Você está na página 1de 22

I N T E R V A L O

D E M O C R Á T I C O
( 1 9 4 5 - 1 9 6 4 )
PROF.ª CAROL
• Entender a conjuntura das eleições
presidenciais e as disputas em torno do
poder no Brasil pós 2ª guerra mundial e
imerso no contexto da guerra fria;
• Analisar como o “medo do comunismo”
O que vamos guiou a política externa brasileira no
governo Dutra
aprender? • Observar os esforços empreendidos por
Vargas em seu governo para nacionalizar
a produção brasileira frente a intenção
norte-americana de explorar o Brasil.
Vargas saiu do governo em 30
de outubro de 1945 por meio
de uma ação militar que o
Saída de depôs de seu cargo;
Vargas do
Poder e
Eleições; Três candidatos disputaram
as eleições presidenciais:
• Realizadas as eleições, Dutra obteve 55%
dos votos, enquanto Eduardo Gomes
alcançou 35% e Iedo Fiúza, 10%.
• Getúlio foi eleito senador (por Rio Grande
do Sul e São Paulo) e deputado
constituinte (por Rio Grande do Sul, São
Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Paraná e Bahia), conforme
permitia a legislação eleitoral da época,
Getúlio Vargas recebeu uma votação
consagradora, de cerca de 1.150.000
votos, confirmando a força política do seu
nome e contribuindo de forma decisiva
Resultado das para o fortalecimento do PTB.

Eleições:
G O V E R N O
D U T R A
( 1 9 4 6 -
1 9 5 1 )
Criação de uma nova constituição (fim da
Polaca do Estado novo) com as seguintes
bases:
➢O Brasil seria uma república federativa;
➢Mandato presidencial de cinco anos;
Principais ➢Direito ao voto para maiores de 18 anos
alfabetizados;
medidas: ➢Ensino primário garantido a todos;
➢Liberdade de imprensa e religiosa;
➢Reconhecimento do direito de greve;
Curiosidades: Dutra e
os Colégios Técnicos
• Os colégios técnicos ganharam
força durante o primeiro governo
Vargas;
• Existiram embates que se
seguiram até a aprovação da LDB
4.024-61 que colocou de um lado
católicos e representantes das
escolas particulares se
posicionando claramente contra o
monopólio do ensino pelo estado
e de outro os defensores da escola
pública.
Dutra e o alinhamento
aos Estados Unidos
• No início, houve uma “tolerância”
aos comunistas pelo governo
Dutra. Vários foram eleitos pelo
PCB para diversos cargos.
• Um dos mais famosos foi Luiz
Carlos Prestes, o “cavaleiro da
esperança”, senador pelo Rio de
Janeiro.
• Outro político famoso do período
foi Jorge Amado que foi deputado
eleito pelo PCB
Acirramento das
tensões
• Os membros conservadores da União Democrática
Nacional (UDN) e do Partido Social Democrático (PSD),
aliados dos Estados Unidos, começaram a tentar
encontrar formas de cassar o registro do Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e colocá-lo na ilegalidade.
• Em maio de 1947, o registro do PCB foi cassado;
• Em outubro de 1947, o Brasil rompeu relações com a
URSS. Ataques da imprensa soviética ao Brasil também
ajudaram a azedar as relações. De acordo com um
boletim de rádio da época, o presidente Eurico Gaspar
Dutra, o exército e a Força Expedicionária Brasileira
foram ofendidas.
• Foi fechado também o jornal tribuna popular. Da direção
coletiva da Tribuna Popular faziam parte Pedro Mota
Lima, Álvaro Moreira, Aidano do Couto Ferraz, Dalcídio
Jurandir e Carlos Drummond de Andrade. A equipe do
jornal era integrada tanto por comunistas como por não
comunistas.
• Em 1948, com a criação da
Organização dos Estados
Americanos (OEA), o alinhamento
Política brasileiro ao bloco capitalista se
concretizou. O objetivo da OEA era
econômica de fortalecer as alianças e os vínculos
entre os países da América Latina
Dutra: em torno dos Estados Unidos.
• Mudança de orientação econômica
para a adoção de um liberalismo e
estímulo a bens de consumo;
Curiosidade: TV
TUPI
• Inaugurada em 1950
• Foi investido mais de 80
milhões de dólares para
trazer a televisão para o
Brasil
• Contudo, isso foi só para a
criação da emissora.
Ninguém pensou que a
população deveria ter acesso
as televisões!
Maracanazo:
• Criou-se um “Já ganhamos” empurrado pelo
prefeito (Mendes de Morais) e pelo (presidente)
Marechal Dutra. Empurrado por toda essa
gente, comete-se a burrada de 13 de julho (três
dias antes da final): em vez de voltar para a
concentração, dão folga aos jogadores. E,
depois, vão para São Januário, onde passam
sexta, sábado e domingo em encontros
políticos.
• O Brasil perde a copa no estádio recém
construído do Maracanã por 2x1, com o gol da
virada Uruguaia aos 34m do 2º tempo.
• Fonte: “Maracana, la historia secreta” de Atilio
Garrido
PLANO SALTE
Procurava-se, assim, recuperar a economia e
silenciar os críticos nacionalistas. No setor de
transporte, um dos investimentos foi a construção,
em 1951, da Rodovia Presidente Dutra, em São
Paulo. O plano, na prática, foi um fracasso, pois o
governo, por falta de organização e dinheiro, não
conseguiu cumprir os objetivos, e, após a saída de
Dutra do poder, ele foi abandonado.
• Coligação pró Vargas: PTB E PSP
• Candidato UDN E PSD:
Brigadeiro Eduardo Gomes
• Candidato PSB:
Cristiano Machado (que no fim
Eleições: das contas apoiou Getúlio)
O segundo Governo
Vargas (1951-1954)
• Buscou governar dando
espaço para diversos agentes
políticos.
• Ministério do trabalho – PTB:
João Goulart
• Nacionalistas x Entreguistas.
Principais medidas
econômicas:
• Criação do BNDE – Banco
Nacional de
Desenvolvimento
Econômico
• 1951 – Campanha “o
petróleo é nosso”
• Propôs a criação da
Eletrobrás
Crise política e
econômica
• O ministro da fazenda,
Oswald Aranha, alertou que
para conter a crise
inflacionária era necessário o
“congelamento” do mínimo.
• Muitas greves se espalharam
por conta dessa medida.
• Na contra mão das medidas
de Aranha, Goulart decidiu
conceder um aumento de
100% no salário mínimo.
Crise se aprofunda:
• 82 coronéis e tenentes-coronéis,
ligados à ala conservadora do
Exército no Rio de Janeiro,
assinaram um documento que
ficou conhecido como Manifesto ou
Memorial dos Coronéis.
• Mesmo com a demissão de
Goulart, o jornalista Carlos Lacerda
(UDN) continuava usando seu
jornal “A tribuna da Imprensa” para
atacar o governo.
Atentado da Rua Tonelero:
Renuncia, Vargas!
• A pressão em cima de Getúlio
tornou-se insuportável. Os
militares o encaravam como
cúmplice de assassinato. A
saída “honrosa”, diziam,
seria a renúncia do
presidente.
• Vargas teimou. Afirmou que
do Catete, só sairia morto.
O suicídio:
• O suicídio foi o último ato político
de Vargas, principalmente por conta
da sua carta-testamento. Nela,
Vargas assumia a sua luta contra as
forças inimigas que desejavam
roubar o país, colocava-se como
vítima e, ao mesmo tempo, como
um guerreiro.
• De forma mítica, terminava o
documento afirmando que deixava
a vida para entrar na história.

Você também pode gostar