Zoologia Aula 1 (Fenestração) PDF

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ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS

CURSO: Ciências Biológicas


3º Ano –2º semestre

12ª Aula
Répteis: diversidade e caracteres gerais
(Ministrante: Profa. Dra. Virginia S. Uieda)

Professores Responsáveis:
Virgínia Sanches Uieda (Integral) e Wilson Uieda (Noturno)
Departamento de Zoologia - IB/UNESP/Botucatu
História dos tetrápodes
Irradiação de duas importantes linhagens
Não-amniotas
Anthracosauria
Provável grupo-irmão dos
tetrápodes amniotas

Amniotas

4
Temnospondyli
Maior e mais duradouro grupo
de tetrápodes não-amniotas do
Paleozóico
Origem dos tetrápodes Reptilomorfos
Origem e irradiação dos Amniotas

O restante dos tetrápodes


viventes compreendem os
amniotas Reptilomorfos

Podem ser subdivididos


segundo os traços
cranianos em 3 grupos.
1 2 3

1 – Synapsida
2 – Anapsida
3 - Diapsida

Traços cranianos ou
fenestração temporal =
número de orifícios no crânio
Traços cranianos ou fenestração
temporal = número de orifícios no crânio

ANAPSIDA – “Para-répteis”
Crânio sem aberturas temporais narina
Condição primitiva órbita

SYNAPSIDA
Crânio com 1 abertura temporal

DIAPSIDA – “Eurépteis”
Crânio com 2 aberturas temporais
DIAPSIDA
Lepidossauria = Sphenodon + Squamata
Archosauria = Crocodylia + Aves

1 2

Lepidosauria – língua bífida, pênis bifurcado, muda de pele inteira


Archosauria – muda de pele em fragmentos
Resposta a pressões seletivas
associadas com a especialização à
dieta insetívora

Melhorias nos músculos


mandibulares

Evolução do crânio
dos vertebrados
Evolução do crânio dos vertebrados

Evolução das fossas temporais atuou sobre os


músculos mandibulares =
fornecendo espaço para seu posicionamento
fornecendo espaço para seu aumento
permitindo alterações na complexidade e orientação

Resposta a pressões seletivas


associadas com a especialização à
dieta insetívora
Evolução do crânio dos vertebrados

Peixes e tetrápodes anamniotas =


Massas simples de músculos
Simples mordida inercial

Tetrápodes amniotas =
Músculos posição vertical
Músculos diferenciados
Forte pressão da mandíbula
Evolução dos tetrápodes amniotas
terrestres
Diversificação da vegetação terrestre no Carbonífero

Evolução dos insetos terrestres


(importante recurso alimentar)

Evolução de um mecanismo mandibular


eficiente à insetivoria
+
Evolução de uma locomoção terrestre mais
eficiente
Evolução dos tetrápodes amniotas
terrestres
Modificação na estrutura do ovo

Ovos maiores
+
Ovos melhor equipados
+
Colocados em situações protegidas
Evolução dos tetrápodes amniotas
terrestres

Modificação na estrutura do ovo

Ovo amniótico = casca coriácea, flexível


(lagartos, quelônios) – casca permeável à água.

Ovo cleidóico = casca calcárea, rígida (aves,


alguns lagartos e quelônios) – ovo impermeável.
Características do ovo amniótico
1. Casca – proteção mecânica
2. Albumina – proteção, reserva de água e proteínas
3. Vitelo – suprimento de energia
4. Córion e âmnio – proteção
5. Alantóide – armazenamento de excretas; órgão
respiratório
1

2
5
3
Características do ovo amniótico
1. Casca
1
2. Albumina 3
4
3. Vitelo
2
4. Córion e âmnio 5
5. Alantóide

3 4
Quem são os Répteis atuais?

A - Chelonia ou Testudines

A
B C
Quem são os Répteis atuais?
B – Lepidosauria
•Sphenodon (tuatara)
•Lacertilia (lagartos e Amphisbaena)
•Serpentes (Ophidia) A
B C
Quem são os Répteis atuais?

C - Crocodylia

A
B C
Características Gerais dos
Répteis atuais

Mudanças para melhoria na


ocupação do ambiente terrestre

• Locomoção
• Retenção de água
• Respiração
• Alimentação
• Reprodução
LOCOMOÇÃO
Esqueleto e membros
1. Coluna vertebral diferenciada em cinco regiões
2. Costelas longas (ventilação pulmões)
3. Patas com garras (apoio no solo)

3
Vários tipos de Locomoção

Lagarto Lagartixa

Dedos e garras longas Garras e lamelas nos dedos


para melhor apoio no solo para apoiar em superfícies
verticais e lisas
Vários tipos de Locomoção
Alguns sem patas – movimento serpentiforme
(serpentes e lagartos ápodas)

Lagarto ápoda Jibóia


Vários tipos de Locomoção

Jabuti

Dedos com garras e patas


troncudas e fortes para Cágado
sustentar um corpo pesado

Pés com membranas para


nadar e dedos com garras
para sair do rio e cavar
para enterrar os ovos
Vários tipos de Locomoção

Tartaruga marinha

Membros transformados
em remos para facilitar a
natação
Cauda achatada
lateralmente para
natação
RETENÇÃO DE ÁGUA

Tegumento
Comparado aos anfíbios, ao amniotas apresentam uma
variedade de elaborações tegumentares de queratina

Anfíbios
Amniotas
Escamas
Pelos
Respiração cutânea
Penas
Adaptação a ambientes
quentes e secos
RETENÇÃO DE ÁGUA
Tegumento
•Escamas queratinizadas
(impermeável)
•Glândulas cutâneas ausentes
RETENÇÃO DE ÁGUA
Excreção
•Uréia e Ácido úrico (economia de água)
•Bexiga urinária (ausente em crocodilianos, serpentes,
alguns lagartos e aves)
•Glândulas secretoras de sal (nasais, sublinguais,
lacrimais)
Diapsida Anapsida
(Squamata, Crocodylia, Aves) (Chelonia)
ácido úrico uréia + ácido úrico
Synapsida
(Mammalia)
uréia
Anapsida
Diapsida (Chelonia)
(Squamata, Aves) uréia + ácido úrico Synapsida
ácido úrico (Mammalia)
uréia

Ácido úrico
Diapsida
(Crocodylia) Uréia
ácido úrico + amônia

Amônia
RESPIRAÇÃO
Peixes e Anfíbios

Respiração branquial, cutânea


Aparelho hióide (bombeamento muscular)

AMNIOTAS
Respiração só pulmonar
Pulmões bem desenvolvidos, expandidos através de movimentos :

- das costelas (Aves e Squamata)


- dos órgãos internos (Chelonia e Crocodylia)
- do diafragma (Mammalia)
Ventilação por movimento das
costelas
Respiração Não podem correr e respirar
Lepidosauria simultaneamente

•movimentos da caixa toráxica ajudam na inspiração e expiração


•músculos hipoaxiais apoiados nas costelas agem na locomoção e respiração
•durante o deslocamento (flexão lateral) o ar é bombeado entre os pulmões
•animal com baixa atividade e consumo de oxigênio

Modo de respiração dos amniotas primitivos


Ventilação por movimento dos órgãos
Respiração
internos
Costelas fundidas ao casco
Chelonia * inspiração

** expiração

Vísceras

Lâmina de tecido conjuntivo não-muscular


Ventilação por movimento dos órgãos
internos
Respiração
Crocodylia

Movimentos:
Costelas
Fígado
Ossos pubianos

Hiperventilam
durante a
locomoção
Ventilação por movimento dos órgãos
internos
Aumenta o volume do tórax 2º fígado
para trás

1º costelas
para frente 3º gira ossos
púbicos
Ventilação por movimento dos órgãos
internos

Reduz o volume do tórax



intercostais e
diafragmático
relaxam 1º gira ossos
púbicos
CIRCULAÇÃO

Crocodylia, Aves, Mammalia = 2 circuitos operam em


série (ventrículo dividido - fluxo sequencial obrigatório)

Chelonia e Lepidosauria = possível troca entre os


circuitos (septo ventricular parcial)

Podem alternar períodos de ventilação com


períodos de apnéia durante mergulhos prolongados
Circulação – Chelonia e Lepidosauria
Circulação
Sem septo ventricular permanente

•Circuito sistêmico =
alta pressão
•Circuito pulmonar =
baixa pressão

< oxigênio
> oxigênio
CM VAV
Ajuste do fluxo
pulmonar e sistêmico
através do
Desvio intracardíaco
Resistência
pulmonar = sistêmico
direito-esquerdo
por redução do calibre
dos vasos
< resistência

oxigenado
desoxigenado
Circulação - Crocodylia
D E ap-artéria pulmonar
aa-arco aórtico
a-átrio
v-ventrículo
fa-forâme aberto
ff-forâme fechado
va-válvula aberta
vf-válvula fechada

Septo ventricular completo

Forâme de Panizza conecta o arco aórtico sistêmico direito e


esquerdo nos Crocodilianos. Regula a mistura do sangue pobre e rico
em oxigênio que será enviado para o corpo quando em apnéia.
Circulação - Crocodylia
D E
Válvula
ventricular

Arco aórtico direito


•cabeça Durante atividade
•região cranial •mais sangue entregue para os músculos
•vísceras •> pressão ventrículo esquerdo
•região caudal
•> pressão arco aórtico direito
•Forâme aberto = sangue flui para o arco aórtico esquerdo
•> pressão arco aórtico esquerdo mantém válvula ventricular fechada
Circulação - Crocodylia
D E
Válvula
ventricular

Arco aórtico esquerdo


Durante mergulho •vísceras
•vasos do circuito pulmonar constritos •região caudal
•> pressão ventrículo direito
•desvio intracardíaco direito-esquerdo (válvula ventricular aberta)
•Forâme fechado
•sangue desoxigenado flui para o arco aórtico esquerdo
ALIMENTAÇÃO

•Maioria carnívora
•Jabutis e alguns lagartos herbívoros
•Maioria dentes repostos quando perdidos
•Chelonia com bico córneo

Acrodonte (conexão superficial)


Mais comum
Pleurodonte (borda lateral)
Maioria das serpentes; lagartos venenosos
Tecodonte (alvéolos dentários)
Crocodilianos e mamíferos
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
1. Visão = pálpebras móveis + membrana nictitante
(exceto serpentes e lagartos fossórios)
2. Audição = membrana timpânica + estribo
3. Termorrecepção = fosseta loreal (serpentes
Crotalinae)
4. Quimiorrecepção = língua bífida + órgão
vômero-nasal (Órgão de Jacobson)

1 2 3

4
REPRODUÇÃO

•Fecundação interna (hemipênis)


•Maioria ovípara
•Ovo amniótico

Ovos grandes, bem


equipados, enterrados

< mortalidade
> sobrevivência
METABOLISMO

•Ectotérmicos Fonte de energia


•Externa (solar)

Mecanismos de termorregulação ectotérmica:

•Comportamentais – postura, forma do corpo,


procura de abrigo

•Anatômicos – grande massa corporal

•Fisiológicos – circulação, respiração, coloração


Vias de troca de energia térmica

+
--
Vias de troca de
energia térmica
Importância da Termorregulação

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