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HISTÓÓ RIA E MEMÓÓ RIA

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28 DE OTUBRO DE 2008

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DANILO GONÇALVES DE MOURA
HIGO CARLOS MENESES DE SOUSA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

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Trabalho apresentado por exigência da disciplina
Introdução aos estudos Históricos do curso de

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Licenciatura Plena em História da Universidade
Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de

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Barros, como exigência parcial para obtenção de
notas, sob orientação do Prof. M. Sc. Francisco

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Nascimento.

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 Entrevista concedia pelo Senhor Dagoberto
de Araújo Rocha a Higo Carlos Meneses e Danilo 2
Gonçalves na noite do dia 28 de Outubro de 2008 em
sua residência. Onde nos relatou suas memórias.

O Sr. Dagoberto nos fez questão de comentar sobre suas origens: “Nasci em
Picos na Rua Coelho Rodrigues a 03 de Maio de 1931, às 08 da manhã, sou filho de
Deolindo de Araújo Rocha e Rosa Caminha Rocha. Sou neto do ex-prefeito de Picos
Arminio Benevides de Araújo Rocha, inclusive quando este faleceu cede a vaga ao
então vice-prefeito Atoninho Rodrigues, que era de um povoado cujo não me lembro o
nome, atual município de Monsenhor Hipólito, morei na Coelho Rodrigues por apenas
dois anos quando em 1933 nos mudamos para Praça Félix Pacheco” O Ilustre
entrevistado ainda nos encantou quando nos falou de sua vida escolar: “ Cursei o Curso
Primário e Ginasial no Grupo Escolar Coelho Rodrigues, onde hoje está localizado o
museu Ozildo Albano, fui da primeira turma ginasial de Picos, lembro ainda que lá
mesmo fiz o Curso colegial com habilitação em Comércio. Tive a honra e o prazer de
ter sido aluno do homem mais culto que já pisou em solo picoense, José Vidal de
Freitas, conhecido apenas por Dr. Vidal de Freitas que era oriundo da cidade de Oeiras,
então juiz na comarca de Picos. Dr. Vidal era de um conhecimento imensurável na área
do Direito, o que ele fazia era apenas confirmado nas demais instancias. Era protestante,
morreu aos 84 anos de idade como professor da então Faculdade de Direito do Piauí e
Desembargador aposentado.” O entrevistado ainda nos deu o prazer de ter
conhecimento de sua atuação na vida política do município de Picos. “Bem meu amigo
fui candidato a vice-prefeito de Picos na chapa do Professor Antonio de Barros Araújo,
o Barros de Araújo, no pleito de 1962 pela UDN, Houve um incidente que o então juiz
da comarca de Picos vendeu nossa eleições por 5 milhões de cruzeiros para a situação,
pois iríamos ganhar com uma maioria de 500 (quinhentos) votos; Fui também candidato
a vereador uma vez, só que dessa vez pela ARENA, exerci o mandato quatro anos como
primeiro suplente e no último ano assumi a vaga, pois o vereador titular havia se
afastado para ser candidato a prefeitura do atual município de Santana do Piauí. Pertenci
a vários partidos, fui do PSP, da UDN e após a Revolução de 64, da ARENA. No
contexto político municipal aconteceu vários episódios marcantes, mas um me lembro
como hoje: o então prefeito de Picos, Adalberto de Moura Santos, foi para porta do
então juiz Vidal de Freitas e atirou pra cima dizendo “É tiro que vocês querem seus
caretas, pois eu dou” os Udenistas em Picos eram chamados de Caretas. Era meninote
mas me recordo muito bem” O entrevistado ainda nos falou quando era menino os
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homens de seu tempo lhe falavam da Coluna Prestes em Picos, nos contando um pouco
da História. “A Coluna Prestes passou por Picos duas vezes, uma em 1924 e outra em
1926”. “As tropas do exército em hipótese alguma queriam cruzar com os revoltosos,
para não haver derramamento de sangue, para vocês terem uma idéia Carlos Prestes não
passou aqui por Picos, mas apenas Juarez Távora, cujo não me recordo a patente que
ocupara na época. Na época era então prefeito de Picos o velho Elizeu Pereira Nunes,
que num gesto de loucura foi bancar o valentão, ele, um sargento, dois soldados em seu
guarda-costas se dispuseram a enfrentar 1100 revoltosos armados até os dentes,
Pegaram Elizeu, puseram em uma cavalo a osso e levaram até Tauá, no Estado do
Ceará. Depois de dois meses em Tauá o velho Elizeu telegrafara a Picos, comunicando
que estava bem e que retornaria logo” O entrevistado ainda nos deu o prazer de saber
como soubera da notícia do suicídio do presidente Vargas. “Eu estava em um bar, onde
hoje e a casa Dantas, quando deu no rádio que Getúlio havia se matado na manhã de 24
de Agosto de 1954, o 24 de Agosto e conhecido para os picoenses como um dia
azarado.” Por último o Senhor Dagoberto ainda nos fala um pouco da formação de sua
família. “Eu casei em 10 de Março de 1970 com Francisca Luiza de Moura, com quem
tive 06 filhos: Dagoberto de Araújo Rocha Filho, advogado, mora no Bairro Junco na
casa do avô, com quem fora criado, o segundo Clodoaldo de Moura Rocha, médico,
casado com Clézia Rodrigues Rocha, o terceiro Rosana Sandra de Moura Rocha
Balarim, casada com Lucas Balarim, mora em Roma na Itália, o quarto Márcia Gleide
de Moura Rocha, odontóloga, solteira; o quarto Gutenberg de Moura Rocha, médico
casado com a fisioterapeuta Katarine Teixeira Rocha, o sexto Lamartine de Moura
Rocha, estudante de Medicina em São Luís-MA, solteiro.”

Perguntamos se ele teria algo mais a nos falar. “Por hora não me recordo de nada
mais relevante a declarar”. Despedimos-nos, agradecemos à entrevista e nos retiramos
desejando uma boa noite.