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Livro Do Prefeito-Orientacoes para Uma Gestao Responsavel PDF
Livro Do Prefeito-Orientacoes para Uma Gestao Responsavel PDF
PREFEITO
Orientações para uma gestão responsável
LIVRO DO
PREFEITO
Orientações para uma gestão responsável
2016 Confederação Nacional de Municípios – CNM.
Diretoria-Executiva
Gustavo de Lima Cezário
Ficha catalográfica:
156 páginas.
ISBN 978-85-8418-064-6
Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM
Sumário
1. O Começo de Tudo......................................................................................................12
3. A Transição...................................................................................................................26
5. Competências Municipais..........................................................................................37
5.1 Competências comuns........................................................................................38
5.2 O federalismo cooperativo brasileiro..................................................................42
5.3 Um novo pacto federativo...................................................................................43
5.4 Competência para legislar..................................................................................45
8. A Organização do Governo........................................................................................63
8.1 Sugestões de estruturas enxutas........................................................................65
8.2 Quadros de pessoal............................................................................................66
14. Licitações..................................................................................................................104
14.1 Regras básicas dos processos licitatórios.....................................................104
14.2 Exemplos de ações judiciais sobre o tema....................................................107
21. Bibliografia...............................................................................................................150
Resumo
Apresentar orientações sobre todas as áreas da administração
municipal, alertando o gestor para as obrigações que são assumidas
a partir da posse. Obrigações estas de caráter constitucional, em boa
parte, sendo outras decorrentes de legislação infraconstitucional, de
programas governamentais nacionais; muitas, resultantes das omissões
das demais esferas de Poder que, não atendendo às necessidades das
populações, obrigam as administrações locais a suprirem essas lacu-
nas. Esta obra tem a pretensão de chamar a atenção dos recém-eleitos,
e até mesmo daqueles que já viveram as dificuldades deste cargo, pa-
ra as “pegadinhas” a que estão sujeitos se não compartilharem com a
assessoria todas as práticas a serem desenvolvidas, visto que, embora
o Brasil seja uma “Federação”, os outros Poderes da República Fede-
rativa não trabalham com a perspectiva da real cooperação preconiza-
da pela Constituição.
FIQUE DE OLHO!
É preciso ter em mente que é dever do manda-
tário municipal defender a autonomia do Ente
que ele está administrando e, para tanto, deve
o gestor rejeitar todas as tentativas de diminuir-
-lhe a autoridade.
ATENÇÃO!
Não haverá respaldo legal para o atendimento
de obrigações solicitadas por outros poderes ou
Entes, pois não é da competência destes imis-
cuírem-se na administração local e não é com-
petência dos Municípios fazerem o que é res-
ponsabilidade do Estado e da União.
FIQUE DE OLHO!
ATENÇÃO!
2.1 A publicidade
2.3 A legalidade
2.4 A impessoalidade
2.5 A eficiência
ATENÇÃO!
2.6 A finalidade
DICA DA CNM
SÚMULA VINCULANTE Nº 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou asses-
soramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administra-
ção pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.
DICA CNM
DICA CNM
1 “I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presi-
dencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício finan-
ceiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exer-
cício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.” (ADCT, art.35, § 2º)
ATENÇÃO
FIQUE DE OLHO!
VERIFICAR!
E TEM MAIS...
Tramitam no Congresso Nacional inúmeros projetos de lei crian-
do pisos salariais nacionais para todos os integrantes das equipes das
Estratégias Saúde da Família, e outros tantos reduzindo a jornada de
trabalho destes profissionais.
É indispensável um olhar atento para essas realidades e muita
criatividade e coragem para realizar alguns cortes.
ATENÇÃO!
9.1 Julgados
Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE COBRANÇA – CONTRA-
TAÇÃO TEMPORÁRIA – RENOVAÇÃO ILEGAL – SERVI-
ÇOS DE NATUREZA HABITUAL E PERMANENTE – PRAZO
SUPERIOR AO ADMITIDO NA LEGISLAÇÃO – NULIDADE
DO ATO – PROTEÇÃO AO CONTRATADO DE BOA-FÉ –
DIREITOS SOCIAIS ESTENDIDOS AOS SERVIDORES PÚ-
BLICOS. A legalidade da contratação temporária exige a
estipulação de prazo determinado de vigência, respeitado
o prazo máximo da lei municipal, e que as funções a se-
rem desempenhadas visem a atender necessidade pública
temporária e excepcional. Excedendo-se com sucessivas
prorrogações o prazo máximo determinado no diploma re-
gulamentador e demonstrado que a necessidade passou a
ser habitual e permanente, resulta nulo o contrato por ofen-
sa ao art. 37, II, da Constituição Federal. Embora o contrato
nulo não produza efeitos, excepcionalmente, deve ser res-
guardado o direito do administrado, que de boa-fé prestou
os serviços, conferindo-lhe além das verbas previstas no
IMPORTANTE!
O órgão central de controle interno não tem competência para
CONCLUIR pelo atendimento ou não atendimento da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal, sendo esta conclusão da exclusiva alçada do Tribunal
de Contas, porém as anotações do controle interno servem para:
§ auxiliar o Tribunal de Contas;
§ acompanhar os procedimentos da administração;
§ alertar o gestor dos eventuais descumprimentos ou do risco des-
tes acontecerem;
§ sugerir soluções para evitar que as falhas ocorram ou corrigi-
-las a tempo;
§ prevenir eventuais práticas que venham a penalizar o gestor e
ou o Ente público.
SÚMULA Nº 230
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – TCU
Compete ao prefeito sucessor apresentar as contas refe-
rentes aos recursos federais recebidos por seu antecessor,
quando este não o tiver feito ou, na impossibilidade de fa-
zê-lo, adotar as medidas legais visando ao resguardo do
patrimônio público com a instauração da competente Toma-
da de Contas Especial, sob pena de co-responsabilidade.
1 – Planeje.
2 – Cumpra o planejado.
3 – Cumpra a lei.
4 – Seja prudente.
5 – Aprenda com a experiência.
6 – Seja transparente.
7 – Documente seus atos.
8 – Mantenha assessoria técnica competente.
9 – Seja eficiente e eficaz.
10 – Seja ético – tenha sempre em vista o interesse público; sem
isso, todos os demais mandamentos não têm sentido.
FIQUE DE OLHO
Observar ainda:
§ Quem requisita, não faz o edital.
§ Quem faz o edital, não participa do proces-
so de aquisição do bem.
§ É indispensável a atualização permanente
do cadastro de fornecedores! Nada justifi-
cará o descuido com estas práticas.
EMENTA
ADMINISTRATIVO – AÇÃO DE COBRANÇA – PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DE PUBLICIDADE – NULIDADE DO CONTRATO AD-
MINISTRATIVO POR AUSÊNCIA DE LICITAÇÃO – ART. 59, PA-
RÁGRAFO ÚNICO DA LEI 8.666/93.
1. Segundo a jurisprudência desta Corte, embora o contrato admi-
nistrativo cuja nulidade tenha sido declarada não produz efeitos,
a teor do art. 59 da Lei 8.666/93, não está desonerada a Admi-
nistração de indenizar o contratado pelos serviços prestados ou
pelos prejuízos decorrentes da administração, desde que com-
provados, ressalvada a hipótese de má-fé ou de ter o contratado
concorrido para a nulidade.
2. Procedência da ação de cobrança que se mantém.
3. Recurso especial improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior
Tribunal de Justiça “A Turma, por unanimidade, negou provimento
ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a).”
Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira, Humberto
Martins e Herman Benjamin votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Brasília-DF, 12 de junho de 2007 (Data do Julgamento)
MINISTRA ELIANA CALMON
Relatora
Processo: 2010.000742-1
Julgamento: 18/6/2010
Órgão Julgador: 1ª Câmara Cível
Acórdão nº 1.0405/2010
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO POPULAR. LICITAÇÃO
IRREGULAR. DANO AO ERÁRIO. EXISTÊNCIA. SIMULAÇÃO DE
COMPRA E VENDA DE BEM ADQUIRIDO COM RECURSOS DE
ENTE MUNICIPAL. ATO DO PREFEITO. NULIDADE. CHAMA-
MENTO AO PROCESSO DE PESSOA PRIVADA BENEFICIADA
JUSTIFICADA EM RAZÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
DA EMPRESA. PEDIDO FEITO PELOS APELADOS NAS CON-
TRARRAZÕES. NÃO CONHECIMENTO. APELAÇÃO CONHE-
CIDA. PROVIMENTO NEGADO. UNANIMIDADE.
1. Para que os apelados pudessem pleitear a reforma da senten-
ça, no ponto em que se sentiram inconformados, deveriam ma-
nejar recurso próprio ou se utilizar de recurso na forma adesiva.
2. A nulidade do ato praticado pelo apelante, além do questio-
nado processo licitatório de locação, deve ser visto como im-
perativo, pois, como bem assentou o magistrado, teve como
objeto bem indisponível, qual seja, a compra e venda de trator
que, fraudulentamente ou não, foi adquirido com recursos do
Município de Água Branca, Município do qual o apelante era
prefeito à época.
3. Em razão de sua responsabilidade social, necessária a re-
integração da empresa beneficiária do ato ora impugnado ao
polo passivo, devendo responder solidariamente pelo dano
causado ao erário do Município de Água Branca juntamente
com o apelante.
CONCLUSÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos de
apelação cível nº 2010.000742-1, em que figura como apelan-
te José Rodrigues Gomes e, como apelados, José Humberto
Vilar Torres e outros, devidamente qualificados nestes autos.
ACORDAM os desembargadores da 1.ª Câmara Cível, à unani-
midade de votos, em conhecer do recurso para, no mérito, em
1.0543.07.000938-5/001
0009385-14.2007.8.13.0543 (1)
Relator(a): Des.(a) Herculano Rodrigues
Data de Julgamento: 17/12/2009
Data da publicação da súmula: 25/01/2010
Ementa: LICITAÇÃO FRAUDULENTA. DESVIO DE RECURSOS
PÚBLICOS. RÉU EX-PREFEITO MUNICIPAL. CONDENAÇÃO
PELO CRIME DO ART. 96, IV DA LEI Nº 8.666/93. PRELIMINA-
RES. INVESTIGAÇÕES CONDUZIDAS PELO MINISTÉRIO PÚ-
BLICO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. REJEITA-SE. RECUR-
SO MINISTERIAL. ASSINATURAS NAS NOTAS DE EMPENHO.
MATERIALIDADE DO CRIME DE DESVIO DE RECURSOS PÚ-
BLICOS. PARTICIPAÇÃO DOS CO-DENUNCIADOS. LICITA-
ÇÃO FRAUDULENTA. ““EMENDATIO LIBELLI““. ADEQUAÇÃO
TÍPICA DA CONDUTA. DECLARAÇÕES DO CO-RÉU LICITANTE
ADJUDICATÁRIO. HARMONIA COM O RESTANTE DA PROVA.
CONDENAÇÃO DO PREFEITO E DOS MEMBROS DA COMIS-
SÃO DE LICITAÇÃO. RÉU QUE EMITE NOTAS FISCAIS MATE-
RIALMENTE FALSAS. CONDUTA DE FALSIDADE IDEOLÓGICA.
DELAÇÃO PREMIADA. NÃO SATISFAÇÃO DOS REQUISITOS
LEGAIS. CO-RÉ QUE NÃO INTEGROU COMISSÃO DE LICITA-
ÇÃO. INSUFICIÊNCIA DA PROVA. ABSOLVIÇÃO MANTIDA.
DOSIMETRIA DA PENA.
– Inexiste proibição para que o Ministério Público promova in-
Muita atenção!
503-39.2010.601.0000
RO – Recurso Ordinário nº 50339 – Rio Branco/AC
Acórdão de 28/10/2010
Relator(a) Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA
Relator(a) designado(a) Min. ALDIR GUIMARÃES PASSARI-
NHO JUNIOR
Publicação: PSESS – Publicado em Sessão, Data 28/10/2010
Ementa:
RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO DE CANDIDATURA. ELEI-
ÇÕES 2010. DEPUTADO ESTADUAL. INELEGIBILIDADE. ART.
1º, I, g, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90. NEGADO PROVI-
MENTO.
1. O Tribunal Superior Eleitoral firmou o entendimento de que
a Lei Complementar nº 135/2010 é constitucional e se aplica
às eleições de 2010.
2. A inelegibilidade do art. 1º, I, g, da Lei Complementar nº
64/90 constitui uma consequência do fato objetivo da rejeição
de contas públicas, não implicando retroatividade da lei ou vio-
lação à coisa julgada.
3. O desvio de recursos públicos, aliados aos indícios de fal-
sificação de documentos da prestação de contas e à falta de
licitação para a aquisição dos materiais objeto de convênio
constituem irregularidades insanáveis que configuram ato de
639-13.2010.627.0000
AgR-RO – Agravo Regimental em Recurso Ordinário nº 63913
– Palmas/TO
Acórdão de 29/09/2010
Relator(a) Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA
Publicação: PSESS – Publicado em Sessão, Data 29/09/2010
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO
DE CANDIDATO. DEFERIMENTO. INELEGIBILIDADE. REJEI-
ÇÃO DE CONTAS. PREFEITO. LC Nº 64/90, ART. 1º, I, g. COM-
PETÊNCIA. CÂMARA MUNICIPAL. TRIBUNAL DE CONTAS.
ÓRGÃO AUXILIAR.
1. Nos termos do art. 31 da Constituição Federal, a compe-
tência para o julgamento das contas de prefeito é da Câmara
Municipal, cabendo ao Tribunal de Contas a emissão de pa-
recer prévio, o que se aplica, inclusive, a eventuais atos de or-
denação de despesas (Precedente: RO nº 75.179/TO, rel. Min.
Arnaldo Versiani).
2. Agravo regimental desprovido.
Decisão:
O Tribunal, por unanimidade, desproveu o agravo regimental,
nos termos do voto do Relator.
42130-84.2009.600.0000
AgR-REspe – Agravo Regimental em Recurso Especial Eleito-
ral nº 36049 – Ipaba/MG
Acórdão de 07/10/2010
Relator(a) Min. ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES
DICA CNM
Fique atento
Nada é de graça!
Diretoria
A Diretoria é renovada a cada três anos. Eleita pelos prefeitos, inte-
grantes do Conselho de Representações Regionais e presidentes das en-
tidades estaduais de Municípios. É composta por um presidente, quatro
vice-presidentes, dois diretores-secretários e dois diretores-tesoureiros.
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é integrado por três membros efetivos e três
suplentes, eleitos ao mesmo tempo que a Diretoria.
19.2 Atuação
VISÃO:
¡¡ consolidar o movimento municipalista, fortalecer a autonomia dos
Municípios e transformar a CNM em referência mundial na repre-
sentação municipal.
E seu NEGÓCIO é:
¡¡ representar e fortalecer os Municípios.
FEX (2004)
O Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) é um
recurso colocado no Orçamento Geral da União (OGU) que tem como
objetivo fomentar as exportações do país e repor as perdas causadas
pelas desonerações dos impostos dos produtos exportados. Trata-se de
uma conquista de grande vulto, pois auxilia os Municípios com a desti-
nação de expressivos recursos.
Mais 1% no FPM
A situação crítica das finanças municipais motivaram a luta pelo
aumento do FPM em mais um ponto percentual, conquistado ao final de
2014, e que deverá ser pago integralmente em julho de cada ano, nos
mesmos moldes do 1% de dezembro.
O trabalho da CNM na ampliação do FPM tem como motivação
proporcionar aos gestores públicos locais melhores condições finan-
ceiras para suportar o período de maior queda do FPM (julho de cada
ano) e enfrentar o período de maior ampliação da despesa (dezembro
de cada ano).
Em cada ação, em cada movimento e em todas as postulações
está presente sempre a defesa dos interesses dos Municípios, suas po-
pulações e seus administradores.
CONHEÇA MAIS
9. Preste contas!