Surge uma região extremamente elaborada em comparação com os outros
grupos, a região auditiva. E também a região do ouvido externo se torna bastante elaborada em muitas das linhagens de mamíferos, a gente tem uma ampliação da capacidade auditiva enorme graças a ele, claro que a região externa não cabe na análise do crânio. O que a gente tem na região auditiva? Uma estrutura composta, chamada de bula auditiva, isso não é um osso único, não é formado de um único jeito pelos mamíferos, dependendo do grupo por ser formado por um osso, dois ossos ou até três, vai depender de linhagem p/ linhagem dentro dos mamíferos modernos, de como é formada a bula auditiva, tem grupos que ela nem é completamente formada. Outra região muito importante é o assoalho do crânio, isso é um marco na evolução dos mamíferos, o assoalho do crânio que é a região base craniana foi uma das mudanças que engatilha as grandes modificações da linhagem Cynodontia não mamaliformes p/ mamaliformes, quando o cérebro expande lateralmente e os ossos que estavam nessa região (região pterigoidea) se modificam tanto que eles resolvem não chamar mais de região pterigoidea, surgindo uma novidade evolutiva, a região esfenoidal, isso é um marco nas modificações que acontece na linhagem atual, a dos mamíferos. E finalmente, a região da nuca que ela não fica na região mais posterior do crânio, ela invade o base crânio, isso quando você pega o bicho adulto na maioria das vezes isso vira um único osso, funde, mas na verdade ele é formado por quatros ossos, um duplo e dois únicos, então você vai ter em cima um osso chamado supraoccipital, do lado dois ossos chamados de exoccipital e ajudando a compor a base do crânio, formando as estruturas que dão a movimentação da nossa cabeça com a primeira vertebra, estão os (não entendi o nome do osso) e buraco que ele forma que é o foramen magno, é o maior buraco que a gente tem nos ossos, considerando todos eles. Então essa é a região occipital, quando vocês ouvem falar de osso occipital na verdade é porque fundiu tudo e ficou um único osso, porém não é um único osso, são quatro ossos que formam isso aqui, vão ter processos aqui que vai gerar o movimento da cabeça. CRÂNIO Tem outra cavidade muito grande no crânio, que é a coana (fossas nasais). Aqui vai ter uma novidade evolutiva que não é só nos mamíferos, mas vai ocorrer dentro de Amniota pelo menos em duas linhagens. Vertebrado de uma maneira geral vai ter uma abertura nasal, que em determinado momento vai se modificar e formar coanas, com isso, essa estrutura deixa de ter apenas função sensorial e nos animais que se tornam terrestres, essa estrutura passa a ser responsável pela ventilação. Bom, a gente começa com o osso mais anterior e ele fica na região ventral, ele vai formar o início do palato duro, tem um par de ossos que vai ajudar a compor esses dois buraquinhos que tá aqui embaixo, esse é o pré-maxilar, então o pré-maxilar vai variar de extensão e desenvolvimento, ele é o cara que tá mais na frente da região ventral, vai formar partes dos forames incisivos, isso é extremamente importante, pois está associado ao vômero nasal, é outro tipo de quimiorrecepção e a gente tem que não é o olfato diretamente, mas é um olfato especial que a gente sente pelo céu da boca dos mamíferos. Depois do pré- maxilar tem um osso que é extremamente grande, ele vai formar grande parte da região rostral, uma boa parte do palato, vai formar as laterais e ainda vai ajudar a compor esse arco aqui (osso da bochecha). Finalmente termina aqui um osso pareado que vai variar de forma, os palatinos, isso fecha a região palatal, quem fecha a “tampa” disso tudo são os ossos nasais. Alguns mamíferos tem um osso em frente ao nasal, sendo uma característica plesiomórfica, pois reaparece em algumas linhagens. Um osso que vocês não vão ver facilmente, ele não é exatamente um osso interno, um osso fininho que vai formar a divisão do assoalho da coana e ele vai compor esse septo aqui que vai separar os forames incisivos, o vômer um osso único, ele não é pareado. O vômer também vai ajudar a formar aquelas estruturas (inaudível) das narinas dos mamíferos, então esse é um osso mais chatinho de ver porque ele tá lá dentro, ele aparece aqui no septo, às vezes nem aparece, a base da divisão entre narina esquerda e direita é vômer. Bom, isso aqui vai variar muito de tamanho e desenvolvimento depois vai olhar para a região lateral, dorsal vai dar pra ver também, às vezes a frontal e o maxilar, o canal lacrimal. Aí depois dos ossos nasais, nos temos um osso que para gente formar a testa o rostro foi reduzido e essa região aqui achatou, mas essa testa não aparece tão facilmente em todos os mamíferos, então o osso que vem depois dorsalmente do nasal é o osso frontal, esse osso ele não só fica na região dorsal, ele invade as laterais e vai ajudar a compor a região orbital é um grande osso que normalmente é muito desenvolvido, o osso frontal. Nele é onde estaria o terceiro olho dos Synapsida que desaparece lá no Terciário, acho que antes até, pois não me lembro de nenhum Cynodonte com três olhos, só os Therapsida não Cynodonte. Depois do frontal a gente tem um osso que forma a tampa superior da caixa craniana que são os parietais, eu não coloquei aqui um osso extremamente problemático que às vezes é um, às vezes é dois, às vezes é três, o interparietal ou interparietais. Ele tem um aparecimento variável e às vezes quando ele aparece ele some, porque ele se funde ao parietal e ao supraoccipital ou a um ou a outro e aí fica difícil de você reconhecer esse osso. Vou falar de um osso que não está aqui fora, vocês olhem pelo forame magno e verão lá dentro um osso todo furadinho, esse osso ele é enorme, isso é só uma expressão deste osso, é um osso timoide e essa estrutura se chama placa crivada, essa estrutura que permite a passagem dos axônios para inervar as células ciliadas sensoriais quimiorreceptoras da região posterior da região nasal dos mamíferos, a parte sensorial fica atrás e a parte térmica fica na frente, então esse osso timoide ele é enorme, mas ele do lado de fora às vezes ele nem aparece, às vezes aparece com um ossinho quase meio transparente aqui na região orbital, mas em geral ele externamente não aparece depois de formar a placa crivada ele vai ajudar a compor essa estrutura que é formada por vários ossos que tá dentro das narinas. Bom, aí a gente vai para essa estrutura aqui o arco zigomático, isso aqui é extremamente importante, pois o arco zigomático aparece substituindo a fenestra temporal e aí ele ajuda a definir a região de inserção da musculatura crânio mandibular. Aquele osso que era julgal, não vai mais existir esse buraco (não existe mais nos mamíferos) e ele será empurrado para frente e ele vai formar o centro desse arco, variando de mamífero para mamífero, tem mamíferos que o maxilar forma um processo que vai ser o ramo zigomático maxilar, o escamosal continua em contato com ele e vai formar o ramo zigomático do escamosal. Então o arco zigomático é uma estrutura composta que sempre vai ter o julgal, nos mamíferos o arco zigomático fica atrás (OUVIR O ÁUDIO DE NOVO PRA ENTENDER O PROCESSO). O crânio do veado tem uma separação da região ocular orbital da região temporal. Nos mamíferos essa barra deixa de existir e passa a ser uma placa e a região temporal vai se tornando menor, então o arco zigomático tem como principal componente na maioria esmagadora dos mamíferos o julgal, ele tem a participação desses dois ramos dependo do grupo. Bom, agora a gente vai para o base crânio, no base crânio a gente vai perceber uma coisa, na borda do palato vai ter um osso formando umas projeções, um osso de tamanho moderado que vai formar toda essa base e desce um pouquinho, isso é o que sobrou de uma região imensa de todo mundo que não é mamífero, mas na gente (mamífero) só restou esse cara, o osso pterigoide. Esse buraco aqui é a fossa meso pterigoide, é o canal que passa o ar. Então agora começa um problema, a gente vai ver duas pelotas aqui (as bulas auditivas) um osso chato nas laterais, um osso triangular no centro e um osso mais fino depois desse osso triangular. Esses são três ossos dos quatro que formam a região esfenoidal, os dois laterais, os pareados. Esse que é uma base/losango é o base esfenoide, a frente dele tem um osso fininho o pré-esfenoide, os dois laterais são o primeiro aparecimento da região esfenoidal que vai dar o marco da origem dos mamíferos, o alisfenoide. Se vocês seguirem os alisfenoide ele entrar na orbita e vai contatar um osso que tem um buraco, o que está mais na frente. Olhem que esse buraco é formado por um osso único que tem um formato meio que de escama mais ovoide, olhem o osso que tá em volta desse buraco, esse osso que contorna toda essa região é o orbito esfenoide, ele é o osso que vai formar o foramen ótico. Isso é um quarteto de novidades evolutivas encontrado apenas nos mamíferos: o orbito esfenoide, envolvendo e formando o foramen ótico, os dois alisfenoide que vão formar as laterais do base crânio, o centro do base crânio que vai ter a participação do base esfenoide e lá na frente formando o teto do canal respiratório o pré-esfenoide. A região base occipital: esse cara aqui de cima é o supraoccipital (ele é único), aí você vai ter dois ossos aqui que se dividem e formam os exoccipitais, dos exoccipitais saem dois processos onde vão estar presos os músculos que movem o pescoço, os processos paraoccipitais e o que forma a base do buraco eles partem do osso base occipital que vai contatar com o base esfenoide e aí vai formar a base central da região posterior da caixa craniana e a base da abertura do foramen magno. Tem um osso que vai formar a lateral do crânio, é o osso escamosal. Voltando para o base crânio a gente tem a pelota, a parede dessa pelota é formada normalmente por dois ossos. O que vai formar o anel da abertura do fórum auditivo ou meato auditivo externo é o ectotimpânico, que é derivado de um osso da mandíbula, o angular. Só que surge um segundo osso, cuja origem é variada que é o endotimpânico que vai ajudar às vezes a compor a bula auditiva. Às vezes a bula auditiva tem participação do alisfenoide, então o alisfenoide forma a parte da frente da bula auditiva dos carnívoros, nos marsupiais ele forma uma cúpula, essa cúpula não é timpânica, é alisfenoide. Dentro da bula auditiva, a bula auditiva é uma caixa de ressonância que vai abrigar três ossículos, um deles já tá na história desde que os tetrápodes surgiram, ele vem do segundo arco branquial (arco que vai formar as articulações) o arco superior dele vai formar a columela e a gente passa a chamar dentro de Amniota de estribo, isso não é uma novidade evolutiva, mas aí vem à coisa importante. Todo mundo que não é mamífero tem essa articulação crânio mandibular formada por esses dois ossos: o quadrado e o articular. Esse osso de articulação, o articular vai formar o martelo e o quadrado vai formar a bigorna, a bigorna vai ter uma projeção que vai se conectar ao estribo, a vibração chega no braço do martelo que tá preso no tímpano esse osso vibra, passa essa vibração para a parte de trás dele e excita o estribo, o estribo move um osso que é a bigorna, e a bigorna mexe um osso menor ainda que é o estribo. O estribo ele está localizado numa janela oval, que é a abertura do ouvido interno e aí o som é passado lá pra dentro. O nosso ouvido interno sofreu uma modificação muito grande, formando a columela, que lembra até a columela dos moluscos (uma conchinha mesmo), isso aí vem da lanjena (?). Essa parte aqui é onde tá a parte auditiva dos Amniotas, a parte que vai dar orientação/equilíbrio. Nos mamíferos os canais semicirculares continuaram essa região aqui para caber mais células o único jeito seria ele ser uma coisa longa, então ele enrola, mas a base dela alarga para ajudar a dar mais informação sensorial de posicionamento, então ela vai ter duas regiões aqui que é o sáculos e ventrículos (conferir se os nomes são esses mesmo), com isso, você vai ter a córnea promotoria, isso aí tá dentro do ouvido interno protegido por outro osso que é outra caixa de ressonância, dentro da primeira caixa de ressonância, quem forma ela é um osso monstruoso, todo irregular, o osso petroso. Ele tem a parte mastoide e a parte petroide, então o ouvido interno é formado pelo osso petroso e pelo endotimpânico. Então o ouvido dos mamíferos é uma modificação enorme que não envolve apenas o estribo e bigorna, envolve também um retrabalhamento de todo o ouvido interno. A primeira mudança que tem é o promotoria, muda tudo isso e começa a formar a cóclea. A outra estrutura que não ocorre apenas nos mamíferos, vai ocorrer na linhagem dinossauriformes, é uma estrutura composta por vários ossos, ela é ossificada apenas dentro de Mamalia, na outra linhagem ela é cartilaginosa, que é em função dos ossos turbinais. Então, os ossos turbinais é um aparato que se modifica a partir de quatro ossos o maxilar, o timoide, o vômer e o nasal e vai compor uma estrutura que vai fazer como se fosse um papiro totalmente enrolado, esse osso extremamente fino e delicado na parte anterior dele vai tá cheio de epitélio rico em capilares e na parte posterior ele vai tá cheio de células sensoriais e quimiorreceptoras, então a parte anterior vai dar controle térmico e a posterior vai dar informação olfativa, então os turbinais são extremamente desenvolvidos nos mamíferos. Eles se conectam lá atrás através ectoturbinais na posição mais posterior com a placa crivada, axônios, etc., Isso tudo é derivado de uma estrutura que existe em Amniota, a concha. Todas as células olfativas estão dentro dessa estrutura, isso se expandia absurdamente nos mamíferos, por isso, a capacidade olfativa dos mamíferos é ampliada. Isso também é uma novidade evolutiva dos mamíferos nesse sentido, porque na verdade os turbinais existem dentro da linhagem remanescente de dinossauria, as Aves. Outra coisa que não é novo de mamífero, mas vai ter variações bem interessantes é um conjunto de ossos que também vem do segundo arco branquial, ele vai formar na parte de cima a columela e na parte de baixo ele fazer as estruturas que vão prender a língua. Então os ossos, que em parte são cartilaginosos e vão dar o suporte para a língua, é esses caras aqui, o aparato brioide. Aberturas que tem: orbita, foramen interorbital, a fossa mesopterigoide, poro auditivo externo e foramen magno. O único osso que sobrou na mandíbula, ele se modificou há muito tempo atrás para ter uma nova superfície de articulação com o crânio, então ele forma um processo chamado condilóide. Um animal que tem o processo coronóide bem desenvolvido, provavelmente tem muita força nos dentes anteriores e um processo posterior que vai dar forças para os músculos que se inserem por dentro e dão força para os dentes de trás é chamado de processo angular. Então a gente tem no ramo três processos, o coronóide, condilóide o angular e os dentes.