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Aula 03 – 12.05.

2023

SYNAPSIDA

SINCRÂNIO

Surge uma região extremamente elaborada em comparação com os outros


grupos, a região auditiva. E também a região do ouvido externo se torna bastante
elaborada em muitas das linhagens de mamíferos, a gente tem uma ampliação da
capacidade auditiva enorme graças a ele, claro que a região externa não cabe na análise
do crânio. O que a gente tem na região auditiva? Uma estrutura composta, chamada de
bula auditiva, isso não é um osso único, não é formado de um único jeito pelos
mamíferos, dependendo do grupo por ser formado por um osso, dois ossos ou até três,
vai depender de linhagem p/ linhagem dentro dos mamíferos modernos, de como é
formada a bula auditiva, tem grupos que ela nem é completamente formada.
Outra região muito importante é o assoalho do crânio, isso é um marco na
evolução dos mamíferos, o assoalho do crânio que é a região base craniana foi uma das
mudanças que engatilha as grandes modificações da linhagem Cynodontia não
mamaliformes p/ mamaliformes, quando o cérebro expande lateralmente e os ossos que
estavam nessa região (região pterigoidea) se modificam tanto que eles resolvem não
chamar mais de região pterigoidea, surgindo uma novidade evolutiva, a região
esfenoidal, isso é um marco nas modificações que acontece na linhagem atual, a dos
mamíferos.
E finalmente, a região da nuca que ela não fica na região mais posterior do
crânio, ela invade o base crânio, isso quando você pega o bicho adulto na maioria das
vezes isso vira um único osso, funde, mas na verdade ele é formado por quatros ossos,
um duplo e dois únicos, então você vai ter em cima um osso chamado supraoccipital, do
lado dois ossos chamados de exoccipital e ajudando a compor a base do crânio,
formando as estruturas que dão a movimentação da nossa cabeça com a primeira
vertebra, estão os (não entendi o nome do osso) e buraco que ele forma que é o foramen
magno, é o maior buraco que a gente tem nos ossos, considerando todos eles. Então essa
é a região occipital, quando vocês ouvem falar de osso occipital na verdade é porque
fundiu tudo e ficou um único osso, porém não é um único osso, são quatro ossos que
formam isso aqui, vão ter processos aqui que vai gerar o movimento da cabeça.
CRÂNIO
Tem outra cavidade muito grande no crânio, que é a coana (fossas nasais). Aqui
vai ter uma novidade evolutiva que não é só nos mamíferos, mas vai ocorrer dentro de
Amniota pelo menos em duas linhagens. Vertebrado de uma maneira geral vai ter uma
abertura nasal, que em determinado momento vai se modificar e formar coanas, com
isso, essa estrutura deixa de ter apenas função sensorial e nos animais que se tornam
terrestres, essa estrutura passa a ser responsável pela ventilação. Bom, a gente começa
com o osso mais anterior e ele fica na região ventral, ele vai formar o início do palato
duro, tem um par de ossos que vai ajudar a compor esses dois buraquinhos que tá aqui
embaixo, esse é o pré-maxilar, então o pré-maxilar vai variar de extensão e
desenvolvimento, ele é o cara que tá mais na frente da região ventral, vai formar partes
dos forames incisivos, isso é extremamente importante, pois está associado ao vômero
nasal, é outro tipo de quimiorrecepção e a gente tem que não é o olfato diretamente, mas
é um olfato especial que a gente sente pelo céu da boca dos mamíferos. Depois do pré-
maxilar tem um osso que é extremamente grande, ele vai formar grande parte da região
rostral, uma boa parte do palato, vai formar as laterais e ainda vai ajudar a compor esse
arco aqui (osso da bochecha). Finalmente termina aqui um osso pareado que vai variar
de forma, os palatinos, isso fecha a região palatal, quem fecha a “tampa” disso tudo são
os ossos nasais. Alguns mamíferos tem um osso em frente ao nasal, sendo uma
característica plesiomórfica, pois reaparece em algumas linhagens. Um osso que vocês
não vão ver facilmente, ele não é exatamente um osso interno, um osso fininho que vai
formar a divisão do assoalho da coana e ele vai compor esse septo aqui que vai separar
os forames incisivos, o vômer um osso único, ele não é pareado. O vômer também vai
ajudar a formar aquelas estruturas (inaudível) das narinas dos mamíferos, então esse é
um osso mais chatinho de ver porque ele tá lá dentro, ele aparece aqui no septo, às vezes
nem aparece, a base da divisão entre narina esquerda e direita é vômer. Bom, isso aqui
vai variar muito de tamanho e desenvolvimento depois vai olhar para a região lateral,
dorsal vai dar pra ver também, às vezes a frontal e o maxilar, o canal lacrimal. Aí depois
dos ossos nasais, nos temos um osso que para gente formar a testa o rostro foi reduzido
e essa região aqui achatou, mas essa testa não aparece tão facilmente em todos os
mamíferos, então o osso que vem depois dorsalmente do nasal é o osso frontal, esse
osso ele não só fica na região dorsal, ele invade as laterais e vai ajudar a compor a
região orbital é um grande osso que normalmente é muito desenvolvido, o osso frontal.
Nele é onde estaria o terceiro olho dos Synapsida que desaparece lá no Terciário, acho
que antes até, pois não me lembro de nenhum Cynodonte com três olhos, só os
Therapsida não Cynodonte. Depois do frontal a gente tem um osso que forma a tampa
superior da caixa craniana que são os parietais, eu não coloquei aqui um osso
extremamente problemático que às vezes é um, às vezes é dois, às vezes é três, o
interparietal ou interparietais. Ele tem um aparecimento variável e às vezes quando ele
aparece ele some, porque ele se funde ao parietal e ao supraoccipital ou a um ou a outro
e aí fica difícil de você reconhecer esse osso. Vou falar de um osso que não está aqui
fora, vocês olhem pelo forame magno e verão lá dentro um osso todo furadinho, esse
osso ele é enorme, isso é só uma expressão deste osso, é um osso timoide e essa
estrutura se chama placa crivada, essa estrutura que permite a passagem dos axônios
para inervar as células ciliadas sensoriais quimiorreceptoras da região posterior da
região nasal dos mamíferos, a parte sensorial fica atrás e a parte térmica fica na frente,
então esse osso timoide ele é enorme, mas ele do lado de fora às vezes ele nem aparece,
às vezes aparece com um ossinho quase meio transparente aqui na região orbital, mas
em geral ele externamente não aparece depois de formar a placa crivada ele vai ajudar a
compor essa estrutura que é formada por vários ossos que tá dentro das narinas. Bom, aí
a gente vai para essa estrutura aqui o arco zigomático, isso aqui é extremamente
importante, pois o arco zigomático aparece substituindo a fenestra temporal e aí ele
ajuda a definir a região de inserção da musculatura crânio mandibular. Aquele osso que
era julgal, não vai mais existir esse buraco (não existe mais nos mamíferos) e ele será
empurrado para frente e ele vai formar o centro desse arco, variando de mamífero para
mamífero, tem mamíferos que o maxilar forma um processo que vai ser o ramo
zigomático maxilar, o escamosal continua em contato com ele e vai formar o ramo
zigomático do escamosal. Então o arco zigomático é uma estrutura composta que
sempre vai ter o julgal, nos mamíferos o arco zigomático fica atrás (OUVIR O ÁUDIO
DE NOVO PRA ENTENDER O PROCESSO). O crânio do veado tem uma separação
da região ocular orbital da região temporal. Nos mamíferos essa barra deixa de existir e
passa a ser uma placa e a região temporal vai se tornando menor, então o arco
zigomático tem como principal componente na maioria esmagadora dos mamíferos o
julgal, ele tem a participação desses dois ramos dependo do grupo. Bom, agora a gente
vai para o base crânio, no base crânio a gente vai perceber uma coisa, na borda do
palato vai ter um osso formando umas projeções, um osso de tamanho moderado que
vai formar toda essa base e desce um pouquinho, isso é o que sobrou de uma região
imensa de todo mundo que não é mamífero, mas na gente (mamífero) só restou esse
cara, o osso pterigoide. Esse buraco aqui é a fossa meso pterigoide, é o canal que passa
o ar. Então agora começa um problema, a gente vai ver duas pelotas aqui (as bulas
auditivas) um osso chato nas laterais, um osso triangular no centro e um osso mais fino
depois desse osso triangular. Esses são três ossos dos quatro que formam a região
esfenoidal, os dois laterais, os pareados. Esse que é uma base/losango é o base
esfenoide, a frente dele tem um osso fininho o pré-esfenoide, os dois laterais são o
primeiro aparecimento da região esfenoidal que vai dar o marco da origem dos
mamíferos, o alisfenoide. Se vocês seguirem os alisfenoide ele entrar na orbita e vai
contatar um osso que tem um buraco, o que está mais na frente. Olhem que esse buraco
é formado por um osso único que tem um formato meio que de escama mais ovoide,
olhem o osso que tá em volta desse buraco, esse osso que contorna toda essa região é o
orbito esfenoide, ele é o osso que vai formar o foramen ótico. Isso é um quarteto de
novidades evolutivas encontrado apenas nos mamíferos: o orbito esfenoide, envolvendo
e formando o foramen ótico, os dois alisfenoide que vão formar as laterais do base
crânio, o centro do base crânio que vai ter a participação do base esfenoide e lá na frente
formando o teto do canal respiratório o pré-esfenoide. A região base occipital: esse cara
aqui de cima é o supraoccipital (ele é único), aí você vai ter dois ossos aqui que se
dividem e formam os exoccipitais, dos exoccipitais saem dois processos onde vão estar
presos os músculos que movem o pescoço, os processos paraoccipitais e o que forma a
base do buraco eles partem do osso base occipital que vai contatar com o base esfenoide
e aí vai formar a base central da região posterior da caixa craniana e a base da abertura
do foramen magno. Tem um osso que vai formar a lateral do crânio, é o osso escamosal.
Voltando para o base crânio a gente tem a pelota, a parede dessa pelota é formada
normalmente por dois ossos. O que vai formar o anel da abertura do fórum auditivo ou
meato auditivo externo é o ectotimpânico, que é derivado de um osso da mandíbula, o
angular. Só que surge um segundo osso, cuja origem é variada que é o endotimpânico
que vai ajudar às vezes a compor a bula auditiva. Às vezes a bula auditiva tem
participação do alisfenoide, então o alisfenoide forma a parte da frente da bula auditiva
dos carnívoros, nos marsupiais ele forma uma cúpula, essa cúpula não é timpânica, é
alisfenoide. Dentro da bula auditiva, a bula auditiva é uma caixa de ressonância que vai
abrigar três ossículos, um deles já tá na história desde que os tetrápodes surgiram, ele
vem do segundo arco branquial (arco que vai formar as articulações) o arco superior
dele vai formar a columela e a gente passa a chamar dentro de Amniota de estribo, isso
não é uma novidade evolutiva, mas aí vem à coisa importante. Todo mundo que não é
mamífero tem essa articulação crânio mandibular formada por esses dois ossos: o
quadrado e o articular. Esse osso de articulação, o articular vai formar o martelo e o
quadrado vai formar a bigorna, a bigorna vai ter uma projeção que vai se conectar ao
estribo, a vibração chega no braço do martelo que tá preso no tímpano esse osso vibra,
passa essa vibração para a parte de trás dele e excita o estribo, o estribo move um osso
que é a bigorna, e a bigorna mexe um osso menor ainda que é o estribo. O estribo ele
está localizado numa janela oval, que é a abertura do ouvido interno e aí o som é
passado lá pra dentro. O nosso ouvido interno sofreu uma modificação muito grande,
formando a columela, que lembra até a columela dos moluscos (uma conchinha
mesmo), isso aí vem da lanjena (?). Essa parte aqui é onde tá a parte auditiva dos
Amniotas, a parte que vai dar orientação/equilíbrio. Nos mamíferos os canais
semicirculares continuaram essa região aqui para caber mais células o único jeito seria
ele ser uma coisa longa, então ele enrola, mas a base dela alarga para ajudar a dar mais
informação sensorial de posicionamento, então ela vai ter duas regiões aqui que é o
sáculos e ventrículos (conferir se os nomes são esses mesmo), com isso, você vai ter a
córnea promotoria, isso aí tá dentro do ouvido interno protegido por outro osso que é
outra caixa de ressonância, dentro da primeira caixa de ressonância, quem forma ela é
um osso monstruoso, todo irregular, o osso petroso. Ele tem a parte mastoide e a parte
petroide, então o ouvido interno é formado pelo osso petroso e pelo endotimpânico.
Então o ouvido dos mamíferos é uma modificação enorme que não envolve apenas o
estribo e bigorna, envolve também um retrabalhamento de todo o ouvido interno. A
primeira mudança que tem é o promotoria, muda tudo isso e começa a formar a cóclea.
A outra estrutura que não ocorre apenas nos mamíferos, vai ocorrer na linhagem
dinossauriformes, é uma estrutura composta por vários ossos, ela é ossificada apenas
dentro de Mamalia, na outra linhagem ela é cartilaginosa, que é em função dos ossos
turbinais. Então, os ossos turbinais é um aparato que se modifica a partir de quatro ossos
o maxilar, o timoide, o vômer e o nasal e vai compor uma estrutura que vai fazer como
se fosse um papiro totalmente enrolado, esse osso extremamente fino e delicado na parte
anterior dele vai tá cheio de epitélio rico em capilares e na parte posterior ele vai tá
cheio de células sensoriais e quimiorreceptoras, então a parte anterior vai dar controle
térmico e a posterior vai dar informação olfativa, então os turbinais são extremamente
desenvolvidos nos mamíferos. Eles se conectam lá atrás através ectoturbinais na posição
mais posterior com a placa crivada, axônios, etc., Isso tudo é derivado de uma estrutura
que existe em Amniota, a concha. Todas as células olfativas estão dentro dessa
estrutura, isso se expandia absurdamente nos mamíferos, por isso, a capacidade olfativa
dos mamíferos é ampliada. Isso também é uma novidade evolutiva dos mamíferos nesse
sentido, porque na verdade os turbinais existem dentro da linhagem remanescente de
dinossauria, as Aves. Outra coisa que não é novo de mamífero, mas vai ter variações
bem interessantes é um conjunto de ossos que também vem do segundo arco branquial,
ele vai formar na parte de cima a columela e na parte de baixo ele fazer as estruturas que
vão prender a língua. Então os ossos, que em parte são cartilaginosos e vão dar o
suporte para a língua, é esses caras aqui, o aparato brioide. Aberturas que tem: orbita,
foramen interorbital, a fossa mesopterigoide, poro auditivo externo e foramen magno. O
único osso que sobrou na mandíbula, ele se modificou há muito tempo atrás para ter
uma nova superfície de articulação com o crânio, então ele forma um processo chamado
condilóide. Um animal que tem o processo coronóide bem desenvolvido, provavelmente
tem muita força nos dentes anteriores e um processo posterior que vai dar forças para os
músculos que se inserem por dentro e dão força para os dentes de trás é chamado de
processo angular. Então a gente tem no ramo três processos, o coronóide, condilóide o
angular e os dentes.

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