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CAP 02 Parte1 GEO PDF
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RecursosdoSubsolo-são explorados através da indústria extrativa são constituídos, regra geral, por
recursos energéticos para a produção de energia e por matérias-primas para uso na indústria,
construção civil e obras públicas; as matérias-primas são usualmente agrupadas nas seguintes
categorias:
• Minerais metálicos - minerais que apresentam na sua constituição substâncias metálicas (ferro,
cobre, estranho, volfrâmio)
• Minerais não metálicos - minerais que apresentam na sua constituição substâncias não
metálicas (sal-gema, quartzo, feldspato, gesso)
• Minerais energéticos - minerais que podem ser utilizados para a produção de energia (carvão,
petróleo, urânio, gás natural)
• Rochas industriais - rochas utilizadas sobretudo como matéria-prima para a indústria ou para a
construção civil e obras públicas (calcário, granito, argila, margas)
Apesar da indústria extrativa pesar pouco no contexto da economia nacional, o valor da produção
registou um ligeiro aumento nos últimos anos. Este aumento resulto do crescimento de todos os
subsetores, com exceção do subsetor dos minerais não metálicos, irrelevante em comparação
aos restantes (Fig. 2).
Este subsetor, apesar da importância das reservas de alguns destes minerais, registou um decréscimo
no valor da produção. Atualmente os principais minerais metálicos extraídos são:
As rochas industriais: têm o maior valor de produção deste sector. As mais exploradas são as areias
comuns, o calcário e as argilas. Constituem importantes matérias-primas para a indústria do vidro, da
cerâmica, da construção civil e obras públicas e das cimenteiras. Exploram-se um pouco por todo
o país, tendo como referência as características geológicas do território.
As rochas ornamentais: Os mármores e os granitos são os mais importantes. Portugal possui reservas
importantes e está entre os grandes produtores de rochas ornamentais do mundo.
Portugal possui importantes recursos hidrominerais, sendo de assinalar o crescimento deste setor quer
em valor de produção quer no número de explorações dedicadas ao engarrafamento.
• As águas termais: ricas em minerais e utilizadas para os mais variados fins terapêuticos,
constituem um subsector com tendência para se expandir. A par desta evolução
está o investimento nelas feito, tornando-as atrativas e apelativas turisticamente.
Este desenvolvimento turístico é encarado como fator de dinamização regional, já
que promove a criação de postos de trabalho, a fixação de população, a
melhoria da qualidade de vida, a preservação do património e a divulgação da
região. Com um território muito rico em nascentes termais, é no Norte e no Centro
do país que se regista a maior concentração.
2.1.2. A EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS ENERGÉTICOS
• Recursos energéticos renováveis: radiação solar, vento, água, plantas e calor interno
da terra
Combustível fóssil, não renovável. Os recursos carboníferos em Portugal são escassos. Face à dificuldade
de extração do carvão e à fraca qualidade do mesmo, a última mina encerrou, em 1994. Desde
então, todo o carvão consumido (centrais termoelétricas, indústrias siderúrgica e cimenteira) é
importado.
Combustível fóssil, não renovável. É o recurso energético mais utilizado em Portugal (tal como no
mundo). Serve de matéria-prima de muitas indústrias químicas. Não existe em Portugal, pois ainda não
foi encontrada nenhuma jazida petrolífera cuja exploração fosse economicamente viável. Assim,
todo o petróleo consumido no nosso país é importado. O petróleo, que chega a Portugal por via
marítima, é descarregado nos Portos de Leixões e de Sines, onde é refinado.
Combustível fóssil, não renovável. É mais vantajoso do que o carvão ou do que o petróleo
porque é mais barato, fácil de transportar, menos poluente e as reservas mundiais são mais
vastas do que as de petróleo. Não existe em Portugal, logo é totalmente importado. É usado
em centrais termelétricas, transportes e no abastecimento doméstico. É descarregado no Porto de
Sines e introduzido na rede de gasodutos nacional.
Mineral energético radioativo, não renovável. É utilizado na produção de energia nuclear, que
pode ser transformado em eletricidade.
Existe em Portugal (importantes reservas), mas não é consumido, pois não possuímos nenhuma central
nuclear. A extração, tem vindo a diminuir e destina-se totalmente à exportação. A exploração deste
mineral apresenta impactes ambientais, devido às suas substâncias radioativas.
Energia renovável, utiliza o calor libertado pelo interior da Terra. Produzida nos Açores (ilha de São
Miguel) para produção de energia elétrica. Irrelevante à escala nacional mas com
potencialidades. No território nacional, esta forma de energia está associada a nascentes de
águas termais, o que tem conduzido à dinamização de vários projetos, sendo uma energia com
potencialidades.
Exploração e distribuição das energias renováveis
A produção de energia em Portugal tem origem maioritária nas renováveis. Energia Hídrica: maiores
potências instaladas nas regiões do Norte e do Centro. Energia Eólica: maior potência instalada na
região do Norte.
Dependência Externa – A dependência externa de Portugal face aos recursos energéticos é muito
elevada. No setor dos recursos energéticos a dependência externa é total (os recursos de origem fóssil,
os mais consumidos, não são produzidos). Na energia a balança comercial é negativa, e existe
uma grande vulnerabilidade, económica e política, face aos mercados abastecedores, por parte
de Portugal. Esta dependência é agravada pela deficiente articulação da indústria
transformadora com a indústria extrativa, que está na origem de uma valor elevado de produtos
exportados e a baixo preço.
Impacto Ambiental – O setor extrativo é muito poluente, quer a exploração se faça ao ar livre ou no
interior do subsolo. Impactos:
• Contaminação dos solos e das água superficiais ou subterrâneas, uma vez que na
extração são utilizados produtos químicos, por vezes altamente tóxicos.
Custos de exploração – Apesar da relativa riqueza do subsolo português em recursos minerais (água e
rochas), a sua exploração nem sempre se revela fácil e economicamente viável devido aos seus
custos de exploração.
Fraca acessibilidade das jazidas – Muitas jazidas encontram-se em áreas de difícil acesso, que elevam os
custos de transporte e portanto os custos finais do produto, o qual perde, assim, competitividade. Em
algumas áreas, a inexistência até de infraestruturas viárias impossibilita a própria exploração das
jazidas.
Qualidade do minério – O baixo teor de muitos minérios, associado à difícil extração, devido à elevada
profundidade das jazidas, aumenta os custos de exploração e tem conduzido ao encerramento de
muitas explorações.
Dimensão das empresas – A maioria do setor extrativo são empresas de pequena dimensão
(dimensão familiar). Nestes casos, a capacidade financeira das empresas é insuficiente para garantir
investimentos na área da modernização tecnológica e na qualificação da mão-de-obra, entrando
em colapso económico por falta de competitividade com outras empresas, nomeadamente
estrangeiras.
Falta de segurança – A falta de segurança para os trabalhadores em geral e para a população que
vive próximo das explorações, é outro aspeto a considerar. Muitas explorações estão na origem de
elevados níveis de poluição sonora e atmosférica, que acabam por afetar a saúde e bem-estar
da população.
• investimento nos subsetores com mais potencialidades, como é o caso das rochas e das
águas, minerais e termais;
Constante solar: Quantidade de energia solar recebida no topo da atmosfera numa superfície
de 1m2, perpendicularmente aos raios solares em cada minuto.
1) Absorção
2) Reflexão
• A radiação solar, ao incidir sobre qualquer corpo, vai, em maior ou menor quantidade,
sofrer uma mudança de direção, sendo reenviada para o espaço por reflexão
• A esta relação dá-se o nome de albedo que varia em função da superfície
Albedo: Razão entre a radiação solar refletida por uma superfície e a radiação total que sobre
ela incide, o albedo varia consoante as características da superfície:
3) Difusão
• A radiação solar dispersa-se pelo espaço uma vez que é refletida em várias direções
• Uma pequena parte desta radiação atinge a Terra:
o De forma indireta – radiação difusa - energia que atinge indiretamente a superfície
terrestre e que se mede em Langley, que corresponde a cerca de 16 % da
radiação solar incidente no topo da atmosfera
o De forma direta – radiação solar direta – radiação que atinge o planeta
diretamente e que corresponde a cerca de 32%
32% 16%
Equilíbrio térmico
• É também permitido pelo efeito de estufa, função natural da atmosfera que evita a perda
de calor para as altas camadas da atmosfera e o intenso arrefecimento noturno, porque
o vapor de água e o CO2 absorvem, na troposfera, a radiação terrestre, devolvendo à
Terra parte da energia que esta refletiu por um fenómeno de contrarradiação, mantendo
a temperatura mais ou menos constante.
A intensidade da radiação solar é variável de lugar para lugar e num mesmo lugar ao longo
do dia devido a fatores como:
O ângulo de incidência varia ao longo do dia e ao longo do ano como consequência dos
movimentos de rotação e de translação, determinando:
Raio A
Raio C
Conclusão: Quanto maior a inclinação dos raios solares, maior a superfície que recebe
radiação, assistindo-se a uma maior dispersão da mesma, do que resulta uma menor
quantidade de energia recebida por unidade de superfície. Pelo contrário, se a inclinação
dos raios solares for reduzida (maior ângulo de incidência possível = 90º), a superfície a receber
radiação é menor, logo, a quantidade de energia recebida por unidade de superfície é maior
porque esta se encontra menos dispersa.
As perdas de energia entre o limite superior da atmosfera e a superfície terrestre são tanto
maiores quanto maior a massa atmosférica a atravessar pelos raios solares
Analisando a figura conclui-se:
Logo:
Conclusão: Quanto maior a inclinação dos raios solares, maior é a espessura da camada
atmosférica percorrida, o que se reflete numa maior perda energética pelos processos de
absorção, reflexão e difusão.
4) Duração da insolação
5) Latitude
• O facto de a Terra ser esférica contribui para a diferente inclinação com que os raios
solares atingem a superfície terrestre, diminuindo o ângulo de incidência (porque aumenta
a inclinação dos raios solares) à medida que a latitude aumenta
• À medida que a latitude aumenta, aumenta a inclinação dos raios solares, o que se traduz
numa maior superfície recetora de energia, assim como uma maior espessura da
atmosfera percorrida, resultando numa menor receção de energia
6) Relevo
• Com a altitude aumenta a nebulosidade o que se traduz numa menor insolação e, como
consequência, numa menor intensidade da radiação solar recebida.
• Em Portugal, o facto de o Norte apresentarem relevo mais acidentado justifica a menor
insolação registada nesta região.
• A orientação das vertentes também influencia a quantidade de radiação solar recebida.
Consequência de:
• Movimento de rotação
• Inclinação dos raios solares
Provoca:
NASCER DO SOL:
MEIO-DIA SOLAR:
• Altura em que os raios solares incidem com menor obliquidade e a massa atmosférica
percorrida é a menor possível
• Intensidade da radiação solar é a mais elevada possível
CONSEQUÊNCIAS NA TEMPERATURA
o Terra continua a absorver calor até atingir a “saturação”, altura em que deixa de
absorver a radiação recebida e começa a irradiar o excedente
o Radiação solar e a radiação terrestre aumentam a temperatura da camada de
ar em contacto com a superfície algumas horas após o meio-dia solar
o Durante a noite a temperatura diminui progressivamente devido à inexistência de
radiação solar e à perda de calor por radiação terrestre.
VARIAÇÃO ANUAL DA RADIAÇÃO SOLAR
Consequência de:
• Movimento de translação
• Inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da sua órbita
Provoca:
SOLSTÍCIO DE JUNHO
• Raios solares incidem com menor obliquidade (na perpendicular do Trópico de Câncer):
• Maior quantidade de energia recebida
• Menor superfície de receção de energia
• Menor espessura de massa atmosférica percorrida
• Maior duração do dia natural
• Período de insolação mais longo
SOLSTÍCIO DE DEZEMBRO
A latitude e a proximidade do mar são os principais fatores que explicam estas variações. As
regiões do Sul recebem sempre maior quantidade de radiação solar, devido à menor
inclinação dos raios solares.
• Latitude: quanto menor a latitude maior a radiação solar porque a inclinação dos raios
solares é menor, logo o sul apresenta uma radiação solar mais elevada que o norte
• Proximidade/afastamento do mar: locais mais próximos do mar apresentam maior
humidade e nebulosidade, o que diminui a intensidade de radiação solar devido à menor
insolação
• Altitude: o aumento da altitude provoca um aumento da nebulosidade e uma redução
da insolação, o que reduz a radiação solar
• Exposição geográfica das vertentes: as vertentes voltadas a sul encontram-se mais
expostas ao sol e recebem radiação solar durante mais tempo enquanto as vertentes
expostas a norte recebem radiação solar por períodos de tempo mais curtos,
aumentando as perdas de energia
• A insolação apresenta uma variação semelhante uma vez que também aumenta de
norte para sul e do litoral para o interior. Os valores mais elevados registam-se no interior
do Alentejo e no Algarve e os valores mais baixos nas montanhas minhotas
• LATITUDE
Diminuição da temperatura
Aumento da temperatura
…mas também, a influência das massas de ar quente e seco provenientes de África fazem
aumentar a temperatura nesta região
• RELEVO
À escala local, as elevações do solo e respetiva orientação condicionam a quantidade de
radiação solar recebida e a temperatura.
Assim temos:
⇒ ALTITUDE
• Vertentes viradas a sul recebem mais radiação solar, logo registam temperaturas mais
elevadas
• Vertentes voltadas a norte recebem menos radiação solar, logo registam temperaturas
mais reduzidas
• No seu trajeto, os ventos húmidos vão-se tornando mais secos, o que explica que à
mesma latitude uma região do interior seja mais quente no verão e mais fria no inverno
• Em Portugal isto ocorre no noroeste continental com as Serras Peneda-Gerês
• Relevo discordante: montanhas perpendiculares ou oblíquas à linha de costa facilitam
a entrada de ventos húmidos, amenizando as temperaturas ao longo do ano nas
regiões do interior:
D) CORRENTES MARÍTIMAS
Vantagens:
Condicionamentos:
c) Sistemas fotovoltaicos
• Consiste na produção de energia elétrica por via foto voltaica, produzida recorrendo a
células solares que convertem a radiação solar em eletricidade
Vantagens:
• Em termos ambientais, não liberta gases com efeito de estufa e não produzem ruído
• Permite o aproveitamento da radiação solar difusa
• Energia elétrica produzida apresenta uma elevada fiabilidade
• Apresenta baixos ou nenhuns custos de manutenção
• Permite a criação de novos postos de trabalho, sobretudo a uma escala local
2) TURISMO
• Clima
• Extenso litoral com praias de areia branca
• Diversidade paisagística
• Património histórico e cultural
• Características hospitaleiras da população portuguesa
• Melhoria das acessibilidades
• Proximidade geográfica aos países geradores de grandes fluxos turísticos
• Caráter sazonal
• Concentração da oferta num reduzido número de mercados
• Dependência do produto sol/praia