de crédito após o pagamento deve ser procedido pelo responsável pela inscrição, em
prazo razoável, não superior a dez dias, sob pena de importar em indenização por dano moral”.
Na situação em comento, trata-se de boa-fé objetiva pós-contratual. ( )

Nos termos do art. 422 CC/02: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão
do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. Tal artigo foi
redigido de forma insuficiente, porquanto só dispõe sobre dois momentos: conclusão e
execução. Nada preceitua sobre o que está depois, nem sobre o que está antes. Mesmo com
redação insuficiente, estão compreendidas no artigo as tratativas preliminares, bem como as
obrigações pós-contratuais. ( )

A proibição de venire contra factum propium veda ou pune o exercício de Direito quando
caracterizar abuso da posição jurídica, isto é, quando se pratica ato contrário ao previsto, com
surpresa e prejuízo ao outro polo da relação contratual. Exemplo: o credor que concordou,
durante a execução do contrato de prestações periódicas, com o pagamento em lugar ou tempo
diverso do convencionado não pode surpreender o devedor com a exigência literal do contrato
(GONÇALVES, 2017). ( )

a) F/ F/ F/ V/ V
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b) V/ F/ V/ V/ V
c) F/ F/ F/ V/ V
d) F/ F/ V/ V/ V
e) V/ V/ V/ V/ V

Questão 7

Sobre a interpretação dos contratos:

Em decorrência da complexidade das relações negociais, há casos em que os contratos


necessitam de interpretação para a compreensão de seu sentido e alcance. ( )

A interpretação dos contratos não pode ser realizada pelo juiz, tão somente pelas partes da
relação negocial. ( )

A interpretação dos contratos é declaratória quando tem como objetivo a descoberta da


intenção dos contratantes advinda da celebração contratual. ( )

A interpretação dos contratos será construtiva quando tem o escopo de aperfeiçoar o contrato
diante do suprimento de lacunas e omissões. ( )

a) V/ V/ V/ V
b) V/ F/ V/ V
c) F/ F/ F/ F
d) V/ F/ V/ F
e) F/ V/ F/ F

Questão 8

Sobre a interpretação dos contratos:

Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a


interpretação mais favorável ao indivíduo que elaborou o contrato, nos termos do art. 423
CC/02. ( )

Dentre outros, são critérios para interpretação dos contratos: eventual obscuridade é imputada a
quem redigiu a estipulação; e que as cláusulas contratuais devem ser interpretadas
isoladamente. ( )

A melhor maneira de apurar a intenção dos contraentes é verificar o modo pelo qual o vinham
executando, de comum acordo. ( )

a) V/ V/ V
b) F/ F/ V
c) F/ F/ F
d) V/ F/ V
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e) F/ V/ F

Questão 9

Quanto a formação dos contratos:

A manifestação da vontade pode ser expressa ou tácita. ( )

Há casos em que é plenamente possível o surgimento de deveres jurídicos aos participantes das
negociações preliminares ou fase da pontuação, mesmo que não fora celebrado o contrato. ( )

A oferta representa a vontade definitiva nas bases oferecidas, sempre necessitando da


apreciação de novos estudos ou discussões. ( )

Em regra, a proposta não precisa de elementos essenciais, como preço, quantidade, tempo de
entrega, etc., nem mesmo ser consciente, podendo ser apenas uma ideia. ( )

a) F/ F/ V/ V
b) V/ F/ V/ F
c) V/ V/ V/ V
d) V/ F/ V/ V
e) V/ V/ F/ F

Questão 10

Sobre a formação dos contratos:

Sempre a proposta de contrato obriga o proponente. ( )

A oferta não obriga o proponente, se contiver cláusula expressa a respeito. ( )

A oferta não vincula o proponente em razão das circunstâncias previstas no art. 428 do CC/02.
( )

a) F/ F/ V
b) F/ F/ F
c) V/ V/ V
d) V/ F/ V
e) F/ V/ V

Questão 11

Sobre a formação dos contratos:

A aceitação pode ser tácita, nos termos do art. 432 CC/02. ( )

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Há hipóteses de inexistência de força vinculante da aceitação. Como, por exemplo, se a


aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao conhecimento
do proponente (art. 430, CC, primeira parte). ( )

Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida. ( )

a) V/ V/ V
b) V/ F/ V
c) F/ V/ F
d) F/ F/ F
e) F/ F/ F

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