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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

EDUARDO MACHADO LINS VASCO

TIC – HIPÓFISE

Itacoatiara, AM

2023
EDUARDO MACHADO LINS VASCO

TIC – HIPÓFISE

Trabalho apresentado para aquisição de


nota parcial no em TIC’s, no eixo de
Sistemas Orgânicos Integrados, pelo Curso
de Medicina do Instituto Afya Faculdade De
Ciências Médicas, ministrado pelo docente:
Nilo Boschilia.

Itacoatiara, AM
2023
1. AS PORÇÕES DA HIPÓFISE E SUAS PECULIARIDADES

A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, desempenha um papel


central na regulação de vários processos fisiológicos do corpo humano. Localizada na
base do cérebro, abaixo do hipotálamo, ela é formada por duas regiões anatômicas e
funcionais distintas: a neuro-hipófise e a adeno-hipófise.

A neuro-hipófise, ou lobo posterior, é originada de tecido nervoso e é


diretamente conectada ao hipotálamo por um conjunto de axônios conhecido como haste
hipofisária. Diferente de muitas outras partes glandulares, a neuro-hipófise não é capaz
de produzir hormônios. Em vez disso, ela atua como um reservatório, armazenando e
liberando hormônios que são sintetizados pelo hipotálamo, como a vasopressina
(hormônio antidiurético) e a ocitocina (Melmed, 2011).

Por outro lado, a adeno-hipófise, ou lobo anterior, é derivada de tecido epitelial


e é responsável pela produção e secreção de uma variedade de hormônios essenciais
para funções corporais, incluindo crescimento, reprodução e resposta ao estresse. Estes
hormônios são regulados por sinais provenientes do hipotálamo, transmitidos através do
sistema portal hipofisário (Tortora & Derrickson, 2017).

É fascinante observar como essas duas porções da hipófise, embora distintas


em sua origem e funções, trabalham em conjunto sob a influência do hipotálamo para
coordenar as respostas endócrinas do corpo.

2. HORMÕNIO DE CADA PORÇÃO E SUA RESPECTIVA RELAÇÃO COM O


HIPOTÁLAMO

A neuro-hipófise atua como um reservatório e é responsável pela liberação de


hormônios previamente sintetizados pelo hipotálamo. Dentre eles, encontramos a
ocitocina e o ADH (hormônio antidiurético). A ocitocina, além de seu papel na ejeção do
leite materno, também é fundamental nos processos de contração uterina durante o
parto. O ADH, ou vasopressina, como o nome sugere, atua na conservação de água no
organismo, regulando a reabsorção de água nos rins. Alterações nos níveis desse
hormônio podem resultar em condições clínicas, como diabetes insípido (Guyton & Hall,
2011).
A adeno-hipófise produz e secreta uma gama de hormônios que regulam diversas
funções do corpo. Dentre eles, encontramos:

 TSH (hormônio estimulante da tireoide): Estimula a glândula tireoide a produzir os


hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam o metabolismo celular.

 ACTH (hormônio adrenocorticotrópico): Atua sobre o córtex adrenal, estimulando a


liberação de corticosteroides, como o cortisol, vital para a resposta ao estresse, e
a aldosterona, que regula o equilíbrio eletrolítico.

 LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante): Desempenham


papel crucial na regulação do sistema reprodutivo, influenciando na ovulação,
espermatogênese e produção de hormônios esteroides sexuais.

 GH (hormônio do crescimento): Atua principalmente na promoção do crescimento


e desenvolvimento de tecidos, e sua ação é mediada por intermediários, como o
fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1).

 Prolactina: Além de sua função na lactação, ela tem um papel no comportamento


maternal e na regulação da resposta imune (Tortora & Derrickson, 2017).

A interação entre hipotálamo e hipófise é de suma importância para a homeostase


do organismo. O hipotálamo, através da liberação de hormônios reguladores (tanto
liberadores quanto inibitórios), controla a secreção dos hormônios pituitários,
estabelecendo assim uma intrincada rede de feedback para manter a estabilidade
fisiológica.

3. RELACIONANDO A TEORIA À PRÁTICA

A profunda compreensão das funções da hipófise e de suas interações com outras


glândulas e órgãos é fundamental para a prática clínica. Desordens endócrinas, embora
frequentemente sutis em seus sintomas iniciais, podem ter repercussões devastadoras
se não forem identificadas e tratadas adequadamente. Por exemplo, um déficit na
produção de GH durante a infância pode resultar em nanismo, enquanto excesso do
mesmo hormônio em adultos pode levar a acromegalia, condição caracterizada pelo
crescimento anormal de extremidades e alterações faciais (Melmed et al., 2019).
O conhecimento teórico robusto, fundamentado em literatura confiável e
atualizada, capacita médicos e endocrinologistas a realizar diagnósticos precisos,
desenvolver planos de tratamento adequados e, quando possível, prevenir o surgimento
dessas desordens. Em última análise, a ponte entre teoria e prática é inestimável,
assegurando que os pacientes recebam o mais alto padrão de cuidados médicos.
ANEXOS:

FIGURA 01: PORÇÕES DA HIPÓFISE


ANEXOS:

FIGURA 02: HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE


REFERÊNCIAS:

Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2011). Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Elsevier.
Acessado em 27 de setembro de 2023.

Tortora, G. J., & Derrickson, B. (2017). Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan. Acessado em 27 de setembro de 2023.

Melmed, S. (2011). The pituitary. 3. ed. Elsevier Health Sciences. Acessado em 27 de


setembro de 2023.

Melmed, S., Polonsky, K. S., Larsen, P. R., & Kronenberg, H. M. (2019). Williams
Textbook of Endocrinology. Philadelphia: Elsevier. Acessado em 27 de setembro de
2023.

Porções da hipófise
URL: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hipofise.htm
Acesso em: 27 de setembro de 2023

Hipotálamo e Hipófise
URL: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/hipofise.htm
Acesso em: 27 de setembro de 2023

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